Asphalt Café escrita por Victane


Capítulo 10
You Who is the Intruder


Notas iniciais do capítulo

Hello meus amores, fofos e lindos. Como estão vocês? Minha gente, eu to muito muito feliz pela quantidade de comentários que tem a fic e ainda mais feliz quando vi que ganhei uma recomendação, isso isso, isso, uhuh, recebi uma recomendação da fofa da Nutelinhadasel! e como sempre faço, responderei sua linda recomendação aqui...
Como se decepcionar com uma fic minha? own, isso foi incrivelmente fofo de sua parte, obrigada haha Sobre as coisas, ou a coisa, o casal que vc não goste, mas aprende a lidar com minha escrita, nossa fico, lisonjeada, vlw mesmo e que bom que continuo te surpreendendo, e me embalando nisso que dedico esse capitulo a você, cheio de surpresas, mas vamos lá, haha! Mais uma vez obrigada! :D
E como estão vendo a fic, está com 99 reviews, uhuhh, e eu me esqueci totalmente de agradecer a pessoa que mandou o reviews de numero 50 que foi a elavan uhuh, obrigada amori, e a todos vocês também, que a gente chegue a 100 ^^ ~~ le rezando kk ~~
enfim, aproveitem o capitulo, beijos, e boa leitura!

*Esse capítulo segue a série: Brilhante Victoria ou Victorious
Como descrito: Não seja rígido, pois cenas serão mudadas, acrescentadas ou invertidas.
Aqui a imaginação é livre e o prazer é seu em ler!



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– Entra! – Gritou o Smith de dentro de sua casa, a porta se abriu e Tori e David entraram. – O que... O que estão fazendo aqui? – Perguntou o loiro sentado no sofá olhando para os cantos da casa como se alguém o vigiasse.

– Eu fiz um acordo com o David, se ele fizesse o que eu queria, eu o trazia aqui para mostrar a aranha que você cria como animal de estimação... Pode ser? Por favor?! Prometo não demorar! – Disse Tori soando o mais nervosa possível.

– Posso usar o banheiro? É que nem tive tempo de ir à sorveteria, o Beck me trouxe bem rápido. – Perguntou David gesticulando com as mãos, Zac assentiu, apontando com o dedo na direção do banheiro.

– Olha Tori, não quero ser grosso... – Zac ainda checava o chão e as paredes como se algo fosse pular em cima dele, Tori perguntava-se se ele tinha enlouquecido de vez. – Mas não é uma boa hora...

– Porque está sem camisa? E porque está suando sem fazer esforço algum? – Perguntou Tori sentando-se ao lado do Smith no sofá. Agora ela pôde observá-lo melhor. Zac tinha seus dois pés em cima do sofá, agarrava uma almofada e estava sem camisa, apenas com um calção azul que ele costumava usar nas corridas com a turma. – Oh, onde está sua aranha? Você trocou o aquário? – Perguntou Tori reparando no aquário em cima do centro perto de onde eles estavam, o recipiente estava completamente vazio.

– Primeiro de tudo, estou sem camisa porque aqui é minha casa, você que é a intrusa... – Disse Zac, mas Tori pareceu magoada. – É que eu ia fazer alguns exercícios com a barra lá fora, gosto de fazer isso á noite, porque não tem ninguém espiando. Segundo... É sobre isso que eu queria falar com você... Hum... Meio que a aranha sumiu.

– O QUE? A ARANHA SUMIU? – Gritou Tori já se levantando do sofá, mas Zac a puxou de volta e tapou a boca dela com a mão.

– Vê se não grita, vai assustar o garoto! – Falou Zac tentando calá-la. Tori pegou a almofada do colo dele e começou a bater no garoto e conseguiu que ele a soltasse.

– Você tá maluco? Assustá-lo? Eu estou assustada! Uma aranha... Uma aranha está por ai a solta e você quer que eu não o assuste? Calma, Tori. Respira! – Zac observava enquanto Tori tentava manter a calma e respirava fundo. Depois do que pareceu um longo tempo, Tori colocou os dois pés para cima do sofá como ele havia feito e começou a procurar por algo suspeito no chão e nas paredes.

– Não adianta, eu já tentei! – Disse Zac. – Ia fazer as barras lá trás e sem querer bati no aquário, quando me virei de novo, ela havia sumido.

– Tudo bem, só temos que manter a calma. Onde está a Ashley? – Perguntou Tori.

– Ela saiu para resolver algumas coisas no Teatro. Preciso encontrar essa Madame Octa antes que ela chegue em casa. A Ashley vai ficar uma fera.

– Ah, a Ashley vai ficar uma fera? E eu como fico?

– Pelo menos estou aqui se precisar de alguma coisa. – Ofereceu Zac.

– Se essa aranha nos picar será o nosso fim, você consegue entender isso?! – Tori parecia furiosa e Zac continuava a procurar pelo sofá.

– Pronto, voltei. Onde está a aranha? – Perguntou David parando perto da porta de entrada. Zac e Tori se entreolharam sem nem saber o que fazer.

– É... Hum... Sabe David, me desculpe te dizer isso, mas a aranha se...

– Se ferrou. Isso, a aranha se ferrou... – Completou Tori. – Parece que a Madame Octa, hum... Morreu. – David parecia não acreditar. – Quando o Zac foi verificar hoje cedo, ela estava morta aqui nesse aquário e... É isso.

– Ótimo, perdi de tomar sorvete por conta disso. Vocês me devem um sorvete. – David abriu a porta e quanto mais ele se movimentava mais Tori e Zac ficavam alerta sobre a aranha. – Você vem?

– Não, ela... Sabe, ela vai ficar pra... Hum, me consolar. Porque você não vai indo, que depois a Tori te segue. – Explicou Zac encarando o olhar surpreso da Vega.

– Você que sabe! – David falou dando de ombros, e saiu fechando a porta em seguida.

– Te consolar? – Perguntou Tori focando no peitoral de Zac, afinal, o garoto estava sem camisa e ela ficara tão desesperada que mal havia dado bola para isso.

– Foi uma desculpa. O que tem demais?! – Zac não pareceu perceber os olhares de Tori e continuou a olhar para os cantos da casa.

– Ok, temos que manter a calma e... – Um barulho foi ouvido no andar de cima da casa e Tori pulou em cima de Zac que a abraçou surpreso.

– Manter calma né?! – Perguntou o loiro olhando engraçado para Tori que já se afastava.

– O que foi isso? Será que foi a aranha?

– O que?! Não... Não mesmo. É uma aranha pequena, não iria fazer tanto estrago. No mínimo meu aspirador de pó caiu lá em cima. Mas, eu ainda preciso de sua ajuda para pegar Madame Octa. – Disse Zac.

– Ok. O que você sabe sobre a aranha?

– Ela é uma tarântula de joelho vermelho mexicana. Ela geralmente é dócil e gosta de ficar em locais quentes... – Explicou Zac.

– Só isso? Você pelo menos sabe se ela é venenosa?

– Não... – Tori lhe fuzilou com o olhar. – O que mais eu precisava saber? Eu queria ter uma aranha, fui e comprei uma aranha. Ponto. Pra que saber mais alguma coisa? Dã! – Os dois mal se lembravam de checar a área enquanto discutiam.

– Ah, mas você é dono dela e... Deixa para lá! – Murmurou cruzando os braços. – O que vamos fazer? Ela pode estar em qualquer lugar! Podemos sair daqui e ir para algum lugar mais fechado e seguro.

– Normalmente sou eu quem digo essas cantadas passadas. – Disse Zac dando de ombros. Tori não entendeu o que ele falou. – Sei lá, você disse que podíamos ir para algum outro lugar. Geralmente quando se fala isso, alguém quer ir para o quarto e sabe...

– Não precisa completar. – Informou Tori o cortando. – Não me referia á isso. E não quero ir para um quarto com você. – Tori vacilou nas ultimas palavras e Zac percebeu isso, assim voltando a ter seu sorriso convencido de sempre.

– Não, eu acho que precisamos ficar onde estamos. Madame Octa sumiu aqui, provavelmente ela não quer ficar por perto do aquário onde estava presa, então acho que estamos seguros. – Disse Zac e Tori concordou com ele.

– Pelo menos se ela nos picar, você nos dá o soro... – Zac pareceu confuso. – O soro, antídoto, remédio. Eu não sei como se chama aquele troço, mas é uma coisa que os médicos usam em picadas de aranhas venenosas. Você tem isso né? – Perguntou Tori relaxando mais no sofá.

– Não, nunca ouvir falar.

– O QUE?! - Gritou de novo, Zac deu de ombros e se recostou mais no sofá.

– Eu to falando sério! Mas, relaxa, vamos ficar bem. – Tori voltara a olhar para todos os cantos da casa com os olhos arregalados. Queria muito possuir coragem de sair daquele lugar e correr para sua casa, mas não podia, vai que a aranha aparecesse no caminho entre o sofá e a porta. – Que tal assistirmos televisão? – Mas Tori mal dava bola para o que o loiro dizia, ele ligou á TV e ela continuava com a aparência preocupada e nervosa. – Vem, encosta aqui. Tem um lençol aqui de baixo e podemos nos proteger. – Zac se sentou ereto e pegou o lençol que estava debaixo dele, Tori prontamente aceitou e os dois se cobriram. Zac colocou seu braço por cima de Tori enquanto a garota ainda checava os cantos da sala. – Estamos bem se ficarmos juntos, ok? – Tori pareceu notar agora a proximidade entre eles. Os dois estavam praticamente abraçados, e seu corpo encostava-se no corpo quente de Zac, enquanto o mesmo estava sem camisa por debaixo do lençol. – Só por causa da aranha... Você sabe né? – Tori assentiu e o garoto que antes havia mostrado preocupação agora sorria disfarçadamente desejando que nunca precisasse sair daquela posição.

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– E então, como está o sorvete? – Perguntou Beck enquanto saboreava o seu sorvete de menta. – Hum... Menta. Eu gosto de menta.

– Prefiro flocos e chocolate. – Disse Jade concentrando-se na calda de seu sorvete.

– Não, não. Creme com passas é o melhor sabor que existe. – Rebateu Beck, mas a mente de Jade parecia longe. – Está preocupada com o David? Eu o deixei em casa como falei. Só não sei por que ele recusou o sorvete. – Jade assentiu, mas continuava a pensar sobre a tarde maravilhosa que tivera, embora não gostasse de admitir isso, Beck havia demonstrando ser uma ótima pessoa. – Vamos? A gente paga e pode ir tomando o sorvete enquanto passeamos pelo parque.

– O parque está deserto á essa hora, Oliver. – Jade tinha razão. Todos do parque já foram para suas casas, o lugar havia se tornado completamente vazio. Beck pareceu surpreso por Jade dizer isso, achava que a garota não tinha medo de nada. – Mas carrego uma tesoura comigo, então, sem problemas.

– Uma tesoura? O que é isso? Faz parte do Clube do Gorila? – Beck riu.

– Porque não esquece esse tal Clube e cala a boca. – Revidou Jade enquanto os dois pagaram os sorvetes e agora seguiam para o parque.

– Porque é impossível esquecer um nome como esse e é ainda mais impossível esquecer que alguém te levou lá. Como isso aconteceu? – Perguntou com curiosidade.

– Sei lá, um garoto queria bancar o fortão e me levou para lá. Ele tentou alguns desafios idiotas, mas eu o desafiei a pegar a banana do gorila, ninguém conseguia mesmo, e ele já estava me enchendo. – Jade sorriu malvada.

– E ele conseguiu? – Perguntou Beck.

– Não mesmo! – Os dois riram baixinho.

– E sobre as tesouras? Porque as carrega? – Jade consideraria uma chatice ficar respondendo todas aquelas perguntas á um “estranho”, mas Beck se provara acolhedor, ela sentia que podia lhe contar tudo e embora não fosse de confiar em seus instintos tão cegamente como estava fazendo, ela respondeu as perguntas do garoto, afinal, que mal tinha? Ele iria embora amanhã mesmo. As palavras pesaram em sua mente e chacoalhando a cabeça para afastar os pensamentos, ela percebeu que Beck ainda esperava pela resposta.

– As tesouras... Hum... Foram e são meus brinquedos favoritos. É claro que quando eu era criança, meu pai me dava bonecas e coisas do tipo, mas aos cinco anos o vi mexendo nas caixas de ferramentas e peguei um martelo...

– Um martelo? Nossa! – Beck apenas reagia enquanto Jade se soltava.

– Sim, um martelo. E quando ele me viu destruindo a boneca com aquele martelo, ele me proibiu de brincar com qualquer ferramenta que estivesse na caixa. – Contou Jade.

– E o que você fez? – Beck continuava curioso. Parecia que cada vez que Jade falava mais ele ficava interessado na garota e nas cosias que aconteceram em sua vida.

– Eu peguei a tesoura que estava na caixa de ferramentas. Estava na caixa, mas não era uma ferramenta, então era passe livre. – Explicou ela. Beck riu da esperteza da morena.

– Então você já era inteligente desde os cinco anos?

– Não venha com cantadas e elogios bobos, Oliver. Isso não é um encontro.

– Tem certeza? Estamos sozinhos, tomando sorvete num parque deserto. Eu acho que talvez isso se encaixe em um encontro. – Tentou Beck, mas Jade apenas resmungou alguma coisa e continuou tomando seu sorvete.

– E quanto aos piercings? – Perguntou ele.

– Minha mãe me proibiu de colocá-los, mas mais ou menos meia hora depois que ela reclamou, eu os coloquei. Ela não manda em mim! – Jade sorriu malvada novamente.

– Clube do Gorila, martelos, tesouras, piercings. É... Você é bem diferente das garotas do Canadá, e não estou falando no mal sentido. Eu adoro seu jeito... – Jade o olhou com raiva. – E não foi um dos meus elogios bobos, eu só estou falando a verdade. Sério! – Os dois continuaram conversando e tomando seus sorvetes, agora passando pela pista de skate onde David há momentos andara com o seu.

– Se gostou tanto do Gorila, talvez eu te leve algum dia... – Disse Jade. Aquela era a forma de dizer “obrigada, Beck”, mas o garoto já ganhara muito vindo da morena. Vendo a expressão feliz de Beck, ela se recompôs. – Sabe, nós e a Tori, André, Zac, Ashley, Cat e Robbie, todo mundo. – Tentou tirar aquele sorriso triunfante dos lábios de Beck, mas era tarde, o garoto sentira extrema felicidade quando ela o havia “convidado”. Aquilo já era demais!

– Eu queria poder ir muito, sabe... – Beck pegou os copos de sorvete dos dois e jogou no lixo ali perto. – Mas vou embora amanhã, Jade. Vai ser basicamente impossível voltar para Los Angeles novamente. – Disse Beck com pesar. Jade o olhava chocada, não podia acreditar naquilo, tentara tanto afastar essas palavras, afastar a partida daquele “conhecido” de três dias que a fazia sentir-se acolhida e feliz, mas não adiantava, aquilo estava lá junto com todo sentimento de confusão misturado em seu peito. – Cuidado! – Só ouviu Beck lhe advertindo sobre a árvore que ela iria bater se ele não tivesse interferido. Beck se impulsionara rápido na direção de Jade e com a palma da mão na cabeça da garota e outra nas costas dela, ele conseguiu virá-la para si e protegê-la de bater com a cabeça na árvore. Jade respirou firme, mas só conseguiu sentir o odor de hortelã que exalava dos lábios de Beck que estavam tão apressadamente próximos dos seus enquanto o canadense a segurava firme a encostando na árvore. Talvez fosse o sorvete de menta que ele houvesse tomado, mas aquele odor saboroso que saía dos lábios de Beck, uma mistura de menta e hortelã, tornavam seu hálito inebriante para as narinas da morena.

– Já pode me soltar, Oliver. Obrigada... – Disse pesadamente enquanto tentava não pensar nos lábios dele. Beck nunca havia sentido aquilo antes, aquela vontade surpreendente de beijá-la. A garota pálida que idolatrava tesouras, usava piercings e era bem diferente das outras garotas por ser tão orgulhosa, marrenta e algumas vezes ignorante, conseguia causar uma sensação tão forte em seu peito que ele sentia-se obrigado a beijá-la. Precisava tocar seus lábios com os lábios dela e sentir seu gosto, o mais profundo que conseguisse. Beck tinha colocado um pensamento em sua cabeça desde que levara David em casa. Não iria beijar Jade. Isso nem chegava a ser relativo. Ele dissera a André para beijar Ashley no primeiro encontro, pois havia garotas que gostavam disso. Havia garotas que iriam para cama com garotos no primeiro encontro, que beijavam os garotos no primeiro encontro, mas e Jade? Em qual se encaixava? E isso era um encontro? Ele não podia ter certeza sobre ela, Jade era a garota surpreendente que o fazia pensar em tantos possíveis caminhos para seguir e lidar com ela, mas agora, ele não pensava mais em nada, apenas em chegar mais próximo dela do que já estava e tascar um beijo em seus lábios. E foi isso que ele fez... Ou tentou fazer. Na confusão de beijar ou não beijar de Beck, Jade já recobrara e ajustara os seus pensamentos de afastá-lo e não iria estragar as coisas assim de forma tão repentina. Beck foi se aproximando e se aproximando, seus lábios se tocaram de leve, mas por um impulso que Jade nem sabia que conseguiria ter naquela situação, a garota o empurrou com força e se afastou dele. – O que pensa que ia fazer?

– Eu... – Beck não sabia nem o que dizer. – Eu... Não sei!

– Pois eu sei o que iria fazer. Só digo uma coisa, Oliver. Eu não sou como as outras garotas que está acostumado a sair, você não pode me beijar. E mesmo que vá sair do país, amanhã, a regra continua firme. Você não pode me beijar assim, Oliver. Adeus! – Disse revoltada e continuando a caminhar com pressa. Beck recobrou seus pensamentos e a seguiu.

– Jade, pelo amor de Deus. Eu posso te levar em casa, me desculpe! – Pedia enquanto tentava andar mais rápido, pois a garota já se afastava.

– Saía de perto de mim! Me deixe em paz! – Gritava Jade. Beck agora olhava para os cantos, preocupado. Se alguém visse a cena iria parecer que ele estava tentando fazer algo a mais com ela. E ele não iria fazer isso.

– Eu posso te levar de carro. Me deixa fazer isso pelo menos! – Implorava Beck.

– Minha casa é perto. Você mesmo disse para o David. Daqui á duas ruas, eu posso ir sozinha. – Jade já passava pelo carro de Beck e o mesmo já entrava dentro dele para seguir a garota com o carro.

– Mas pode ser perigoso. – Beck a acompanhava com o carro.

– No parque também, por isso tenho uma tesoura. – Falou agora mais baixo já que Beck estava do seu lado só que com o carro. – Volte para o Canadá, Oliver. E não me siga! – Com essas palavras, Jade sentiu o estomâgo se embrulhar e logo se sentiu mal com o que disse. Beck é claro, havia parado de segui-la com o carro e agora já fazia a volta para seguir para a casa de André. Mesmo culpada, Jade continuou a caminhada e por mais que Beck se sentisse triste com as palavras da morena, parara para pensar um pouco em outra coisa que ela havia dito. “Você não pode me beijar assim, Oliver.” Sorrindo e entendendo a deixa que Jade deixara mesmo sem perceber, ele voltou feliz para casa. André o alertara que Jade era difícil de lidar, mas ela apenas não demonstrava por inteiro o que sentia. Ela queria ser beijada, mas não daquele jeito. E por mais que o garoto fosse embora amanhã, sentiu que tinha todo tempo do mundo para conseguir a confiança de Jade, e que com sorte podia voltar qualquer dia para Los Angeles e conquistá-la de vez e aí sim ela iria gostar de ser beijada por ele.

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– Olha, tá passando A Usurpadora. – Disse Zac separando-se de Tori e os descobrindo do lençol. – Você gosta? – Tori estava surpresa. – Sabe, Ash e eu gostávamos de fazer teatrinho com essas novelas mexicanas, assistíamos tanto que sabíamos as falas decoradas. – Tori logo se interessou, tratando-se de saber mais do garoto, ela perguntou:

– E você gostava de fazer isso?

– É claro! Bem, no começo eu achava brincadeira de menina, mas me ajudou bastante a descobrir minha profissão. Nós atuávamos enquanto brincávamos, era divertido! Fora, que eu adorava Paola, ela era a malvada. Os malvados são legais! – Disse parecendo uma criança, Tori sorriu. – Olha lá, é um dos jantares na casa da Paola. – “Ah, vovó Piedade, não se faça de ofendida! Aqui a única ofendida deveria ser eu. Enquanto eu estiver casada com o seu neto, eu terei direito a tudo!” – Imitou Zac, Tori começou a rir esquecendo-se da aranha e do perigo que corriam.

– Você imita muito bem! Deve atuar muito bem também. – Tori continuava a rir e agora Zac ria com ela.

– Ah, você não fez direito, era para você entrar no clima, sabe... Me chamar de dois nomes, sei lá.

– Dois nomes? – Tori não parava de rir.

– É... Os caras em novelas mexicanas sempre tem dois nomes... – Agora Zac ria sem parar. – Carlos Daniel, Luis Fernando, Luis Carlos, etc. – Os dois riam feito crianças bobas, mas Zac parou de falar do nada e arregalou os olhos. Tori continuava a rir. – Tira a blusa!

– O que? – Perguntou sem entender.

– Eu disse: tira a blusa! – Tori ainda não entendia e Zac praticamente ordenara.

– Não achei que isso aconteceria assim... – Disse Tori ainda confusa e sem saber o que fazer.

– TIRA A BLUSA, RÁPIDO! – Dessa vez Zac gritou e Tori o obedeceu com medo. Tirou a blusa, ficando apenas com seu sutiã rosa e jogando a blusa para Zac que a pegou e a amassou em sua mão, chegando perto da garota. Sentindo o perfume de Zac e seu halito próximo de seu pescoço, Tori tremeu quando Zac alisou sua bochecha e se aproximou ainda mais do seu pescoço. Tori respirou firme o cheiro de cereja que tinham os cabelos de Zac e pôs-se a se perguntar qual seria o gosto de seus lábios. O beijo estava demorando a vir pela surpresa de Tori, afinal Zac pedira para que ela tirasse a blusa tão bruscamente que algo já devia ter acontecido. Abrindo os olhos viu que o garoto agora com sua blusa em mãos, colocava algo no aquário. Quando Zac fechou a tampa do aquário, Tori pode ver que era a aranha.

– Como... Como você... – Sem entender ela estava em pânico e confusa.

– Ela estava atrás de você. Pedi sua blusa porque precisava de algo para pegá-la. – Explicou Zac.

– Porque não pegou o lençol então? – Tori estava incrédula. Esperara uma coisa que não viera.

– Porque demoraria muito dobrar tudo e ela poderia picar você se eu não fizesse algo. – Disse Zac.

– E porque não tirou a sua... – Disse Tori sem pensar.

– Eu já estou sem camisa. Queria que eu tirasse o calção? Não mesmo. Estou... Sem cueca. – Sussurrou Zac e Tori arregalou os olhos. – Qual é, Vega?! Foi tão ruim assim? Eu salvei sua vida e você ainda queria que fizesse duas coisas ao mesmo tempo.

– Duas coisas? – Perguntou Tori cruzando os braços para que Zac não a visse de sutiã.

– É! Te salvar e ficar pelado no sofá com você ao mesmo tempo. – Zac falou sugestivamente e Tori se sentiu corar enquanto ele descia seu olhar para seus peitos. Zac tentou disfarçar, mas não conseguira. O sutiã rosa de Tori deixava seus seios mais levantados, deixando o garoto com extremo calor.

– Pode me devolver a blusa? – Perguntou Tori tirando Zac de seu torpor sexual.

– Claro! Toma! – Zac passou a mão na barba já um pouco crescida, em sinal de nervosismo e jogou a camisa de Tori para que a garota se vestisse, Tori o fez.

– Olá pessoal! – Disse Ashley abrindo a porta da frente e saudando os dois. – Ah que bom que a Madame Octa está no aquário, eu esqueci de te avisar que o aquário estava com a tampa frouxa, então como esqueci comprei outra tampa no caminho. – Disse Ashley entregando uma sacola pesada para Zac.

– Como você pode ter esquecido uma coisa dessas? E se ela saísse... – Zac olhou para Tori como se pedisse que ela não contasse nada. – E se ela nos picasse?

– O que isso tem demais? Só iria doer. Madame Octa não é venenosa, ela é dócil, pelo menos foi isso que o cara nos disse quando a compramos. E se ele tivesse mentido não há problemas. Paguei há um cara para retirar o veneno dela, mesmo assim é sempre bom ter antídotos contra picadas de aranha, temos isso na segunda gaveta do banheiro. – Ashley sorriu confortavelmente e subiu para seu quarto. Tori e Zac se entreolharam incrédulos.

– Então não havia perigo? – Zac parecia chocado, ficaram todo aquele tempo com medo por nada?

– É... Eu fiquei aqui com você por nada. – Disse Tori parecendo irritada.

– Nem vem com essa. Quando cheguei perto de você, você fechou os olhos e ainda disse: “Não achei que isso aconteceria assim”. – Murmurou Zac sorrindo convencidamente.

– Eu não falei isso! – Tentou Tori.

– Não? Tem certeza? Me diz... O que você estava esperando? – Provocou Zac.

– Nada, eu não estava esperando nada. Ahhh! – Disse Tori pegando suas coisas e saindo, Zac sorriu feliz e subiu para seu quarto. Tori caminhava agora por sua rua deserta. Reparava no parquinho deserto e com a árvore cortada pela prefeitura, parece que a árvore estava alta demais e ameaçava risco as crianças, então a cortaram e plantaram uma nova muda no meio do parque, a protegendo com uma cerca para que as crianças não a machucassem. Chegando em casa, Tori subiu para seu quarto e tomou banho, ao sair do banheiro e após se trocar, abriu as cortinas e reparou na visão que havia ganhado. De sua janela dava para ver a janela do quarto de Zac, não tinha como ver muito, mas como a cama do garoto ficava no meio do quarto já era algo para observar, o garoto ainda estava de calção e sem camisa, agora ela percebia o seu corpo espetacular, desde o seu peitoral até sua barriga sarada. Zac havia acabado de aspirar todo seu quarto e resmungava algo sobre desistir de bancar o durão e pagar a uma empregada para fazer tudo isso, Ashley felizmente venceria. Tori observava o garoto que agora começava a fazer abdominal estilo marinheiro no chão de seu quarto, com as costas viradas para sua janela, Tori pôde notar o calção que levemente descia conforme os abdominais que ele fazia. Tori sorriu, ele dissera a verdade, realmente estava sem cueca, já que o calção descera a tão ponto que dava para ver um pouco da bunda de Zac. Poucos podiam ter a vista que ela tinha. Ouvindo a porta lá embaixo abrir, Tori deixou seus pensamentos de lado e correu para falar com Jade. – E ai, como foi o encontro?

– Não foi um encontro, Vega! – Disse Jade cruzando os braços e a encarando raivosa.

– Rolou alguma coisa? – Perguntou curiosa.

– Não rolou e nem vai rolar nada. Me deixa em paz, garota. – Jade já ia subindo as escadas, mas virou-se para encarar Tori novamente. – Onde está o David?

– Quando cheguei Trina já havia mandando ele para cama.

– Trina? Desde quando ela gosta tanto do garoto? – Perguntou Jade e por mais que ela gostasse de irritar Trina, ela agradecia no fundo por ela estar cuidando de David nesses últimos dias.

– Oi! – Disse David chegando á sala. – Eu não vou obedecer a Trina. – Jade sorriu, mas ainda queria que o garoto tivesse já ido para a cama. – Nossa tia ligou... – Agora Jade parecia preocupada. – Ela quer me ver e quer que eu volte para casa hoje, pelo menos quer que eu durma lá hoje e volte para cá amanhã.

– De jeito nenhum! Você é meu, pirralho. – Resmungou Jade.

– Devemos isso á ela, pelo susto que demos em não avisarmos nada. – Explicou David. - Qual é?! Eu volto amanhã, pode deixar. Ela só quer se certificar que estou bem, você a conhece. Ela quer ver se está cuidando bem de mim para me deixar aqui para sempre. – Jade riu. – Amanhã no meu aniversário, eu volto.

– Ótimo! Vá embora, ninguém precisa de você aqui. – Murmurou Jade sorrindo de lado. David a abraçou e foi embora levando uma bolsa consigo. O carro na frente da casa buzinou e foi embora.

– Sabe Jade, por mais que vocês se entendam, ás vezes acho que você, sei lá, podia tratá-lo melhor. Nem todo mundo consegue entender esse seu mau humor e ignorância. As pessoas podem se sentir mal com seus comentários, mesmo que saibam lá no fundo que não são verdadeiros. – Disse Tori lhe aplicando um sermão. Por mais que Jade odiasse quando ela fazia aquilo, as palavras de Tori não atingiram o assunto “Jade e David” e sim “Jade e Beck”, David a entendia bem e até dizia coisas como as que ela dizia, mas Beck não, e se ele ficara magoado com o que ela dissera? Ela só queria afastá-lo, mas não magoá-lo de verdade. “Volte para o Canadá, Oliver. E não me siga!”. Recordava-se das suas palavras e tivera uma ideia para afastar a culpa.

– Cala a boca, Vega. Já não te suporto e me chamando de ignorante você não ganha pontos comigo. – Tori rapidamente se calou. – Mas tudo bem, você pode se desculpar comigo, me ajudando.

– Esse papo não funciona comigo, Jade. Você faz isso com á Cat o tempo todo, mas eu não sou assim... – Informou Tori.

– Tudo bem, você tem que me ajudar... – Mesmo não sendo um pedido formal, aquilo era um pedido na forma “Jade”. – Amanhã faremos um aniversário para o David. E o Beck tem que estar aqui... – Tori arqueou a sobrancelha para a garota. – Ele é professor do Dave. O que você quer que eu faça? – Disfarçou Jade. – Amanhã, você e eu iremos à Hollywood Arts tentar ver o que podemos fazer pelo Beck. – Jade já ia subindo as escadas.

– Tudo bem, mas... Admite Jade, você só tá fazendo isso porque quer que ele fique, não é? – Perguntou Tori subindo as escadas na direção contrária e sorrindo sugestivamente para a amiga no corredor oposto.

– Não seja idiota, Vega! – Disse Jade irritada enquanto batia a porta de quarto. Mas lá no fundo a West sabia que seu coração ansiava pelo Oliver e ela iria conseguir que ele ficasse, não por David, mas por ela

Próximo Capitulo:

Pensei que vocês eram íntimos.”

”Não fiz isso por você, idiota!”

“Quem sabe algum circo não te contrate.”


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Notas finais do capítulo

Hello amoris, e ai gostara do capitulo?
haha, Zori *--* Zac medroso e Tori safadeeenha kkk
Bade em? e esse encontro? haha
Zac meu rapaz não é assim que se faz pra uma garota tirar a blusa kkkkkk, e ainda tava sem cueca, MDS kkk
haha Trina e David *--*
own, David e Jade juntos, fofinhos!
Hum, Jade querendo que o Beck fique, haha!
Mas agora saindo um pouco do assunto, alguém viu como foi o "Honeymoon Tour"? Meu Deus, a Ari arrasando né? e quase morrendo kkk, porque ela teve problemas com o pequeno elevador que deveria levar ela até o palco, mas nossa pequena macaquinha deu um jeito de se pendurar e ainda continuar cantando, simples, ela é ninja hahah, uma ninja fofa e linda ai ai #EssaMulher
Enfim... Quais seus palpites para as frases em? Espero nos comentarios, bjus amoris!