Katniss e Peeta - Reaproximação escrita por pce19
– De volta ao trabalho? - Delly grita ao se levantar da cadeira
Peeta se levanta, largando minha mão, e despede-se indo para sua casa. E nós terminamos o que precisava.
Antes de ir para casa, passo em uma das novas lojas e compro um vaso, já sei o que fazer como presente para Delly. Na Aldeia dos Vitoriosos vejo que as luzes da casa de Peeta estão acesas. ao chegar ao meu jardim apanho algumas primroses. Entro, e faço um arranjo de flores, de maneira bem delicada, com uma fita formando um laço envolto no vaso. Deixo em cima da mesa, e subo para o banho.
Entro na banheira, sentindo falta da minha pérola, e penso em Peeta. Em como era bom estarmos bem. Tudo havia sido esclarecidos, e ter os braços dele ao redor de mim a noite era maravilhoso. Ele saber dizer exatamente o que eu preciso ouvir, e me fazer sentir os arrepios ao sussurrar muito perto de meu ouvido me faz rir sozinha. Eu o amo. Não sei se sou capaz de dizer isso com todas as letras pra ele, nunca fui muito boa em expressar o que sinto. Mas acredito que ele já percebeu, por isso mantém-se perto de mim.
Coloco uma calça jeans simples, e uma regata branca. Faz muito calor essa noite. Passo um creme que Effie deixou para mim, tem cheiro de frutas vermelhas, perfumo-me e desço as escadas, encontrando Peeta já na cozinha.
– Oi – ele diz segurando dois pratos
– Oi – sento-me – Já esquentou a comida?
– Já sim. Está com uma cara ótima.
– Chama macarrão – encolho os ombros – primeira vez que vi na vida
– Parece bom – ele fita os olhos em mim, como se me visse de maneira diferente
– O que foi? - estranho
– Nada – ele sorri com os olhos – só estou te olhando.
– Hum – me envergonho – vamos comer então?
– Claro – ele começa a se servir
– Ah, depois do jantar eu queria ir na casa de Delly, levar o presente que fiz pra ela.
– O vaso?
– Isso, o que achou?
– Achei muito bonito, foi uma excelente ideia.
– Você quer ir comigo? - digo entre garfadas
Com a boca cheia, ele faz que sim com a cabeça, e após engolir acrescenta:
– Eu acho que podemos levar o livro, para Haymitch ver.
– Ótima ideia.
E durante o jantar, conversamos Peeta me conta sobre as mudanças da padaria, e que os últimos retoques serão feitos amanhã. Eu quase não presto atenção no que ele diz, porque estou perdida na imensidão azul de seus olhos. Ele faz expressões e gestos que são extremamente cativantes e encantadores. E seu sorriso, é capaz de tirar meu ar. Quando Snow pediu que eu o convencesse de que eu estava apaixonada por Peeta, eu não fazia ideia de como deveria agir – além de beijos e sorrisos forçados – e isso tudo era péssimo e desgastante, mas agora, não ter que fingir é maravilhoso. Sou eu mesma com ele.
Meu nome é Katniss Everdeen. Eu vivo no Distrito Doze. Tenho 17 anos. Eu participei dos Jogos Vorazes. Eu sobrevivi. Eu participei da rebelião como o Tordo. Eu sobrevivi. Eu estou completamente apaixonada por Peeta Mellark.
Nós vamos até a casa de Delly, e recebo tantos abraços dela que saio de lá amassada. Ela ficou muito grata com o pequeno gesto, porque sabe o quanto primroses são especiais pra mim. Disse que vai sempre manter as flores, irá plantá-las em seu próprio jardim.
Na casa de Haymitch, rimos muito com ele contando as aventuras com seus gansos e até nos emocionamos com o livro.
– Esse livro ficou ótimo, pancadas – ele sorri pra nós
– A ideia foi de Katniss
– Peeta que desenhou
– Ah não! - Haymitch – de novo a troca de elogios? Acho que já vi essa cena antes – ele ri
– Vai ao casamento amanhã Haymitch? - pergunto
– Mas é claro! Não perco comida boa e de graça por nada
– Não vai beber né? - Peeta pede com um tom autoritário
– É verdade Haymitch – concordo – pelo menos amanhã
– Eu prometo – ele junta as mãos – que beberei menos.
– Já é alguma coisa – dou de ombros ao olhar para Peeta
– Nada de dar vexame – Peeta aponta o dedo sorrindo para ele – parece que foi ontem que a gente viu você cair do palco na Colheita – ri
– Os pombinhos vieram aqui pra ficar rindo às minhas custas – ele ri junto
– Qual é Haymitch! Foi engraçado – eu rio junto
– Não mais do que sua tentativa patética de fazer um ProntoPop no estúdio do Treze – ele gargalha, ergue-se e levanta a mão com a bebida afinando a voz - “Povo de Panem, nós lutamos, nós ousamos, nós acabamos como nossa fome por justiça” - e cai no sofá rindo.
– Isso só pode ser piada! - Peeta ri
– Eu tentei Haymitch! - tento me defender
– Estava péssimo! - ele ainda ri
– Eu queria ter visto
– Eu estava horrorosa, cara de 35 anos, de acordo com o Dalton – rio com eles
– Será que Plutarch tem essas filmagens ainda? - Peeta questiona
– Espero que tenham pegado fogo
Eles riem.
– Está ficando tarde, é melhor nós irmos – eu digo a Peeta
– Está certo – ele pega o livro
– Boa noite Haymitch – dou um beijo em sua bochecha
– Boa noite docinho
– Até mais Haymitch
– Até padeiro
Quando ainda estamos na porta ele grita:
– Hey! É bom vê-los juntos, e de verdade dessa vez – e sobe suas escadas
Vamos até a porta de minha casa. Peeta apanha uma primrose no jardim.
– Espera aí – ele está retirando a flor, e se aproxima de mim
– O que foi? - estranho, ele toca meu rosto e coloca meu cabelo atrás da orelha, e prende a flor. Sua mão desliza sob minha bochecha.
– Agora sim – ele sorri
– Peeta – eu sussurro, quero dizer a ele, dizer que estou apaixonada de verdade, dizer que o amo – eu … eu … - nada sai, minha cabeça quer dizer, mas minha boca recua – eu …
– O que? - ele segura minhas mãos
– Eu …. - meu coração acelera conforme ele se aproxima – quero que você fique – "não era isso o que você deveria dizer Katniss!" penso
– Está bem – ele pega minha mão e entra em casa.
Subimos as escada, como na noite passada ele espera eu me trocar. Mas dessa vez, ele já se deita me abraçando. E adormecemos de conchinha. Eu ainda não durmo, ele cai no sono rapidamente, está cansado das tarefas de hoje.
– Peeta – sussurro e ele não responde, permanece imóvel – eu estou apaixonada por você – ainda falo baixinho, não sei se ele ouviu, mas pouco tempo depois, sinto seus braços me apertarem mais, e finalmente durmo.
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