Vivendo o que não pode ser vivido escrita por GarotoQueFala


Capítulo 2
Capitulo 2




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Em meio a todas as conversas, eu estava me divertindo muito mas também já estava com fome afinal sai de casa sem comer nada, decidi que iria comer, e avisei a todos que logo voltaria, me levantei e fui andando sem pressa para procurar alguma lanchonete para poder comer algo, quando escuto meu nome, olho para trás e meu coração quase para de bater, era Arthur quem me chamava e vinha sorrindo, nossa se ele soubesse que aquele sorriso me fazia perder as forças e a linha de raciocínio ele não faria mais aquilo. ele logo chegou perto de mim e perguntou para onde eu estava indo e eu lhe disse que iria comer algo.
– E você pretendia ir comer sozinho? deve ser muito chato comer sozinho não acha? – ele disse com um olhar meio preocupado
– Um pouco, pra falar a verdade já estou acostumado a comer, e passar muito tempo sozinho – disse em desabafo com um certo peso na voz.
– Então hoje isso vai ser diferente – ele falou sorrindo e continuou – Eu vou comer com você, também estou com fome- ele terminou alisando a barriga e rindo, ri junto, afinal não teria como dizer que não queria que ele fosse junto, até porque eu queria ele por perto, nem que fosse para imaginar coisas que nunca iriam acontecer.
Chegamos a uma padaria um pouco longe da praça onde estávamos, procurei uma mesa e já fui logo pedindo o que eu queria, mesmo sem olhar o cardápio para ver o que tinha disponível, Arthur ficou surpreso com a forma que agia, mas não disse nada apenas ficou olhando, então perguntei a ele
– Não vai pedir nada cara? vai ficar só olhando eu comer quando o que eu pedi chegar? – ele ruborizou nesse instante e decidiu pedir o mesmo que eu, um pedaço de pizza e suco de laranja. Não demorou muito e chegou nosso pedido e sem esperar muito comecei a comer, sem falar nada, e percebia de vez em quando que ele me olhava o que me deixava desconcertado, mas mesmo assim eu não me mudei como estava continuei ali comendo e tomando meu suco, assim que terminamos, olhei para ele e sorri dizendo para voltarmos logo que o pessoal deveria estar nos esperando. ele assentiu e fui para o caixa e paguei a conta. Ele ficou muito contragosto pois queria pagar a parte dele, e disse que não precisava, e que fiz aquilo por pela companhia.
No caminho de volta para onde estávamos ele puxou assunto
– Rafael… – Fez uma pequena pausa, e continuou a falar – Você parece meio triste o que foi? Pelo o que o Rodrigo falava você era uma pessoa tão alegre tão feliz, mas da pra ver que tem algo de errado com você mesmo não te conhecendo a tanto tempo assim. – ele disse com um tom de preocupação, o que me deixou surpreso afinal ele não me conhecia apenas a algumas horas e já conseguiu perceber que tinha algo de errado comigo.
– Não é nada – menti – e por favor, me chame de Rafa, quando você diz Rafael parece que vem alguma noticia ruim ou que eu fiz algo que não devia. – Sorri para ver se disfarçava ele sorriu também e pareceu esquecer o assunto, chegamos ao encontro de todos novamente e a bagunça começou novamente e logo eu já estava perdido naquele momento que estava me fazendo esquecer de tudo o que me incomodava nessa época do ano, até que em um momento rodrigo falou um pouco alto de mais
– Rafa, seu aniversário é na Terça não é mesmo? dia 20 – eu que estava rindo no momento em que escutei isso, o sorriso se quebrou e um rosto preocupado e triste tomou conta no lugar, apenas assenti, e dei um sorriso torto.
Arthur percebeu a mudança assim como Rodrigo, e tentou fazer algo e disse
– Rafa, vamos fazer uma festa para o seu aniversário então, tenho que compensar o café da manhã de hoje, então não quero saber você não pode dizer que não precisa até porque eu vou fazer da mesma forma- eu abri a boca para respondi mais logo fechei nem dizer uma palavra. Rodrigo então propôs para irmos a sua casa para almoçarmos e passar a tarde na piscina.
– Rodrigo, eu não vou, não estou com roupa para banho e convenhamos que suas roupas não cabem em mim- disse para tentar não ir queria ficar sozinho novamente. – Mas não se preocupe eu vou para casa e nos vemos amanhã ou mais tarde – terminei de falar
– Não vem com essa não, você não vai fugir de ir lá pra casa, e não precisa entrar na piscina, só vamos com a gente – ele disse tentando me animar e logo uma outra voz disse atrás de mim
– Se for o caso eu vou com você até sua casa buscamos algumas roupas e depois vamos para a casa do Rodrigo – Arthur disse e eu fiquei sem reação ou sem argumentos e para melhorar tudo Rodrigo continuou falando
– Pronto esse problema já esta resolvido, – sorriu e me olhou com cara de vitoria – espero vocês lá em casa então e não demorem, e Arthur um conselho entre com ele se não ele vai arrumar alguma desculpa para não voltar. – ele alertou Arthur e eu olhei com uma cara de falsa ofensa que fez com que nos três rissemos, então saímos da praça eu e Arthur para minha casa e Rodrigo e os outros para a casa de Rodrigo.
– Rafa, só pra te lembrar eu não sei onde você mora, então por favor me ajuda no caminho – Ele disso meio que rindo da minha caranca dentro do carro e eu não deixei de soltar um meio sorriso, então expliquei pra ele todo o caminho, e logo estávamos na frente da minha casa.
– Arthur sério não precisa entrar se não quiser eu vou pra lá – eu disse, mas ele disse que iria entrar mesmo assim, eu apenas o guiei para dentro disse que iria pegar as coisas e logo estaria pronto.
Minha mãe apareceu na sala e eu disse que um amigo estava na sala e que o nome dele era Arthur, pra ela fazer sala enquanto eu termina de juntar minhas coisas, e assim ela o fez chegando lá eles se cumprimentaram e minha mãe disse
– Obrigada, por estar fazendo ele sair um pouco de casa – sorrindo, Arthur não entendeu e deixou isso estampado em seu rosto, e ela continuou- ele não deve ter contado, mas ele odeia os dias que que antecedem ao aniversário, o pai dele quem sempre cuidava de tudo, e fazia ele querer festa e reunir os amigos, mas como o pai dele faleceu a três anos ele não sente mais animo para fazer nada, e também tem medo de que ninguém lembre dessa data, mesmo que seja uma data que ele não goste muito. – ela terminou em um desabafo, e Arthur pode então começar a perceber a tristeza que eu carregava dentro de mim. Logo eu já estava na sala.
– Bom, acho que estou pronto e não esqueci nada – parei e apertei todos os bolsos para ver se estava esquecendo de algo – é esta tudo aqui, então vamos? – perguntei e Arthur assentiu
–Mãe nos vamos lá para a casa do Rodrigo, ok? e pelo o que me lembro vai sobrar para mim a parte de fazer almoço – Eu ri, minha mãe me acompanhou na risada e Arthur não entendeu muito bem mas deu um sorriso torto.
Logo que chegamos na casa do Rodrigo ele gritou
– RAFAEL CORRE AQUI NA COZINHA – eu já imaginava o que estava acontecendo e fui, Arthur estava curioso e foi também, e assim que viu entendeu o que eu havia falado com minha mãe.
– Rodrigo, sai já dessa cozinha que eu vou fazer o almoço para todos, quando estiver pronto eu te chamo – falei rindo e arrumando toda a bagunça, olhei para Arthur que estava ali também e disse – A senhor Arthur você também pode ir andando daqui que agora eu vou começar a trabalhar. – terminei de falar rindo e ele saiu a contra gosto dali.


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