Amor na guerra escrita por Sadie Ketchum Potter


Capítulo 15
15 - Imagine (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Este cap é importante huehuehue >:3



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Mais um dia nascera em Pallet, o primeiro a levantar foi Brock. Ele caminhou até a entrada do sobrado, vendo algumas correspondências, inclusive uma para si. Era de sua mãe, o que o deixou bem confuso. Abriu a carta e começou a ler.

“Brock

Sou eu, sua mãe. Sei que a letra não está legível, mas Tilly é quem está escrevendo. É, ele conseguiu aprender a escrever durante esses dois anos. Infelizmente estou acamada faz três meses, mas por sorte sua tia Layla nos abrigou e é médica, então ela está tratando de mim. Sua prima Annie se formou em pedagogia, infelizmente dá apenas aulas particulares, já que as escolas se fecharam por conta da guerra. Seu primo Suzaku está trabalhando em uma lojinha aqui perto. Estamos sem energia, somente os correios funcionam. Sinto muito sua falta e de seus outros irmãos… Outras coisas acontecerem, dentre elas, quase fomos descobertos porque Timmy começou a chorar, mas fora isso estamos todos bem. Eu te amo meu filho, mande um beijo para todos!

                                                                                       Com amor, sua mãe.

P.S.: Ligue para o seu pai.”

O de traços orientais respirou profundamente, andou até a cômoda da sala, pegou papel e canete e foi escrever a resposta. Enquanto isso, uma das mulheres da casa descia, no caso, era May. A jovem fitava o amigo curiosidade, caminhou até ele e se sentou ao lado do moreno.

— Pra quem é?

— Minha mãe…

— Ela tá bem? - Questionou a de olhos azuis, preocupada.

— Tá sim, só tá acamada, mas sei que vai melhorar! - Ele respondeu, sorrindo.

A morena surpreendeu-se um pouco com a confiança do amigo, ela nem sequer tinha esperança de rever seus pais. May levantou-se, andou até a pia, pegou fatias de pão e colocou na torradeira. Voltou a se sentar, pensando no beijo que dera em Drew há um tempo. Só de relembrar a situação e o sabor da boca dele a menina sorria.

Passaram-se algumas horas, quase todos estavam acordados, menos Max e Ash. Naquele momento, as garotas menores jogavam Damas no chão da sala, o esverdeado lia o mangá 23 de Magi, o moreno maior cozinhava junto da namorada e as “mães” da família haviam saído para conversarem com o Prof. Carvalho.

— Bom dia! - Exclamou o treinador do Pikachu. - Quem tá afim de ir na caverna?

Misty sorriu, topou a ideia na hora, porém, foi impedida por seu primo, que segurou a barra do vestido azul celeste da garota. Ela o fitou, com uma expressão de indignação. Drew encarava a ruiva severamente, precisava colocar um limite naqueles dois.

— Vocês vão ficar aqui.

— QUE?! - Exclamaram o moreno e a ruiva.

— É perigoso. - Começou Brock. - Não se lembram? Há dois anos, de um lado, era o quartel general da Equipe Rocket, com certeza o lago foi dominado também.

A dupla baixou a cabeça. Max havia acabado de descer quando Ash e Misty subiram. Ambos entraram no quarto e jogaram-se na cama, a exaustidão pegou eles de surpresa, sempre estavam alegres e animados. Isso porque estavam acostumados a se aventurarem todo dia.

— Ei Ruivinha… O que o futuro nos espera?

— Sendo sincera, não sei.

— Então, que tal pensarmos?

O primeiro a sonhar foi ele. O menino se imaginava conseguindo finalmente ir para sua jornada. O pensamento rolava solto em sua mente.

Estava maior, tinha 14 anos, seu Pikachu estava em seu ombro, vestia uma camiseta preta, jaqueta azul com detalhes amarelos e de mangas curtas, calças jeans tênis preto e seu precioso boné vermelho de frente branca com um símbolo verde. Havia parado em Pewter primeiramente, avistou seu melhor amigo humano em frente ao ginásio, entraram e com muito custo venceu o líder.

Sua próxima parada foi em Cerulean, onde encontrou a melhor amiga. A garota o trazia alegria, felicidade e um outro sentimento que o garoto não conhecia muito bem. Batalharam arduamente e o rapaz ia embora, mas a jovem o impediu, pegou o garoto pelos ombros e o virou para si. A ruiva colocou suas mãos em torno da nuca dele e o puxou, colando seus lábios com os do rapaz. A surpresa foi imensa, mas eles avançaram de um simples toque, Misty pediu passagem e Ash cedeu.

O pensamento dela era um pouco diferente, havia saído em jornada com o moreno e com o de traços orientais, todos estavam com uma aparência diferente e haviam crescido. Nem ela e nem o mais velho eram os líderes de Cerulean e Pewter, estavam seguindo seus reais sonhos, entretanto, outro desejo ainda não havia se realizado: Namorar a mula-de-Pallet.

A dupla abriu os olhos, se entreolharam e deram sorrisos singelos. O menino encarou sua cômoda, pegou as Poké-bolas de Charizard e Pidgeotto, puxou a amiga e a fez ficar de pé no parapeito da janela. Ele também ficou, libertou seus Pokémons e subiu no de tipo Fogo/Voador.

— Vem Misty! - Ele disse, baixo.

— Tô indo Ash! - Ela respondeu, pegando sua jaqueta e colocando o capuz para não ser reconhecida.

Eles levantaram voo em direção à caverna. Não ousaram em descer, todavia, os Pokémons os levaram para o lado direito, onde ficava o quartel general da Equipe Rocket. Os maiores, na hora, não entenderam, porém, quando Pidgeotto usou o Às de Asas na gaiola de Pokémons feridos eles compreenderam. Charizard voou junto dos jovens e ateou fogo no local.

— TEMOS QUE FUGIR DAQUI! - Exclamou uma recruta.

— VAMOS, RÁPIDO!

Ash arregalou os olhos, porém, algo havia invadido seu corpo, uma espécie de ansiedade com uma mistura de alegria. Misty também sentia o mesmo, encarou o moreno e sorriu, dizendo para salvarem os outros e atacarem mais um pouco. Não se sentia tão livre há tempos.

Voaram para baixo, o Pokémon Pássaro pegou cinco, o de fogo, outros cinco e os humanos três cada um. Os recrutas haviam ido embora por um túnel construído por eles mesmos, os jovens se entreolharam e teriam de correr o risco de passar pelo fogo. Na metade do caminho, a garota começou a passar mal por conta da quantidade de fumaça inalada.

— A-Ash… Se-segue… Com eles…

— QUE?! MISTY!

Ela não aguentou, acabou por desmaiar e desabar no meio do chão, inconsciente. O menino deu dois Pokémons para Pidgeotto e outros quatro para Charizard, ele correu até a amiga e a pegou no colo, saiu correndo e foi parar na floresta. Infelizmente, inalou muita fumaça também, o rapaz a colocou no chão, sua visão estava turva, mas não desistiria, iria ajudar a amiga.

— Ruiva… Acorda…

— EI GAROTO! - Exclamou Cassidy, a recruta que levara bronca de Giovanni. - Foi você, sua amiguinha e esses seus malditos Pokémons, não é?!

A mulher caminhava até o Ketchum e a Waterflower, não vira o rosto da menor por conta do capuz. Para o azar dela, Pidgeotto e Charizard impediram a continuação de sua caminhada, ficaram de frente para os treinadores. O pássaro usou o Asas de Aço na loira, que correu para longe, repleta de cortes profundos. O jovem e valente Pokémon começou a brilhar, transformando-se em um belo Pidgeot. A evolução do inicial de fogo pegou os menores e os levou de volta para casa.

Enquanto isso, no sobrado, todos encaravam Pikachu, pressionando o ratinho amarelo para falar onde a dupla estava. Delia segurava um rolo de macarrão, Brock e Max seguravam as patinhas traseiras com luvas de borracha, enquanto que May e Drew faziam o mesmo com as patas dianteiras e Mary e Violet questionavam o pobrezinho.

— ONDE ELES ESTÃO?! - Questionou a azulada.

— Pika-pi… (Não sei…)

Não demorou para ouvirem o rugido de Charizard,  A mãe do garoto correu para fora, agradecendo os Pokémons e os colocando de volta em suas respectivas Poké-bolas. Ela pegou o filho e a amiga pegou a sobrinha, ambas carregaram os jovens para o quarto onde as mulheres dormiam e os deitaram na cama. Notaram que ambos não respiravam direito, principalmente a ruiva, resolveram chamar um médico urgentemente.

Ligaram para o Dr. Hiroshi, médico da família há anos e muito boa pessoa. Ele demorou apenas alguns minutos para chegar, foi direto examinar Misty e Ash. Após verificar tudo, pediu para as mulheres irem com ele até o Centro Pokémon de Pallet para buscarem cilindros de oxigênio.

— Não é melhor levarmos eles ao hospital?! - Questionou a mãe do menino.

— A maioria dos médicos lá são a favor das equipes, se a virem vão prendê-la! VAMOS ANTES QUE ELES PIOREM! - Respondeu o homem.

Ambas assentiram, dizendo para o rapaz mais velho ficar de olho nos adoentados. Brock entrou junto de Pikachu e Togetic, os Pokémons choraram ao ver seus treinadores naquele estado. O ex-líder de Pewter se segurava para não chorar, sentia-se culpado por não ter cuidado dos jovens.

Não demorou muito para os adultos chegarem com os cilindros de oxigênio, pegaram as máscaras, colocaram nos jovens de 12 anos e deixaram eles lá. Violet chorava de preocupação, assim como Drew e May. Max estava exausto daquilo, sempre havia alguma encrenca vinda de Ash e Misty. Os adultos saíram do quarto e desceram as escadas.

— Doutor! A minha prima! - Exclamava o esverdeado. - Ela vai ficar bem?! E o meu amigo?!

— Acalme-se rapaz. - Pediu Dr. Hiroshi. - Eles estão mais ou menos bem, a garota é que está um pouco mais crítica, ela inalou fumaça tóxica demais e ele está em condições razoáveis. Eles ficarão bem.

Enquanto isso, no pensamento do moreno e da ruiva, ambos estavam em um local muito familiar, de onde se via toda a cidade. Os dois se entreolharam, estranharam o fato de muitos estarem concentrados na igreja de Pallet. O garoto desceu correndo junto da menina, foram ver o que estava acontecendo.

Ao descerem, viram algo que os surpreendeu, eram, aparentemente, eles, com aproximadamente 20 anos. Alguns fotógrafos estavam na porta da igreja, a jovem usava um vestido branco de noiva, e ele, terno e gravata. Delia e Mary usavam um vestido longo, assim como May, Daisy e Violet. Drew e o Prof. Carvalho também usavam ternos e pareciam todos felizes.

— Misty… Somos nós… - Disse o rapaz.

— Se somos nós, onde estão Max, Brock, nossos Pokémons e mais um monte de gente?

Fato, aquilo era estranho, porém, não podiam negar que eram eles mais velhos e mais maduros.


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