O Legado - Trono Perdido escrita por C0nfused queen


Capítulo 2
Capítulo 2. - Quem você pensa que é?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo dedicado a minhas lindas leitoras, em especial para a fofa Letícia Paixão, Thalia Pevensi, Luz e Probably angel, minhas princesas fofas que não deixaram de comentar, espero ver vocês sempre aqui viu?
Espero que gostem e nào deixem de me dizer o que vocês acharam, comentem, favoritem, recomendem e blá, blá, blá. Bjs e até a próxima S2



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A temperatura era bastante amena, fazendo com que todo o meu corpo sofresse com o intenso frio, o vento forte fazia algumas árvores localizadas próximas à rua chacoalharem suas folhas amareladas, devido à proximidade do outono, a chuva aos poucos começava a cair, tornando meus cabelos úmidos e ensopando aos poucos minha roupa, eu apertava meus braços contra meu corpo, tentando inutilmente me aquecer. Isaac caminhava silenciosamente a meu lado, cantarolando uma música desconhecida por mim, batendo levemente suas mãos contra a coxa, não se importando muito com nossa condição, apenas entretida demais em sua melodia.

Os carros seguiam apressados pela rua, fazendo com que apenas buzinas e sons de freios estridentes pudessem ser ouvidos. Eu tentava ignorar o menino que a pouco eu havia visto do outro lado da rua, seu rosto perfeito e corpo bastante definido lembrava-me uma das várias esculturas que nossa professora de Artes, senhora Lucy, mostrara no semestre passado, seus cabelos loiros lembravam-me o nascer do sol, eram praticamente dourados, completamente lisos, mas rebeldes, seus lábios bastante vermelhos eram completamente atrativos, mas o que mais prendera minha atenção fora seus olhos, azuis, eletrizantes, cativantes, mas ao mesmo tempo assustadores, acima de tudo, perfeitos. Não conseguia entender por que isso prendera tanto a minha atenção, ele deveria ser só um daqueles garotos de família rica que se revoltara por não ganhar uma moto nova, ou o último lançamento da Ferrari, e que como uma forma de se vingar, decidiu fugir para um dos pequenos bairros de Nova York, sim, ele era perfeito demais para ser uma pessoa qualquer.

–No que você tanto pensa? – Isaac me fitou por um instante, depois voltando sua visão para o chão, pude perceber que ele contava as fendas enquanto caminhávamos, temendo que eu ignorasse sua pergunta. – Você ainda está com raiva por eu ter dito aquilo sobre os seus pais?

Eu não o respondi, nem ao menos sabia o que responder sim eu estava magoada, odiava a ideia de que não iria mais vê-los, mesmo que isso já tivesse ocorrido há tanto tempo, mas sentia que não podia culpar Isaac por tentar recuperar essa parte de mim, que se fora juntamente com as duas pessoas mais importantes da minha vida.

–Não... Eu... – eu falei sentindo minhas bochechas corarem. – Só estava sendo infantil como sempre.

Ele soltou uma risada calorosa, como sempre fazia quando fazíamos as pazes e me envolveu com os braços, o que de certa forma fora ótimo, pois isso ao menos, me aquecia um pouco.

–Que surpresa. – ele disse me fazendo revirar os olhos e empurrá-lo para longe.

Eu amava Isaac, ele sempre fora um dos meus melhores amigos, me apoiou bastante quando mudei para Nova York e não passava da garota esquisita de aparelhos que sentava no fundo da sala. Logo chegamos à cafeteria, ela estava como sempre abarrotada de jovens da minha escola, que se encontravam ou entretida em um dos computadores disponíveis, ou sentada nos vários sofás distribuídos pela mesma. Assim que paramos em frente à porta Isaac a abriu para mim e eu entrei rapidamente, sentindo o calor do estabelecimento me envolver, fazendo com que meu corpo agradecesse por aquilo. Eu me sentei em uma das mesas e Isaac se dirigiu para a fila, já tendo em mente qual café eu escolheria. Logo meus outros amigos do colegial se juntaram a nós, enquanto assistíamos ao show de uma banda desconhecida, porém muito boa.

Eu bebia meu café, enquanto riamos sobre histórias de antigos ou atuais professores e falávamos assuntos aleatórios. Tudo estava perfeito, até sentir o pequeno aparelho que se encontrava em minha bolsa vibrar levemente, o tomei nas mãos e bufei ao ver no visor do mesmo o número da minha tia, Cerys, sabia o que significava toque de recolher, eu não a culpava por ser tão cuidadosa comigo, embora achasse que às vezes ela exagerava como sempre, quando assumiu minha guarda ela ainda era muito jovem, desistiu de muitos sonhos para evitar que eu fosse mandada para um abrigo qualquer e esperasse uma família adotiva, quando nos mudamos para Nova York tudo pareceu mudar, ela conseguira um bom dinheiro vendendo suas telas, ela sempre sonhara em ser pintora, trabalhar com artes, e conseguira comprar para nós um confortável apartamento no centro da cidade, ele era pequeno, continha apenas dois quartos, mas era perfeito para nós duas. Afastei-me dos demais e segui para um beco no fundo da cafeteria, onde o som não nos atrapalhasse. Apertei o botão e atendi o mesmo.

–Já sei, estou atrasada... Se não chegar em... – falei olhando para meu relógio. – 5 minutos, s era castigo por uma semana, sério tia? – falei irônica, fazendo com que ela risse do outro lado da linha.

–Viu só? – ela falou. – Você é uma menina tão inteligente, não sei por que sempre comete os mesmos erros.

Bufei indignada, odiava esses seus joguinhos.

–Quero propor um acordo. – tentei.

–Está perdendo seu tempo, só restam 4 minutos. – ela falou rindo, provavelmente se divertindo com meu desespero.

–Vamos tia... Eu estou longe de casa.

–O quão longe, Hannah Parker? – ela falou um pouco mais alterada.

–Longe tipo, uns 45 minutos.

–45 minutos? – ela falou.

–Sim, muito trânsito. – falei pisando no bico do meu All-star.

–Sei muito trânsito. – ela falou repetindo as minhas palavras. – Contando a partir de agora mocinha.

–Mocinha, sério? – eu falei. – Quantos anos acha que eu tenho? – eu perguntei, mas ela já havia encerrado a ligação.

Joguei meu celular dentro da bolsa e me preparei para retornar para a cafeteria, quando pude perceber um homem se aproximando aos poucos de mim. Ele deveria ter aproximadamente a minha idade, 17, 18 anos, ele usava roupas pretas e botas bem grossas, o que dava a ele um ar meio gótico e assustador. Apressei meu passo e tentei abrir a porta, mas senti suas mãos segurarem fortemente meu braço.

–Aonde pensa que vai com tanta pressa? - ele me perguntou rindo.

–Isso com toda certeza não é da sua conta. – eu falei, pensando em mil maneiras de sair daquela situação, vendo que todas elas eram falhas.

–Nossa a princesinha tem dentes. – ele riu irônico. – E eu achando que você fosse apenas uma garota fútil.

–Nos conhecemos? – eu arqueei uma das sobrancelhas. – Princesinha? – falei imitando seu tom de voz, mostrando o quanto eu reprovava aquele apelido.

Ele apenas riu, riu alto, o que me assustou de imediato.

–Não nos conhecemos, e nem teremos tempo para isso. – ele falou me atirando com forca no chão, fazendo com que minha cabeça se chocasse contra o mesmo, ele partiu para cima de mim, provavelmente me atacaria com uma faca, coloquei meu braço a minha frente, como forma de proteção, e senti quando algo cortou minha pele, me fazendo gritar. Horrorizada percebi que não se tratava de nenhuma arma, mas sim suas unhas, afiadas, como garras de lobo.

–Grite princesa... Quero ver você gritar. – fechei meus olhos quando vi sua mão descer de encontro a meu pescoço.

Tantos pensamentos vieram a minha mente, eu conseguia focar em apenas um, verei vocês logo mamãe e papai.

Mas não pude continuar, pois senti alguém e intrometer entre nós, segurando a mão daquele homem terrível, o tirando de cima de mim e o arremessando para longe. Tudo em seguida pareceu um borrão, pois alguém segurando uma arma para mim desconhecida, pois parecia emanar luz própria, atacou o rapaz, e logo seu corpo virou pó, uma espécie estranha de pó dourado. Se não fosse tão irônico diria que alguém matou aquele garoto com uma lanterna.

A mesma pessoa seguiu em minha direção, me ajudando a levantar, eu primeiramente tentei empurrá-lo, pois estava apavorada, tinha tanto medo do que podia acontecer. Ele, no entanto, segurou meus braços com forca, mas diferente da última vez, não senti nenhuma dor.

–Ei... Ei... – ele falava, sua voz era perfeita, doce, aveludada, como se estivesse sendo pronunciada por uma espécie de anjo. – Você está bem agora.

Eu não sabia o que fazer, estava tão perdida, tão assustada, que apenas o abracei, enterrando minha cabeça em seu peitoral definido, inalando seu cheiro adocicado. Ele primeiramente pareceu assustado, mas logo me envolveu com os braços enquanto eu chorava como uma criança. Assim que me vi mais calma me afastei dele de imediato, o empurrando para longe e pronta para correr, ele tentou impedir a minha fuga e segurou meu braço com forca, o que fez com seus dedos pressionassem meu ferimento me fazendo parar imediatamente gritando de dor.

–Desculpa. – ele falou logo. – Ele machucou você?

–Obviamente. – falei segurando meu braço.

–Um obrigado já seria suficiente. – ele disse irritado, enquanto rasgava um pedaço de sua camisa e tentava envolvê-la em meu braço machucado.

–Não chegue perto de mim. – eu saltei para trás. – Como sei se posso confiar em você? – perguntei com lágrimas nos olhos.

–Talvez por que eu tenha acabado de salvar a sua vida. – ele falou revirando os olhos. Agora mais calma eu pude reconhecê-lo, era o mesmo garoto que eu vira a pouco com Isaac.

–Já vi você... Por que está me seguindo, quem você pensa que é? – eu falei irritada.

–O cara que acabou de salvar você. – ele falou tão irritado quanto eu.

–Não é o bastante. – disse fugindo antes que ele pudesse me impedir.


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Notas finais do capítulo

Então???????????????????