Darkness escrita por Lively


Capítulo 2
Come and take me home


Notas iniciais do capítulo

Olá , pessoal! Tdo bem com vcs ?
Queria falar sobre a frequência , em que postarei os capítulos. Pretendendo postar a cada 15 dias.
E sobre o cap de hj , ele se passará anos depois da cena do prólogo. Qualquer dúvida , deixe comentários.
Tbm queria agradecer as pessoas que estão acompanhando a história e espero que gostem desse cap.

Enfim, curtam esse cap. E espero que gostem. Bjos :*



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Trem de Moscou a São Petersburgo.

Soltou um profundo suspiro , olhando para os três jovens oficiais do exército russo – não mais que 25 anos - , competindo para comprar uma bebida à jovem rosada. Será que eles não sabiam que estavam testando a paciência da jovem?

Sakura ofereceu um sorriso cansado , olhando para o jovem oficial de meigos olhos acastanhados , olhos cheios de desculpas pelo comportamento dos colegas. Mas aqueles sujeitos não eram o problema. O problema era outro... Vestido com um terno caro e italiano , um metro e noventa , cabelos acinzentados e olhos negros , que estavam observando-a. Olhos frios e impassíveis.

O que raios, ele está fazendo aqui ?

A sensação de medo e desconforto tomou conta dela , mas ela ignorou e voltou a sua atenção aos insistentes jovens. Talvez aquele homem simplesmente a ignorasse e mantivesse uma conversa com o sargento, que não estava gostando de ver homens russos flertando com uma menina escocesa , enquanto , podiam estar dispondo do tempo livre com belas russas.

– Cavalheiros , por favor , deixem a moça um pouco em paz. Os senhores perceberam que ela não quer beber e sente desconfortável com a insistência de vocês ?

A voz dele era calma e baixa , porém autoritária , mesmo que em seu rosto coberto parcialmente por uma mascara , não escondia uma expressão divertida e um rastro de sorriso nos lábios , enquanto os seus olhos mantinham-se impassíveis.

Os homens olharam dela para ele. Se afastando um pouco de Sakura , esperando qualquer reação da moça. E ela hesitou , não queria ficar sozinha na presença do belo homem mascarado.

Vamos lá, Sakura! Você não pode fugir sempre , certo ?

Respirou profundamente e lançou um largo sorriso para os jovens oficiais.

– Desculpa , rapazes! Está um pouco tarde e não me sinto bem. Quem sabe , amanhã estarei mais disposta ?

Sua voz saia como uma melodia e com doçura. E seus olhos esmeraldinos brilhavam , mostrando que haveria uma oportunidade no dia seguinte de conquistar a bela rosada.

Eles desejaram melhoras e partiram. Deixando-a sozinha, com quem menos queria.

– Sakura, – ele disse – não estava pensando em fugir de novo ou estava ?

Merda.

Não que ela quisesse fugir , o instinto dela mandava ela fugir e após anos aprendeu a confiar extremamente nele. Mas mesmo assim , algo naquele homem a impedia de fugir dele como muitas vezes foi capaz de fazer. Algo nele indicava que ela precisava se preocupar. Ou , claro... Isso podia ser coisa da cabeça da rosada.

– Fugir? Por que , iria fugir de você , Kakashi Hatake ?

– Não digo de mim, Sakura. E sim das suas obrigações. – Com o tom de voz tranquilo , pegou o copo de conhaque que o garçom oferecia e via o mesmo garçom se afastar em passos rápidos com a bandeja de bebidas levando para as demais pessoas do bar.

Não havia como não perceber a irritação , naquela frase. E claro , a decepção.

– Sei que é muito jovem e teve muitas perdas. Mas , mesmo assim , você não é uma simples jovem e tem deveres e obrigações com aqueles de seu sangue. E não vivendo como um animal selvagem e sem lar , que a cada dia está em algum canto do mundo.

Ela sentiu o seu corpo quente. Quente da fúria que queria surgir. Agora , podia perceber que a bebida que os jovens oficiais a ofereciam com insistência , seria uma bebida muito agradável e ajudaria a se controlar.

– Obrigações e deveres? Ora Kakashi , nesses oito anos que estive em algum canto do mundo , pensei que deixei claro que queria viver em paz e sozinha de preferência. E há anos , deixei de ter um lar para voltar. Agora se me der licença, vou voltar para o meu vagão.

Seus olhos tinham um brilho perigoso , mandando uma mensagem de aviso para Kakashi , enquanto se virava e caminhava em direção ao seu vagão , torcendo para que não estivesse sendo seguida. Mas , mesmo assim , escutava os passos lentos e preguiçosos do homem a seguindo.

– Não preciso de guarda costas , Kakashi. E se precisasse , com toda certeza , não seria você.

– Você deveria ter cuidado, sabe... Viajando sozinha... Vivendo sozinha todos os dias , durante esses anos...

Sim , ele estava testando a sua paciência.

– No meu ver , não se pode sentir desprotegida em um trem , repleto de oficiais do exército.

O resto do caminho até o seu vagão tinha sido silencioso. E em frente da porta de seu vagão , ela se virou para o homem mascarado o encarando e esperando que ele fosse embora.

– Estamos em épocas perigosas , Sakura. – E naquele momento , ela percebeu o quão cansado , aquele homem estava. Mostrando ter mais idade do que geralmente parecia. – O Clã Haruno , precisa de um líder. Eles precisam de você e somente você , pode protege-los e enfrentar o que está vindo.

– O que está vindo , Kakashi?

– Uma tempestade , Sakura. Uma tempestade que acabará com tudo o que restou. – E logo que este acabou de proferir as palavras , se virou e sumiu pelos corredores , deixando a jovem parada em frente da porta de seu vagão , observando o local em que segundos atrás o homem estava.

E assim , que voltou a si mesma , entrou em seu vagão e olhou ao redor. Era escuro e silencioso , observou se tudo estava em seu devido lugar, e se sua mala ainda permanecia aberta e jogada em cima da cama de casal do jeito em que havia deixado. E assim, os seus pensamentos iam longe e repassavam a pequena conversa que teve com Kakashi.

– Acho que está na hora de voltar para casa , Sakura Haruno.

Ela não tinha costume de falar sozinha , mas o som de seu verdadeiro e agradável sotaque escocês serviu de leve conforto. Uma das únicas coisas que aproximava e lembrava de sua família e origem. E assim , o vazio de seu peito , diminuía mais. Era de se admirar a velocidade com que o seu mundo havia mudado e se despedaçado. Dez anos. Dez – vazios e tristes – anos. E o seu mundo real , estava esperando-a , e ela teria que enfrentar e parar de fugir.

Sentou-se ao lado da janela tirando suas botas, para logo em seguida esfregar os pés e abriu a persiana apenas o suficiente para olhar para fora. Concentrou-se em afastar um pouco os pensamentos e admirar a beleza da lua cheia em meio a escuridão da paisagem rural.

É curioso ver quanta luz pode existir na escuridão.

E assim , deixou-se mergulhar na luz e beleza do luar.


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