Salvation escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Estamos bonzinhos hoje :P

~Enjoy~



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Tentando se recuperar Scott persiste em levantar, mas só consegue por-se de pé quando Crystal o auxilia. O rapaz aceita a ajuda, no entanto alguém interfere velozmente.

– Tire as mãos dele! Foi por causa de vocês que meu irmão ficou assim. - Karen disse, puxando Scott para longe das mãos de Crystal.

Scott busca dizer algo para Karen, porém ele ainda estava sem fala, sentindo algumas dores e moleza nas estruturas, precisou ser colocado para sentar. Dianne se sentiu um pouco culpada, ele mereceu o murro, mas o lance do choque ela achou que já foi mais do que devia. Rapha, ficou assustado, por que isto frustraria seus planos de rebelião. Logan e Rapha ajudaram Karen, mesmo ela não querendo, colocaram o jovem na mesa. Enquanto havia muito tumulto, críticas e falações dos de mais jovens. Bem ao outro lado, Jay pegou no braço de Ellen e vendo-a chorar, abraçou ela.

– Jay você confia em mim e sabe que eu não fiz por querer. Eu não fiz... Eu juro. - Ellen suplica por compreensão.

– Elle, Ellen... Ellen! - Jason berrou para que ficasse quieta - Hey, sou seu amigo e confio em você inteiramente.

– Obrigada Jay... – Ela sorri e olha para o tumulto do outro lado do Refeitório.

Dianne olhava Scott ainda com o olhar de pena e cogitou a possibilidade de pedir desculpas a ele, mas ao receber um olhar de fúria do rapaz, desistiu facilmente. Então, o grupo de jovens que antes se preparavam para a luta agora vinham andando e por onde passavam os jovens saíam da frente mostrando temor ou respeito.

Eles vieram um do lado do outro, eram 4. Um vinha a frente, mostrando-se ser o líder. Os outros apenas o acompanhavam e pediam para a multidão sair do caminho. O líder mantinha seus olhos fixos em Raphael e Logan, o motivo? Bem ambos desconheciam... Scott apoiou-se na irmã e colocando a mão no peito fitou-os com mais fúria do que olhava Dianne, a culpada de sua eletrocução. Quando o grupo parou frente a Logan, Dianne, Allan, Rapha, Crystal, Karen e Scott, o líder logo foi dizendo.

– Poderiam me explicar o que estava acontecendo por aqui?

– Não é da sua conta Flint... - Karen disse sustentando o irmão, um tanto irritada com a abordagem do jovem.

– Deveria tomar cuidado com o que diz a Flint, Starkhome, você e seu irmão já sentiram na pele o que ele é capaz. - um dos rapazes, repreende Karen com um sorriso sínico, que até Crystal que não tinha nada a ver com a história quis arrancar.

– Enfim, os valentões aparecem? E como se entitulam, B.D.M? - Crystal, caçoa, irritadíssima com a forma de agir deles.

– B.D.M? - perguntou o mesmo jovem que repreendeu Karen.

– Burros, Doentis e Medíocres... - Dianne, fala gesticulando com as mãos.

– Mas, que coisa é essa? - Crystal critica.

– O quê?! E não é assim? - Dianne olha a amiga com um sorriso amarelo.

– Não, é Babacas Dessa Merda. – Crystal pisca a amiga depois de corrigi-la olha eles, vibrante.

Logan, segura o riso. Rapha por outro lado, não sabe quem encarar um dos 4 jovens ou Scott Starkhome. Karen revira os olhos com tanta tolice dita. Já os rapazes, caem na gargalhada debochando das garotas, exceto o líder.

– Meninas, será que podiam ficar caladas? Quero conversar com seus 2 amigos. - Flint mantém seu olho firme em Rapha e Logan.

– Mas, espera aí... - Crystal e Dianne falam simultaneamente, já se armando para o contra ataque. Entretanto Logan interfere.

– Crystal, Didi... Sugiro que vão ver Ellen ... - e olha elas com calma.

– Mas, Logan... - Crystal lança um olhar frio ao líder dos rapazes.

– Crystal. Logan está certo, vamos ver Ellen... - Dianne repreende puxando a amiga pelos braços.

Do outro lado do Refeitório, Kiara viu aquela cena e cutucou Barbara. A cega fitou aquilo como se não tivesse gostado nenhum pouco, de certa forma as influências de Flint e sua turma nas atitudes de Logan e Rapha poderiam gerar complicações em sua visão.

Dianne arrastou Crystal de lá, antes que a amiga arranjasse mais problemas. As 2 passaram por Barbara e fuzilaram ela, considerando-a culpada. Jay ainda estava abraçado a Ellen, a amiga não queria sair de perto dele como se necessita-se de um ombro amigo, estava apavorada consigo mesma, com suas capacidades, com suas maldições. Porém, fica mais assustada ao pensar no que poderia causar aos outros, talvez pudesse fazê-los entrar em contenda com os outros jovens, ou quem sabe machucá-los de uma forma gravíssima.

– Ellen, amiga, tudo bem? - Dianne se aproxima de Elle, preocupada.

– Eu sinto muito, isso tudo só aconteceu por mim... Você não teria dado o murro no Scott se não fosse por mim. E não haveria todo esse alvoroço se não fosse por mim, mais uma vez. - Ela deixa as lágrimas rolarem.

– Oh my God, ela está desabafando... - Dianne, abraça a amiga e Crystal faz o mesmo.

As 3 permanecem naquele abraço em grupo, por alguns segundos, Ellen desaba e as outras 2 tentam contê-la. Jason apenas observa sorrindo, ao olhar para a direita vê Barbara o fitando, então ele decide ir falar com ela enquanto as 3 se consolam.

Do outro lado, Rapha e Logan ainda são fitados pelos rapazes. O líder então diz.

– Olha, não ligamos para esse lance de profecia, ou cada coisa que a louca da Barbara fala. Somos diretos e realistas. - ele expõe o que pensa de maneira direta mesmo.

A palavra "Realista" puxa a atenção de Raphael a conversa. Logan prefere não dar tanta confiança e apenas escuta.

– Desde que entrei aqui, criei esse grupo que entitulo de Liberatus, para persistir na busca pela liberdade. Somos unidos, um protege o outro, um cuida do outro, praticamente uma família.

E o rapaz foi explicando sobre eles, enquanto Logan mantinha um olho nele e outro na onde Ellen estava. Rapha pareceu-se a príncipio na defensiva, porém agora estava interessado nas ideologias que os Liberatus seguiam. Scott olhava a cena e se recordava que após a criação do grupo recebeu a mesma proposta, mas recusou de cara sendo aconselhado por Barbara. Os conselhos de Barbara eram bem aceitos por Scott, logo que os 2 se conhecem antes de Alkalia e digamos que tiveram uma história bem extensa e marcante juntos.

Enquanto isso, Jay se aproximou de Barbara e Kiara. A outra garota sempre tentando proteger sua amiga e orientadora já foi logo entrando na frente e fuzilando o rapaz.

– Kiara, pode deixar. Eu ainda não entendo prá que tanta proteção, não sou de vidro.

– Mas, também não é de diamante. - Kiara retruca.

– Kiara?! - Bárbara passa na frente da amiga, para falar com Jason - O que deseja Sr. O'Briel?

– Saber por que forçou minha amiga a usar os poderes dela.

Barbara fitou ele por longos segundos antes de respondê-lo.

– Sei que o lance de Ellen todos de vocês querem. Querem vê-la se controlar e a melhor forma de realizar isso é fazendo usar suas habilidades e lidar bem com elas.

– O lance da Profecia, como pode ter tanta certeza de que iremos salvar a todos? - e realmente quer entender de onde vem tanta convicção, como uma simples visão possa gerar tanta esperança.

– Será mesmo que preciso responder essa? Olhe fundo nesses olhos cegos e diga que no fundo você também não acredita... - Barbara apesar de misteriosa era convincente.

Jason novamente não respondeu mais nada. Apenas retornou com outra pergunta.

– E desde quando começou a nos ver? - e arqueiou uma sobrancelha.

– Bem, faz uns meses, minha primeira visão foi quando Ellen descobriu seus poderes. Na sala de aula, acho que não preciso terminar. Então, eu buscava interpretar a cada visão, no fundo eu sabia que vocês iam ter ligações com o meu futuro, só não imaginava que seria de uma forma tão grande.

– E quando descobriu isso?

– No sonho que tive com a minha, a sua, a deles, a nossa liberdade. - e se empolga nesse momento.

Jason fica em silêncio por uma terceira vez, contudo essa é mais duradoura e com ela vem pensamentos sobre cada momento nesse lugar. O General Trevisk também vem em sua mente e o seu poder ainda desconhecido que pode surgir a qualquer momento.

– Agora posso fazer uma pergunta? – A ruiva olha ele com intensidade, com os olhos acinzentados.

– Claro. – O rapaz parece ter receio do que sairá da boca dela.

– Eu conheço cada um de vocês e sei de sua preocupação por cada um. Logan, Crystal, Ellen, Dianne e Rapha, principalmente o Rapha, ganham sua inteira atenção e preocupação. Mas daí eu te pergunto, até onde vai essa lealdade e proteção?

– Eu não sei, não há limites. - Ele olha para cada um, primeiro para as meninas e depois para os garotos que conversavam com uma rodinha.

– Isso é maravilhoso, Jason. Então, demonstre isso agora, tirando Rapha e Logan da ideologia dos Liberatus. Vai me agradecer num futuro não muito distante... - Ela olha junto a ele, para aquela cena.

– Você realmente é insana. - Jason vai até os amigos, saindo de perto dela.

– Acho que compreendi seus propósitos Barbara. Você tem razão ao dizer que Jason é o mais influente do grupo e agora está usando ele como válvula para colocar em prática tudo o que viu. - Kiara diz se aproximando da amiga após acompanhar a conversa.

Barbara apenas assente para a fiel amiga e juntas elas vão saindo dali, porém passando perto de Ellen, Barbara para e comenta.

– Eu sinto muito, Ellen. Sinto mesmo. - Ela sorri amistosamente.

Ellen limpando as lágrimas olha ela e não consegue dizer nada, Dianne e Crystal olham a garota um tanto com raiva. Barbara prefere não usar muitas palavras e apenas vai andando, seguida por Kiara. Crystal pensa em comentar ou criticar o que acabara de acontecer, mas foi repreendida por Dianne que procurou fazer a jovem focar em ajudar Ellen. Posteriormente, Ellen limpa as lágrimas.

– Bem e nessa brigada por liberdade contamos com a ajuda de vocês. - Flint fala olhando eles.

– Bom, por enquanto não estamos prontos para tal coisa, mas te informaremos qualquer coisa. - Logan fala, antes que Rapha aceitasse ou coisa do tipo.

O líder olha Rapha por um tempo maior e depois diz.

– Ok, qualquer coisa aceitaremos vocês com prazer. - Flint fala e olhando prá trás, faz com que todos concordem - Bem, nem me apresentei. Eu sou Flint Gordon, esse é meu irmão Wade Gordon. - e indica um cara que permaneceu em silêncio por todo esse tempo - Aquele é Axel Lewis. E este falador aqui é o Duncan Feels, nosso Tipo 2. - e sorri.

– Ele poderia fugir daqui se quisesse? - e se recorda das explicações de Allan sobre os Evoluídos de nível 2.

– Sim, Logan ele é um teleportador. - Allan que escutava tudo, falou.

Raphael sorriu ao rapaz, que encarou aquilo como um "nada mal".

– Tem certeza que não querem entrar? - o líder questionou pela segunda vez. Secando Rapha, como se sentisse que ele era propício a aceitar a oferta.

Logan mostrou com a cabeça que "não", mas Rapha ficou pensativo por alguns segundos, sinceramente gostou da ideia de família, unidade e proteção que os rapazes tinham, precisava de proteção, já que se tornou alvo de muitos Evoluídos por suas atitudes no dia em que chegou. E quando resolveu responder, alguém o interrompeu.

– Por enquanto ele não vai aceitar nada. - Jason cortou Rapha e resolveu dar ouvidos a Barbara, que certamente teve bastante influência nessa atitude.

– E quem é você mesmo? - Duncan questionou.

– Sou o Jason, amigo dos 2. E seja qual for sua oferta eles irão recusar. Certo? - e olhou os 2.

– Certo. - Logan respondeu de imediato, porém Rapha ainda permanecia em duvida.

– Rapha? - Jason penetrou nos olhos do amigo.

– Certo, Jay, está tudo certo. - forçou um sorriso.

Os rapazes entendem a resposta de Rapha e vão saindo dali. Jason e Logan um tanto incrédulos com as duvidas de Raphael o fitam. Scott, parece contente com a atitude dos rapazes da profecia, mesmo que eles estivessem a ponto de brigar, Liberatus eram representantes de perigo em sua visão. Uma voz que todos detestavam ecoou pelo Refeitório inteiro, vinham de caixas de som, que estavam posicionadas por todas as paredes do Refeitório, havia uma maior acima dos compartimentos de comida. Essa voz irritante era de nada mais, nada menos que o General Trevisk.

– Caros Evoluídos. Fui informado que o método de punição foi utilizado no detento 036, Scott Starkhome. Então quero que todos vão para seus quartos e que não haja tumulto no Refeitório e Sr. Starkhome se tiver reincidência você irá receber um tratamento especial, que terei o prazer de dar pessoalmente.

Todos obedecem, pois não queriam sofrer o que Scott sofreu e rapidamente o Refeitório torna-se semi-vazio. Allan também foi ao quarto. Karen, Scott, Logan, Rapha e Jason ainda estavam lá.

– É melhor irmos... Não quero que você vá até o General, lembre-se o que aconteceu com Flint e seus comparças. - Karen alerta, tentando levantar o irmão que ainda estava meio sem coordenação.

– Não há o que temer... Esse General nunca me assustou e essa seria oportunidade perfeita de cuspir naquela cara nojenta. - Scott tenta se levantar sozinho ao dizer isso, mas acaba se desequilibrando.

Jason velozmente o apanha, antes que este viesse ao chão, posteriormente Logan pega no outro ombro e auxilia ele.

– Tirem as mãos dele.

– Karen, tudo bem. Quero a ajuda deles. – Scott interfere e tenta esquecer o que aconteceu, reconhecendo que precisa da ajuda de ambos.

– Jay, Log esse cara ia dar uma lição na Ellen, por que ajudar ele? - Rapha encara eles.

– Não importa, somos superiores a ele e por isso vamos fazer isso. - Logan responde levando-o junto a Jason.

Karen ouve tais palavras e se vê encantada pelo rapaz, um sorriso insiste em crescer em seus lábios, mas ela progride em manter a aparência de descontente. Scott aceita a critica do rapaz e reconhece estar errado, por isso abaixa sua cabeça e deixa eles o levarem até sua cama.

Rapha aceita os termos de Logan e acompanha eles um pouco atrás como Karen, que olha a musculatura do rapaz.

– Gostou? - Rapha pergunta notando.

– Sim. Muita academia? - Karen realmente parece estar interessada nos novatos de Alkalia.

– Digamos que isso e um pouco da genética, meu pai era lutador. - Ele sorri com um pouco de orgulho.

– Olha só, isso é interessante. Parece ser realista, gosto de pessoas assim.

– Fico agradecido, Karen.

– Raphael. – Ela pisca a ele e ambos sorriem.

Os jovens saem do Refeitório, passam pelo Pátio de Entrada e agora se encaminham aos Dormitórios. Jason e Logan carregando Scott em seus ombros, seguidos de Karen e Raphael que mantém uma conversa agradável.

Enquanto isso, Ellen, Crystal e Dianne ainda abraçadas entram no Dormitório 53. Ellen, estava um pouco mais calma e Crystal por outro lado com mais raiva de Barbara e suas ideologias absurdas, nas quais todos acreditavam. Dianne não conseguia parar de pensar na eletrocução de Scott. "Ele mereceu..." ela pensou consigo mesmo, sentindo que a pena iria expandir ainda mais em seu interior. A união das garotas permitiam a elas identificarem a linguagem dos olhos de cada uma e interpretando Dianne, Crystal perguntou.

– Não tira o mister tesão da cabeça, não é? - Crystal abre um sorrisinho ao ver a cara de raiva que a amiga faz.

– Cala essa boca, na verdade eu estou com pena dele, mesmo não querendo. - Dianne pega um travesseiro e lança em Crystal quando esta não para de rir- Calada, Crystal Lake.

– Eu também tive pena dele, por que isso tudo foi por minha causa.

– Ai quanto mártir. Se enforca logo, então... - Crystal, fala a Ellen entediada.

– Crystal! - Dianne retruca, beliscando a amiga.

Ellen recebe aquilo e inclina a cabeça. Dianne fuzila Crystal.

– Se pegássemos todo o fogo dessa língua, iriamos incendiar toda a Ásia. - Dianne debocha da garota impulsiva.

Para a surpresa de Dianne, Ellen, começará a rir e depois a gargalhar. Parecia que ouvir as amigas discutindo foi a melhor forma de confortá-la, ela não parava de rir, o que gerou uma reação em cadeia, Crystal e Didi riram junto abraçando-a.

– Eu amo vocês duas. - Ellen fala ainda rindo.

– Amamos você também, nossa pequena problemática. - Didi fala enquanto mantém o abraço das 3 amigas.

– Idem Didi. - Crystal conclui e depois desfaz o abraço dizendo - Tá bom, chega de tanto sentimentalismo.

– Sabe, depois de hoje eu achei que nunca mais iria querer usar meus poderes. Mas, estou motivada a aprender controlá-los, com a ajuda de Joshua Banks. - Ellen se levanta tomando atitude.

– Joshua Banks? Não é o cara que é amigo da Barbara, não é? - Dianne questiona.

– É ele mesmo. - Ellen olha Dianne, esperando que a amiga não impedisse ou fosse contra.

– Espera aí, será mesmo que você não vai enxergar que essa Barbara não é confiável? - Crystal continuou.

– Estamos falando de Joshua Bakns e não Barbara, Crystal. - Ellen comenta.

– Mas, ele é amigo de Barbara, ou seguidor, ou escravo. Sei lá. - Crystal continua discordando.

– Será que dessa vez vocês poderiam deixar eu tomar uma decisão e apenas fingir que apoiam? - Ellen sobe na beliche sem falar mais nada.

– Mas, Elle... - Crystal iria prosseguir, mas Dianne repreendeu.

Então cada qual foi a sua cama e tentaram dispersar a mente dos fatos ocorridos nesse dia. Estavam em Alkalia por apenas algumas horas e já se entorpeceram de emoções que num ambiente como esse eram amplificadas. Cada segundo ali, parecia ser minutos e os minutos, horas, as horas, dias e assim sucessivamente.

– Obrigado por estarem ajudando meu irmão. E desculpa, qualquer coisa. - Karen diz, antes que entrasse em seu quarto.

– Não há de que. - Raphael responde, sorrindo a ela. Ela retribui o sorriso e depois faz o mesmo a Jason, mas para Logan ela demonstra um sorriso diferente. Logan assente a ela e olha fundo em seus olhos. Ela não consegue para de fitar seus olhos azuis com um tom esverdeado, algo lindo e conquistador.

– Até o jantar. - Karen entra em seu quarto.

Os rapazes fazem o mesmo e colocam Scott em sua cama. Scott agradece e se desculpa com eles, mas o cansaço o faz repousar facilmente. Os outros rapazes ficam papeando enquanto aguardam o jantar.

O jantar foi mais calmo, ninguém sendo arremessado, levando murros ou até sofrendo as punições de Alkalia. Allan explicava aos jovens que o choque flui dos chips que foram colocados nas correntes sanguíneas de todos na Sala de Primeiras Verificações, isso foi criação do Dr. Garner que muitos em Alkalia acreditavam ser um Evoluído com o mesmo poder de Henry, super inteligência. Quem propagava essa teoria de Garner ser um Evoluído era o próprio Henry.

– Claro que ele tem um dom como o meu. Não é possível um cara inventar tantas coisas. Ele tem super inteligência, sim! - Henry disse na conversa. Realmente o poder de Henry era evidente o garoto sabia conversar sobre vários assuntos, Jason até questionou sobre Geografia e Surf. O garoto respondeu corretamente e olha que Jay é fera no Surf e ótimo em Geografia. Dianne cogitou perguntar algo sobre moda, mas vendo que o menino era comodado a usar uma bandana, o que estava super antiquado, pensou: "Ok, ele não é um sabe tudo Didi".

Rapha por outro lado mantinha um pouco de sua atenção em Karen, mandava sorrisinhos e piscadas a ela. Karen correspondia, mas o foco de seu olhar ia principalmente a Logan, que na visão dela, comia lindamente, daquele jeito comportado, fofo, realmente ela estava encantada. Até um sorriso dado por ele ente a conversa com os amigos, era motivo para arrancar seus suspiros. Barbara com seus olhos de águia tinha uma percepção tão grande que já notava o interesse de Karen pelos 2 garotos, ela apenas sorria, como se aquilo fosse esperado por ela.

Após se fartarem com a boa comida, algumas jovens foram ao Grande Pátio para conversarem entre si. Todos foram para lá, exceto Didi que estava um pouco com sono e apenas despediu-se dos amigos e se dirigiu até seu quarto.

Fazia o caminho de regresso solitária, havia iluminação no Refeitório e depois no Corredor dos Dormitórios, porém a noite o Pátio de Entrada ficava de luzes apagadas. Ao ouvir as palavras de Allan, Didi pensou que ali era um local propício para se ocorrer uma luta entre Evoluídos, ou talvez um assassinato. Pensar nessas coisas gerou uma certa aflição e ao chegar na parte mais escura do Pátio de Entrada, ela se viu num filme de terror, parecia estar sendo vigiada, então ela se virou para a esquerda e enxergou um vulto encostado na parede, o medo a paralisou. E em choque ela fitava aquilo.

O vulto não se movia também, apenas a observava. E quando ela se voltou a si e decidiu correr até seu quarto, acabou esbarrando em alguém. Era o rapaz de aparência maravilhosa que logo se desculpou pelo esbarrão.

– Precisamos correr! Precisamos correr... - Ela gritou dando murros no peito dele para que deixasse ela correr e saísse de seu caminho.

– Hey, hey... Calma gata... Não há o que temer. - Ele olha para a direção que ela olhava anteriormente.

Ela se vira, ainda receosa, sem entender o por que de sua segurança e coragem ter sumido. E olhando no local não havia mais ninguém lá. Ou ela estava alucinando, ou o indivíduo havia saído sorrateiro. Assustada ela não vê alternativa a não ser abraçar o rapaz a seu lado, buscando um pouco de proteção. O jovem retribui o abraço, um pouco sem entender, mas acabou gostando e um sorriso abriu em seu rosto.

– Bem caso queira saber, meu nome é Noah Bennett. - e mantém o abraço gostoso.

E por algum tempo os 2 permaneceram naquele abraço, em que Dianne sentiu extrema segurança. Sentiu-se bem na fortaleza que aqueles braços lhe forneciam e drenou toda a confiança que aqueles olhos poderiam dar. Então, houve uma mudança de gênero, antes o que era terror, tornou-se um maravilhoso e cativante romance.

"Em passos desesperados, alguém corria em meio as mesas do Refeitório, já estava de madrugada e não havia ninguém no local. Os passos ficam mais velozes a medida em que surgia mais proximidade com a porta do Pátio de Entrada, sua face não era revelada, somente mostrava seus pés e como ele enxergava o que ocorria a seu redor. Em certo momento, seja quem for a pessoa, olhou para trás e era visível que quem a perseguia era um elemento portando vestes cinzas, como as de Alkalia, no entanto a toca da blusa encobria sua face. Então o indivíduo lançou uma lâmina com o braço direito, tal lâmina fincou o braço da vítima na parede. A dor era grandiosa e ouvia-se berros, então sem pudor, piedade ou consideração uma lâmina foi precisa ao acertar sua cabeça, o que desligou qualquer dor, qualquer berro, qualquer percepção, qualquer sentimento, memória, sonhos. Desligou a vida".

Assustada Barbara acordou de mais um sonho. Ela havia visto toda essa cena em mais uma visão. O pavor era visível na expressão de seu rosto, um assassinato iria ocorrer em Alkalia, mas quem será a vítima? Ou melhor, quem é o assassino? Tais perguntas nem Barbara poderia responder, tudo estava meio ofuscado, sua visão não foi clara. Tudo o que ela mais temia iria acontecer: Os detentos agora não precisariam fugir de Alkalia apenas por busca de liberdade, mas sim, por sobrevivência de alguém extremamente frio e com desejo de sangue.


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Notas finais do capítulo

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Até domingo que vem =D



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