Bloody Moon escrita por Art In The Dark


Capítulo 2
Eu Temo Mares Abertos




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Capítulo 1 – Eu temo mares abertos (século XIII)

Era uma noite chuvosa, Philip não parava de procurar. Estava tão aflito pela idéia de Annabell ter sumido que se esqueceu de todo o resto. Então um estalo deu em sua mente. Não contara a Riven que sua filha havia sumido.

–--

Chegara ao castelo de Riven que devia estar em reunião com seu pai. Ao chegar ao salão principal abriu a porta fazendo um alto barulho. Os dois reis se viraram para olhar a causa da irrupção.

–Philip! Junte-se a nós garoto. – convidou seu pai Tumah.

–Obrigado pai. Perdão, mas tenho outras coisas a resolver. Riven – se curvou levemente. –Annabell sumiu, temo que tenha ido buscar a criança.

–Disse a ela que não deveria ir. – Estava nervoso. O que poderia ter acontecido com sua filha? Provavelmente já estaria voltando deixando para traz os ladrões mortos.

–Devemos chamar os guardas e ir procurá-la?

–Não, provavelmente já está voltando. –Ficou mais calmo. –só espero que volte com a menina.

–Ela vai voltar amigo. Fique tranquilo.

Um tempo se passou até a porta do salão se abrir entrando Annabell.

–Papai, Tumah. – cumprimentou sorrindo. O sorriso logo foi substituído por um rosto bravo ao ver o garoto sentado ao lado dos reis. – Philip.

–Olá Annabell. – Respondeu não se abalando com a raiva da garota, tinha esperanças de que ela um dia compreendesse: Ele só queria o seu melhor.

–Annabell. Disse a você que cuidaria da criança desaparecida. - Riven

–Não estava desaparecida, fora raptada. Ninguém em nosso reino sofrerá ameaças desse tipo se eu puder fazer algo. – Olhou para o jovem – Você está ficando muito bom em me vigiar.

O semblante de Philip caiu.

–Só quero o seu bem. O que você fez foi perigoso. – Annabell deixou-se relaxar.

–Tudo bem, não luto igual aos seus amigos. – Respondeu seca. O tratara assim desde sua primeira conversa juntos.

–Acha os guardas de meu reino lutam mal, querida? – Tumah. Annabell hesitou. – Tu és como uma filha para mim. Fale.

–Conseguem aguentar e vencer uma luta com pessoas de outros reinos ou até mesmo deste, mas não é fácil para eles. Precisam pensar nos movimentos antes de atacar ou defender. Tem que ser automático, tanto a defesa quanto o ataque.

–Poderia treiná-los? – Riven que prestava atenção na conversa perguntou.

–Eu?

–Sim. Você é a melhor guerreira dos dois reinos, imagino eu que será fácil. – Tumah

–Farei o possível para que aprendam.

–Bom, creio eu que Philip poderá lhe ajudar. –Riven.

Para o garoto a idéia de trabalhar com ela era uma oportunidade e tanto. Poderia mostrar para ela que não era um pacóvio. Quem sabe assim ela até deixaria de odiá-lo.

–Papai, não acho que seja uma boa idéia. – Annabell.

–Hora querida, por que não? Ele poderia lhe ajudar você não pode fazer todas as tarefas sozinha. – Tumah

–Eu pretendia chamar meus amigos para ajudar-me – discordou.

–Que chame seus amigos então, poderão ajudar-te junto com Philip. – Riven.

–Não sou tão inútil como pensas. – Disse o garoto se manifestando na discução pela primeira vez.

–Nunca disse que o acho inútil, só prefiro ficar longe de ti. – Olhou-o – Aceitarei sua ajuda, mas se atrapalhar-me estará fora.

–Não atrapalhar-te-ei. – Disse sorrindo, faria o possível para ajudar.

–O treinamento começa ao amanhecer, esteja lá antes, ainda precisaremos arrumar as coisas. – Disse saindo do salão.

–--

Entrou em seu quarto furiosa, no que aquela petiz poderia lhe ajudar? Aliás, ele nem lutava tão bem assim. Ou lutava? Nunca havia se interessado pelas atividades de Philip. Não a agradava ficar perto dele, em suas conversas era só lhe dava respostas secas e às vezes algumas brigas aconteciam. Seu pai e seu tio Tumah insistiam para eles se aproximarem, mas ela sempre arrumara um jeito de afastar-se. Provavelmente ele faria alguma besteira e teria de sair.

Alguém bate na porta interrompendo o soco que Annabell iria dar na parede.

–Entre.

Morgana, sua madastra entrou dando pulinhos de felicidade. Tinha uma autoestima inabalável. Era como uma mãe para Annabell já que sua mãe havia morrido aos seus oito anos.

–Fiquei sabendo que, vai treinar com Philip. Isso é ótimo!

–Não, não é. Mas irei dar um jeito de ele sair.

Morgana comprimiu os lábios.

–Por que? Ele gosta de ti Annabell, o que custa aceitar sua ajuda?

–Prefiro ficar longe. – Fez careta.

Sua madastra abriu um sorriso.

–Essa vontade de ficar longe pode ser medo de se apaixonar, não acha? – Annabell negou com a cabeça. – Bom, você sabe. Até mais ver. – disse Morgana se retirando do quarto.

–Até. – murmurou Annabell.


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