Saint Seiya: The real Omega escrita por ryokross


Capítulo 1
Prólogo: κόσμος


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevo fics porque é um passatempo prazeroso e eu o faço da maneira que eu gosto.
Logo, minha forma de narrar a trama pode não agradar e foi porque eu não pensei em agradar os leitores. Sinto muito mesmo se isso pode soar egoísta.

Isso é apenas um prólogo para apresentar a nova realidade das personagens de Omega. A narrativa corrida e sem muita explicação foi totalmente proposital. Afinal, ninguém espera que eu responda todas as perguntas de uma vez só, não é? XD



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Com o passar dos anos muitos dos deuses Olimpianos foram derrotados e/ou selados, em vinte anos tanto a antiga como a nova geração de cavaleiros participaram de guerras santas.

Todas as áreas de influências do panteão (amor, guerra, vida, morte...) são necessários para manter o mundo em equilíbrio, a necessidade do cosmo em manter o equilíbrio fez com que novos deuses menores ascendessem à divindade ocupando o lugar de antigos deuses. Pois assim foi decretado pelo Nada e o Vazio, entidades existentes antes mesmo dos deuses primordiais. E de sua comunhão nasceram tudo que existe, até os deuses.

Na antiguidade Atena em sua sabedoria viu a necessidade de se manter o equilíbrio, necessidade da qual ela alertou Zeus. Assim Athena ficaria encarregada de proteger a Terra e os seres humanos, a raça eleita pelos deuses, a mando de seu pai.

Vinte anos atrás a guerra contra Marte terminou indeterminada. Houve muitas baixas no exército de Athena e aqueles que sobreviveram carregam sérias sequelas pela marca de Marte. Shiryu esta cego, mudo e surdo e não pode se mover, porém mantêm seu status de cavaleiro de libra. Hyoga não consegue alcançar o 0 absoluto mas continua como cavaleiro de aquário. Shun se tornou o cavaleiro de virgem entretanto as marcas que carrega no corpo o impedem de lutar, não querendo deixar de ajudar a humanidade ele se tornou médico e atua como andarilho curando enfermidades por onde passa. Ikki desapareceu, certo de que contribui por muitos anos para proteger Atena. Se permitiu morrer e ir de encontro com Esmeralda e levando consigo a lendária armadura de fênix.

Marte sumiu. Mas a existências de suas marcas significa que ele ainda esta vivo em algum lugar.

O mundo esteve em paz. Mas o destino não quis assim. Embora os domínios da existência estivessem em equilíbrio um deus sempre tentará ocupar a liderança do panteão, é de sua natureza. Deuses são mera personificação daquilo que representam, eles existem pra isso.

Pallas é atual deusa do amor. Ela apenas sente amor e compaixão pelos seres humanos, até um pouco de pena por ser uma espécie que se destrói por motivos fúteis. Embora não fosse maligna ela se sentiu impelida a tramar contra Atena, para fazer o amor ser o domínio mais poderoso da existência. Pois para ela até a mais moribunda criatura deve ser capaz de sentir o que é o amor e para isso foi capaz de fazer um pacto com forças obscuras.

Pallas semeou o amor entre Seiya e Saori, uma paixão tão forte que foi além de suas responsabilidades de cavaleiros e deusa. Assim o corpo puro de Atena foi maculado e em seu ventre ela carregava a vida de duas crianças. Como parte do pacto de Pallas, Ionia descobriu tudo. O cavaleiro que costumava ser rígido, mas bondoso e compreensivo estava diferente... Inflexível. Considerou Seiya um herege. Seiya não poderia contra todos os novos cavaleiros de ouro e se culpava pelo pecado que cometeu mesmo que não tivesse intenção. Seja pela força militar que Ionia possui, seja pelo próprio peso de sua consciência o cavaleiro de sagitário foi julgado e punido a passar o resto de seus dias preso no cabo sunion.

– O que foi isso!? Saori Kido, não posso acreditar no que você fez! Você envergonha todos aqueles que dedicam suas vidas para protegê-la! – Ionia estava indignado, furioso. Perplexo não é o suficiente para descrever o que sentia.

Saori e Seiya estavam confusos. Não conseguiam entender o que houve. Ionia não permitia que falassem algo para se defenderem, não poderiam. Ionia viu tudo. Não há argumentos que desmintam o que ocorreu.

Foi permitido a Saori permanecer no santuário até as duas crianças nascerem. Ionia foi misericordioso com ela, apesar de suas duras palavras e estar claramente alterado. Em respeito as inúmeras vezes em que ela arriscou a vida em prol da humanidade.

Assim que a menina nasceu o bastão, Nike, manifestou-se diante de Ionia e de seus conselheiros Gembu e Medeia. Declarando o nascimento da nova guardiã da humanidade, aquele bebê com os olhos cheios de pureza seria a nova Atena.

Mas havia algo de errado. Logo que a nova deusa nasceu, Saori deu a luz a um menino.

Ionia e seus conselheiros discutiram sobre o que deveriam fazer a respeito disso. Um humano que teria dividido o mesmo ventre que uma deusa seria motivo de escândalo em todo o santuário. Ninguém teria certeza o que aquele bebê poderia se tornar no futuro. Gembu se empenhou verbalmente de todas as maneiras que pode para manter o menino em segurança, mas Medeia e Ionia chegaram a conclusão que ele deveria ser morto e suas existência jamais ser revelado ao santuário.

Porém Ionia não seria capaz disso. Apesar da influência que rondava sua mente, matar um bebê ia contra sua natureza bondosa. E foi por isso que ele requisitou uma amazona de sua confiança, que nunca falhará nas missões especiais que fora enviada antes.

"Devo evitar que o santuário saiba da verdade. Não poderia imaginar o escândalo... Mas não posso dar um fim em um bebê. Só existe uma amazona em quem eu confio e que seria capaz disso. Uma vez feito isso, eu vou me encarregar que a garota se torne a melhor Atena que já existiu" - Ionia

Esta amazona era Shaina.

– Me desculpe, Saori. Um dia você vai me agradecer por isso.

A amazona tomou a criança em seus braços e deu as costas para Saori, carregando seu filho para longe. Deixando para trás um Tatsumi confuso ao lado de sua chefe sem saber o que fazer para acalma-la. Não podia imaginar o quão doloroso é uma mãe perder os dois filhos no mesmo dia.

Matar uma criança vai contra tudo que a Shaina acredita. Matar o filho de Saori Kido seria um pecado sem perdão e aquele era o filho de Seiya, afinal.

A esta altura Saori já estava expulsa do santuário e quilômetros de distância, em direção as empresas Kido. Shaina sabia de toda a verdade. E agiu de acordo como seu coração mandava. Ela carregou o bebê até muito além do santuário e entregou a criança a uma família de pessoas de bom coração, simples e gentis. O casal que acolheu o bebê aceitou de bom grado, pois tinham um grande respeito pelos cavaleiros.

Ela deixou o bebê Kouga com eles até completar quatro anos, para encobrir quaisquer rastros de sua existência. Mas Shaina teria que tornar aquele pequeno garoto em cavaleiro, e assim o fez. Levando a criança de volta para o santuário e treinando, alegando ser um órfão que ela encontrou durante uma missão.

Dez anos depois:

Era um dia ensolarado. Tal como costumava ser, aliás, era uma manhã realmente quente e o sol podia ofuscar a visão em certas direções. Tudo dependia do ângulo em que seu campo de visão estivesse encaixado.

Shaina sempre fora muito austera, ríspida e exigente nos treinamentos. Kouga pouco se lembra dos raros momentos em que ela mostrou sinais de gentileza. Para ser honesto – e se tratando de momentos de gentileza – só lhe vem em mente as suas memórias mais antigas, quando ele ainda era apenas uma criança. Shaina por ser uma amazona pode até negar o fato de que é uma mulher, mas Kouga podia sentir que seu instinto maternal brotava as vezes. Talvez por pura camaradagem do que por um sentimento genuíno.

Nos treinos Shaina sempre foi rigorosa. E apesar de terem acordado bem cedo como costume (o treino de Kouga iniciava bem cedo e ele viveria uma rotina militar) aquele era um dia especial. Um dia importante. Shaina estava ainda mais exigente e o jovem aspirante a cavaleiro realmente estava preocupado com que viria a seguir.

Era o dia que saberiam quem seria o detentor da armadura de pegasus. E Kouga enfrentaria outro candidato pela armadura, o vencedor leva o premio.

Os treinos com Shaina são perigosos. Shaina é perigosa (e na verdade, Kouga imagina que seja por isso que ela espante tantos os homens...) mas nada era perigoso como aquilo. Era uma batalha real, ele poderia morrer e Kouga sabia muito bem disso. Matar alguém que nunca me lhe fez mal também não o agrada nenhum pouco.

– Pobre Shaina. Olha só para o aluno dela... Ainda bem que usa essa mascara, sua vergonha seria perceptível a quilômetros. Afinal, qual o sentimento de falhar como mestra no mesmo teste D-U-A-S vezes? – O cavaleiro de prata demonstrava um largo sorriso debochado, ele se esforçou para não gargalhar para manter uma postura mais... Profissional.

Shaina é uma amazona bastante renomada e conhecida. E todos conhecem seu temperamento. Ela não deixaria uma provocação como esta sem uma resposta a altura.

– O que houve Mirfak? Você fala muito mas ainda não mostrou nada como professor. Ansioso para ver se é tão ruim como professor quanto é como cavaleiro? Acordou decidido a expor sua frustação por nunca ter me vencido em batalha? – Shaina cruzará os braços, ele não merecia sua atenção mais.

Mirfik por sua vez gritava alguma coisa para seu discípulo acabar rápido com a luta.

“Você não entende Mirfak. Não posso culpa-lo. Afinal você não conhece o Kouga, você não sabe de toda a verdade. Apesar dele ter uma cara de paspalho não existe ninguém mais qualificado para herdar esta armadura.”

O oponente de Kouga era alto, mas com uma musculatura mais esguia do que bruta. Jogará o garoto para longe com apenas um soco o fazendo atingir com força uma arquibancada de concreto. Seja por ainda não estar preparado, seja por ter sido pego de surpresa, seja porque estava perdido em seus próprios anseios; Kouga não foi capaz de se defender nem esquivar do ataque.

“Não é o fato de ele ser o filho de Saori e do Seiya. Ele é tão humano quanto qualquer um aqui. Não é o que corre em suas veias que definem quem é o Kouga. O Kouga é acima de tudo uma pessoa que odeia perder, ele se esforça de mais. Ele merece mais que todo mundo essa armadura por quem ele se tornou, não por suas origens. “

Kouga levantará com dificuldade. Suas costas doíam, sua visão estava turva, entretanto podia ainda discernir quem era quem. Aquilo era tudo que ele podia fazer, havia treinado para aquilo. Não era hora para ter pena. Shaina ensinou tudo que ele precisava, ele havia memorizado a constelação de pegaso semanas antes. Shaina o guiou para o caminho do cosmo.

Kouga queimou seu cosmo, com suas mãos desenhou a constelação de pegasus. Era hora da verdade, ele tinha de dominar a técnica que tanto treinou com Yuna.

– Não pode ser. Meu soco deveria ter fraturado os ossos dele. – Robin da um passo para trás, treinará a vida toda para ter o soco mais mortal entre os cavaleiros. – Mas não vai sobreviver ao segundo. Isso eu garanto! – Concentrando seu cosmo nos punhos, avança em direção a Kouga.

– AGORAAAAAAAA....PEGASUS RYUSEIKEN – Vários socos atingem o inimigo, fazendo seu rosto sangrar. Seu corpo não foi lançado muitos metros para trás. Mas seu crânio havia fraturado, Robin morreu de pé.

Mirfak antecipou a derrota de seu aluno. Já teria abandonado a arena segundos antes do golpe. Não daria o gosto de Shaina debochar dele.

Shaina orgulhosa dizia baixinho:

– Eu tenho certeza de que o Kouga fará sua própria lenda.


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Notas finais do capítulo

É isso. As tretas never ends.Você deve estranhar porque eu citei a Shaina tantas vezes, não é? Pois na minha fic cavaleiros de prata não serão buchas. Até porque o Eden é um...

Narrativa corrida porque eu me preocupei mais apresentar a nova realidade no prólogo, o que seria muita coisa para explicar. E nem tinha a intenção de mostrar o Kouga ganhando a armadura.



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