Por que ele era Tom Riddle.

E ela não era ninguém.

Por que ele era descendente de Salazar.

E ela nasceu com azar.

Por que ele tinha ideais a cumprir.

E ela tinha sorrisos a distribuir.

Por que ele era o mestiço mais temido.

E ela a sangue-ruim mais adorável.

Você-sabe-quem ele era.

E dela nunca ouviu falar.

Agora ela jazia morta.

Pele cor de marfim.

E aquele sorriso bondoso que nunca tinha fim,

Na verdade tinha sim.

Mas ele nada podia fazer.

Apenas sofrer.

Sofrer por que com sua própria mão,

Dilacerou seu coração.

E aqueles olhos dourados cor de verão,

Estavam opacos cor de outono.

Por que afinal,

Folhas secas caem e a terra as engole.

E aquele corpo outrora imaculado,

Estava sendo velado,

Para a sete palmos da terra

Ser enterrado.

E ele gritou.

Como se com o grito pudesse,

Trazer de volta os mais queridos,

Os torturados pelas mãos do mestiço renegado.