A Princesa e a Demônio escrita por KazuHime


Capítulo 5
Capitulo 4: Depois do beijo.


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Foi mal.. Fiquei enroscadas em uma parte da história...

Mas desfrutem de um fluffy cheio de açúcar...

Olha o diabetes...

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/568841/chapter/5

Capitulo 4: Depois do beijo.

Algumas semanas haviam passado depois que Nico voltara para o castelo, agora a garota morena estava sentada em sua cama olhando para o teto, tentava entender o que foi que levara para aquele beijo, que sentimento possuía pela outra, e tinha medo da resposta que poderia obter de seu coração.

Havia vivido por tanto tempo já, muitas de suas lembranças estavam sendo corrompidas, não por ter uma memoria fraca, mas sim pelo tempo, mesmo que todos os dias fizesse questão de tentar se lembrar das coisas importantes, pouco a pouco estava se esquecendo do cheiro, da voz, ou do calor dos toques de sua própria família e isso lhe irritava.

– Droga de vida imortal... – Nico praguejou se jogando de volta em sua cama. – A imortalidade é algo tão sem sentido... – Murmurou tampando os olhos com o braço.

– Nico chan! – Rin batia em sua porta. – Eli chan está chamando todas nós para uma missão. – Informou e bateu novamente para obter uma resposta.

– Eu já estou indo. – Nico respondeu se levantando de sua cama.

Não era raro Eli chama-las para alguma missão, sempre envolvia algum tipo de caçada, ou então para prender alguém que havia saqueado o castelo, mas nunca envolvia a morte de humanos, o que a deixava feliz.

Caminhou pelos corredores ao lado de Rin, agradecia por ninguém ter comentado do beijo, pelo menos não quando estavam juntas, e por algum motivo todos os dias quando parava para lembrar se da sua família a lembrança do beijo que partilhara com Maki voltava a sua mente, mas graças a isso não se sentia tão mal pelas pessoas que havia matado na competição.

Depois de alguns minutos de caminhada finalmente chegaram na base militar onde Eli as esperava, Eli era a comandante das tropas durante aquela década, ela estava com o restante das Muses.

– O que é essa missão repentina? – Nico perguntou irritada.

– Não é nada muito grande, só que a princesa precisara fazer uma viagem para encontrar com um príncipe e precisamos de escoltas. – Eli respondeu sem graça. Nico sentiu cada fibra de seu corpo tencionar ao ouvir aquilo, e pelo que ouvira toda a vez que as princesas saiam para esse tipo de encontro elas nunca mais voltavam por se casarem.

– Nico chan? – Kotori chamou a morena que parecia ter visto um fantasma.

– E quem vai ir nessa missão? – Nico perguntou depois de um tempo. – Claro que tem que ser alguém forte e responsável. – Ela completou sua sentença.

– Quem irá é você, Nico. – Eli disse suspirando em seguida. – Você vai ir e nosso objetivo é impedir esse encontro a todo custo. – A cara de descrença de Nico era engraçada e Rin e Honoka acabaram rindo.

– O que isso significa, Eli? – Nico perguntou irritada.

– É por isso que todas nós vamos trabalhar nisso. – Umi anunciou. – Há rumores que esse príncipe pode ser um herdeiro puro de uma linhagem de demônios que escapou das Muses. – Nico deu dois passos para trás.

– Rin não quer mais matar ninguém! – A garota de olhos verde limão exclamou.

– Não vamos matar ninguém, apenas impedir esse casamento. – Eli disse para tranquilizar a garota com manias de Gato.

– E o que quer que eu faça? – Nico perguntou cruzando os braços.

– Que sequestre a princesa por algum tempo. – Eli respondeu como se aquilo fosse o de menos, a cara de descrença de Nico era impagável, a garota tinha os lábios bem abertos e os olhos arregalados.

– Por que tem que ser eu a encarregada de sequestrar a Hime Sama? – Nico perguntou exasperada. – Podia ser qualquer uma, a Nozomi, a Honoka, ou até mesmo a Rin. – Apontou.

– Porque você beijou ela nya. – Rin respondeu com os braços cruzados atrás da nuca.

– Ela me beijou! – Nico retrucou irritada.

– Por isso mesmo, se ela foi capaz de te beijar, Nico, isso só significa que ela realmente gosta de você a tal ponto, então não nos desaponte. – Eli pediu e Nico se viu encurralada.

– Mas se ele realmente for um demônio... Eu não sei se poderei matar novamente... – A morena murmurou, e o mesmo acontecia com as outras.

– Nico, por enquanto se concentre em raptar a princesa e manter ela a salvo por alguns dias. – Umi tentou tranquilizar a morena. – O que acontecera depois, você vai ter que decidir por si mesma. – A pequena demônio assentiu.

Algumas horas depois, Nico estava escondia em uma arvore observando a carroça do reino Alvorada da Manhã carregar a princesa Maki em direção do castelo, alguns guardas como Umi e Nozomi estavam escoltando a carruagem real.

Foi a deixa. Nico pulou sobre a carruagem e sacou suas espadas. Era claro que jamais reconheceriam a garota, seu rosto estava pintado debaixo de uma mascara tribal feita de madeira, suas vestes eram roupas velhas de empregados do campo.

Os guardas se puseram a postos e todos foram derrotados, Nozomi estava recitando um encantamento, enquanto Umi tinha seu arco e flecha firmemente segurados e com a mira travada, sorriu de canto e abriu a porta da carruagem sem rodeios.

Maki se assustou ao ver alguém entrar na cabine, não sabia quem era e o que queria. O corpo da princesa tremia de medo, sem dizer uma palavra o invasor segurou seu pulso com força e a puxou para seus braços. Uma mordida foi desferida no ombro de Nico que segurou se para não gritar, com destreza conseguiu acertar o nervo do pescoço de Maki a fazendo desmaiar em seus braços.

Pulou da carruagem com a ruiva nos braços. Com uma espada simples cortou as cordas que prendiam um dos cavalos, enquanto com habilidade lutava com os soldados ainda de pé. Umi disparou algumas flechas atingindo de raspão a mascara de madeira.

A morena correu atrás do cavalo e conseguiu subir no mesmo, assim que o fez Nozomi disparou uma chuva de raios que por pouco não pegara a morena e a princesa. Alguns soldados tentaram correr atrás do sequestrador, mas aquele era um dos cavalos mais rápidos que eles possuíam em seu reino, perdendo apenas para o cavalo de Eli.

Nico cavalgou por horas até o sol finalmente se por e até a lua estar alta no céu. Foi para o Vale dos Lírios Gigantes, um lugar bonito, mas onde pouca gente sobreviveria, ali era o lugar onde situava a vila onde tinha nascido.

O caminho até lá foi cheio de obstáculos, mas o cavalo aguentou bem, e assim que viu as construções, ou a ruina que antes eram as construções Nico sorriu. Desceu do cavalo levando para o estabulo que tinha ali. Pegou Maki em seus braços e caminhou até uma grande casa parcialmente destruída.

– É nessas horas que agradeço por ter mantido esse lugar em bom estado. – Nico murmurou para si mesma enquanto colocava Maki sobre um colchão novo pela falta de uso.

Saiu da casa para pegar agua do poço em seu quintal. Tirou a mascara e lavou o rosto ali mesmo, sorriu ao ver seu reflexo na agua. Estava do jeito que deveria estar. Jogou a agua suja fora e colocou o balde dentro do poço novamente para então tornar a puxá-lo.

Maki ainda dormiria por um tempo, então era melhor limpar a área de banho e também fazer algo para comer, por sorte alguns membros das Muses havia deixado comida pelo caminho, mas não ficaram muito tempo fora para não despertar suspeitas.

Quando Maki finalmente acordou o sol já começava a nascer no horizonte. A primeira reação da princesa foi de desespero, lembrava se de ter sido sequestrada por uma pessoa mascarada no meio do caminho da Alvorada da Manhã. Se encolheu abraçando seus joelhos e escondendo o rosto, estava com medo. Se Nico tivesse ido junto, talvez agora não estaria ali.

– Finalmente a princesa acordou. – Maki se recusou a olhar para seu sequestrador, mesmo que ela tivesse a voz idêntica a de Nico.

– Eu não quero ficar aqui! Por isso me liberte logo. – Maki disse com um fio de voz e Nico franziu o cenho.

– Maki chan... – Se aproximou e tocou o topo da cabeça da mais nova. – Me perdoe, mas foram ordens do Rei e da Eli. – Finalmente Maki olhou para cima, seus olhos se enchendo de lágrimas ao ver Nico ali.

– Nico chan... – A princesa murmurou. – Não! – Se afastou recuando o máximo que podia. – Você não pode ser a Nico chan! Ela não me sequestraria! – Garantiu desesperada.

– Acho que você não me conhece bem, Maki chan, é claro que eu te sequestraria, ainda mais sendo ordens diretas da Eli e do Rei, ele não quer que você se case, não com aquele príncipe. – Nico respondeu sem fazer questão de tentar se aproximar da princesa.

– Se você realmente é a Nico chan, me prove! – Maki pediu com medo da revelação.

– Como quer que eu te prove algo assim? – Nico perguntou achando aquilo idiotice.

Se surpreendeu quando os lábios de Maki se colaram aos seus em um beijo. Estava beijando a princesa novamente, entre abriu os lábios para fazer suas bocas se encaixarem perfeitamente para poder massagear os lábios da princesa. Suas mãos seguraram firmemente, mas ao mesmo tempo, delicadamente a cintura fina da princesa.

E definitivamente era Nico ali. Os lábios tinham a mesma textura, as mãos eram pequenas como as da demônio, o calor e o sabor dos lábios eram os mesmos, e a forma de beijar também. Se derreteu nos braços da morena enquanto desfrutava do beijo.

– Nico chan... – Maki murmurou quando se afastaram. – É realmente você... – E juntou seus lábios mais uma vez querendo sentir mais de sua cavaleira.

Nico ainda se perguntava o que poderia estar acontecendo ali, inexplicavelmente agora estava se sentido bem e nas nuvens com Maki em seus braços. O que poderia ser aquilo? Mesmo depois de ter construído tantas e tantas barreiras envolta de seu coração, alguém parecia estar se infiltrando.

Pediu passagem roçando a língua nos lábios de Maki. A ruiva abriu os lábios, e logo a língua da morena estava em sua boca, aquilo era algo novo, mas era bom, Maki gemeu entre o beijo enquanto puxava mais Nico contra si. Seu corpo estava quente e uma necessidade incontrolável que tocar a morena começava se apossar de seu corpo.

Se separaram quando o ar se fez necessário, porém seus corpos continuaram grudados, Maki estava com as bochechas coradas e ofegante, não muito diferente de Nico, e por alguma razão desconhecida sentiam vontade de se beijada novamente.

Céus nem se conheciam direito, viviam brigando, e agora o que seria aquilo? A palavra paixão rodando a cabeça de Maki como resposta, enquanto Nico se mantinha a qualquer custo longe de pensamentos românticos ou amorosos, talvez uma atração física, mas nada além disso. Não podia se dar a esse luxo.

– Nico chan, mais uma vez... – Maki pediu fechando os olhos e roçando seus lábios aos da mais velha pedindo para ser beijada novamente. Por algum motivo desconhecido, Maki não conseguia refrear suas vontades, mesmo que talvez pedir por aquele beijo fosse um ato deselegante e até humilhante aos olhos dos outros.

Nico não pode se segurar e tomou os lábios da princesa nos seus mais uma vez. Sem ao menos pedir passagem, infiltrou sua língua na boca da ruiva beijando a com mais intensidade que anteriormente. Lambendo lhe cada centímetro que pode alcançar antes de tocar a língua da outra, se insinuando descaradamente.

Mais gemidos abandonaram a garganta de Maki enquanto ela desfrutava dos lábios e da língua de Nico, sentiu as mãos da morena acariciarem suas costas por vezes fazendo mais pressão em sua cintura perto do quadril antes de tornar a subir.

– Ah... Nico chan... – Maki gemeu em deleite e o consciente de Nico despertou com aquilo, soltou a ruiva abruptamente e se afastou.

– Bem, Hime sama precisa se alimentar... – Nico olhou para o lado envergonhada. Eu deixei tudo pronto na mesa, assim que terminar de descer as escadas vai dar de cara com sua refeição, eu irei preparar seu banho. – E sem pedir licença, a morena se retirou rapidamente do quarto onde estavam.

– Nico chan... – Maki abraçou seu próprio corpo sentindo falta do calor dos braços da morena naquela fria manhã. – Acho que eu estou me apaixonando por você, se é que é possível eu me sentir assim por uma mulher... – Ditou, mesmo que Nico não estivesse ali para ouvir sua declaração.

Mais tarde naquele mesmo dia, Nico levou Maki para conhecer o que restara de sua cidade natal. Era uma vila pequena, mas pelo o que a princesa observou do que sobrara das construções tinha um visual bem avançado para época.

– Minha mãe dizia que como Nico era a filha mais velha, Nico tinha que proteger os mais novos. – A morena contava com certa nostalgia. – Então quando ela saia para trabalhar, Nico ficava olhando eles. – Sorriu com a lembrança.

– Mas tudo acabou por conta daquele ataque não é mesmo? – Maki perguntou, logo se arrependendo por tal coisa.

– Umi me disse que te contou sobre a nossa organização... – Nico ditou com um ar de tristeza. – No caso da Nico foi pior do que das outras... Os demônios que mataram a minha família eram membros da organização... – A garota de olhos vermelhos suspirou.

– Nico chan... – Maki abraçou a outra por trás. Nico sentiu cada célula de seu corpo vibrar pelo toque de seus corpos e o calor emanado de Maki.

– Acho que se o povo da vila soubesse no que eu me tornei, provavelmente eles iriam desaprovar... – Nico murmurou olhando para o chão. – Depois de um tempo eu descobri que eles mataram todos para me ter... Minhas amigas foram transformadas em demônios para me testarem... De alguma forma eu sinto como se todos tivessem morrido por minha causa. – Nico confessou, não chorou ao dizer aquelas palavras, já não tinha lágrimas para derramar mais.

– Você não deveria pensar assim... – Maki virou Nico para poder encará-la. – As coisas acontecem porque tem que acontecer, eles não morreram por sua causa, eles morreram por causa de pessoas estupidas que queriam ter poder. – A princesa beijou a testa da demônio fazendo a corar e também corando no processo.

– Maki chan... – Nico murmurou se afastando da ruiva. – Nico não... – Foi interrompida pelos lábios da ruiva que se colaram aos seus. – Por que você sempre tem que ficar me beijando assim? – Nico perguntou virando o olhar.

– Porque eu sinto vontade oras. – Maki respondeu e beijou a bochecha direita da menor antes de morder o local. – Quando eu estou sozinha com você, eu não consigo agir como eu mesma. – Suas mãos foram até o rosto de Nico forçando a lhe encarar.

– Você é tão estranha. – Nico retrucou.

– Se me der licença. – E novamente juntou seus lábios aos de Nico.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu tenho que continuar escrevendo...

Mas ultimamente ando meio ocupada com outras histórias...

Na verdade eu deveria ter escrito tudo antes de começar a postar... Mas fazer o que.

Kissus
Se cuidem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa e a Demônio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.