Sonhos nunca morrem escrita por Amélie Henz


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, voltei a escrever está história. Mudei a forma de escrita e espero que vocês gostem. Estou com 4 livros para fazer e estudos, claro. Portanto, essa história e a outra terão apenas um ou dois capítulos por semana. Um grande beijo.



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O estado em que Rosa estava, me deixava com o coração na mão. A médica pediu para que nos retirássemos da sala, pois ela teria que fazer a retirada do feto, aquelas palavras foram para mim como uma faca cravada no peito. O rosto de Leigh abatido e cansado era de dá dó. Castiel o consolava e ele chorava como nunca.

Após quase uma hora de espera a médica diz que Rosa precisaria passar o resto da noite descansando, pois ela estaria muito triste. Eu e Castiel ficamos no canto da parede dormindo, enquanto Leigh não pregava o olho. Amanheceu e Leigh estava lá, parado, com as mãos cruzadas, encostado na parede com os olhos fixados no chão, Castiel se aproximou e disse:

— Leigh? Você não quer dormir um pouco? Ficamos aqui com Rosa.

Ele retirou-se da parede rapidamente e disse:

— Não precisa se preocupar, fico aqui sem problemas, apenas quero saber como ela está.

A médica então se aproximou de nós e disse:

— Vocês podem vê-la, mas ela pediu para que Charlote entrasse.

— Mas eu quero ver ela. — disse Leigh alterando a voz.

A médica então repetiu:

— Ela disse que queria ver apenas Charlote.

Leigh sentou-se na cadeira e cruzou novamente seus braços.

Fui com a médica até a sala em que Rosa estava, ao entrar Rosa estava com seus olhos inchados e com uma cara péssima, nem parecia aquela garota que conheci na escola, alegre e sorridente. Sentei ao seu lado e peguei em sua mão, ela estava sentada segurando uma parte do lençol e olhando para frente sem piscar os olhos, e disse:

— Eu sou tão inútil, que não consegui segurar por nove meses uma criança.

Contestei dizendo:

— Não diga isso, você é uma mãe maravilhosa, a forma como você conversava com ele em sua barriga demostrava isso.

Rosa chorava em silêncio, suas lágrimas caiam no lençol lentamente, e elas segurava o pedaço do pano como se estivesse matando alguém. Ela então parou e olhou para mim.

— Leigh vai me odiar.

— Leigh te ama Rosa, ele passou a noite toda querendo saber como você estava, ele se preocupa com você.

Ela virou-se para o outro lado da cama e disse:

— Não quero ver ninguém, me deixa só um pouco.

Eu aceitei a sua proposta, mas continuava preocupada com ela. A médica responsável me chamou no canto e disse:

— Sua amiga por mais que ela tenha um temperamento razoável, o fato dela ter perdido o filho, a abalou muito, e eu tenho que aconselhar você como amiga próxima, a leva-la num psicólogo. Eu tenho evidencias que sua amiga está com depressão.

Aquele nome “Depressão” me deixou mais triste ainda. Meu Deus, Rosa com depressão.

— Ela deve ter muito apoio de toda a família, e das pessoas próximas a ela.

Eu balancei a cabeça e fui para a sala de espera, Leigh estava mais calmo. Quando me avistou, veio correndo saber notícias dela.

— E ela como está? Por que ela não me chamou?

— Calma, Leigh! Eu preciso te dizer uma coisa.

Leigh ficou mais preocupado ainda.

— Fala logo Charlote!

Castiel ficou parado olhando para mim curioso e preocupado.

— Rosa está com depressão.

A expressão que Leigh fez, foi algo de cortar o coração. Ele sentou, colocou as mãos na cabeça e disse:

— O que eu vou fazer agora?

Me abaixei e me aproximei.

— Você deve ama-la mais ainda. Deve ficar do lado dela nesse momento. O que ela precisa é de você e do seu apoio, eu posso dar como amiga, mas o seu será mais importante.

Leigh perguntou se poderia entrar na sala, mas eu disse que ela não queria visitas. Ele levantou e disse que iria para casa e que depois voltava.

— Você pode ficar aqui por mais algum tempo?

— Claro que sim.

 Castiel o acompanhou até o estacionamento, quando voltou me disse:

— Eu estou muito preocupado, a mãe de Leigh ligou dizendo que cancelou o casamento, os pais de Rosa estão viajando e ele não quis dizer o que aconteceu.

Castiel me abraçou e eu disse:

— Tudo vai ficar bem, ela vai sair dessa.

2 horas depois...

A médica de Rosa, disse que ela teria alta, mas que eu procurasse um psicólogo para ela.

Cheguei no quarto e ela estava de costas, colocando uma blusa. Depois que se virou para mim, estava pálida, com olheiras, não era a Rosa de sempre. Cheguei perto dela e ajudei a se levantar. Sai com ela e Castiel estava nos esperando. Ele se surpreendeu com a face de Rosa, ela não era a mesma. Levamos ela até o carro e Leigh chegou, ele olhou para ela e tentou abraça-la, ela se recusou dizendo.

— Não me olhe.

Ele ignorou o que ela disse e a abraçou forte, ele fechou seus olhos e ela parecia estar confortável, mas começou a chorar logo em seguida. Fiquei olhando eles dois e Castiel do meu lado. Entramos no carro e Leigh permaneceu abraçado com ela no banco traseiro. Leigh disse:

— Eu vou levar ela para minha casa.

Ela questionou:

— Não, o que seus pais vão achar de mim, eu não sirvo para nada, só para atrapalhar. Não.

— Rosa, você não atrapalha, você é minha noiva, a mulher que eu amo, e eu vou cuidar de você.

Castiel levou eles até a casa de Leigh. Eles desceram e entraram. Olhei para Castiel e disse:

— Eu não sei se quem está mais triste sou eu ou ele.

— Vamos para casa descansar, amanhã a gente vem visitar eles.

— Está bem.

Fomos para casa e os pais de Castiel e minha mãe estavam preocupados.

— Onde vocês estavam? — disse minha mãe.

— Rosa perdeu o filho.

Eles ficaram todos assustados.

— Ficamos com ela e Leigh a noite toda. — disse Castiel.

Minha mãe me abraçou e disse.

— Minha nossa. Ela estava tão feliz.

Subi para tomar um banho. Castiel ficou falando com o pai dele. Desci, comi uma besteira e voltei para o quarto. Eu estava morrendo de cansada, aquela noite acabou comigo, tanto fisicamente, quanto sentimentalmente. Ver Rosa naquela situação me deixou muito abalada, ela estava mesmo tão feliz com o casamento e com o filho e agora ela está assim. Deitei na cama e logo em seguida Castiel deita comigo. Dormimos profundamente.


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