Succubus : Esperança. escrita por Lolla


Capítulo 16
Portal para Allara


Notas iniciais do capítulo

Este é finalmente o último capítulo dessa fic. Gostaria de agradecer imensamente a todos que visualizaram, a todos os que comentários ,a todos que favoritaram, que acompanharam ou que somente lerem alguns capítulos. Muito obrigada mesmo,graças a cada um de vocês consegui começar a terminar esta fic. MUITO OBRIGADA.



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( Portal para Allara)

Ainda com os olhos exarcados, a garota olhou para cima e então vislumbrou a presença divina de uma das feiticeiras nebulosas. A feiticeira era esguia e de peles claras, bordadas por desenhos no corpo, desenhos estes que ela não soube decifrar. Seus olhos meigos, não escondiam a força que tinham. Ela segurava firmemente um cajado feito de troncos retorcidos entre si, e na ponta pairava uma imensa pedra escura.

– Soube por meus irmãos, que um grupo de desbravadores, procuravam por nós.

Sinky não soube responder a afirmação da mulher. Ela ainda estava inebriada pela presença da mesma. Suas mãos tremiam e ainda tocavam no chão, e a poucos passos Derick e Lís, ainda estavam desacordados.

– Não tenha medo minha pequena.

Aos poucos, uma misteriosa neblina densa e morna, envolveu a todos ali. A ´´umidade aliviou imediatamente as feridas da pequena guerreira. E quando ela pode perceber, já não estavam mais em um campo aberto. Estavam todos em um pequeno bosque, iluminado por uma única luz, que originava da imensa lua no céu azul marinho, cravejados por milhares de pequenas estrelas cintilantes. Tudo naquele lugar parecia cintilar em uma luz própria. Imediatamente Sinky lembrou de uma da histórias que Leona as contavam antes de dormir. Sobre um bosque mágico onde tudo brilhava, era calmo, e até mesmo o gramado era quente. Sinky, tocou o gramado morno com as mãos ainda manchadas de sangue e lembrou da descrição sobre ele na história:

" Quente como um abraço de mãe."

O lugar era cercado por imensas árvores que formavam um circulo ao redor de um lago mediano, que refletia a lua e as estrelas como um espelho recém limpo. Então a feiticeira a tocou nos ombros.

– O que você e seus amigos pensavam ao entrar no território de um Cervený ?
Sinky secou as lágrimas, que teimavam em cair eventualmente.

– Estávamos fugindo dele. Ele destruiu a minha casa,os meus amigos,tudo ...

– Entendo. Disse a mulher. Precisamos ser ágeis, há muito o que fazer ainda minha querida. Por favor tire a camiseta, para que eu possa lhe ajudar com o ferimentos.

Sinky não relutou, ela precisava da cura o mais rápido possível. Então ela tirou a camiseta, e antes dos seus companheiros acordarem, suas feridas ja estavam curadas, mas ficaram várias cicatrizes para lembrá-la para sempre daquele dia.

Enquanto seus companheiros acordavam lentamente, Sinky sentou-se a beira do maravilhoso lago, e então viu-se refletida nele, assim como as estrelas e a lua. Seus olhos se fechavam regularmente, e então ela lembrava de algumas cenas da luta que teve com um filhote de dragão. E pela primeira vez, ela se sentiu orgulhosa. Feliz por proteger os dois, mesmo que nem todos eles fossem tão queridos por ela. Seus olhos transbordavam alegria e satisfação, de repente ela ja não era aquela menina assustada que saiu de um orfanato para morar em uma mansão com a sua melhor amiga, e agora irmã.

Ao longe, dentro de uma cabana feita com um imenso e resistente tronco de árvore,a feiticeira conversava com Lís e Dérick. Sinky não quis saber o assunto, com certeza se for importante Lís lhe contará tudo. Ela queria saborear por o máximo o momento de ser a protagonista da própria história pela primeira vez na vida. Ter aquele dom, era a melhor coisa que aconteceu na sua vida, e somente naquele dia, ela percebeu.

Como uma névoa, a feiticeira chegou ao lado de Sinky, e então materializou-se.

– Gostaria tanto de poder lhe contar tudo que eu sei, e tudo o que você precisa saber, mas preciso lhes enviar a Allara, e se saírem tão bem quanto eu acho, teremos tempo para muitas noites como esta de conversa.

Sinky secou as tímidas lágrimas do seu olho, estufou o peito e sorriu para a jovem mulher.

– Mas pelo menos seu nome, terei que saber, quero saber o nome da minha salvadora.

– Pani Stedrý. Seu primeiro nome, soube que é Sinky, mas não o de família - Disse amoça sorrindo enquanto levantava.

– Sinky Velký.

A feiticeira lhe tomou pelas mãos e a levou até a humilde cabana. Lá ela lhe deu todas as instruções necessárias para acabar com o mal que se assolou repentinamente do universo em que viviam. Pani lhes disse sobre Allara, sobre todos os outros planos, e todos os maus que estavam aprisionados lá. E então veio como um soco o nome do mau que é responsável pelo fim de Nonehill e todo o resto, Cierna.

Cierna é um força da vontade maligna, ele reproduz todos os maiores medos de todos que tentam lhe enfrentar. Foi aprisionado em Allara há cinco mil anos, por dois dos mais poderosos de sua classe. Uma mulher angelical, e um jovem demoníaco, que em uma última tentativa de conter a sombra poderosa, uniram suas forças, fundiram-na e selaram-no em um abismo tão fundo e escuro que nem mesmo seus gritos de ódio eram ouvidos. Mas de alguma forma, o selo foi enfraquecendo com o tempo, e com isso ele foi ganhando força, até que então conseguiu sair de sua cova, e cumpriu a promessa de se vingar de quem o prendeu.

Entretanto os dois jamais foram encontrados. Dizem que morreram pela falta de força após o selamento, mas nada concreto até hoje.

A missão do grupo consistia em encontrá-lo e selá-lo novamente. A batalha não seria fácil,e nem mesmo rápida, mas todos aceitaram a missão. Todos tinham seus motivos pessoais para aceitar. Ninguém contou sobre eles, mas Pani, uma elfa feiticeira, abençoada pela lua não precisava que ninguém lhe contasse, ela sabia, simplesmente olhando-nos sabia que eles eram unidos pelo mesmo motivo. E que essa jornada seria de grande valia para cada um deles.

Antes de Pani abrir-lhes o portal, ela deu um presente de jornada para cada um deles. Para Sinky, uma corda que foi banhada no lago, onde foi curada. Para Dérick,um adaga simples de madeira retorcida, com um pequena pedra escura no cabo dela. E enfim para Lís, dois pergaminhos elfícos, que ela deveria ler somente ao chegar em Allara. E então todos agradecidos e decididos a cumprir a missão, foram para o portal, que se formou lentamente, com vinhas que se entrelaçavam e se enrolavam formando um arco com flores brancas e minúsculas borboletas que surgiam dentro delas.

– Abençoados sejam pela mãe Mesiac, e que com ela andem até o fim de suas longas vidas.

Os três passaram juntos pelo portal, portando além de livros e adereços, levavam consigo a vontade de não deixar que ninguém mais lhe tirem a esperança de seus corações. E de que ninguém cresça conhecendo apenas a escuridão e o medo.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos na próxima fic Succubus: Allara. Até lá !



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