Behind Black eyes escrita por AnnaBlack


Capítulo 12
Let me save your life.


Notas iniciais do capítulo

Galerinhaaaaaaaaaaaaaa, to de volta pra felicidade de vocês ahahahahah boa leitura, meus amores!



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Continuação...

Senti um calor se apoderar de todo meu corpo ao terminar de descer as escadas, sentindo o olhar de Seth fixo em mim.

Parei a sua frente e sorri, me curvando como uma princesa e rindo em seguida.

– Oi. – murmurei, voltando a olhar pra ele e sorrindo de canto.

Ele me olhou dos pés a cabeça, como se me analisasse e sorriu. Não pude evitar corar.

– Você está... uau! Eu só... uau! – ele dizia, respirando fundo e rindo baixo. Deu um passo a frente, se aproximando de mim e segurou minha mão, depositando um beijo na mesma. – Você está mais maravilhosa do que todos os dias e eu não estou acostumado a ter uma preciosidade dessas ao meu lado, desculpe. – ele disse baixinho e eu não contive um riso baixo.

– Tudo bem. Acho que eu também não estou acostumada a freqüentar bailes repletos de vampiros e lobisomens. – ri e olhei confusa para o buquê em suas mãos. – Seth?

Ele ergueu o olhar para mim, logo após olhar de canto de olho para meu irmão, que apenas sorriu e assentiu, abraçando Nessie pela cintura. Respirou fundo e pude perceber que sua mão que ainda segurava a minha tremia ligeiramente. Dei um aperto leve em sua mão e sorri para ele.

– Amanda, eu... – ele fechou os olhos e respirou fundo. Estava começando a ficar confusa. O que diabos estava acontecendo? Foi então que minha boca se abriu em choque, ao vê-lo se ajoelhar a minha frente, me estendendo o buquê e abrindo os olhos, me encarando profundamente em seguida. – Vou falar. E para de me olhar com essa cara de quem vai explodir em risadas, Paul, que merda! – ele disse, lançando um olhar ameaçador para Paul, que apenas ergueu os braços em rendição, soltando um riso baixo. Então ele suspirou e voltou a olhar pra mim. – Amanda, você quer namorar comigo?

Não pude evitar arregalar os olhos e levar as mãos à boca, surpresa. Quer dizer, eu sabia que aquele pedido era nada mais do que uma simples forma de oficializar o que todos já sabiam: eu e Seth estávamos juntos. Mas confesso que não esperava receber um pedido desses em meio a tanta confusão e minutos antes de irmos para um baile.

Soltei uma risada e segurei o buquê em minhas mãos, analisando cada pétala azul de cada rosa presente ali. Era lindo e era exótico. Acho que era meio que uma representação do meu relacionamento com Seth.

Voltei a olhá-lo e dessa vez pude perceber a ansiedade tomando suas grandes orbes pretas. Sorri e segurei em sua mão, o ajudando a se levantar. Ele me olhou, como se esperasse uma resposta, e eu coloquei uma mão em seu rosto, sorrindo e entortando levemente minha cabeça para o lado.

– É claro que eu quero. – disse, sorrindo e antes que eu pudesse ter noção, senti suas mãos ágeis enlaçarem minha cintura e me puxando para perto de si.

– Eu amo você. – ele murmurou, com o rosto próximo ao meu. Pude sentir sua respiração se misturar a minha e seu cheiro amadeirado me deixar embriagada. Pude ouvir Jacob resmungar, mas naquele momento o ciúmes idiota do meu irmão não importava.

Sorri e passei as mãos pelo pescoço de Seth. – Eu também te amo. – murmurei, roçando meus lábios no dele e sentindo-o suspirar, antes de acabar com o espaço entre nós e me beijar.

Era incrível como cada beijo parecia ser melhor do que o anterior. Todos possuíam a mesma emoção, a mesma faísca que anima um romance. Todos os beijos pareciam ser como o primeiro, até mesmo melhores e isso deixava Amanda extasiada. Ter ao seu lado, como namorado – finalmente ela poderia usar essas palavras – um cara que ela sabia ser o certo para ela, era algo maravilhoso.

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O baile estava perfeito. A decoração estava melhor do que qualquer um poderia esperar. Pequenas lâmpadas pendiam da parte de cima da tenda erguida ali e, juntamente com algumas velas colocadas sobre as mesas, formavam uma iluminação maravilhosa.

Tudo decorado em tons de dourado e azul claro. Me sentia em um filme de princesa da Disney, com meu príncipe a minha frente, sorrindo maravilhosamente para mim.

Era possível ver muitos casais novos se formando por ali. Colin havia tido um imprinting com uma garotinha pequena, de uns 14 anos e agora estava sentado em um dos bancos ali colocados com ela, e parecia realmente e sinceramente interessado em qualquer que fosse o que ela estivesse dizendo.

Quil parecia encantado demais com Claire girando com seu pequeno vestido de princesa e sua coroa na cabeça. Era possível ouvi-la dizer que era a Cinderella e que Quil era sua fada madrinha. Não contive conteve um riso ao vê-lo naquela situação.

Beberiquei um pouco de sua bebida e olhou para Seth, que me abraçava pelos ombros.

– Quil e Claire é a prova de amor mais viva que eu já vi. – disse, vendo Seth me olhar e fazer uma careta. Ri de sua reação. – É sério!

– Achei que eu fosse a prova de amor mais viva que você já viu. – ele disse, fingindo estar magoado. – Qual é, eu namoro a filha de um cara do conselho, que ainda por cima é irmã do meu alfa, que no momento não para de me olhar como se eu fosse te agarrar a qualquer momento. – ele riu e disse essa última parte ao pé do meu ouvido.

Não pude evitar sentir o arrepio que percorreu minha espinha e o fez sorrir.

Me preparei para me afastar dele, pronta para olhá-lo e dizer que ele não tinha motivos para se preocupar, quando senti sua mão apertar minha cintura e ele me puxar para trás de si.

Pude ouvi-lo grunhir e, de repente, pude ver Alice plantada ao meu lado e o olhando como se pedisse permissão para ele.

– Vá com Jacob. Eu fico com ela. – ela disse e pude ver Seth me olhar com dor perspassando em seus olhos. Ele se aproximou de mim e beijou minha testa, suspirando fundo.

– Vai dar tudo certo. Eu vou proteger você. – ele disse, se afastando de mim e segurando minha mão. – Nem que seja a última coisa que eu faça.

Abri a boca para protestar, mas senti Alice me puxando para longe dali.

Ela parou ao chegarmos em um cômodo pequeno do lado de fora da casa.

– Fique quieta aqui e passe esse perfume. – ela disse, me entregando um pequeno frasco. – Ele desconhece esse cômodo e o perfume ajudará a mascarar seu cheiro. – ela me olhou e se levantou. – Cuidado. E lembre-se do que Nessie te disse. – ela sorriu fraco. – Vamos te proteger, Amanda. – apenas concordei com a cabeça, assustada demais para tentar dizer algo. Ela sorriu uma última vez e abriu a porta novamente, saindo e fechando-a atrás de si.

Foi então que eu me lembrei de respirar. Minha cabeça doía e eu não sabia o que pensar. Me sentei no chão e espirrei o perfume em mim mesma, assim como Alice havia pedido.

Eu confiava em todos eles. Mas temia. Temia que algum deles se machucasse por minha culpa. Temia que Seth se machucasse. Eu preferia morrer ao vê-lo sofrendo ou se machucando para tentar me proteger. Me culparia por toda a minha vida se algo acontecesse a eles.

Mas eu tinha medo. Medo de morrer. Acho que por um infeliz paradoxo, isso era o que me mantinha viva.

Sabia que não poderia chorar. Qualquer barulho que eu fizesse, qualquer coisa que demonstrasse toda a minha humanidade poderia ser como um golpe fatal.

Suspirei fundo e encostei a cabeça na parede atrás de mim.

Meus olhos permaneceram abertos, atentos e arregalados. Eu estava sinceramente apavorada.

Foi então que senti meu sangue gelar e meu coração apertar. Vi uma sombra passando pelo lado de fora da porta e levei uma das mãos a boca, tentando de uma forma infantil abafar a minha respiração para que não me descobrissem ali.

Obviamente, todo o meu esforço foi em vão.

Alec abriu a porta vagarosamente e, ainda que estivesse escuro, eu tinha a certa de que um sorriso presunçoso brincava em seus lábios. A luz do lado de fora iluminou o pequeno compartimento e ele arregalou os olhos, fingindo estar surpreso. Cínico de merda.

– Ora, ora, ora. – ele dizia em um tom de humor e se abaixou a minha frente. Tocou meu rosto com a ponta dos dedos e eu virei a cara para ele, que bufou a minha frente. – Isso são modos? Tsc Tsc.

Não pude evitar soltar uma risada irônica.

– Você veio aqui para me matar e espera que eu tenha modos por você? – cuspi as palavras, mesmo sabendo que havia provavelmente assinado meu atestado de óbito naquele momento.

Ele arqueou a sobrancelha e entortou a cabeça levemente para o lado.

– Te matar? Ah, não. – ele sorriu presunçoso e senti sua mão passear pela minha perna por debaixo do vestido, parando na fita que prendia o facão. Tentei me desvencilhar dele, mas sem sucesso. – Opa, olha só o que temos aqui. – ele tirou o facão e o olhou, analisando. Então voltou seu olhar pra mim. – Eu não vim te matar, amor. Matar seria muito fácil. Eu quero ver seu irmão sofrer.

E então, antes que eu pudesse sequer pronunciar, senti o facão atravessar minha panturrilha.

Tenho certeza de que meu grito de dor pode ser ouvido a quilômetros de distância. O suor escorria do meu rosto, enquanto eu tentava ignorar a dor e o sangue escorrendo pela minha perna.

Alec apenas sorria, como se estivesse se divertindo com tudo aquilo. Suas mãos percorreram o corte profundo e ele retirou o facão dali, me fazendo gritar novamente. Ele parecia em êxtase quando viu sua mão repleta de sangue. Eu não controlava mais as lágrimas que caiam pelo meu rosto. Lágrimas de dor, de desespero.

– Seu sangue cheira ainda melhor do que eu pensava. – ele disse, lambendo um de seus dedos e passando o facão manchado de sangue pelo meu rosto. – Tão bonita, mas tão fracamente humana. – ele disse isso, rindo, enquanto cortava minha bochecha. – Estou bem alimentado, apenas para poder te torturar mesmo vendo você sangrar dessa forma tão deliciosa.

Eu mordia o lábio com força, tentando ao máximo não gritar. Senti meu braço sendo cordado e meu vestido, antes com a barra branca, assumia um tom macabro de vermelho.

Agüentei tudo calada, me esforçando ao máximo para não gritar, enquanto sentia a dor tomar todo o meu corpo. Sentia meu coração fraquejar e com toda a certeza do mundo, eu poderia dizer que iria desmaiar a qualquer momento.

Foi então que a pior dor que eu já senti na minha vida cegou meus olhos. Ele posicionou o facão em minha barriga e antes que eu pudesse implorar pra que ele parasse, senti a afiada faca adentrar minha barriga. A dor era excruciante, mas depois de segundos, tudo passou.

E tudo ficou preto.

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POV Seth

Senti meu coração se despedaçar ao ouvir um grito. Lágrimas desciam pelos meus olhos e tudo que eu podia fazer era correr. Eu precisava chegar até Amanda. Eu precisava impedir que o pior acontecesse.

Podia ouvir e perceber os outros correndo atrás de mim. Quando chegamos ao lugar em que Alice havia deixado Amanda, senti meu coração parar. Alec sorria maníaco, mas o que me doía o peito era o que estava aos seus pés.

O coração dela ainda batia, mesmo que vagarosamente. Eu podia ouvir. Mas ela sangrava tanto que eu não poderia dizer... Ela não podia morrer.

Tudo o que eu queria fazer era arrancar a cabeça de Alec antes que ele pudesse abrir a boca. Mas senti Edward colocar as mãos em meus ombros, me dizendo que cuidar de Amanda era minha prioridade.

E era mesmo.

Alec foi morto em questão de minutos. Jacob estava tão furioso quanto eu e Emmett o ajudou a arrancar a cabeça daquele filho da puta, para depois colocar fogo nele.

Me transformei novamente para a forma humana e vesti rapidamente minha bermuda.

A luz da lua deixava aquilo parecido com um filme de terror. Me abaixei ao lado do amor da minha vida e peguei-a em meus braços, deixando que toda a dor e desespero por vê-la daquela forma tomassem conta de mim.

Eu não podia perdê-la. Não seria nada sem ela.

Carlisle se abaixou ao meu lado e começou a medir seu pulso.

– O que... o que vai acontecer? – eu disse, entre soluços, tentando em vão tirar aquela imagem macabra de minha mente. – Ela vai ficar bem, né?

Pude vê-lo trocar um olhar preocupado com Edward, que logo se encontrava abaixado ao meu lado.

– Seth, eu preciso que me escute. – ele disse, segurando em meus ombros e me fazendo olhar para ele. – Ela perdeu muito sangue. – ele murmurou. – Não vai... não vai agüentar.

– NÃO! – eu gritei, deixando as lágrimas caírem desesperadamente pelo meu rosto. Jacob se prostou ao meu lado e vi que também chorava.

Eu não podia aceitar a ideia de viver em um mundo sem Amanda. Ela era a melhor e mais importante parte de mim. Não poderia viver sem ela. Não mais.

Edward suspirou fundo e pude vê-lo segurar o braço de Amanda com cuidado. Olhei para o rosto dela mais um vez e percebi que ela parecia.... não parecia mais viva. Respirava vagarosamente, como se estivesse dormindo, mas era possível perceber que a vida se esvaia de seu corpo pequeno.

– Seth. – Edward disse, mas sua voz parecia longe. – Você salvou minha vida uma vez. Com Victoria. Por favor, me deixe salvar a sua agora.

Eu sabia a que ele estava se referindo. Jacob também. Mas nós não tínhamos escolha. Era errado, claro que era. Mas era melhor do que um mundo sem ela. Amanda vampira era melhor do que Amanda morta.

Eu não tinha forças para falar então tudo o que eu pude fazer foi assentir, juntamente com Jacob.

E então, em menos de minutos, estava feito. Agora era só esperar.


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Notas finais do capítulo

Bom, amores, espero que tenham gostado! E comentem! E, ah, só avisando que a partir de agora, só pra deixar tudo mais organizado, a fic será atualizada todo sábado! Obrigada por lerem! Até sábado que vem!



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