Katniss e Peeta - Reaproximação escrita por pce19


Capítulo 10
Capítulo 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/567859/chapter/10

Minutos depois, me levanto e tomo banho. Troco-me, e desço rápido as escadas quando ouço o telefone tocar.

– Alô?

– Filha? O que aconteceu? Estou tentando falar com você mas não me atende! – sua voz quase grita

– Calma mãe, eu estou bem é que..

– Katniss! Você me assustou – ela me interrompe, ainda zangada – onde estava? Fazendo o que?

– Se não me interromper posso explicar o que aconteceu – digo de maneira rude.

– Tudo bem, me diga.

– A Greasy viajou, foi para a casa de uns parentes, então precisei me virar e...

– Você foi caçar? Foi caçar não é Katniss?! Você ainda não está forte o bastante pra isso...

– Mãe! – eu berro – me deixa falar, ou desligo – me irrito – e não, não fui caçar, fui comer. Comi um frango que estava aqui, mas estava estragado, então passei muito mal. Vomitei, tive febre, e ouvi o telefone tocar, mas não deu tempo de atender. Então eu só conseguia dormir e vomitar praticamente, mas ontem o Peeta veio aqui e...

– Peeta?! – ela surpreende-se

– Sim mãe, ele veio me trazer os pães e me encontrou mal, então ele me dado sopas horríveis e cuidado de mim, desde ontem – explico

– Ele passou a noite aí?

Meu rosto fica quente com a pergunta sugestiva. Sim, ele passou a noite aqui. Mas não da forma como ela pensa, não ficamos abraçados evitando pesadelos ou fazendo qualquer outra coisa, ele passou a noite no sofá e eu no meu quarto. Mas explicar isso para minha mãe me incomoda, por que quem explica demais dá justificativas, e só se justifica alguém que tem culpa. Parece complicado demais para falar, então apenas permaneço calada.

– Tome bastante água, e continue com as sopas.

– Ok, Peeta pegou suas receitas de remédios e está fazendo pra mim, são horríveis.

Ela ri um pouco. Há quanto tempo não escuto ou vejo minha mãe sorrir!

– Não é para serem saborosos, mas saudáveis. Evite comida pesada, como carne vermelha ou frango.

– Acho que vou demorar um bom tempo pra comer frango de novo – pauso – vou seguir suas recomendações e... me desculpe tê-la preocupado.

– Oh, não tem problema. Você está em boas mãos. Vou desligar, se cuide.

Desligo o telefone. Em boas mãos? Minha mãe nunca gostou muito de Peeta, o que significava isso, afinal? A batida na porta me faz voltar atenção, quando abro encontro- o segurando uma cesta e entramos.

– O que tem na cesta? - pergunto curiosa pois o cheiro está maravilhoso.

– Croissant de queijo com tomate seco. Mas acho que você não vai poder comer - ele coloca uma caneca com água no micro-ondas

– Por que não?

– Não sei se seu estômago aguenta. Ultimamente tudo o que você come acaba vomitando.

– Isso é culpa da sua sopa horrível.

– Não mesmo! Minha sopa horrível – ele imita minha voz - Foi a única coisa que parou dentro de você!

– Eu sei, eu sei. É que parece torturante demais olhar e sentir o cheiro disso - abro a vasilha fechando os olhos para sentir o aroma dos croissants - e não poder comer.

Ele sorri.

– Talvez eu te deixe você comer um. Mas por favor, não vomite.

– Eu não vou.

Pego a água do micro-ondas e preparo um chá para Peeta – sem açúcar – e tomo leite. Tomamos café em silêncio. Logo Buttercup aparece na cozinha, e eu dou a ele leite e pedaços do croissant maravilhoso.

– Como é o nome dele?

– Buttercup.

Ele faz uma expressão, demonstrando ter estranhado o nome.

– Prim – respiro fundo – disse que ele parecia uma flor amarela, por conta da cor de sua pele amarela lamacenta.

– Criativa – ele toma um gole do chá

– Ela sempre foi.

– Então quer dizer que você alimentava cinco bocas, contando com a sua?

– Cinco?

– Sim, você, sua mãe, Prim, o gato feio e Lady.

– Ahh – a cabra com laço rosa me vem a memória – sim, a cabra. Prim a adorava, ás vezes passava o dia todo brincando com ela e Buttercup, se distraia com ele – suspiro – era feliz com eles.

– Katniss! - ele dá um tapa na mesa me assustando – é isso!

– O que? Do que você tá falando?

– Prim se distraia com a cabra e o gato!

– Sim, mas e daí?

– É disso que Haymitch precisa, uma distração, um bicho.

– Um animal de estimação? Para o Haymitch? - ele só pode estar brincando – Peeta, ele não é capaz de cuidar nem dele mesmo!

– Mas vai ser um incentivo – seus olhos brilham com a ideia.

– Eu não sei se isso daria certo...

– Qual é Katniss! Está dando certo pra você.

– Esse gato me odeia! - aponto para Buttercup.

– Mas... - seus argumentos somem – deixa pra lá então, eu só achei que, poderia ocupar o tempo dele, sei lá.

Eu permaneço calada.

– Bom, eu vou ao Prego pegar as coisas pro almoço, aproveito e passo na casa do Haymitch pra convidar ele – se levanta já indo em direção a porta

– Tudo bem

– Ah – ele se vira, com os olhos azuis brilhando como duas lindas joias – eu prefiro cozinhar na minha casa então, aparece lá, por volta do meio dia.

– Ok.

– Te vejo mais tarde – ele sai de casa, fechando a porta atrás de si.

E por um instante, apenas um segundo, eu me lembrei do nosso último beijo na arena do Massacre Quartenário. O de adeus, que nos separou por meses.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Katniss e Peeta - Reaproximação" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.