Paixão Sem Limites escrita por Tekilaz


Capítulo 13
Capítulo 13




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{Por Estevão}

Maria e eu deixamos o escritório quando todo mundo já tinha saído; tão entretidos estávamos em nossa paixão desenfreada que não notamos que o tempo havia passado. Ficar com Maria era sempre assim, o mundo parava, só existia eu e ela. Minha esposa, minha vida, meu tudo. Sem ela não teria uma família maravilhosa nem uns filhos adoráveis, sem ela não teria a chance de ser feliz novamente.

Só faltava algo para a felicidade ser completa: descobrir o assassino e assim, limpar meu nome.

Mas afastei esse pensamento, não era momento para isso. Não quando Maria irradiava felicidade do meu lado. Notei que estava diferente, tinha um brilho especial no olhar como se tivesse acontecido algo extremamente importante. Bom! Nossa reconciliação com encontros explosivos e apaixonados era sempre importante. Porém era mais que isso! Outra coisa bem distinta.

― Está feliz, meu amor? ― indaguei curioso enquanto a conduzia pela cintura para o elevador. As luzes estavam já apagadas mas não estava totalmente escuro.

― Muito, Estevão ― ela entrou primeiro e eu logo em seguida. ― Muito feliz! ― Maria, então, jogou-se em meus braços dando-me pequenos beijos pelo rosto.

― E não vai me contar o motivo dessa felicidade? ― ainda abraçado com ela, apertei o botão do elevador.

― Em casa, meu amor, em casa.

Ela sorriu misteriosa, deu-me outro beijo dessa vez na boca.

Quando chegamos em casa, encontramos Heitor e Estrella no sofá da sala. Eles riam e jogavam almofadas um no outro como se fossem crianças. Ao nos verem, Estrella saiu correndo para junto de mim, Heitor permaneceu sentado.

― Papai, diga para esse bobo do meu irmão parar de me chamar de mimada ― ela fez cara chorosa, beijando-me o rosto.

― Heitor! ― o repreendi com o olhar.

― Não fiz nada ― ele defendeu-se sorrindo, levantou e foi cumprimentar Maria. ― Sou inocente!

― Você não é tão inocente assim ― disse antes que Maria falasse qualquer coisa ― Lembro-me quando vocês eram bem pequenos e você, Heitor, vivia puxando o cabelo de sua irmã ou beslicando seu bracinho, fazendo minha princesinha chorar.

― Malvado! ― Estrella disse mostrando a língua para o irmão.

― Mimada ― ele rebateu.

― Já chega. Comportem-se ― Maria interveio, sorrindo. ― Estrella respeite seu irmão e Heitor faça o mesmo. Vou subir e já volto para o jantar.

― Ouviram sua mãe, eh? Comportados, hein?

― Estávamos brincando, pai ― explicou Estrella. ― Agora me diz, mamãe melhorou?

― Como assim? ― perguntei desconfiado. Maria não parecia estar doente ou mal.

― Vocês brigaram ontem?

― Bom. É... ― guaguejei. ― Nós discutimos mas já estamos bem. Não se preocupem. Mas agora me fala o que sua mãe tinha?

― Estrella comentou que mamãe estava mal pela manhã, muito pálida e fraca ― Heitor adiantou.

― Sim. Parecia que ia desmaiar. Queria ligar para senhor mas ela não permitiu. Então deduzi que tinham brigado.

― Maria não me comentou nada disso.

― É estranho ― observou Estrella. ― Mamãe parece estar ótima agora.

Lembrei-me que pela tarde havia brincado dela estar mal pela manhã somente para entrar no jogo dela mas jamais imaginei que estivesse tão perto da realidade. Mas seja qual fosse o mal-estar tinha passado. Pois ela estava bem disposta quando fizemos amor no escritório. E que disposição! Sorri. Os garotos perceberam.

― Hum! ― Estrella cutucou o irmão. ― A reconciliação foi boa.

― Tão boa que papai não consegue disfarçar.

― Sem falar da mamãe. Ela está Radiante e encantadora.

― Está bem! Parem já ― disse levantando-me com um sorriso bobo no rosto.

Maria desceu e todos fomos jantar. Estava ansioso para conversar com ela, mas esperei até que estivéssemos na privacidade de nosso quarto.

― Maria, porque não me disse que passou mal de manhã? O que você teve? Está bem?

― Sim, amor, estou bem ― ela segurou minhas mãos, conduziu-me até à cama; sentamos. ― Era sobre isso que queria falar com você.

― E porque não me disse quando foi ao escritório?

― Fui exatamente para isso. Mas aí vi a Fabiola agarrada no seu pescoço que esqueci completamente ― a expressão dela mudou, parecia irritada de repente.

― Fabíola foi um incidente. Não falemos dela ― argumentei. ― Quero saber de você. Que foi que te fez mal?

― Não foi nada. É normal no meu estado.

― Como que normal, Maria? Explique-se, por favor. Não estou entendendo nada.

― Amor ― ela levantou, ficou bem na minha frente mordendo os lábios ―, lembra-se quando fui te visitar no presídio? O propósito com que fui lá?

― Claro que lembro ― afirmei. ― Até fiquei com raiva por ter ido somente para... ― de repente me dei conta de tudo. ― Espera aí... Meu amor, você está grávida?

― Sim ― ela confirmou com os olhos marejados de lágrimas. ― Na segunda noite, fizemos um bebê.

Um filho? Eu ia ser papai de novo? Iria poder vê-lo crescer e participar de seus primeiros anos de vida? Iria ter uma segunda oportunidade de ser um pai presente?

Emocionado, fitei seus olhos logo baixei a vista até seu ventre plano. Levei minhas mãos à sua barriga, acariciei lentamente, aproximei meu rosto e beijei onde meu filho estaria vivendo no momento.

― Estevão...

― Oh, Maria ― exclamei com voz embargada pela emoção ―, isso é maravilhoso.

― Eu sei, amor. Tive medo que você não gostasse.

― Eu amei. Sabe que isso significa, Maria?

― Sei. Você vai estar aqui com esse bebê. Como deveria ter sido sempre.

― Vou ser o melhor pai do mundo.

― Tenho certeza que sim.

Puxei Maria para que sentasse em meu colo.

― Obrigado, meu amor ― limpei suas lágrimas e fitei o fundo de seus olhos esverdeados. ― É o melhor presente que poderia ter recebido.

― Eu que tenho que agradecer. Pensei que minha vida tinha acabado e então, de repente você retorna, Estrella está melhor e agora esse filho. Sou uma mulher de sorte!

― E eu um homem de sorte! Tenho a mais bela das grávidas como minha esposa e dona da minha vida. Te amo, Maria. Te amarei sempre!

{Por Maria}

Estevão recebeu tão bem a notícia da gravidez; meus medos e minha insegurança sumiram no momento em que ouvi sua pequena declaração.

― Eu também te amo, Estevão, nunca deixei de te amar.

Ficamos uns segundos perdidos um no olhar do outro, aproximanos nossos rostos até que nossas bocas se tocaram. Foi um toque leve que foi aumentando gradualmente. Então, já não era apenas um selinho mas um beijo apaixonado com uma mistura de línguas e dentes, mãos ansiosas acariciando nossos corpos por cima da roupa.

Mas de repente, eu frei o entusiasmo de Estevão; levantei.

― Quê? Maria? ― ele indagou com a voz pesada de desejo não satisfeito.

― Vem, amor, siga-me ― fiz um movimento com o dedo, chamando-o.

― Por toda a vida, meu amor ― ele levantou e seguiu-me para o banheiro.

No banheiro fizemos amor debaixo de uma ducha caliente. Estevão foi super cuidadoso como se tivesse medo de me machucar ou machucar o bebê. Penetrou-me devagar numa agonia silenciosa mas ao mesmo muito prazerosa. Foi romântico bem diferente de outras vezes mas ainda assim capaz de me fazer gritar quando o clímax nos atingiu de cheio.

Tão atencioso, ele me levou nos braços para a cama depois de me secar com a toalha.

Dormimos abraçados mais felizes que nunca. E essa felicidade durou até o café da manhã quando contamos a novidade aos meninos que ficaram encantados.

Mas nem tudo são flores; na empresa tive uma desagradável descoberta. Uma descoberta que mudaria nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Está se aproximando do final
até breve!