Carpe Diem escrita por My other side


Capítulo 22
22 - Encrenca.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Estava com saudades de postar, nem faz tanto tempo assim que postei o ultimo capitulo, mas já estava com saudades. Fiz esse capitulo especilamente para vocês. Estou amando os comentarios, continuem assim. Bom gente pode ser que eu não poste por um bom tempo, festa de fim de ano e vou ficar sem internet por um tempo. Provavelmente até o fim de janeiro. Estou trsite, mas quero comentarios viu, NÃO VOU ABANDONAR A FIC, PROMETO. Boa leitura.



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POV Aline

Desde que Clary e Jace terminaram, eu meio que me senti culpada pelo termino deles, tirei um tempo para pensar e decidi o obvio: Jace é o amor da minha vida, e eu preciso cuidar do que é meu.

Descobri que o grupinho deles estaria em uma festa e resolvi ir também. Vesti meu melhor vestido, era curto e colado. Passei um batom vermelho e fiz uma linda maquiagem negra. Sem falar dos meus saltos, eles provavelmente tem mais de 20 cm.

Assim que cheguei à festa, não demorou muito para que eu achasse o ex casal em um canto perto do bar conversando. Coloquei meu melhor sorriso e fui até eles.

– Vim descansar um pouco. E você por que veio sozinho? – Dizia a ruiva tingida.

– Eu... – Antes que ele terminasse a frase resolvi agir, aquele era o momento perfeito.

Quem disse que ele veio. Eu vim com ele. – Disse encarando a ruiva, que me olhou com olhar um tanto ameaçador.

Jace se virou para mim e me olhou incrédulo. Ele sabe que sou afim dele, mas acho que ele não esperava isso também. Agarrei seu pescoço e lhe dei um beijo no cantinho da boca. Ele estava meio em choque porque não disse nada. Apenas ficou me encarando. Quem quebrou o silencio foi a ruiva tingida.

– Jace? Você veio com ela?

– Eu... vim. – Ele disse surpreendendo tanto a mim quanto a ruiva. – Você veio com o Emmet não foi?

– Vim sim. E por falar nele... – Nós dois olhamos para trás e vimos Emmet se aproximar com um sorriso. E que sorriso.

Clary, você está bem? Quer dançar mais um pouco?

– Estou sim, vamos. Tchau Jace, Aline. – Ela sorriu. Sorriu? Achei que ela ia armar o maior barraco aqui, mas não, apenas saiu de braços dados com o namorado.

Olhei para o Jace, que ainda encarava o local onde Clary esteve a poucos segundos, me sentei ao seu lado, peguei sua mão e comecei a fazer carinho, dava para notar nos olhos dele a infelicidade. Não queria que ele sofresse. Eu o quero para mim, mas sem a ruiva ele não é feliz. Nem mesmo por poucos minutos.

– Jace? – Ele me olhou, mas era como se não estivesse me olhando, seu olhar estava vago, sem vida, sem brilho.

– Oi.

– Por que você não esquece ela? Pelo que eu vi ela já fez isso com você.

– Eu ainda a amo. Mas estou confuso.

– Quer que eu te ajude? – Perguntei com um sorriso travesso, ele entendeu o que eu quis dizer com ajuda.

– Aline, eu... – Não esperei ele terminar de falar, apenas o beijei.

Foi um beijo bom, é bom. Não foi incrível e nem do jeito que eu imaginei, não havia química, mas mesmo assim insisti, ele correspondeu ao beijo, mas não do modo que eu queria. Nos separamos antes mesmo de falta de ar. Olhei para ele, nos olhos dele, procurando alguma faísca de desejo ou alguma coisa, mas seu olhar estava neutro, nunca conseguiria saber o que estava pensando só através do olhar. Sei que Clary consegue fazer isso. Mas não interessa, eles são irmãos não são? Deveriam esquecer um do outro. Me levantei e peguei uma garrafa de bebidas, já que ele não faria nada sóbrio, que tal nos embebedar?

POV Clary

Jace me disse que tinha vindo com Aline, justo ela. Nós nunca nos entendemos muito bem, ela sempre se assanhou para cima dele quando ainda namorávamos, e agora isso.

Não quis ficar lá para vê-los se pegando, assim que Emmet chegou eu sai com ele para a pista de dança. Já que eu nunca vou poder ter a pessoa que eu amo, pelo menos vou me divertir com quem me ama. Enquanto dançava olhava ao redor para procurar rostos conhecidos, mas não vi ninguém. Me concentrei em Emmet me beijando. Seu beijo era bom, mas não era Jace. Ninguém nunca será como ele, ou pelo menos parecido. Assim que nos separamos olhei na pista de dança e vi Jace e Aline dançando, ele estava visivelmente bêbado, ela nem tanto. Apenas um pouco alegre.

Sei de perto do Emmet e fui até o lugar onde estavam as bebidas, peguei duas garrafas, uma de vodka e outra de tequila. Voltei para junto de Emmet e entreguei uma garrafa para ele. Começamos a beber e dançar, ele me beijava e me agarrava, eu estava muito bêbada e não liguei. Meu celular tocou e eu alcancei ele.

Ligação on:

– Clary?

– Siiim?

– Sou eu Sebastian. Tivemos que ir para casa. Todos estamos aqui. Você quer que eu vá te buscar?

– Não. Eu quero ficar maaiss um pouco.

– Tudo bem. Jace ainda está ai. Pede para ele te trazer quando quiser. Ok?

–Ok maninho. Tchau.

– Se cuida. Tchau.

Ligação off.

– Meu irmão. Temos a noite livre. – Disse para o meu namorado. Ele sorriu e me abraçou.

A festa ainda estava rolando, mas a maioria das pessoas já tinha ido embora. Vi Aline e meu irmão em um canto da casa, quase se comendo, um desconforto apertou meu peito, senti falta de ar e minha visão ficou mais turva do que já estava. Emmet me segurou e olhou para mim, logo depois voltou a me beijar, eu me entreguei ao beijo, que a cada instante ficava mais intenso e selvagem. Ele começou a subir meu vestido. E eu arranhei e segurei a barra de sua camisa a levantando.

O sol estava queimando meu rosto, passei minha mão e senti algo macio em cima da minha barriga, tinha cabelos, tentei abrir meus olhos, mas a luz que estava entrando pela janela não deixava. Eu podia sentir que estava sem roupa. Não me lembrava de nada da noite passada, abri meus olhos devagar e olhei minha barriga, tinha alguém na minha barriga, alguém de cabelos loiros e pele um tanto dourada. Meu olhar se fixou em seu rosto e eu quase tive um infarto. Me levantei empurrando sua cabeça, saindo do seu abraço. Tapei minha boca com a mão. Olhei de novo para ter certeza e era. Era Jace.

Ele lentamente foi acordando, me viu ali e arregalou os olhos. Eu peguei um roupão de dentro de uma gaveta perto da cama e me cobri, fechei os olhos com força para ter certeza de que não era um sonho, minha cabeça latejava de dor, não podia ser verdade, abri meus olhos lentamente para ver Jace ainda sentado, me encarando, com a coberta até a cintura.

– Jace. Por favor me diz que...

– Clary, meu Deus, eu não me lembro. Como assim? Será que a gente...

– Pelo nosso estado eu acho que sim. Jace, o que fizemos? Eu não me lembro de nada.

– Eu também não. Clary, eu me segurei tanto, um ano e agora a gente tá aqui! Nus no mesmo quarto. E com uma ressaca.

– Cadê o Emmet? A Aline?

– Eu não sei. Mas precisamos sair daqui. Clary me desculpe por isso. – Ele se deitou na cama e encarou o teto. Fui até ele e me deitei ao seu lado.

Não foi culpa sua Jace. Nós dois estávamos bêbados.

– Eu sei. Mas não é como se eu não quisesse ter feito o que eu fiz. Me sinto feliz por ter ficado com você. E isso é errado.

– Não sabe como eu me sinto. Me sinto completa de novo. Me sinto feliz. A Jace, eu queria tanto que não fosse verdade.

– Não tem ideia de como eu também queria que fosse mentira. Eu ainda te amo.

– Eu também ainda te amo. – Uma lágrima escorregou para fora dos meus olhos.

Jace se virou para mim e limpou a lágrima com a palma da mão. Fechei os olhos ao sentir seu toque. Como pode ser possível uma pessoa amar a outra, mesmo sabendo que são irmãos? Virei para e ele e ficamos nos encarando. Seus olhos brilhavam excessivamente ao ver os meus e aposto todo o dinheiro do mundo que os meus também estão assim. Me aproximei dele e rocei meus lábios nos seus. Um pequeno toque, mas me fez arrepiar pela saudade, minha intenção era me afastar, mas as mãos de Jace voaram até a minha cintura e as minhas foram para seus cabelos, nos beijamos intensamente, como se fosse algo proibido. Mas espera, era proibido. Me separei dele e levantei da cama, peguei minhas roupas no chão e as vesti. Jace fez o mesmo e quando terminamos de nos arrumar saímos do quarto, por sorte não tinha ninguém lá fora. Quando saímos para o jardim, me lembrei de estar dançando ali com alguém. Ontem eu achei que era o Emmet, mas a pessoa tinha cabelos loiros e olhos dourados, olhei para o canto da casa e vi Aline e Emmet agarrados, ainda sem roupas dormindo. Então não era Jace que estava com ela, era o Emmet. Não sei como não percebi a diferença entre os dois. Estava tão bêbada. Acho que Jace também percebeu, ele me olhou e puxou minha mão para sairmos dali o mais rápido possível.

Entramos em um taxi já que estávamos sem carro, primeiro fomos para a minha casa. Assim que chegamos olhei para Jace e passei meus dedos em seus lábios.

– Me perdoa. – Eu disse.

– Eu te amo. Queria não amar mais amo.

– Eu também te amo. Mas precisamos esquecer o que aconteceu. – Falei com o coração batendo irregularmente.

– Lembra do que me disse quando roubou um beijo meu?

– Não.

– Você me disse: “só não vou pedir para esquecermos porque eu não ia querer me esquecer”. Agora sou eu quem diz isso. Não me peça algo que eu não quero esquecer.

Dei um beijo em sua mão e sai do carro. Entrei em casa e fechei a porta, me encostei nela e escorreguei até o chão, lágrimas que eu estava segurando transbordaram do meu rosto. Abaixei a cabeça e me permiti chorar.

POV Jace

Assim que deixei Clary em casa, eu deveria ter ido para casa, mas em vez disso, dei um endereço ao motorista. Ele me olhou meio espantado, afinal era outra cidade. Mas quem se importa, eu tenho dinheiro, não daria tempo de comprar uma passagem de avião. Então eu vou de taxi mesmo. Nem que pra isso que precise de dias viajando.

Liguei para minha mãe e avisei para onde estava indo. Ele ficou impossivelmente preocupada, mas eu a tranquilizei um pouco. Ninguém entende o que eu sinto pela Clary. Vou dar um jeito de descobrir uma maneira para que possamos ficar junto. E se eu quisesse achar alguma resposta seria no lugar onde eu e ela vivemos. No orfanato de Nova York.

POV Sebastian

Eu já tinha chegado em casa a algum tempo. Estava dormindo, não sabia se Clary tinha chegado em casa, mas também liguei para o Jace e ele me prometeu cuidar dela. Sei que ele mesmo bêbado, nunca iria deixar que ela se machucasse.

Tivemos que vir mais cedo, porque incrivelmente Isabelle, Magnus e minha namorada passaram mal, cada um foi para sua casa cuidar de seus respectivos namorados. Alec e Magnus estão se conhecendo, mas eu já acho que estão namorando. Juliana não quis que eu ficasse com ela, então eu vim pra casa e capotei na cama. Só acordei agora, com um aperto no peito. Só podia ser a Clary. Desci as escadas para ir atrás dela, mas ela já estava em casa, com a cabeça baixa e encolhida na porta de entrada. Fui até ela e me sentei ao seu lado. Ela me abraçou e chorou mais um pouco.

Clary, o que foi?

– A Sebbys, eu queria tanto que minha vida voltasse ao normal, eu queria tanto que você fosse meu irmão de verdade. Que eu e Jace não fossemos irmãos.

– Clary, minha pequena. E também queria tanto. Queria poder amenizar essa sua tristeza. Mas o que aconteceu? Cadê o Emmet?

– Ele dormiu com a Aline. – A olhei espantado e ela sorriu. – Pois é, acho que os dois se entenderam.

– O que mais aconteceu?

– Eu e o Jace nós... eu não me lembro de nada, mas sei que aconteceu. – Fechei meus olhos e a apertei com força contra mim.

A minha pequena, minha irmãzinha. Me perdoa. Por não cuidar de você.

– Sebbys, eu o amo tanto. Por que tudo tinha que ser assim?

– Eu não sei. Mas não fique assim, vi ficar tudo bem. Eu prometo.

– Promete?

– Prometo. – Fiz um X no meu coração, era nosso jeito de mostrar promessas importantes quando éramos pequenos. Ela sorriu e me abraçou.

Eu te amo tanto sabia.

– Eu também amo você irmãzinha. Muito.

Nós ficamos ali abraçados, fiz carinho em seus cabelos e ela dormiu, meus pais desceram do quarto e nos olharam, minha mão ia começar a falar, mas eu fiz um sinal de não com a cabeça. A única coisa que ela precisava agora era colo, e um irmão pra ficar com ela.


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Notas finais do capítulo

Então, quero comentarios. LEIAM AS NOTAS INICIAIS, É IMPORTANTE. Até qualquer dia. Feliz ano novo.



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