Caminhos de sangue escrita por Andreza Silva
Notas iniciais do capítulo
obrigada a quem leu o capitulo anterior. E um obrigada maior ainda a Jordana Bastos que favoritou a fic...
a quem comentou também... fiquei muito feliz... :)
ai está mais um capitulo pra vocês...
Assim que cheguei ao prédio do FBI, vejo que Travis já está me esperando.
Adoro quando as coisas começam a dar certo. Estamos mais perto do que longe.
– oi. – digo abraçando meu querido advogado.
– como você esta? – pergunta no meu ouvido.
– melhor agora. Não disse que ia dar certo.
– nunca duvidei da sua palavra. – diz rindo.
– aqui está. – diz Peter interrompendo nossa conversa. – o bracelete.
Olho o bracelete e não gosto do que vejo... Ele é mais discreto que a tornozeleira, mas mesmo assim, não gosto dele.
Ainda bem que vou usar luvas. - Penso.
– ele tem uma chave que está... – começa Peter dizendo.
– eu sei como isso funciona Peter. Não precisa explicar. – digo esticando o braço para que ele possa colocar.
– você tem 3 quilômetros.
– só isso? Por que não posso andar por toda Nova York?
– você não acha que está exigindo demais não? – pergunta Peter.
– não. Mas vou me contentar com os três quilômetros... por enquanto. – digo.
– o seu quarto...
– na verdade, eu já organizei isso. – fala Travis. – ela vai ficar no mesmo prédio que eu.
– eu já tenho um AP? – pergunto e Travis confirma com a cabeça. – eu já disse que te amo hoje?
– não. Pode começar. – diz passando o braço pelo meu pescoço.
– e então, eu posso ir pra casa? – pergunto fazendo cara de pidona.
– não. – fala Peter. – agora você vão nos ajudar. E lembre-se, sua liberdade depende do sucesso desse caso.
– não precisa se preocupar. Se depender de mim, o senador não vai mais perder um centavo... – digo piscando um olho.
– ótimo, então vamos começar? – pergunta Neal.
– Claro.
Antes de me despedi, Travis me dá um celular para podemos nos contatar e combino de ele vir me buscar mais tarde. Volto e começa a parte mais chata de todas...
– então, o que você sabe sobre o James? – pergunta Peter.
Na sala está Neal, Peter, Jones e Diana. As pessoas de confiança de Peter.
– ele é o pai do Neal. – digo me acomodando na cadeira. – é um ex-policial corrupto, que já matou gente o suficiente. Agora está roubado os políticos por que acha que eles devem pagar pelo que fizeram.
– onde ele está agora? – pergunta Neal.
– nesse exato momento, - digo olhando para o relógio do celular – eu não sei. Ele pode estar em qualquer lugar.
– não foi você que disse que sabia de tudo? – pergunta irônico.
– e eu sei. Mas eu não sou um GPS, nem vidente. Não adivinho onde as pessoas estão.
– mas você disse que sabia onde ele estava. – fala Peter.
– onde ele vai ficar até a poeira baixar. Fica em um clube privado. Só entra a elite. Os melhores vigaristas... Não sei o que ele está fazendo lá, mas... – fala pensado.
– e existe um clube assim? – pergunta Diana.
– claro que não. Se houvesse, eu saberia. – fala Neal.
– ou você não está tão à altura de saber que ele existe. É só um palpite... – digo dando de ombros.
Vejo que ele não gostou nem u pouco de ouvir o que eu disse... Problema dele. Quem ele pensa que é? Algum tipo de celebridade dos bandidos?!
Ele é um homem bonito. Muito bonito, diga-se de passagem. Cabelos castanhos, olhos azuis, alto e com um corpo perfeito. Um típico galã. Sabe como usar seu charme na hora certa. Mas esse charme não rola comigo...
– e como vamos entrar lá? – pergunta Jones.
– eu posso entrar lá. Mas vocês vão querer pegar James em flagrante. Vai ser bem melhor.
– e como você tem tanta certeza de que ele vai roubar outra vez? – pergunta Neal.
– eu tenho minhas fontes. O trabalho dele só vai está completo quando ele completar a coleção de pérolas negras que ele vem roubando.
– por que? – pergunta Peter.
– por que o conjunto incompleto não vai ajudar em nada. – digo.
– por que ele está fazendo isso? – pergunta Neal.
– desespero. Existe coisa pior que isso? Ele não tem nada. Nem família, amigos... Todos estão contra ele. Na verdade, não existe um que o queira por perto. Todos querem ele morto. Eu mesma mataria ele se tivesse uma oportunidade. – digo com a maior naturalidade do mundo.
– como você pode fala assim, como e isso não importasse? – pergunta Peter.
– por que a vida dele realmente não me importa. Ele não vai fazer a mínima diferença a minha vida. – digo bocejando.
– ele é meu pai. – fala Neal alterado.
– um pai que te abandonou. Um pai que não teve consideração por você. Que ainda deixou seu amigo ir pra cadeia. Lembra só de uma coisa: não me importo com a sua relação pai e filho. James merece algo bem pior do que ser preso. – digo.
– e o roubo, quando vai ser? – pergunta Peter tentando mudar o foco da conversa. Qualquer um teria percebido o clima tenso que ficou por aqui.
– ainda não sei. Mas posso dar uma resposta até amanhã. – digo como se nada tivesse acontecido.
Eu realmente estou boa nisso!!! Palmas pra mim!!!
– não se eu tiver a resposta antes. – fala Neal.
– você que sabe.
***
Depois de horas naquele prédio horrível, ligo para Travis e digo que já estou liberada e que ele já pode vir me buscar.
Quinze minutos depois, ele aparece em um Mustang preto e vamos para o apartamento dele, onde sua bela esposa e uma das minhas melhores amigas está.
– você está incrível! –diz Abby me abraçando assim que entro no apartamento.
– obrigada. Você também está. – digo rindo.
– e como foram esses meses na prisão?
– chatos. Mas deu pra planejar muita coisa. E agora as coisas estão começando a dar certo. Ta indo como o planejado agora.
– enfim. Isso merece uma comemoração. – fala Abby. – admito que duvidei que esse plano de vocês fosse dar certo mesmo.
– até eu duvidei. Não vou mentir. – falo rindo.
– mas você vai voltar a ser presa? – pergunta Abby.
– só se esse caso não for solucionado.
– e como você tem certeza que esse caso vai ser solucionado?
– por que nós armamos o caso.
– quem está cometendo os crimes são o pessoal da agencia, amor. – fala Travis. – eles fizeram a ligação da Liz com o James, para que o FBI fosse falar com ela.
– claro que sim... eles são bons.
–e falando nos meus amigos, vocês tem notícias deles? – pergunto.
– eles estão bem. Tão organizando tudo. Acho que algum deles vem por aqui esses dias. Dean disse que tava com saudade... – fala Travis.
– também to morrendo de saudade dele. – falo rindo.
– quando vocês vão assumir que estão juntos? – pergunta Abby.
– não estamos juntos! Só somos amigos. Ou você esqueceu que ele tem namorada? – pergunto.
– e você a quanto tempo não tem um namorado?
– desde o Daniel.
– não acredito que você não ficou com ninguém desde o Daniel! – exclama Travis.
– por que não?!
– por que já faz 4 anos que ele morreu! Ninguém aguenta ficar tanto tempo só! – fala ele.
– responda por você, não por mim, baby! Não tive interesse em mais ninguém depois dele. Essa é a verdade.
– vocês faziam um belo casal. – fala Abby. – sempre imaginei como seria o casamento de vocês.
– eu também. Ele foi muito importante pra mim.
– mas você ainda é nova. Pode encontra outra pessoa especial. – fala Travis.
– eu não quero outra pessoa especial. Quero encontrar o assassino do Daniel e matar ele. – digo.
– por favor, me diz que você não vai passar a vida toda com essa tristeza dentro de você?! Me promete que você vai continuar e não vai desistir de nada? Daniel não ia querer você sofrendo desse jeito. Ele queria que você fosse feliz. – fala Abby.
– que tal mudarmos de assunto? Sério, já tive esse mesmo papo várias vezes com o Dean e não quero discutir com vocês agora. – falo. – estou cansada e ainda tenho que resolver algumas coisas para amanhã.
– você tem razão. Que tal irmos comer? – fala Travis tentando aliviar o clima que se instalou...
***
Depois de algumas horas, vou para meu apartamento e ele é do jeito que eu gosto: grande, espaçoso e muito bem mobiliado e decorado. A vista daqui é incrível nada menos que uma cobertura. Viver no topo do mundo é incrível!
Vou direto para o banheiro tomar um banho decente e relaxante.
Saio do banho e ainda de roupão, vou para o escritório, e estudar um pouco mais o perfil de cada um que trabalha na colarinho branco.
Depois de mais ou menos duas hora estudando cada parágrafo que tenho sobre o s agentes vejo que eles são muito bem organizados e que alguns dos relatórios parece incompletos. Pego meu celular e ligo para meu querido amigo Dean.
– alô? – atende no primeiro toque.
– cadê a animação pra falar comigo?! – falo brincando.
– enfim tiraram você daquele lugar!! – fala. – a quanto aconteceu?
– hoje. – digo. – o que vocês fizeram que deixou o senador louco?
– digamos que tiramos alguns milhões da conta dele. – fala rindo. - Mas pelo menos deu certo.
– qual minha porcentagem nesse processo?
– o suficiente para acabar com tudo isso.
– bom saber. E como estão as coisas por ai? – pergunto
– estariam melhores se você estivesse aqui. Sinto falta da minha amiga.
– também sinto sua falta. – falo mexendo no notebook. – já tava quase ficando louca naquela prisão.
– e como estão as coisas ai? – pergunta ele.
– estão chatas. Me sinto brincando com crianças que não sabem fazer nada direito. Eu estava vendo uns relatórios aqui e percebi que eles escondem muitas coisas. Basta procurar um pouco mais e se descobre os erros. – falo pegando o notebook e indo para a sala e me sentando no sofá.
– você tem que tomar cuidado. Eles não podem descobrir por que você está lá.
– até parece que eles vão encontrar alguma coisa sobre mim que não queremos que eles saibam. Sei que você está preocupado comigo, mas eu sei me cuidar.
– Daniel também sabia.
– não é a mesma coisa. – já sabemos os riscos. Sabemos o tipo de pessoa que estamos atrás dessa vez. Não vou cometer o mesmo erro. Vou encontrar o assassino do Daniel e matar ele com minhas próprias mãos.
– e o que você vai fazer amanhã?
– vou ver na pratica tudo o que tenho nos de informações sobre os agentes. – falo - percebi que o Peter junto com o Neal, Jones e Diana estão sempre juntos. Acobertando as coisas dos outros. Vou começar minhas investigações por eles. Ainda há muito para descobrir sobre eles.
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o que acharam?