One Last Choice escrita por Rayssa


Capítulo 1
No turning back


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic Olicity, então, espero que gostem :D



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- Você está sendo um grande imbecil Oliver! – resmungou Diggle parando em frente aos degraus da escada.

- Dig... – o homem tentou retrucar, mas fora interrompido antes de formular qualquer resposta.

- Não precisa se preocupar, eu já disse o que eu tinha a dizer. – e sem pestanejar, voltou a subir as escadas.

Agora ele estava sozinho, podia encarar – sozinho – toda a merda que estava prestes a acontecer e ele sequer pensará em impedir. Ele podia sentir todas as veias de seu corpo pulsarem de ódio, tudo por sua culpa, porque ele não podia ser o homem que ela merecia, nunca seria esse homem.

Precisava se desfazer de toda essa raiva, sem pestanejar, arrancou a camisa e começou a descontar toda a frustração no saco-de-pancadas. Por pior que fosse, não era a cara de nenhuma droga de inimigo que ele via ali, era a sua mesma. Ele queria se espancar, e aquilo era o mais próximo que ele conseguia. Bateu até que seus punhos doessem, até que os músculos dos seus braços queimassem, e sua raiva começasse a se tornar em uma tristeza que queimava mais do que qualquer outro sentimento.

Em um raro momento de puro sentimentalismo, Oliver assentou-se na cadeira que a loira ocupara por tantos anos, e, encarando as telas que tanto receberam o olhar dela, tocou as teclas do computador, em uma tentativa falha de sentir a sua presença ali. Ao perceber que isso não aconteceria, afundou na cadeira da garota.

Com os olhos fechados, lembrava de cada detalhe do rosto de sua doce Felicity, o cheiro e o calor que emanava de pele branca, assim como cada pequeno músculo que se mexia quando ela sorria. A voz, aquela voz, a voz que transmitia toda a sua falta de destreza com as palavras, deixando-a absolutamente adorável quando falava coisas que não soavam do jeito que ela desejava.

E tudo estava prestes a acabar!

Quando abriu os olhos, pela primeira vez em anos, esses estavam marejados. Ele não podia deixa-la ir. Ela era muito mais do que a garota dos computadores, era muito mais do que sua parceira. Ela era a sua sanidade, era aquela que o mantinha inteiro quando tudo parecia desmoronar, quem o fazia sorrir com apenas uma palavra, mesmo que o mundo estivesse em luto. Ela era a sua humanidade, pois era ela quem o lembrava que apesar de ser o arqueiro, ele ainda era um homem como qualquer outro, com sentimentos, com dores e completamente mortal.

Ele não podia deixa-la, de forma alguma!

Não importava a que preço custasse, ele precisava traze-la de volta. Quem seria Oliver Queen quando Felicity Smoak deixasse de existir na vida dele? Apenas um homem em um capuz, nada mais. Pois não haveria nada que o pudesse atingir, aquele dor que ele sentia naquele momento em seu peito, nunca iria embora, e nenhuma dor seria tão forte quanto aquela.

Em um impulso, Oliver levantou-se da cadeira e correu. Não queria saber de carro ou moto, ele apenas correu, passou pela maldita porta que teimou em emperrar, e voltou a correr por toda a rua. A imagem de Felicity estava em sua cabeça, e ele sabia onde queria chegar. Correu como nunca correra em sua vida. Nem se sua vida dependesse disso, ele correria tão rápido. Naquele momento, o seu pequeno pedaço de felicidade era mais importante que qualquer outra coisa, e ele sabia onde encontra-lo.

Apesar do cansaço e do suor que escorria pelo corpo do homem sem camisa, a adrenalina corria em suas veias, impedindo que ele sentisse qualquer sensação de fraqueza. Ele precisava vê-la, precisava convencê-la a desistir de tudo. E com esse pensamento, começou a espancar a porta de onde a garota se encontrava.

- JÁ VOU! – escutar aquela voz fez com que seu coração batesse ainda mais forte contra o seu peito. – Por favor, seja a menininhas dos cookies, eu estou realmente dese... – assim que abriu a porta, notou que a pessoa que estava do outro lado não era uma escoteira. – O que você está fazendo aqui? – a voz era um tanto chocada. – Quer dizer, não que você não possa vir até aqui, só que você está todo suado, não que eu nunca tenha visto você suado antes, eu vi várias vezes, mas não faz sentido você está aqui na minha casa, sem ligar, e todo esbaforido como se tivesse corrido até aqui, ainda mais sem camisa, não que eu veja problema em você andar sem camisa por ai, mas, faltam poucas horas para eu.. – só então notou que estava tagarelando mais uma vez, sem deixar que ele pudesse se expressar.

Mas ele simplesmente ficou lá, parado, encarando-a. Não pelo fato de não saber o que dizer, ele sabia exatamente quais palavras ele queria dizer, contudo, nenhuma delas poderia sair de seus lábios vendo-a tão divina a sua frente.

O vestido branco se moldava perfeitamente ao corpo magro da loira, o cabelo estava bem arrumado e a maquiagem estava incrível. Ela estava a noiva que qualquer homem desejaria ter em seus braços, principalmente ele. E, por um segundo, ele realmente desejou que ela estivesse pronta para subir ao altar, e ele fosse o noivo. Mas, nada daquilo era para ele.

- Oliver? – a mulher chamou baixinho, tentando chamar a sua atenção.

- Você não pode se casar! – essas foram as palavras que ele conseguiu pronunciar, todo o discurso se fora.

- Oliver, não. – começou a loira. – Você não pode simplesmente chegar aqui, em minha casa, faltando menos de duas horas para o meu casamento começar e dizer que eu não posso me casar. – acusou. – Você teve quatro meses inteiros, não inteiros, três meses e alguma coisa, que se dane. Você teve tempo! Não agora. – murmurou, sentindo seu rosto ficar vermelho.

- Felicity. – o homem respirou fundo, encarando-a. – Você está certa. – assentiu. – Só que eu não posso perder você. – afirmou, tocando o ombro da pequena garota.

- Não, não, não! – exclamou, se desvencilhando de seu toque. – Eu não posso! – resmungou. – Você não, arg! – respirou fundo. – É tarde de mais. Não, quer dizer, eu não posso deixa-lo no altar, não posso. Posso, mas seria errado e... Você entendeu! – cruzou os braços, seus olhos já estavam marejados, ela não podia acreditar que aquilo estava acontecendo.

Se ele não fosse embora, ela sabia que não iria resistir e que iria voltar correndo para os braços do homem que não pode tê-la. Do homem que sabia que isso iria acontecer, contudo, esperou até o último momento para poder se manifestar. Mesmo que isso significasse se tornar apenas a garota esperta que ajuda o arqueiro em suas missões, sem que ninguém saiba, e sem ter um relacionamento com nenhum homem, a não ser com o próprio arqueiro, em seus sonhos.

Não seria justo! Ela não podia aceitar.

- Eu sei que é tarde... – o homem tentava ao máximo se controlar e estava sendo muito difícil. – Essa é a minha última oportunidade de te dizer isso, e eu preciso que você saiba dessas palavras quando você estiver naquele altar. – o homem respirou fundo, não tinha medo de dizer aquelas palavras, mas receava pela reação da mulher. – Eu amo...

- Não ouse dizer essas palavras! – interrompeu. – Porque você sabe que eu amo você, e sabe que se você as disser, eu nunca poderei chegar até aquele altar. Mas eu quero ir até lá, e estar com um homem que não tem medo amar, que acreditar que ficar sozinho é a única escolha que ele tem. Eu posso amar você muito mais do que um dia eu vou amá-lo, só que eu não quero ficar sozinha, e eu vou ter aquilo que eu posso ter! Eu seria muito mais feliz com você ao meu lado, entretanto, vou aceitar a minha meia felicidade, porque é isso que eu posso ter! E é por isso que você não deve dizer essas palavras. – suspirou aliviada quando botou todas aquelas palavras para fora, palavras que ela tanto desejou dizer.

Por fim, grudou seus olhos, com a expressão mais feroz que seu delicado rosto permitiu, nos dele. Ele demorou alguns segundos para processar tudo aquilo que ela havia dito e tomar uma decisão, talvez a decisão mais importante que ele tomou em muitos anos.

Oliver Queen era um homem de poucas palavras, por isso, ele escolheu bem as palavras que deveriam ser ditas naquele momento, ele não queria que nada ficasse de fora, não queria que ela entendesse nada errado ou que ele deixasse alguma coisa de fora, por isso, sua resposta foi a mais simples e a mais profunda que ele poderia dar.

- Felicity... – ele levantou a mão até a bochecha da mulher, e afagou-a demoradamente. Os olhos azuis se fecharam, entregando-se ao toque desejadamente indesejado. – Eu amo você. – e aquilo era tudo.

Quando os lábios dele tocaram os dela, milhões de sensações passaram pelo corpo de ambos, suas bocas se encaixaram perfeitamente, suas línguas faziam movimentos quase sincronizados e seus corações batiam no mesmo ritmo.

Ela não se incomodou com o suor que ainda escorria do corpo do homem, assim como ele não se incomodou de ela estar vestida para casar com outro homem. Nada disso importava, porque aquela era a vez deles, a chance deles, eles tinham muito o que lutar, muito o que fazer, e muito o que aceitar. Mas, não importava, não naquele momento. Porque eles sabiam que estavam prontos.

E dessa vez não havia como voltar atrás.


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Notas finais do capítulo

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