Succubus : Esperança. escrita por Lolla


Capítulo 11
Os livros.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ! Obrigada por vir ler !



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Após o trio, ver a linda imagem do Dragão Sinky e o padre desceram as escadas novamente,

Lís pensou em segui-los e fazer mais perguntas, afinal, o que não falta são perguntas. Mas havia outra maneira de obter respostas, e mais exatas do que as respostas do padre. Os livros.

Estava em péssimos estados, em grande maioria queimados nas bordas e com algumas páginas descosturadas do maço. Mas ainda sim, seriam instrumentos de respostas perfeitos.

E sem cerimonias, Lís pegou todos que poderia lhe ser uteis na busca por respostas.

Os livros eram grossos e com capas rígidas, Lís com seu corpo pequeno, pode pegar quatro dos mais de vinte livros disponibilizados. Ela leu o titulo de cada um e então os empilhou, os juntou nos braços e então desceu as escadas segurando-os com firmeza.

– Padre ? - Disse ela, com um tom de voz firme, que jamais usou.

– Sim pequenina. - O velho sorria sinceramente ao vê-la descer com seus livros.

– Os levarei, pena que só consigo levar os quatro que mais gostei.

O padre então deu um pequeno pulo, colocando as mãos na cabeça, e procurando algo em baixo das pedras.

– Mas não seja por isso, minha pequena, só preciso achá-lo , espere um minuto.

As duas olhavam curiosas com os movimentos bruscos do senhor, que chutava as pedras e derrubava objetos que estavam empilhados nos cantos ainda em pé do salão, ele lembrava vagamente um esquilo procurando por nozes em uma praça semanas antes do inverno.

– Finalmente !! - Gritou ele, com sua voz ecoando por todo lugar.

Em baixo de uma das pedras jogadas no chão, ele tirou uma bolsa grande de couro com alças.

– Eu as usava para por alimentos que distribuía ao moradores de rua em algumas noites, mas, aparentemente não há mais moradores de rua, nem mesmo a rua, então não fará falta. Leve, e pegue o que quiser aqui.
Sinky pegou a bolsa das mãos do senhor, e então foi até Lís.

–Pegue os livros que precisa, mas seja rápida precisamos ir embora, temos uma missão agora.
Lís pôs os quatro livros dentro da bolsa, e a deixou nos primeiros degraus da escada, e logo subiu para pegar os outros. Em poucos minutos, ela desceu segurando mais dois livros, desta vez, mais finos que os outros.

Além da bolsa de couro, as duas ganharam algumas latas amassadas de comida, que o padre ainda guardava. E então deixaram-no no convento parcialmente destruído. Ao sair, ela ouviram o padre rezando pela proteção das duas. Não era em nenhuma língua que sinky aprendera no convento, mas as duas sentiram que era de bom coração.
As irmãs andaram revesando o carregamento da bolsa, seis livros antigos, eram pesados e apenas uma carregá-los seria injustiça. Passaram por lugares que pareciam sempre iguais, em chamas e destruídos. Logo quando estava se afastando de Nonehill, o céu foi cortado diversas vezes poe raios de cores azuis e branca. E depois de poucos minutos, a chuva caiu.

As chamas foram apagadas delicadamente e os caminhos foram se tornando lamas pesadas e escuras. Gradativamente a chuva foi ganhando força, e as duas molhadas e cansada, resolveram aguardar o fim dela, dentro de uma casa, cujo fogo havia morrido, nos primeiros instantes de chuva.

– Lís ?

– Sim.

–Como pretende ler, esses livros anoite ?

– Primeiro devo, mantê-los secos, para que eu possa ler. Depois eu penso em como lê-los - Riu Lís, tirando-os da bolsa e verificando se suas páginas permaneciam secas. E estavam.

Sentaram-se as duas em um ambiente vazio, com apenas duas janelas e um porta. A sala eram espaçosa e quadrada, e não havia nada além delas ali. Seus olhos foram se acostumando com a escuridão do ambiente, e ficaram se olhando, enquanto a chuva apagava todo o fogo que ainda restava. Lís segurava o livro mais grosso da sua coleção no seu colo, e respirando fundo, soltou um sorriso ao olhar a sua irmã, visivelmente apreensiva.

– Sabe, de certa forma, eu sinto, que cada casa queimada, ou criança morta, foi por minha culpa.

Lís respirou fundo e passou as mãos na frente dos dois olhos, coçando-os.

– Sinky, desde que eu te conheço, desde aquele dia em que você foi até o meu quarto e brincamos juntas, você tinha uma mania triste de carregar o peso e a culpa do mundo nas costas. Você não poderia fazer nada.

– Talvez se eu estivesse aqui, eu poderia ter de alguma maneira engolido eles, ou qualquer coisa parecida.Disse Sinky com lágrimas nos olhos e cabeça entre os joelhos. Ela nunca chorou, ou demonstrou qualquer tipo de sentimento perto de Lís. Exceto naquele momento.

–Se você estivesse aqui, seria queimada, junto comigo e a nossa casa. Você só fez isso uma vez, e nem sabe como fazer de novo.

– Tem razão... Lís ?

– Sim. - Disse ela ajeitando os óculos no rosto.

– Eu preciso descobrir como fazer isso de novo, sabe, como controlar isso.

– Eu trouxe algo que vai nos ajudar, e eu vou estudar cada folha desses seis livros. todos os dias, vou decorá-los, e ai vamos saber como usar o seu dom, pra cumprir essa missão que lhe foi cabida.

Sinky não tinha o que dizer, embora surpresa, seu único ato, foi ir ajoelhada até a sua irmã e abraçá-la forte, o mais forte que pode. Era um abraço de despedida.
No fim, Sinky acabou adormecendo ao lado de Lís, que aproveitou os clarões dos raios para ler o máximo que podia.


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