Maybe i'm too young to love you escrita por TheDiaryOfYaoi


Capítulo 3
Hello, real life.


Notas iniciais do capítulo

Hellooo /o/
Espero que gostem do capítulo~
Desculpem-me quaisquer erros. ^w^



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Craig estava deitado na cama de baixo da beliche, o antebraço sobre os olhos e a mão apertando o celular, que ainda estava com a tela ligada. As luzes do dormitório estavam desligadas, tendo os postes da rua como única fonte de luz, que invadiam o lugar junto ao vento frio cortante, que o moreno deixava tocar sua pele, em um tentativa de jogar suas frustrações para longe de si. A mão livre do garoto estava sobre seu peito, que subia e descia lentamente junto à respiração, que nem de longe seguia seus batimentos cardíacos. Os dentes travados em uma mordida triste mesclada à raiva, sendo cobertos pelos lábios que estavam pressionados bruscamente. Não estava dormindo e queria se privar de pensar, mas não conseguia.

Bom, creio que não os contei tudo o que ocorreu neste intervalo de um ano, mas posso explicar-lhes agora o motivo de Craig estar tão... Craig novamente.

A timidez torna o ser humano hesitante, e o amor, bom... O amor o torna louco. Há um ano atrás, Craig estava completamente disposto a fazer loucuras de amor. Tweek e Craig se conheciam muito bem, bem o suficiente para decifrar os pensamentos um do outro no momento no qual voltavam para casa, conversando como se nada houvesse acontecido ou palavras vergonhosas houvessem sido trocadas. Mas ao observar o loiro, tentando agir normalmente enquanto seu coração pulava fora do peito, Tucker sabia que valia a pena engolir todo seu orgulho e quebrar a armadura que estava em sua pele, mesmo sabendo que estaria tão envolvido e perdido que não haveria volta.

Então segurou pulso de Tweek, o beijando novamente naquele dia, mostrando que, dali para frente, ele seria somente seu. E, convenhamos, Craig não era alguém inocente, muito menos romântico. Era possessivo e ciumento, como um felino selvagem defendendo seu território. Mas, naquele dia em que a neve caía enchendo mais ainda as calçadas de neve, começaram a namorar. De inicio, poucas eram as pessoas que sabiam sobre os dois, mas logo a notícia se espalhou. Era tudo tão novo; tão insano, tão... Bom. Viraram assunto da escola por um bom tempo, recebendo olhares aleatórios de aprovação, nojo e indiferença. Mas não ligavam, pensamentos alheios não poderiam mudar sentimentos, certo? Houve um pouco depois um pequeno conflito logo resolvido quanto à família de Craig, mas então, estava tudo dando certo. Certo até demais. Logo estavam com tanta intimidade a ponto de aprofundar beijos e explorar mais um do outro, serem mais sinceros um com o outro. De conflito em conflito, de abraço em abraço, os dois mudavam cada vez mais, e inesperadamente, para melhor. Estavam derretendo, para então se remodelarem na forma que faria o outro feliz. E, Deus, a cada mania que se estabelecia, mais se envolviam. Os beijos que agora tinham sabor de menta e café, e os olhares que trocavam em uma mistura de mel esverdeado e azul escuro. Estava tudo tão intenso, que parecia surreal. Discussões nem mesmo duravam três minutos, bastava aquela troca de olhares, que os dois perdiam completamente o chão e a fala. Eles estavam se entrelaçando um ao outro, onde se completavam como se fosse algo absolutamente normal.
E, meu Deus, Craig amava o sorriso de Tweek. Talvez pelo fato de que, para ele, não era um sorriso qualquer, não era um simples esticar de lábios. Era... Diferente. Ele conseguia a proeza de sorrir não só com a boca, mas também com os olhos. Era como uma combinação de todo o rosto, algo no qual se tornava contagiante e ao mesmo tempo...Único. Mostrando que olheiras incrivelmente escuras poderiam ter um contraste perfeito com olhos castanhos claro mesclados ao verde. Pode ser que só causasse aquele efeito no moreno, e de fato, era verdade. Tweek ainda era considerado o garoto estranho viciado em café, e ele era. Talvez esse fosse mais um dos motivos pelos quais Craig o amava com todo seu corpo e alma. Ele não o dizia a todo instante, porém sim, ele poderia fazer uma lista de todos as mil e uma perfeições de Tweek, de como ele amava até mesmo os piores de seus defeitos, de como amava até as reações do outro depois de palavras românticas, e Craig não era bom em demonstrar nenhuma delas. E o loiro entendia, ele entendia todas as formas brutamente desajeitadas de demonstrar amor do maior e as apreciava de todas as formas possíveis. O ano havia passado tão rápido, estava tudo tão menos entediante. E então, quando chegou o natal, o fim do último ano escolar, ano novo. Toda a confusão e euforia por parte de todos ao seu redor quanto à aquela época do ano. E Craig, o mal exemplo da turma, havia passado em uma prova para uma faculdade em Nova York. Craig se esforçou naquela prova como nunca antes, e isso era algo tão raro de se ver quanto sol em South Park.
De fato, a água havia batido tanto na pedra que ela não só furou, como amoleceu completamente. E agora estavam a meses longe um do outro, os horários não batiam, projetos e responsabilidades por parte dos dois tornava cada vez mais difícil conversar, tanto por ligações quanto por mensagens. Não era como antes, tinha um vazio que não poderia se preencher tão rapidamente. Eles precisavam da presença um do outro, era algo que se tornou tão natural que ao ser tirado de cena, deixou um rombo em ambos. E aquela era a verdade, antes eles se viam todos os dias, conversavam todos os dias, e quando isso acabou, não teve como substituir. Craig sabia disso. Craig se irritou consigo mesmo e se irritou mais ainda com Tweek, que desistiu tão... Rápido. Não teria mais como defender o loiro de gnomos que roubam cuecas, muito menos poderia o observar trabalhando tão concentradamente no Tweek Bros. Cinco anos era muito tempo, e ali ainda era o começo. Aquele era o motivo pelo o qual, após a ligação de Tweek dizendo que deveriam terminar, Craig estava na cama, sem derramar uma lágrima e, mesmo assim, estando tão inconsolável. Não só pelo o fato do relacionamento ter acabado, mas sim por ele não poder sequer ir atrás do outro e demonstrar o quanto se importa. Estavam a quilômetros e mais quilômetros de distância, sabendo que ainda faltariam anos para se cruzarem. Talvez fossem realmente jovens demais para aquilo. Quem sabe no fim, a vida como a filha da puta que ela era, queria os pôr à prova. Não trocariam mais olhares e nem brincadeiras. Ali estava o baque de realidade; nada dura para sempre. Então Craig finalmente foi até a janela, deixando o ar entrar nos pulmões, lavando-os. Sentia-se quebrado. As horas duravam semanas, e as semanas duravam meses. Mas, mesmo assim, o tempo não passava como ele queria. Mas Craig não deixaria ninguém saber. Passou a mão pelo cabelo, jogando-os para trás, havia abaixado a guarda demais, não é mesmo? Mas por mais que estivesse bravo, ele não conseguia se arrepender. Teria que seguir em frente por hora, por mais que de cinco em cinco minutos se pegasse pensando no outro. ´Tornou a deitar na cama, suspirando pesadamente, torcendo para dormir e não ter que encarar a si mesmo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E não se esqueçam de comentar, coisas ruins ou boas, ajuda muito na construção da história.
Beijões e até o próximo (/ =*w*)/



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