Primeiro beijo escrita por Batsu


Capítulo 1
Beijo roubado


Notas iniciais do capítulo

A EMOÇÃO DE POSTAR A PRIMEIRA FIC DO OTP É MARAVILHOSA TENHO NEM O QUE O COMENTAR ♥ apesar de não ser minha primeira na categoria, é a primeira JuKou e vocês não fazem ideia do quanto surto por esses dois jdbfisdujvop
Eu tenho outros projetos deles prontos, mas me senti segura com essa, então decidi que seria ela e ponto. Gostaria de dedicá-la a uma leitora/amigaça minha que sempre me aguenta surtando pelo wpp, e na maioria das vezes até sem saber me dá um grande apoio! Todinha pra você Fou-chan ♥
Espero que gostem, e deixem sua opinião! Foi escrita com carinho.



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Kougyoku ouvira algo de Kouha sobre beijos na semana passada e desde então sua cabeça entrou em choque. O irmão mais novo discutia algo com Koumei sobre o melhor beijo que já tivera, o outro sequer se importava com o assunto. A princesa como sempre ouvira tudo às escondidas, e agora aguentava seus surtos sozinha, não entendia nada do assunto.

Ela agia feito uma adolescente apaixonada — ou talvez fosse mesmo —, imaginando-se com Sinbad lhe guiando e sendo o mais gentil possível, uma pena que seus devaneios sempre acabavam quando suas bocas iam se encontrar. Kougyoku não sabia o que fazer depois de se aproximar, não imaginava como continuar um beijo.

Encontrou o meio-primo treinando no jardim do palácio. Ele esforçava-se em meio ao sol, chegando a soar movimentando sua lança de um lado para outro, quase não percebendo sua chegada. Surpreendeu-se vendo a menina acanhada esconder-se atrás das mangas do vestido enquanto vinha em sua direção.

— Deseja algo, Kougyoku-dono? — Hakuryuu posicionou a lança no chão ganhando um apoio para o braço artificial.

Estavam num local aberto, o campo verde se estendia cercando as entradas para outros cômodos, mesmo se quisessem falar alto e gritar dificilmente alguém os escutaria.

— Hm, na verdade acho que sim. — seus olhos percorriam o espaço freneticamente, não encontrava nenhum ponto fixo em que se sentisse segura a olhar. — Acho que você é o que tenho de mais próximo no momento, então queria perguntar algo...

Hakuryuu encarou-a curioso, os dois não foram próximos quando crianças, e mesmo tendo partido em uma viagem juntos mal trocaram palavras durante o percurso. Sabia que Kougyoku era uma princesa reclusa e que indiretamente sua irmã sempre fora mais reconhecida que a mais nova. Sabiam realmente pouco um do outro mesmo morando debaixo da mesma fortaleza, era estranho ela lhe procurar.

— Sinta-se a vontade. — procurou olhar outro canto também, ver a princesa incomodada com algo passou a lhe incomodar também.

— Como é b-beijar?! — questionou no ímpeto, cobrindo o rosto completamente constrangida.

O rapaz levou alguns segundos absorvendo a pergunta, tomando conta de quão vergonhoso era sua atual situação. Como se chamava aquele assistente que sempre estava com ela? E por que ela não foi tirar sua dúvida com ele? Hakuryuu sentiu o rosto arder lembrando-se de seu primeiro beijo com Morgiana. O que era irrelevante no momento, mas pelo menos sua experiência ajudaria a princesa de alguma forma.

— Vo-você precisa de alguém antes, depois é a-apenas beijá-la... — bagunçava o cabelo nervoso. — Estando próximos, você po-pode puxá-la, ou simplesmente pedir pelo beijo antes. — falhou inutilmente em deixar a voz firme, ele também era tímido tratando-se desses assuntos.

— Então tá, o-obrigada. — apressou o passo voltando a andar pelos corredores do palácio.

Sentia-se um pouco mais confusa, pensava que o homem quem deveria tomar a primeira iniciativa, mas pelo jeito era uma ideia errada. Kougyoku normalmente ignoraria esses assuntos dizendo não precisar disso, mas as palavras de Kouha lhe conquistaram de uma forma que a fez imaginar um beijo como a maior recompensa da vida de uma pessoa. O que tinha de mal em ela querer experimentar disso, era uma princesa afinal. Não, isso não tinha nada a ver com beijos, ainda sendo uma princesa beijaria apenas se encontrasse alguém que a quisesse verdadeiramente. E esse era seu pior problema.

Chegou ao seu quarto, jogando-se cansada na cama. Cansada de pensar, cansada de amar e não ser correspondida à altura. E foi pensando nisso que chegou a conclusão que talvez ninguém não demonstrasse sentir algo por ela, apenas por nunca ter beijado antes!

— É isso! — sussurrou colocando-se de pé no mesmo instante, aturdida com sua nova ideia.

Pensou em chamar Ka Koubun, mas conversar sobre esse assunto com ele seria constrangedor demais, ainda que os dois se vissem todos os dias. Hakuryuu havia a ajudado mais cedo. Kouha tinha suas próprias mulheres e qualquer outro homem a quem conhecia estaria de alguma forma comprometido ou seria ridículo demais para compreendê-la. Bufou sentando-se na janela do quarto, não conseguia pensar em ninguém. Listava todos que conhecia e que não teria problema em lhe dar uma mãozinha e ainda sim, não conseguia pensar em ninguém.

Estava desistindo quando viu um vulto escuro vindo por cima das enormes muralhas, era seguido por rukhs negros. Era alguém tão conhecido quanto sua própria mão. Como não havia pensado em Judal antes? Ele certamente ficaria feliz em ajudá-la. Ou pelo menos era isso que ela imaginava.

Correu indo de encontro ao magi que aterrissava no campo do palácio, tropeçou em seu vestido algumas vezes antes de chegar onde desejava. Ele estranhou aquela afobação da menina, seu cabelo estava tão bagunçado que só sentiu mais vontade de puxar aquele laço ridículo e terminar de desarrumá-la para ganhar alguns murros dela.

— Tudo isso é por que acabei de chegar?! — indagou convencido, era novidade ver Kougyoku atrás de si com tanta empolgação.

— Preciso... De você! — dizia suspirando entre as palavras, correra o mais rápido que pôde apenas para alcançá-lo.

— Espera aí bruxa velha, não vou simplesmente deixar de fazer minhas coisas pra te ajudar. — cruzou os braços sem lhe dar a mínima importância.

— Que coisas, Judal-chan? Você nunca faz nada quando está no palácio! — revirou os olhos nervosa. — Você é o único que pode me ajudar agora... — brincou com os dedos envergonhada.

— Seja rápida Kougyoku, não sou obrigado a prestar favores a ninguém. — torceu os lábios pouco contente com sua situação.

— Você poderia me ensinar a b-beijar? — cobriu o rosto perdida em pensamentos, talvez devesse simplesmente esquecer esse assunto e deixar que as coisas acontecessem naturalmente.

Talvez também fosse um pouco tarde para esquecer o que dissera.

Judal subitamente abaixou as mãos dela num tapa, deixando seu rosto agora visível. Agarrou sua cintura, puxando-a para si e tascando-lhe um beijo sem avisos. Não qualquer beijo, mas havia algo oculto e profundo naquilo que fazia. Ele subiu uma das mãos a sua nuca, segurando-a atentamente e ajudando ela a se movimentar enquanto pedia passagem com sua língua. O magi passou a lamber os lábios da princesa a fim de acalmá-la, até que ela finalmente cedeu espaço para ele aprofundar o beijo. Judal não via o porquê de impor limites, afinal quem pedira por aquilo fora a própria Kougyoku.

Desceu sua mão novamente, rodeando-a pela cintura. Em seguida inclinou seu corpo sobre o dela, tirando Kougyoku do chão para que se colassem mais um ao outro. Ficaram assim até ele cansar separando-se sem olhá-la.

— Se você queria um beijo, deveria ter pedido antes. — disse simplesmente antes de deixá-la sozinha ainda sem entender nada e assustada.

No fim de tudo, a princesa tivera seu primeiro beijo roubado. Não tinha pedido um beijo como Judal dissera, havia pedido apenas a explicação.


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Notas finais do capítulo

Hmm, apenas para lembrar, Judal (goxtoso) usa magia de levitação, então ele meio que chegou voando fdhbisdom
VAMOS, ME ABRACEM E ME DIGAM O QUANTO JUKOU É LINDO ♥ e podem aguardar o flood na categoria pq se depender de mim, vou lotar aqui de JuKou e EnEi hahaha
Críticas e sugestões são bem-vindas, por favor comentem!