Cinderella escrita por Bitchfalsiane, Pipoca


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas esse tempo de fim/começo de ano é muito ruim pra ficar no PC... E, antes que eu esqueça... Kerow você mirou na pipoca aqui e tá atirando com fé né mulher? Uma recomendação aqui e uma em "Isso não é normal" Eu só posso agradecer e nome de mim e da Belle pela sua liindaa recomendação! Muuuuito obrigada



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Karina gostava de se sentir querida por alguém e, como isso não acontecia muito, aquele abraço lhe remeteu uma certa paz, conforto e como Cobra era seu amigo não haveria problema em demonstrar afeto as vezes... Pedro saiu bufando, por mais que tentasse disfarçar estava nítido o que ele sentia: Raiva, muita raiva. Jade não sabia ao certo o “por que” da raiva, mas uma voz dentro dele dizia que era ciúmes e por mais que ele quisesse calar essa voz ela insistia em lhe perturbar.

― Pode ir se explicando... Que ceninha foi aquela? Não entendi porque você não quis ficar na quadra se tinhamos combinado. Eu só espero que não seja o que eu imaginei porque se for... Pedro eu vou fazer uma loucura! ― Disse Jade que estava irritada por ele ter cancelado o “momento romântico” deles.

― Você não viu aqueles dois lá? Porque eu vi e você sabe muito bem que eu não gosto de plateia. ― Disse Pedro ainda irritado.

― Não me convenceu, pode inventar outra desculpa esfarrapada porque essa foi inútil. ― Disse Jade tendo certeza de que ele não ficou incomodado por ter gente ali e sim por quem estava ali e o que estavam fazendo.

― Jade eu não preciso te convencer de nada, você acredita se quiser... Eu é que não vou ficar aqui me explicando até você escolher a versão que mais te agrada. ― Disse Pedro indo na direção do banheiro masculino.

― Escuta aqui Pedro! Não ouse falar assim comigo, você é meu namorado e me deve explicações! ― Disse Jade irritadíssima.

― Falou certo, somos NAMORADOS, você não é minha DONA. Eu já expliquei e não vou ficar aqui torrando minha paciência. Depois a gente se fala. ― Disse Pedro saindo e Jade saiu para o lado oposto.

_*_

Karina e Cobra se distanciaram e depois de conversar sobre coisas banais na mesa do refeitório foram para a aula, por sorte eles teriam a próxima aula juntos. Pedro entrou na sala e viu Karina e Cobra conversando, Jade não teria aquela aula com eles e ele agradeceu a “força superior” por isso, já que não estava afim de ter que atura-la, se bem que ver os dois no maior papo era igualmente perturbador. Quando a aula acabou Cobra foi para casa Karina parou no ponto de ônibus para ir embora e viu o carro de Jade passar a toda velocidade.

― Acho que iria estourar a 3º guerra mundial e o mundo acabaria em meio a bombas nucleares se ela me desse uma carona. ― Disse Karina numa espécie de pensamento. Pedro passou por ela sem trocar uma palavra e foi na direção do estacionamento que havia atrás da parada de ônibus. Ele pegou o capacete, sentou na moto e por mais que ele quisesse sentir aquele abraço novamente ele estava com muita raiva.

― Tchau Karina. ― Disse ele passando lentamente com a moto pela calçada até chegar a pista.

―Olha só ele enxergou a mulher invisível! ― Disse ela ironicamente.

― Foi mal é que eu não tô legal. ― Disse ele mandando um tchau e indo embora.

― O que você tava achando Karina? Que ele ia te dar uma carona? Claro que não. Não outra vez... ― Disse ela para si mesma. Depois de um tempo o ônibus chegou e ela voltou para casa.

_*_

Pedro chegou em casa e logo sua irmã notou que ele estava estranho, mal humorado...

― Pê o que aconteceu? ― Perguntou Tomtom vendo o irmão irritado.

― Briguei com a Jade. ― Disse Pedro encostado no balcão.

― Você sabe o que eu penso dela... Mas se você gosta dela devia pedir desculpas. Sabe... Flores, chocolates... ― Disse Tomtom e Pedro lembrou do que o pai havia exigido.

― Você tem razão eu tenho que pedir desculpas. ― Disse ele ainda com raiva.

“Ele tem que entender que música só dá dinheiro pra sortudo e gente com talento de verdade! Eu não vou torrar meu dinheiro investindo nele sem ele ter uma válvula de escape caso a música de fato não dê lucros... É de suma importância que ele fique com garotas como a Jade que podem segurar a vida boa na qual ele está acostumado a viver, porque eu não quero filho inútil me pedindo dinheiro até pra por gasolina no carro, muito menos filho meu debaixo da ponte! Pelo menos com um casamento entre eles o Pedro não vai virar um pedinte quando ele cair na real e ver que ele não sabe fazer nada e não procurou aprender. ― Disse Marcelo para Delma que não concordava com essa história de fazer o filho namorar contra a própria vontade. Pedro que escutou tudo acabou sabendo do real interesse do pai no namoro dele, que ia mal porque Jade estava cada vez mais ‘diferente’.”

― Pê antes do ensaio vai na casa dela e leva o que eu disse, tenho certeza que ela vai ficar derretida! ― Disse Tomtom que acreditava que o casamento dos pais havia terminado por causa das constantes brigas.

― Só você mesmo Tomtom... Eu vou me arrumar pra ir buscar a Jade. ― Disse Pedro indo para seu quarto.

_*_

Karina chegou em casa e se deparou com uma pilha de louça para lavar, almoçou e começou a ajudar Bete. Depois de ajeitar tudo Lucrécia chamou ela para que ela preparasse o banho da professora.

― Quero bastante espuma e dê banho no Little quando terminar de preparar a água. ― Disse Lucrécia que sabia que Karina odiava dar banho no “Little” nome irônico para um Dogue alemão macho com incríveis 80 Kg e 96 cm de altura.

―Sim dona Lucrécia, eu vou dar banho no Little. ―Disse Karina colocando o sabonete especial na água e saindo na direção do jardim. ― Little, calma... Calma menino... Isso calma... ―Disse Karina tirando o cachorro da casinha e levando para perto da torneira com a mangueira que ela usava para dar banho nele. Ele não tinha problema com a água e estava bastante calmo, mas alguém entrou na mansão e ele ficou descontrolado. ― LITTLE CALMA! AI QUE BOI! LITTLE! FICA! NÃO! ― Disse ela até que o cachorro sacodiu a água do corpo e saiu correndo descontrolado até Pedro que tinha trazido uma surpresa para Jade. Karina saiu correndo atrás do cachorro encharcada até que viu Pedro alisando o mesmo que até sentou.

―Isso bom menino! ― Disse Pedro alisando o “cachorrinho”.

― Você fala isso porque não foi atropelado, afogado em água com sabão pra pulgas e não tem nem meu peso muito menos minha altura. Isso não é um cachorro. É um cavalo! ― Disse Karina ensopada e cheia de pelo e espuma.

― Você tá hilária. ― Disse Pedro rindo da situação dela.

― Para de rir e me dá o Little porque eu tenho que terminar de dar banho nele. ― Disse Karina segurando a coleira do cachorro.

― Isso explica muita coisa. Eu já tava me perguntando como você tinha ficado tão peluda do nada. ― Disse Pedro ainda rindo.

― Babaca. ―Disse ela saindo com o cachorro que vez ou outra arrastava ela um pouco.

...

― Pedro? ― Perguntou Jade surpresa ao vê-lo ali.

― Eu vim me desculpar... Me perdoa? ― Perguntou ele e ela não resistiu aquele olhar.

― Claro que sim! Acho que a escola já está aberta... Você quer ir lá pra gente dar uma namoradinha antes do ensaio? ― Perguntou ela animada.

― Quero... Deixa eu me despedir do Little. ― Disse ele indo para o jardim dos fundos equanto ela pegava a bolsa e retocava a maquiagem.

...

― Pronto seu mutante! Tá cherosinho! ― Disse Karina colocando ele dentro da casinha novamente e entrando em casa.

― Pra onde a senhorita pensa que vai? Pode dar meia volta e ir se lavar no chuveirão, a casa tá limpinha! E corre pra não perder o ensaio menina! ― Disse Bete e Karina foi sorrindo para o chuveiro que tinha perto da hidro. Ela tirou o uniforme sujo e ligou o chuveiro para tirar o pelo e parte do fedor de baba, depois ela iria para o banheiro dos fundos e tomaria um banho de verdade.

Pedro foi para o jardim dos fundos e viu o cachorro todo sorridente com o pelo brilhando, ele realmente estava cheiroso. Enquanto brincava com o “cavalo” ele ouviu um barulho e pensou que podia ter alguma torneira aberta, Karina podia ter esquecido alguma torneira aberta enquanto dava banho no Little e se Jade ou a mãe descobrissem só Deus sabe o que iam fazer com ela... Ele foi andando em volta da mansão a procura da tal torneira até avistar uma das cenas mais exitantes que ele teve o prazer de presenciar: Karina tomando banho. Embora estivesse semi nua e não “tomando banho” de fato ela estava “sexy” e o jeito que a água escorria por seu corpo fazia ele desejar que aquilo nunca tivesse fim e quando ela desligou o chuveiro ele correu como se o mundo dependesse de que ele corresse mais rápido que o Usain Bolt, mas aquele exagero todo era só para não correr o risco de:

Karina o flagrar espiando o banho dela.

Jade o flagrar espiando o banho de Karina.

E em todas as duas opções ele estaria no mínimo encrencado ou morto. Ele parou ofegante na frente da porta principal da mansão e Jade abriu a portao puxando para o carro. Eles chegaram na escola e Jade o puxou para a sala dos alunos do primeiro ano do segundo grau, eles não teriam aula a tarde, a sala estava vazia e a câmera quebrada.

_*_

Karina se secou parcialmente e foi tomar um banho decente, depois saiu correndo para pegar o ônibus e chegar à tempo para os ensaios, mesmo não estando na peça ela ajudaria no cenário e ainda ia poder assistir as “prévias”. Quando ela chegou, não tinha quase ninguém ainda então ela resolveu vagar pelos corredores até que quando passou pela porta da sala do primeiro ano ela ouviu um “barulho” esquisito. Eram gritinhos, mas não pareciam ser de dor... Ela podia ouvir um “shhhii” de alguém para que a outra pessoa, aparentemente uma garota, parasse de “gritar” e quando estava decifrando uma frase meio emboloada alguém chegou por trás dela.

― Aii que susto Cobra! ― Sussurrou ela vendo o amigo rir da cara de assustada que ela fez.

― Desculpa, o que você tá espiando? ― Perguntou ele.

― Shiiii! Eu não tô espiando... Eu quero saber o que tá acontecendo aí dentro... Tem alguém gritando. ― Disse Karina baixinho para que quem estivesse lá dentro não ouvisse.

― Olha K... Não são gritos de “socorro”... São gemidos. ― Disse Cobra rindo do gosto exótico do casal que estava na sala.

― Nossa. Que horror. Na sala de aula? Onde o pessoal estuda, cola chiclete velho debaixo da cadeira, cochila nas aulas... É meio estranho ter fetiche num lugar desses. ― Disse Karina rindo.

― Também acho, mas tem gosto pra tudo. ― Disse Cobra e Karina fez um “shiii” e colou a orelha na porta.

― Hhmmmm... P-Pedrooo... Hmmmm... Com mais forçaaai... Isso! Hmmmm ― Disse a garota e Karina teve certeza de quem era: Jade. Ela riu descontroladamente, mas depois caiu em si: Jade e Pedro estavam trepando na escola. Jade e Pedro estavam trepando. Pedro estava trepando com Jade. Era perturbador, sem deixar de ser um tanto cômico.

― Cobra. É a Jade ali, com o Pedro. ― Disse Karina que não sabia ao certo o que estava sentindo, mas uma coisa dava pra saber: Ela estava curiosa.

―Caralho. Posso rir? Desculpa já tô rindo. ―Disse Cobra rindo e olhando para a fechadura. ― Você vai ficar aí escutando os gemidos da hiena ou vai me ajudar a dar um sustinho neles? ― Perguntou Cobra.

― Que sustinho? ― Perguntou Karina.

― Vamos entrar aí. Deixa só eu pegar o clipe de papel que tá aqui na minha mochila... ― Disse ele abrindo a mochila e pegando o clipe que estava prendendo a música que o coral cantaria no musical e as tarefas da equipe de apoio. ― Pronto. Agora deixa o mestre agir.

― E agora? ― Perguntou ela quando ele conseguiu destravar a porta.

― Agora a gente vai fingir que veio fazer a mesma coisa. Encosta na porta com força quando eu disser 3. ― Disse ele colocando os braços dela no pescoço dele e uma das mãos na cintura dela. ― 1... 2... 3! ―Disse ele girando a maçaneta e empurrando bruscamente a porta.

― AAAAH! O que estão fazendo aqui???? ― Disse Jade que havia caído no chão devido ao susto. Pedro estava vestido, mas Jade estava sem a blusa e as marcas nos seios dela entregavam o motivo dos “gritos”.

― Nós viemos fazer o mesmo que vocês... ― Disse Cobra sorrindo maliciosamente e Pedro largou a expressão de susto para dar lugar a uma face de fúria que deu um medinho até em Cobra.

― Mas pelo visto chegamos tarde... Vem Cobra. A gente acha outra sala. ― Disse Karina rindo e puxando o rapaz pela gola da camisa. Eles saíram, fecharam a porta e correram para quadra, chegando lá se largaram no chão e começaram a rir dos dois.

―Bom... Agora que os dois encostos saíram... Vamos continuar de onde paramos? ―Disse Jade sentando no colo de Pedro novamente.

― Não Jade, eu não sei você, mas eu não tô mais no clima. ― Disse Pedro tirando-a de seu colo e entregando a camiseta dela. ― Daqui a pouco a aula começa... Outro dia a gente continua. ― Disse ele esperando ela sair da sala.

― Vamos logo... Mas depois a gente continua com direito aos “finalmentes” porque você sabe que faz um tempinho que a gente não... Você sabe. ― Disse Jade saindo da sala ao lado dele.

_*_

― Você viu a cara dele? Tava hilária, mas depois me deu até medo... ― Disse Karina rindo.

― Depois de “a gente acha outra sala” ele quase pulou no meu pescoço... Não sei porque ele ficou tão raivosinho. ― Disse Cobra que estava começando a suspeitar que Pedro sentiu ciúmes de Karina, apesar disso parecer ridículo aos olhos de Cobra.

― Também notei... Mas deixa pra lá... Vamos pro ensaio? Eu tô louca pra soltar umas piadinhas... ― Disse Karina e Cobra foi acompanhando ela.

...

―Bom gente a equipe de cenário vai se dividir em duas: A equipe (A) vai para a sala de artes seguir as coordenadas do professor Henrique e a equipe (B) vai ficar aqui testando a parte elétrica e preparando os espaços dos cenários. A equipe do coral vai para a sala de música com o Nando, a equipe de dança vai acompanhar a professora Lucrécia e os selecionados para a equipe de teatro vão ficar aqui comigo e em seguida ficarão ensaiando. ― Disse Alice e os alunos seguiram as orientações dela. Karina que havia ficado na equipe B de cenários ficou na sala com algumas outras pessoas.

― K pega o compensado e vai me passando. ― Disse Cobra que estava ajudando a montar o painel do tamanho exato para que o pessoal da equipe A pudesse pinta-lo.

― Ok. ― Disse ela pegando o material. Depois de medir cada espaço do palco e de levar as primeiras formas do cenário prontas para serem pintadas a equipe havia terminado no horário das outras e todos foram liberados, salvo uma certa garota que ficaria limpando o local.

― K porque a Fabi não veio? ― Perguntou Cobra fechando a mochila para ir embora.

― Ela foi ao médico pela manhã e... Sabe como ela é mole. Ela ficou a tarde inteira dormindo, mas amanhã ela vem... Pelo menos ela conseguiu um lugarzinho na equipe de produção... ― Disse Karina se referindo as 5 meninas que foram selecionadas para “produzirem” os atores, eram basicamente uma espécie de equipe de caracterização que só iria entrar em ação no dia da peça.

― Ok... Eu já vou K. Até amanhã. ― Disse Cobra saindo do auditório. Pedro, Jade e algumas pessoas que fariam o pai da Julieta e os convidados da “festa” estavam ensaiando ainda, então ela foi limpar as outras salas, quando voltou só estavam os dois lá.

― Ai você vai me olhar apaixonadamente e “meu pai” vai me puxar para longe de você. Me olhar apaixonadamente não vai ser um problema já que você me ama... Esse musical é quase como se estivéssemos imitando nosso namoro, só que sem a parte do proibido. ― Disse Jade com entusiasmo.

― Pois é... ― Disse ele não tão animado “No nosso namoro meu pai me empurra pra você” pensou ele.

― Vamos ensaiar o beijo! É cena que eu gosto mais! ― Disse ela indo beija-lo com vontade, mas ele interrompeu.

― É um quase beijo, quando a cortina estiver abaixando é que daremos um “selinho fofo”. ― Disse ele cortando o barato dela.

―Ai você adora ser estraga prazeres. Amoreco eu vou pra casa, tenho que fazer minha limpeza de pele e quando a Karina voltar ela vai preparar meu banho. ― Disse Jade pegando a bolsa e indo embora, não sem antes se despedir com um beijo de “Ele é meu Karina”, já que a garota estava observando o ensaio. Pedro estava silencioso, andava de um lado para o outro e tentava lembrar dos movimentos que faria conforme a música ia passando. Ele desistiu por fim e pegou o violão indo na direção da porta.

― Tchau pra você também. ―Disse ela irônica e ele voltou.

― Tchau Karina. Eu achei que você estivesse ocupada demais pra falar comigo, mas se eu fosse o Cobra com certeza você iria arrumar um tempinho pra falar comigo entre outras coisas “rápidas” que duas pessoas podem fazer entre quatro paredes. ― Disse ele se referindo ao “a gente acha outra sala”.

― Coisas como a que você e Jade estavam fazendo? ― Perguntou ela rindo.

― Coisas. Eu só não consigo entender porque “o Cobra”. Sabe... Ele não combina com você... ― Disse ele e ela olhou intrigada.

― E quem combina? ― Perguntou ela ainda esfregando uma mancha de tinta no carpete.

― N-não sei, assim como eu também não sei o que você viu nele. ― Disse ele revirando os olhos.

― Eu não sei, assim como eu também não sei o que ele viu em mim. ― Disse ele incomodada com aquela situação.

― Eu sei. Você fica uma gracinha assim... De quatro... ― Disse ele e ela levantou e o empurrou com força.

― Tá maluca?? Eu te fiz um elogio e você quase quebrou meu violão! ― Disse ele um pouco revoltado.

― Um elogio? Vai fazer esse elogio pra vagabunda da sua namorada! ―Disse ela ainda pasma com a ousadia dele.

― Esquentadinha você em Karina! Tá precisando esfriar a cabeça. ― Disse ele pegando o balde e despejando a água que ela estava usando para limpar o carpete nela.

― Você não fez isso! ―Disse ela antes de partir pra cima dele e lhe dar alguns tapas.

― Maluca! Sai de cima de mim! ― Disse ele que não queria machuca-la.

― Eu vou te matar! ― Disse ela antes dele segurar nos pulsos da mesma e faze-la parar de se debater sobre ele.

― Calma! Calma... ― Disse ele ainda segurando os pulsos dela.

― Você é um idiota. ― Disse ela saindo de cima dele.

― E você é muito esquentadinha. ― Disse ele pegando o pano de chão para ajuda-la a secar o carpete. Eles secaram o excesso e deixaram o vento fazer seu trabalho, guardaram as coisas e ela foi para a parada de ônibus. ― Vem esquentadinha, sobe aí. ― Disse ele indicando a garupa da moto. ― Vem... Eu te deixo em casa. ― Disse ele insistindo.

― Tá, mas para de me chamar desse apelidinho ridículo. ― Disse ela sentando atrás dele, ambos ainda molhados.

― Ok esquentadinha, eu paro de chamar de esquentadinha a garota mais esquentadinha do universo das esquentadinhas. ― Disse ele recebendo um pescotapa. ― Segura que eu vou correr! ― Disse ele e ela passou suas mãos ao redor do toráx do mesmo, apertando forte contra si quando viu a velocidade em que estavam. Sua mente havia apagado a raiva que sentiu de Cobra naquele momento em que Karina o abraçou com força, ele mudou a rota dizendo que conhecia um atalho e foi pelo caminho mais longo só para aproveitar mais aquela sensação e Karina nem percebeu a diferença dos caminhos, sua mente estava embriagada com o cheiro de perfume e produto de limpeza que ele estava. Quando chegaram na rua ele diminuiu a velocidade e foi lentamente até o portão, ela desceu da moto e ele sentiu uma parte dele sendo arrancada.

― Valeu pela carona, até outro dia. ― Disse ela acenando e entrando no jardim da mansão.

― Tchau... ― Disse ele vendo ela se distanciar. Logo ele colocou o capacete novamente e foi para casa.

_*_


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