Você não entende... escrita por Yue Togyuu
Notas iniciais do capítulo
"Cadê a Yue?" "Nossa, ela abandonou a história?" "Ela morreu?" "Nunca mais vai postar?", "Ela é horrível."
E agora, estou me sentindo horrível mesmo. Bom, a preguiça é uma inimiga maior. Eu deixei uma semana sem postar a história, pois eu meio que estava "atrasada". Passou outra semana e eu ainda estava atrasada e comecei a me desatrasar na terceira semana, mas postar que é bom nada. Quando eu lembrei que devia postar, eu estava quase voltando às aulas, mas aí foi adiada e me esqueci de novo... E veio o carnaval... E então finalmente começaram as aulas. Desculpem. Sério, às aulas me impedem totalmente de escrever e, entre escrever e estudar a prioridade sempre será estudar.
"E então Yue, você vai continuar postando? Você vai abandonar a história?"
Não, muito pelo contrário. Eu vou continuar postando a história, porém com menos frequência, vou me esforçar o máximo pra postar aqui e para acabar a história, que está chegando ao finalzinho. Desculpem mais uma vez e espero que gostem do capítulo, boa leitura!
– Seu pirralho - diz Augusto se levantando. - Vou te matar!
– Tente, seu velho nojento - Murilo sorri com um ar de confiança.
Finalmente me levanto, mas parece que o sapato daquele desgraçado está cravado dentro de mim, dói pra cacete.
– Johnny, você tá bem? - pergunta Lorena olhando nos meus olhos e me sinto meio sem graça.
– Achou que uns chutinhos fracos iam me matar, patricinha? - olho pra ela disfarçando a dor.
– Você é idiota? - ela diz vermelha de raiva. - Ele podia ter te matado.
– Não ligo, mal agradecida - reviro os olhos.
– Garoto, você tem celular? Ligue pra polícia, pelo amor de Deus - diz Rosalene desesperada.
– Tenho sim, por que essa agitação?!
– Se a polícia não vier, vamos morrer e aquele garoto será o primeiro.
– Fala sério, aquele cara não é tão forte assim...
– Liga logo, imbecil - diz Lorena e eu apenas bufo e obedeço.
Vejo Murilo e Augusto brigarem, parece que estou em um filme de luta ou assistindo algum canal do gênero. Murilo se esquiva perfeita dos socos de Augusto, revidando-os e noto que cada vez ele fica com mais raiva. Finalmente alguém me atende e faço pedido de ajuda entre os dentes, sou um inútil mesmo, apanhei pra um pedófilo.
Ele tira algo de sua cintura e percebo que é uma arma, ele a aponta pra Murilo.
– Cansei, - o desgraçado diz sorrindo de um jeito medonho - acabou a brincadeira. - Apelão, filho da puta.
– Brincadeira? - Murilo ri, que idiota. - Pelo que eu percebi você estava lutando sério, meu pai era muito melhor que você, Fábio.
– Quê? Você é filho do desgraçado do José?!
– Você sempre foi um estorvo para os lutadores da academia, certo? E ainda armou pra ganhar, sei toda a história - diz ele sorrindo vitorioso.
– Você quer morrer? - Fábio atira perto do pé de Murilo como uma ameaça.
– Murilo, para! - grita Lorena com lágrimas escorrendo das bochechas.
– Seu desgraçado, - digo - por que você luta tão bem? - olho pra Murilo irritado.
– Meu pai foi um grande lutador, eu apenas não tive escolha, apesar de não ser tão bom – ele diz olhando em meus olhos, mas o que?
– Calados, eu vou matar um por um, começando pelo ruivinho metido - diz ele apontando a arma para Murilo.
– Desculpe filha, é tudo culpa minha... - ela diz chorando e abraçando Lorena.
– Tudo bem, mãe...
– JÁ FALEI PRA CALAREM ESSAS BOCAS, CARALHO!
Vejo Rosalene ir pra frente de Murilo e esticar os braços.
– Augusto, ou melhor, Fábio. Por favor poupe as vidas desses jovens - ela diz rouca de tanto chorar, - eu te imploro.
– Vocês merecem punição severa por ligarem pra polícia, já que você está na frente será a primeira.
O vejo apertar o gatilho e um policial pulando o muro atrás dele. Lorena grita ao meu lado e eu fico paralisado com o som do tiro, vejo o corpo de Rosalene caído ao chão, uma vida inocente foi tirada na minha frente e eu... Só fiquei aqui parado como um inútil? O policial atira na cabeça de Fábio e eu apenas tampo os olhos de Lorena.
Sinto as lágrimas dela escorrerem por entre meus dedos freneticamente, acho que isso foi demais pra ela num dia só. E... Pra mim também.
~.~
Acabou que na verdade a mãe de Lorena não morreu por um milagre, ela foi levada ao hospital em que minha madrinha trabalha e a mesma fez questão de atendê-la. Ela nos disse que a bala não perfurou nenhum órgão vital.
Rosalene está inconsciente e logo terá alta, fico pensando se o policial não tivesse chegado a tempo e atirado em Fábio, bendito seja o policial Sacramento, agradeci a ele depois de tudo.
O delegado nos disse que Fábio já tinha um histórico criminoso: homicídio e estupro.
Quando chego ao quarto de Rosalene no final de semana, vejo que Lorena está com uma cara horrível sentada perto da mãe, ela deve ter ficado a noite inteira acordada, idiota.
– Não me diga que você não dormiu essa noite... - olho pra ela de braços cruzados.
– O que você tá fazendo aqui? - ela diz irritada.
– Ér...
– Não me vá dizer que estava preocupado - ela olha pra mim sorrindo.
– Calada, eu só vim porque minha madrinha me disse pra vir!
Ela dá de ombros e se vira de volta pra mãe, suspiro alto.
– Você não deveria se esforçar tanto, ficar acordada esse tempo todo faz mal - ela não responde. - Lorena?
Chego perto dela e percebo que ela está dormindo deitada perto da mãe, como ela pode dormir assim do nada? Parece uma criança.
Pego um cobertor no miniarmário do quarto e a cubro, quanta viadagem da minha parte. Ela se mexe e eu paraliso até perceber que ela não acordou, ufa.
Pego uma cadeira e sento perto da janela e apenas observo por um longo tempo algumas crianças brincando no parquinho do hospital, tão felizes. Lembro-me de novo de minha mãe e lágrimas caem dos meus olhos novamente, caralho.
“Não, não”, eu penso balançando a cabeça.
– Johnny... - ouço Lorena dizer baixinho atrás de mim e limpo as lágrimas na velocidade da luz, quando me viro ela ainda está dormindo.
Ela está sonhando comigo?! E ela fala dormindo? Credo.
– Não... Morra... - ela franze a testa e vejo seu rosto com uma expressão horrível. – Não... Saia... – ela treme os lábios segurando... Um choro?
– Lorena - a sacudo forte demais, - você tá bem?
– NÃO! - ela afasta minha mão de forma bruta, assustada.
– Relaxa aí, patricinha, sou eu
Do nada ela sorri e se vira.
– Que foi? - pergunto confuso.
– Nada, só tive um pesadelo, obrigada por me acordar...
– De nada...
– Por favor, não me deixe dormir novamente - ela diz com voz de choro.
– Por quê?
– Eu apenas não quero ter esse pesadelo de novo... Por favor... – ela tem pesadelos... E eu estou neles...
Eu a abraço automaticamente e me sinto estranho, eu só quero que me matem pra esse sentimento sair de mim, bosta!
Ela não diz nada e não retribui o abraço, só fica imóvel e quieta, eu a solto.
– Johnny, por que... - ela olha pra mim confusa.
– AAAAAAH! - eu grito esfregando meus cabelos, quase arrancando-os fora.
– Cê tá doido, brutamontes?
– Me deixa em paz - saio do quarto, eu sou um babaca mesmo, por que tenho que ser assim? Sou algum tipo de retardado?
Continuo esfregando meus cabelos encostado na parede e olho para o chão. Sensação dos infernos! Que porra.
– Johnny, o que foi? - olho pra cima e é minha madrinha. - Que cara é essa, moleque?
– Cala a boca - digo saindo de lá, só quero ficar sozinho.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então finalmente acaba essa fase da história, demorou mais do que devia, confesso. Bom, o capítulo foi extremamente curto, mas hão de vir alguns longos por aí!
Agradeço a quem ainda estiver lendo/acompanhando e pretendo futuramente postar a história no aplicativo Wattpad, que acho que é mais prático!
E, mais uma vez, qualquer erro e/ou sugestão comentem ou entrem em contato comido, isso me ajuda pra caramba. Até breve!