Casa de Boneca escrita por Angie


Capítulo 9
The Gifts


Notas iniciais do capítulo

Demorou? Bastante
Querem me odiar? Eu permito
Peço perdão pela demora mas eu e meu computador estamos com um probleminha de cooperação, eu estava um pouco sem ideias e sem tempo, e agora que minhas aulas voltaram estarei ainda mais sem tempo mas juro tentar não demorar.
Bem... Aproveitem.



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Em meia hora Melanie já estava pronta, sentada em frente de casa esperando Bruno que como sempre estava atrasado.
Ela mexeu no rasgo do jeans, pouco acima do joelho, tentando distrair os dedos e a mente. Em dois dias era aniversário de Arthur. Depois disso natal - que não era comemorado em sua casa - e ano novo. E depois completar o segundo ano do colegial.
Mas agora ela estava focada no aniversário da Arthur. Ele havia sido educado e gentil e ela queria retribuir isso lhe dando algo de aniversário. Geralmente, só a mãe o dava presentes.
Bruno saiu de casa enfiando a camiseta xadrez preta sobre a regata branca e sorrindo para ela.
– Atrasado, eu sei, desculpa - ele fala a ajudando a levantar.
Ela apenas sorriu arrumando a blusa cropped branca no corpo e ajeitando as calças pretas.
– Vamos - ela disse começando a andar. Bruno andando logo ao lado dela com as mãos nos bolsos.
Eles foram para o ponto de ônibus e esperaram até que o ônibus certo passasse. Não estava tão cheio. Logo Melanie achou um lugar para se sentar e Bruno ficou de pé ao lado dela.
– O que vamos fazer no shopping? - Bruno perguntou cortando o silêncio entre os dois.
Melanie fez uma pequena careta quando o ônibus deu um solavanco. Estava acostumada com o transporte público, mas isso não significava que ela morria e amores pelo mesmo.
– Quero comprar um presente de aniversário para Arthur - ela diz com um sorriso fraco - E talvez algo para Vitor.
Bruno assentiu se segurando na barra de metal enquanto o veículo passava por uma lombada.
– E eu? Ganho presente? - perguntou piscando os olhos repetidas vezes.
– Quem sabe - Melanie respondeu com um risinho.
Eles voltaram ao silêncio então Bruno resolveu colocar os fones de ouvido enquanto Melanie olhava através dele para a janela do ônibus.
Depois de duas ou três músicas ela puxou a ponta da blusa de Bruno e ele tirou um dos fones.
– Estamos chegando - ela se levantou e logo o ônibus estava parando.

* * *

– E então, o que vai comprar para ele? - Bruno andava ao lado de Melanie reprimindo o impulso de pegar na mão da menina.
– E é ai que você entra - ela sorri - Não faço à mínima. Você pode me ajudar?
Ele acenou com um sorriso de canto e disse para ela o seguir.
Eles subiram até o terceiro andar do prédio. Ele olhava para trás casualmente para ver se ela o seguia e ela revirava os olhos sorrindo toda vez que ele se virava.
– Não sou uma criança - ela disse cantarolando e ele riu a puxando e colocando o braço ao redor dos ombros dela.
– Você é sim - respondeu no mesmo tom musical que ela a fazendo rir também.
– Afinal onde estamos indo? - ela olhava as vitrines até eles pararem de frente para uma loja de miniaturas de carros e outros artigos para colecionadores.
–Aqui.
Eles entraram e o braço de Bruno saiu de seus ombros a deixando andar livremente.
Melanie olhava os carrinhos passando as pontas dos dedos em uma miniatura azul de um Cadillac.
– Você acha que ele gostaria de qual? - ela olhou para trás. Bruno estava do outro lado da loja olhando uma mini Ferrari vermelha.
– Esse é bem legal - ele apontou a Ferrari.
Ela se aproximou pegando o carrinho nas mãos com cuidado para ele não cair no chão e se espatifar. Seria uma tragédia estragar um carrinho tão perfeito - sem contar em ter que pagar pelo carrinho quebrado.
– É lindo - ela passou o dedo indicador ela lateral da miniatura - Vou levar essa para ele.
Bruno concordou com um aceno de cabeça e viu ela ir até o caixa.
– Te espero lá fora - ele disse e ela acenou.
Depois de alguns minutos ela saia da loja com uma caixa enfeitada dentro de uma sacola de papelão.
– Lá se vão minhas economias - disse com um riso curto e ele sorriu.
– Valeu a pena? - perguntou pegando a sacola da mão dela.
– Sim - ela sorriu entrelaçando o braço no dele - Agora, preciso ir em outro lugar.

* * *

Melanie se despediu de Bruno com um aceno e duas sacolas na outra mão.
– Não quer que eu te leve? Mesmo? - ele perguntou olhando o mar azul de seus olhos. Qualquer um poderia se afogar neles.
– Não. Não precisa. E Vitor ficaria enciumado também - disse com um sorriso fraco - Obrigada por vir comigo, Bruno.
Ele sorriu dizendo que não havia sido nada mas a frase não pode ser concluída. A menina se ergueu na ponta dos pés e deu um pequeno selo na bochecha de Bruno o fazendo se calar.
Os lábios dela eram quentes e molhados e deixaram uma pequena marca de gloss cor de rosa, mas Bruno não se preocupou em limpar.
– Até - ela disse virando de costas e indo para o ponto de ônibus.
– Cuidado - disse baixinho, apenas para si mesmo.
Ele observou até que ela entrasse no ônibus e foi para o ponto esperar pelo seu, querendo ir para casa e se jogar na cama, dormir e não acordar tão cedo.

* * *

Melanie esperava o porteiro interfornar para Vitor. Estava inquieta e começara a estralar os dedos.
– Pode subir - o rapaz disse sorrindo para ela que sorriu de volta.
– Obrigada. Bom dia - Melanie não ficou tempo suficiente para receber uma resposta.
Ela subiu as escadas, como sempre, e bateu na porta suavemente. Quando Vitor a abriu estava descabelado, sem camiseta e com um marca texto entre os dentes e um lápis na mão.
– Oi, amor - ele disse sem soltar o marca texto o que fez ela rir e tirar o objeto da boca do namorado. Ela selou os lábios nos dele rapidamente e entrou.
– Olá, querido - ela largou as duas sacolas sobre a mesa. Havia tantos papéis e apostilas sobre ela que foi até mesmo difícil decidir se poderia colocá-las ali.
– O que é isso? - ele perguntou largando o lápis sobre a mesa e olhando dentro das sacolas, mexendo nelas até levar um tapinha na mão.
– Curiosidade matou o gato - Melanie disse e o abraçou. Seu rosto colado ao peito nu de Vitor.
Ele passou as mãos pelos cabelos negros dela enrolando os dedos nos cachos. Era macio e quando ele encostou o queixo no topo da cabeça dela, sentiu o cheiro de flores que apenas o cabelo de Melanie conseguia ter.
– Sei que não comemoro natal mas você sim, então resolvi comprar uma coisinha - Melanie falou casualmente e ele levantou o rosto dela com o polegar e o indicador.
– Não precisava - ele beijou-a devagar e carinhosamente enquanto a menina colava mais o corpo ao dele.
Ela se afastou quando o ar foi preciso e foi até a mesa pegando uma caixinha embala em papel de presente azul.
Quando abriu, o rapaz viu um pequeno pingente de aço em forma de âncora e a olhou.
– Sei que não é grande coisa... Mas é significativo. Você é minha âncora. O que me prende no lugar e não me deixa vagar pelo mundo sem um rumo. Você... É praticamente tudo que tenho - Melanie disse sentindo a garganta apertar.
Vitor largou a caixinha sobre a mesa e abraçou Melanie a levantando alguns centímetros do chão. Ela se agarrou ao corpo dele prendendo as pernas em sua cintura.
– Eu deveria estar estudando - ele sussurrou no ouvido dela sorrindo.
– E eu deveria estar em casa como uma boa menina - ela sussurrou de volta e o beijou.


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Notas finais do capítulo

Beijocas :3