Cheesecake escrita por Larissa Verlindo


Capítulo 1
Sweet Cheesecake.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Minha primeira vez escrevendo (e postando) Thalico, que emoção!

Sério, sou apaixonada por esse casal, mesmo que seja super impossível. Fazer o que, né?! Pessoa iludida é triste.

Enfim, espero que aproveitem essa one bobinha e idiotinha que eu escrevi. Beijos!



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A voz de Alanis Morissette saía pelos meus fones de ouvido, mas tudo que eu conseguia pensar era: eu preciso comer cheesecake.

Eu sempre gostei de cheesecake. Quando eu era criança e tinha uns 5 anos, meu pai começou a todo sábado me levar para uma lanchonete comer essa comida dos deuses, e isso dura até hoje. Acho que esse é um dos motivos do por que eu gosto desse doce, ele me aproxima do meu pai, coisa que é difícil de acontecer atualmente.

Depois de doze anos comendo a mesma coisa, todo sábado, você acaba criando certa dependência disso. Eu sou viciada em cheesecake e não me envergonho de falar isso em voz alta.

Eu precisava comer meu doce predileto, mas odiava come-lo sozinha. O gosto do cheesecake fica melhor quando você o come com alguém que gosta e admira. O problema é que meu pai está trabalhando e nenhum outro amigo meu gosta do tal doce.

Só havia uma pessoa com a qual eu podia contar.

— Nicoooo~ — choraminguei quando ele atendeu o celular.

— Thals, o que houve? — sorri com o fato de ele estar sempre preocupado comigo. Nico era a melhor pessoa do mundo todo para mim, sempre me compreendia e me ajudava nos momentos difíceis. Não sei o que seria de mim sem ele.

— Eu preciso comer cheesecake, e você sabe que eu detesto comer sozinha. Vem comer comigo?

Nico suspirou.

Ele não era fã do doce como eu, mas também não o detestava como meus outros amigos, então eu sempre o fazia comer comigo.

— Te encontro na lanchonete do Apolo daqui a quinze minutos.

Sorri.

Nico tinha esse jeito meio frio, mas sempre fazia de tudo para ser gentil comigo. O pessoal dizia que ele me mimava demais, porque sempre fazia tudo o que eu pedia. Mas acho que tudo bem, porque eu sempre faço tudo o que ele pede também. No fim, ninguém entende a gente.

Saí de casa a passos lentos, minha casa não era tão longe da lanchonete do Apolo. I Love You (But I Hate Your Friends) tocava nos fones de ouvido, fazendo a caminhada mais animada. O dia estava ensolarado, então muitas pessoas saíram de casa para ir aos parques e praças que havia ali perto. Um domingo bom assim não é de se desperdiçar.

Após cinco músicas, eu havia chego à lanchonete do Tio Apolo — chamo-o assim porque o conheço desde pequena, graças ao meu pai. Assim que passei pelos umbrais da porta de entrada, avistei o Nico sentado na minha mesa favorita, perto da janela. Fui até onde ele estava e me sentei a sua frente.

— Por isso que eu te amo. Você é o único que vem comer cheesecake comigo. — falei para ele.

Rapidamente, suas bochechas se tornaram rubras. Ele é muito tímido.

— Cala a boca, Thals. Já falei para não dizer essas coisas.

— Eu sei. Você fica com vergonha porque ninguém nunca se declarou pra ti.

— Eu não fico com vergonha! — exclamou. — E várias garotas já se declararam pra mim.

Revirei os olhos.

— Não revire os olhos para mim, Thalia Grace.

Ri e mostrei a língua para ele. Era um ato infantil, mas quem liga? Eu não.

Nós pedimos dois cheesecakes para a garçonete e ficamos conversando bobeiras até meu vicio chegar.

E, pelos Deuses, estava com uma aparência ótima.

A calda de frutas vermelhas estava distribuída de maneira uniforme por todo o pedaço e escorria pelo comprimento do doce, além de que havia um morango tentador por cima da calda. O “queijo” parecia ótimo, nem tão bronzeado e nem tão branco, no ponto perfeito! A parte de biscoito em baixo parecia perfeita também. Ah, como eu amo o cheesecake daqui!

Não pude segurar a emoção.

— Se cheesecake fosse um homem — comecei. — eu me casaria com ele.

Nico riu da minha frase tosca.

— Se você quiser eu posso ser o teu cheesecake.

Minhas bochechas ficaram vermelhas. Olhei para Nico e as dele não estavam tão diferentes da minha. Um silêncio constrangedor tomou conta de nós dois, mas não deixei que isso se prolongasse.

Soltei uma risada tímida e disse:

— Isso é bom, porque eu não sei se outra pessoa seria boa o bastante para ser meu cheesecake.

Nico ficou mais vermelho ainda.

— Vamos comer logo.

Ri da forma como ele mudou de assunto. Ele ficava extremamente fofo com vergonha. Na verdade, Nico era lindo e eu já tive uma tremenda queda por ele, mas superei com medo de que nossa amizade se estragasse.

Quando levei a primeira colherada até a boca, fechei os olhos e apreciei o gosto. O primeiro pedaço sempre era o melhor. Era como entrar no mar depois de ficar um tempo debaixo do sol quente.

E o primeiro pedaço se tornou ainda melhor quando comido com o Nico por perto. Porque estar com ele era como comer cheesecake, especial e calmante.

— Obrigado. Você é a melhor companhia para se comer um cheesecake, Nico.

— Diz isso porque ninguém mais gosta desse doce. Só resta eu para você chamar, então... — disse, embora eu tenha visto a sombra de um sorriso em seus lábios.

— Mesmo que os outros gostassem, eu sempre pensaria em te chamar primeiro. — declarei. — Eu gosto de você como gosto de cheesecake, Nico.

Eu pude ver um brilho diferente em seus olhos, e, então, ele sorriu. Um sorriso lindo, diga-se de passagem.

— Eu gosto de você como gosto de desenhar, Thals. E eu amo desenhar.

Corei fortemente diante dessa declaração. Meu coração batia tão forte e tão rápido que penso se Nico poderia escuta-lo.

— Eu também amo cheesecake. — disse, por fim. Nico deu um sorriso de orelha a orelha.

Então, aconteceu. Ele se inclinou sobre a mesa e me beijou.

E, pelos Deuses, beijar o Nico era maravilhoso. Era como comer cheesecake.

Não, melhor ainda...

Beijar Nico di Ângelo era bem melhor que comer cheesecake.


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