Villa Lobos escrita por Ale Brenny


Capítulo 13
Não era o que eu esperava.


Notas iniciais do capítulo

eeu achei que combinoou bastante esse capítulo com a música - Nothing Else Matters, tocada pelo Apocalyptica.

maas é só uma sugestão!



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Uma bomba. Sim, eu estava completamente desesperado, como uma mãe quando se preocupa com seu filho, estava extremamente preocupado com como ela podia estar agora, e isso o que fora. A bomba foi tão forte, que a fumaça veio até Cascão e eu.

Os minutos se passaram e de dentro daquela fumaça que parecia não acabar, saiu Franja. Corri até ele e perguntei:

– O que foi isso, o que aconteceu? Cadê a Mônica? – ele procurou me tranquilizar dizendo:

– Nada aconteceu com ela meu caro, foi só uma bomba que eu usei para os lobos pararem de nos seguir, espero que tenha adiantado em algo – eu também espero! – os dois ficaram de frente para mim e de costas para a fumaça, logo Franja tirou de seu bolso um óculos – Acho que esse deve ser seu grau – ele disse me dando os óculos, e eu coloquei-os nos olhos.

– Funciona sim! – eu disse contente por estar enxergando bem, porém via algo correndo da fumaça para nossa direção, será que era efeito do óculos? Quando o vulto se aproximava percebi que era um dos lobos, realmente correndo em nossa direção, quando ele chegou bem perto empurrei Franja e Cascão para os lados já que estava no meio e de frente para os dois, que não viam o que estava acontecendo.

Quando o tal lobo colocou seu braço para trás, indicando que iria tentar me dar um soco, abaixei-me e ele deu um passo para frente me “procurando”, quando se virou para trás, eu o nocauteei. Logo Cascão e Franja apareceram ao meu lado e perguntaram em couro:

– O que foi isso?

– Eu enxergo de novo! – falei contente.

– Percebemos isso – disse Cascão, aliviado.

Tínhamos deveres agora, devíamos buscar as meninas, se é que agora estávamos salvos. Não sabíamos se todos os lobos estavam mortos, se tínhamos exterminado nossa espécie. Teríamos que esperar para saber. Franja, Cascão e eu andamos muito, eu não sabia onde estava, mas eles pareciam conhecer bem o local. Entramos numa casa meio abandonada e pequena no meio de tudo aquilo, de toda a fumaça, de toda a mata, e lá estavam Marina, Magali e Mônica. Corri para dar um abraço nela, e quando a abracei milhares de coisas passaram em minha mente, eu não podia continuar com ela, se os lobos ainda estivessem vivos, ela correria perigo, por minha causa. O sorriso que estivera em meu rosto por tê-la visto novamente, salva de tudo aquilo agora desaparecera.

Se eu fui capaz de amá-la como amo, deveria salvá-la, e eu não estava fazendo isso, eu só a estava colocando mais próxima da morte, dos lobos. Enquanto ainda estávamos abraçados, os outros nos deixaram a sós e foram para outro cômodo, agradeci por isso, precisava falar com Mônica em particular.

– Precisamos conversar. – eu disse quieto e com a cabeça baixa.

– Diga – ela dizia com um sorriso no rosto, que se desmanchava pouco a pouco no silêncio que a sala ficava. O meu silêncio depois disso deixou-a pensar que falaria algo a qual não nos faria feliz, e ela pensava certo. – O que tens a me dizer?

– Você corre perigo por apenas um motivo – eu disse, ainda de cabeça baixa, e agora derramando uma lágrima de um dos olhos.

Ela balançava a cabeça negando, como se não pudesse acreditar no que eu ia dizer depois do que passamos juntos.

– O perigo sou eu – continuei – Se você continuar comigo, poderás morrer.

– Eu não ligo pro perigo, eu quero passar o resto de minha vida contigo. Nada poderás nos impedir – ela disse chorando, e correndo para me abraçar, o abraço não foi correspondido, porém eu sentia tamanha felicidade por ela me abraçar, assim como tamanho remorso pelo que iria dizer.

– Eu não quero te fazer sofrer, e é por isso que estou te deixando. – soltei-me de seu abraço. E ela continuava a chorar, logo ela indignada saiu da pequena casa e desapareceu no meio da mata. Fui atrás dela, ela não poderia cometer algo no qual eu me arrependesse depois, mais do que eu já me arrependo agora.

Eu não estava muito distante dela, porém ela não tinha um rumo certo de para onde iria. Tentei acelerar o passo, mas parecia que a distância entre nós aumentava. As árvores estavam acabando, o caminho também, um barulho de água aumentava, uma cachoeira se aproximava, ela andava agora em caminho da cachoeira, o que pensava? O que queria fazer? Se matar? Eu não podia deixar ela fazer isso, mas eu nunca a alcançava, quanto mais eu agora corria, menos eu saia do lugar.

Finalmente quando cheguei à cachoeira, não a encontrei. Não queria olhar para baixo, já que agora tudo indicava que ela não estava mais ali comigo. O que eu tinha feito?
Uma lágrima caiu de meus olhos, agora nada mais importava?
A lágrima agora caíra no chão, meus pesadelos haviam começado.

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Notas finais do capítulo

Se gostarem, se não gostarem... Mesmo assim deixem reviews, é sempre bom um escritor saber como sua história está indo!
Obrigada



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