Percy tinha acabado de passar pelo pinheiro de Thalia e descobriu que as coisas não estavam bem.

Mais ou menos 60 monstros atacavam o acampamento. Metade era formada por manticores, e a outra metade era formada por dracaene, empousai e drakons.Todos estavam avançando sobre os campistas, tentando matá-los de qualquer jeito.

Havia 3 monstros dedicados a matar cada campista. Os que não lutavam com eles, procuravam fazer catapultas com frascos de fogo grego ou tentar cuidar dos campistas que já estavam feridos.

Percy viu Annabeth, com uma dracaene e um manticore a sua volta. Tinha alguns cortes e arranhões, mas parecia bem. Contudo, Percy achava que, mesmo sendo esperta e rápida, Annabeth não daria conta deles sozinha. Correu para ajuda-la, e se postou ao seu lado.

–Precisa de ajuda, Sabidinha?

Ela sorriu e disse:

–Toda ajuda é bem-vinda, Cabeça de Alga.

Então, lutaram. Percy golpeou as dracaene, enquanto Annabeth atacava o manticore. Ele desviou mas jogou os espinhos de sua cauda na direção dela. Percy a puxou para o lado, fazendo-a rolar no chão. Ela escapou, mas um espinho passou de raspão em sua perna, abrindo um corte.

Annabeth gritou de dor. Percy sabia que, agora, não havia mais condições dela lutar. Teria que proteger Annabeth: Não ia deixa-la se machucar novamente.

–Ora,ora, Percy Jackson. Veja: nem você consegue proteger a sua namorada de meus espinhos. Agora, posso matá-lo do jeito que eu gosto: lentamente, para sentir mais dor.

Percy observou o manticore, Parecia estar sem a menor pressa. Começou a pensar: Ataca-lo? Seria loucura. Nao podia deixar Annabeth desprotegida e ele vira como o manticore era ágil: Ele se desviaria facilmente do golpe da espada.

Arriscou uma olhada para trás para ver como estava Annabeth: terrível. O corte estava profundo, e ela estava pálida e tremia violentamente. Ela respirava com dificuldade. Quando tinha 14 anos, lutara contra um manticore, e se lembrava que seus espinhos não matavam: só causavam dor. Então, como um espinho que passara de raspão fizera ela ficar assim?

Como se tivesse lido seus pensamentos, o manticore disse:

– Andei me aprimorando não? Minha senhora deu alguns talentos a mais para mim e para meus irmãos. Agora, o menor dos toques, o veneno de meus espinhos já deixam a pessoa bem perto da morte!

Percy esqueceu tudo que havia pensado. Não ia perder Annabeth. Então, atacou.

Como o esperado, o manticore se desviou com facilidade. Mas, Percy conseguiu golpeá-lo na perna. Ele rugiu de dor e disparou uma saraivada de espinhos. Percy mergulhou no chão e um dos espinhos atingiu seu cotovelo.

Percy sentiu o veneno se injetar rapidamente no seu corpo e começou a tremer. Antes que pudesse se levantar o Manticore arremessou mais espinhos.

Percy se preparou para morrer. Pontos pretos dançavam diante de seus olhos. Sentiu-se com sede e olhou para as próprias mãos: estavam brancas como papel. Tentou gritar para que alguém viesse ajuda-los mas era inútil. Sua garganta estava se fechando.

Annabeth – pensou, antes de fechar os olhos- sinto muito.

Percy não sabia se estava consciente ou não, mas ouviu o som de uma flauta. Não sentiu, tampouco, os espinhos atravessarem sua pele. Ouviu gritos e, foi erguido por alguém. Tentou ver se Annabeth estava bem, mas não conseguiu abrir os olhos.

Depois, perdeu os sentidos.