POV Austin

Acordei com a claridade no meu rosto e assim que abri os meus olhos, reparei que estava no sofá ainda abraçado com a Sky e tudo o que aconteceu ontem veio na minha cabeça. De tudo o que me haviam dito e feito nunca foi tão mal como o que meu pai fez comigo e disse para mim ontem, eu realmente quero acreditar que é mentira, mas não sou capaz. Com o que ele disse, me fez sentir tão mal, como se eu realmente não passasse de um erro, não fosse nada aqui, nem para ninguém.

Olhei para baixo e vi que Sky estava as brincar com o seu urso, que eu não sei como veio aqui parar e eu sorri para ela.

–Bom dia pequena! - Disse e ela olhou para para mim.

–Bom dia Austy! - Disse me abraçando apertado com a cabeça no meu peito e eu retribui o abraço com todo o carinho. Eu sei que ela ainda está assustada sobre o que aconteceu ontem e eu só quero que ela fique bem.

–Bom dia Austin! - Disse minha mãe se aproximando de nós. - Como estás? - Perguntou e eu encolhi os ombros, ela se baixou e acariciou os cabelos da Sky que continuava abraçada a mim. - O teu irmão e a Isa já acordaram? - Perguntou e mais uma vez eu encolhi os ombros. - Austin querido, fale comigo. - Disse colocando a mão no meu rosto e eu o virei olhando para o outro lado. Ela suspirou e se levantou caminhando até a cozinha.

Sky se separou de mim e eu sorri para ela, que retribuiu e voltou a brincar com o seu urso. Ouvi barulho de alguém a descer a escada e caminhar até mim.

–Bom dia! - Disse Isa se sentando no sofá ao meu lado. - Como ontem estavas a dormir tão tranquilo, decidi te deixar aqui. - Disse e eu agradeci. Hoje não estou com vontade e falar. -A tua mãe já acordou? - Perguntou e eu assenti me sentando e sentando a Sky no meu colo. - Onde ela está? - Perguntou e eu apontei para a cozinha. Ela agradeceu e se levantou esfregando a sua barriga caminhando para a cozinha.

Me levantei com a Sky e caminhei até as escadas as subindo. Assim que cheguei no cimo encontrei Alex a sair do quarto ainda de pijama.

–Bom dia Austin! Bom dia loirinha! - Disse dando um beijo na bochecha da Sky que sorriu.

–Bom dia Alex! - Disse lhe dando um beijo também. Alex desceu as escadas e eu fui para o quarto da Sky a deixando na cama e preparando a sua roupa e um toalha. Caminhei para o banheiro e liguei a água enchendo a banheira. Voltei para o quarto pegando a Sky e a levando para o banheiro. A despi e a coloquei na banheira. Comecei a lavar o seu corpo e como sempre é claro, ela começou a bater os pés a as mãos na água me molhando.

–Hey Sky! - Reclamei e ela riu me mandando mais água. - Não é engraçado sua rebelde! - Disse e ela riu da cara que eu fiz. - Chega! - Disse começando a lavar o seu cabelo, coloquei a minha mão na água e coloquei a água nas suas costas e ela riu me mandando mais água. - Hey! Eu só estava a lavar! - Disse e ela continuou a rir me fazendo rir também. Só ela para me fazer rir agora e hoje! Ela sempre vai ser especial e muito importante para mim, não importa o quê! -Vamos? - Perguntei depois de tirar a espuma do seu corpo e cabelo.

–Sim! - Disse esticando os braços para mim e eu peguei a toalha embrulhando Sky nela e a levando para o quarto a deixando na cama.

–Parece que tive andando em baixo de uma tempestade. - Disse pegando a minha blusa que estava toda molhada assim como o meu cabelo. Sky só riu pulando na cama. - Não tem graça. Eu sei que tenho de tomar banho , mas não preciso de ajuda. - Disse a segurando, a vesti http://g02.s.alicdn.com/kf/HTB1mGuNFFXXXXc8bVXXq6xXFXXXR/205866563/HTB1mGuNFFXXXXc8bVXXq6xXFXXXR.jpg e penteei deixando os seus cabelos soltos como sempre. - Agora vamos descer e vais tomar o café da manhã enquanto eu me troco! - Disse a pegando, saindo do seu quarto e descendo as escadas até a cozinha. Assim que entrei os três olharam para mim tentando não rir.

–O que aconteceu meu filho? - Perguntou minha mãe se esforçando para não rir e eu revirei os olhos.

–Banho, esta rebelde, não tem muito que explicar! - Respondi e Alex começou a rir.

–Eu vou tomar banho e me trocar, depois eu tomo o café da manhã. - Disse e sai da cozinha caminhando para o meu quarto. Entrei fechei a porta e preparei a minha roupa. Fui para o banheiro e comecei a me despir ficando apenas nos meus boxers, me olhei no espelho e tirei o penso do meu pescoço, vendo o corte. Não era profundo, pelo menos não tanto quanto nos meus pulsos. Despi a última peça de roupa ficando completamente nu e entrei na banheira ligando a água que assim que tocou o meu corpo meus músculos relaxaram de todo o stress de ontem. Mas assim que a água tocou o corte no meu pescoço doeu, mas não me afastei, essa dor não consegue tirar a dor interior que tenho no coração.

E tomar este banho me fez pensar em muitas coisas. Como em quem devo acreditar. Por um lado, Brooke, Gavin, mais uns três ou quatro populares e principalmente o meu pai, dizem que não passo de um erro e que ninguém irá gostar de mim, que tudo o que faço não importa para ninguém, que eu não sou ninguém. Por outro lado, a minha mãe, a Isa, o Alex e a Ally, dizem que me amam, que sou importante para eles e principalmente para a Sky. Mas depois de tantos pensamentos continuou sem saber em quem devo acreditar.

Terminei o banho, desliguei a água e enrolei a toalha na minha cintura, sai do banheiro e fui até a cama me vestindo. Baguncei os meus cabelos e sai do quarto descendo até a cozinha encontrando a minha mãe e o Alex a colocarem o comer na mesa.

–Mas ainda não comeram? - Perguntei.

–Não, mas se demorasse mais um pouco iriamos comer. - Respondeu a minha mãe se sentando assim como Alex. Coloquei suco no meu copo e também no da Sky. Alex e Isa comeram ovos com Bacon, eu e a Sky ficamos com as panquecas e a minha mãe comeu um pouco de bolo.

–Está tudo bem Austin? - Perguntou e Isa e eu assenti olhando para o meu prato que continuava com as duas panquecas que havia colocado.

–Eu não estou com fome. - Disse e me levantei saindo a cozinha e indo para a sala me sentando no sofá e ligando a TV deixando num canal qualquer. Ouvi alguém caminhar para perto de mim e olhei para o lado vendo Isa se sentar ao meu lado no sofá.

–Porque estás assim Austin?? - Perguntou me olhando.

–Assim como? - Perguntei confuso.

–Assim, mal falas connosco, não tocas-te na comida, pareces distante. O que tens? - Perguntou e eu olhei para a TV, estava a dar um programa qualquer de animais.

–Eu não tenho nada. Só não estou com disposição hoje. - Respondi e ela suspirou.

–Tudo bem. Queres que coloque um novo penso no pescoço ou vais deixar assim? - Perguntou e eu a olhei.

–Eu prefiro que coloques o penso. - Respondi e Isa assentiu se levantando e indo até o armário onde estava o Kit de primeiros socorros voltou a se sentar ao meu lado. Isa começou a tirar algumas coisas da pequena caixa e começou a colocar no meu pescoço. Ouvi barulho vindo de trás de mim e vi Alex com Sky nos braços e a nossa mãe ao seu lado, eles caminharam para perto de nós se sentando no outro sofá e Isa terminou o que fazia. - Obrigada. - Agradeci e peguei a Sky dos braços do Alex. - O que vamos fazer? - Perguntei e ela encolheu os ombros, mas logo depois sorriu. - Com esse sorriso até tenho medo do que estás a pensar. - Disse e todos riram.

–Eu quelo tocar no piano. - Disse sorrindo de orelha a orelha.

–Tudo bem, vamos lá então. - Disse me levantando com ela nos braços e fui para a sala de música. Pousei a Sky no chão e ela correu para o seu piano e eu me sentei no outro. - O que queres tocar? - Perguntei.

–A que sempe tocas quando vimos pala aqui. - Disse e eu sorri de lado a tocar (https://www.youtube.com/watch?v=loX-cpnLJBE [podem ler enquanto ovem a música])

Enquanto tocava Sky se levantou do seu piano e caminhou até mim se sentando ao meu lado no banco do piano. Ela olhava entre mim e as minhas mãos no piano. E quando olhava para e ela olhava para mim sorria e eu sorria para ela com todo o carinho.

À medida que ia tocando a música, Sky sorria mais e tudo o que tinha na cabeça desaparecia, deixava me levar na música e isso me fez sentir muito bem. Sempre que estou em baixo, ou desanimado, venho aqui e toco, mas já há algum tempo que não o faço então me senti relaxado, tocando assim só para mim, e para a Sky claro, mas só eu e a música, tocando isto me faz sentir muito melhor, apesar de tudo continuar aqui. Apesar de todos os problemas continuarem presentes, no momento em que toco, parece que eles desaparecem! Que os problemas nunca existiram!

Me concentrava na música, me deixando levar pela melodia calma e me concentrava em várias memórias que havia tido com Alex, Sky, os meus amigos, a Ally, todos os momentos mais felizes que tivemos, passavam pela minha cabeça e eu os deixei ocupar os meus pensamentos...

Olhei para Sky mais uma vez e ela olhava as minhas mãos no piano me fazendo sorrir, ela era pequena mas sabia as coisas melhor que ninguém. Ela sabe ver quando alguém está mal ou quando algo não está bem. Ela percebe os sentimentos dos outros mas não consegue esconder muito bem os seus, assim como eu. Antes eu conseguia esconde-los melhor que ninguém, mas assim que me conhecem o suficiente isso deixa de acontecer.

Assim que terminei ela bateu palmas e eu sorri mais a abraçando. Sky me olhou nos olhos se separando do abraço.

–Puque estás tiste? - Perguntou e eu suspirei.

–Eu não estou triste, só estou um pouco desanimado. - Disse e ela continuou me olhando. - O que vamos fazer agora? - Perguntei tentando mudar de assunto e ela sorriu tocando a melodia que eu lhe havia ensinado no piano.

Neste piano era mais dificil para ela porque, as teclas eram maiores, mas mesmo assim ela tocou muito bem. Passamos um bom tempo a tocar no piano, não sei quanto tempo passou, pois quando estavamos a terminar de tocar outra música alguém bateu à porta.

–Sim?! - Pedi e minha mãe entrou.

–O almoço está pronto. - Disse e eu arregalei os olhos.

–Já? - Perguntei e ela assentiu saindo, eu sabia que haviamos ficado aqui algum tempo, só não sabia que havia sido tanto. - Vem pequena, vamos almoçar. - Disse pegando a Sky enquanto me levantava e fui para a cozinha.

O almoço estava bom, mas como no café da manhã mal comi, simplesmente passava o garfo na comida. Ninguém disse ou perguntou alguma coisa, o que eu agradeço muito. Eu percebo pelos seus rostos que estão tristes e eu sei que isso é culpa minha, mas eu não posso fazer nada. Quando terminamos ou dizendo melhor terminaram e comer, eu ajudei o Alex a lavar e arrumar a loiça, tentando me distrair e ocupar o tempo, enquanto a nossa mãe tinha ido ao quarto buscar a bolsa para ir ás compras, já que ela hoje não iria trabalhar.

Fomos para a sala e Sky estava meio adormecida com a cabeça no colo da Isa e eu caminhei até elas. Ouvi o meu celular tocar e vi que era uma mensagem do Dez

"Austin, peço desculpa, mas não vou puder ir ai hoje, o meu pai vai viajar e nós vamos passar o resto do dia juntos, talvez amanhã eu vá." Li e lhe respondi "Tudo bem, talvez amanhã!" voltando a guardar o celular no bolso.

–Eu estou um pouco cansado, vou para o meu quarto descansar, se precisarem de algo é só chamar. - Disse e eles assentiram. Peguei na Sky e fui para o meu quarto com ela. A deitei na minha cama e ela dormia tranquilamente.

Me sentei no chão ficando de frente para ela e acariciei os seus cabelos. Sem ela eu não sei como eu estaria ou se eu estaria aqui! Ela me faz pensar em tudo, me faz ver que não posso desistir, tenho que ser forte e estar lá para ela, mas eu só não consigo. A dor é mais forte e não há nada que eu possa fazer.

Tirei uma caixa que estava debaixo da cama que continha dois livros, fotografias e uma lâmina. Peguei a lâmina e coloquei a caixa de lado. Eu pensei que a minha vida estava a ficar melhor e mais feliz, mas no final do dia só percebo que tudo não passou de uma ilusão. Puxei as mangas da blusa até os meus cotovelos e pousei a lâmina no meu pulso. Olhei para a Sky e senti uma lágrima rolar pelo meu rosto, eu não sou capaz.

–Desculpa Sky. - Sussurrei e fiz um corte ao lado dos que já tinha, um pouco mais profundo que os outros e o sangue começou a fluir e fiz outro mudando a lâmina para o outro braço fazendo três cortes.

1 por ser um fraco;

2 por desiludir todos e

3 por não ser a pessoa que esperam.

Me senti tão aliviado por o ter feito, apesar de saber que é errado, a dor no meu coração diminuiu com a dor dos cortes! A cada corte que havia feito as lágrimas escorriam descontroladamente pelo meu rosto.

Ouvi alguém tocar na campainha e rapidamente guardei a lâmina na caixa ainda com o meu sangue e a coloquei debaixo da cama, indo até o banheiro, coloquei os meus braços na água tentando parar o sangue e quando finalmente consegui, os sequei na toalha puxando as mangas para baixo e voltei para o lugar de antes e voltei a acariciar os cabelos da Sky. Os cortes estavam a doer, mas eu já me importava.

–Desculpa pequena, eu prometi que não o faria mais, mas não fui capaz. - Disse a olhando e limpando as lágrimas que haviam escorrido pelo meu rosto.

Ouvi a porta ser aberta mas continuei a olhar para a Sky pensando que fosse Alex ou Isa, mas como ninguém disse nada levantei a minha cabeça vendo que era a Ally e sorri.

–Hey Ally. - Disse e ela fechou a porta atrás de si e veio até mim. Eu estava um pouco nervoso, eu só espero que ela não note ou que não perceba. Eu não sei o que lhe iria dizer se ela me perguntasse!

–Hey Austin. - Disse se sentei ao seu lado. Aproximou o meu rosto do seu e a beijou.

–O que aconteceu contigo? - Perguntou me olhando

–Nada. - Respondi voltando a olhar para a Sky.

–Não mintas Austin, eu sei que aconteceu alguma coisa ontem e quero saber o que foi. - Disse e eu continuei sem a olhar.

–Eu não quero falar sobre isso. O Alex não devia ter dito. - Disse e eu senti algo segurar a minha mão e percebi que tinha sido a Ally então a olhei.

–Isso não te faz bem, não deves guardar tudo para ti, eu sei que alguma coisa aconteceu mesmo antes de ele dizer que aconteceu. - Disse me olhando nos olhos.

–Como sabes? - Perguntei olhando nos meus olhos também. Ela agora tem poderes ou quê?!?!

–Austin eu não sou burra e já te conheço o suficiente para saber que para quereres descansar, não te alimentas-te devidamente ou quase não falas nada com ninguém, quer dizer que não estás bem, eu só te quero ajudar. Não importa o que digas eu não vou embora, não vou deixar de te amar como amo. - Disse sorrindo e eu também sorri de canto. Odeio quando me conhecem muito bem.

–Eu sei, mas eu só não gosto de falar. - Disse me levantando e caminhando até o outro lado da cama pegando a Skyler. - Eu já volto, só a vou levar para a cama dela. - Disse e ela assenti e eu sai do quarto.

Fui até o quarto a Sky e a deitei na sua cama a cobrindo com o seu cobertor. Ele se aconchegou mais e eu sorri beijando o topo da sua cabeça. Sai do seu quarto e voltei para o meu encontrando a Ally sentada na minha cama e me sentei ao seu lado.

Ally perguntou o que me havia acontecido mais uma vez e eu suspirei contando. E como no dia em que lhe havia contado a minha vida, me senti muito melhor por ter deixado sair tudo ou pelo menos quase tudo do que me incomodava e estava a mais na minha cabeça.

Mas claro, a dor tinha de continuar aqui dentro e eu tinha de ter um ataque de pânico com a Ally por perto, mas o melhor foi que ela me ajudou e eu não tive de passar por isto sozinha, a enfermeira Marta com toda a certeza que lhe contou. E com as suas palavras eu consegui me acalmar e ficar melhor.

E claro, eu tinha de ter o meu beijo depois de tudo isto e depois do dia que eu havia tido, apesar e ela não saber. O beijo no começo era calmo mas depois começou a ficar quente e ficamos deitados os dois na cama, ela por cima de mim com as mãos no meu peito e eu com o braço em volta da sua cintura e a mão na sua coxa.

–Wow, isto foi……quente! - Disse depois do nosso beijo e ainda com o braço em volta da minha cintura e a mão na minha coxa.

–E se foi! - Comentou e desci uma das suas mãos pelo meu peito, me provocando, ela não devia fazer isso!

–Não me provoques! - Disse e ela sorri vitoriosa.

–Eu? Te provocar? Pois bem a culpa é tua! - Disse encolhendo os ombros.

–Minha? Porquê minha? - Perguntei olhando o seu rosto em confusão. Porque a culpa iria ser minha? Ela é está a passar a mão no meu peito!

–Sim tua. Quem te mandou te deitares na cama? Porque a tua mão está na minha coxa? - Perguntou e senti as minhas bochechas escaldarem, me fazendo corar. Porque ela tinha de dizer isso! Mesmo assim deixei lá a mão.

–Isso foi o calor do momento e quem se sentou no meu colo? Quem colocou as mãos no meu peito? - Perguntei sorrindo. AH! A culpa não é só minha, admito que o que ela disse é verdade mas ela também provocou, o que eu podia fazer? Ficar ali a olhar para ela só admirando o seu corpo? É que nem pensar!!

–Bem, tu praticamente me puxas-te para o teu colo. Mas eu cedi, por isso a culpa é dos dois. - Respondeu me dando um selinho. Isso é golpe baixo!

–Hey! Eu quero um beijo decente! - Disse aproximando o meu rosto do seu. Por mim eu passava o resto da minha vida com os seus lábios nos meus. Eles são muito viciantes então o seu hálito menta eu fico louco.

–Deixa eu pensar… - Disse fingindo pensar. - Não sei não, o meu namorado não vai gostar eu estar a beijar um loiro gostoso! - Disse e eu riu. Ela acabou de dizer que eu sou gostoso. Ok eu vou alinhar nas brincadeira!

–Achas que sou gostoso? - Perguntei sorrindo convencido.

–Para mim és, mas o meu namorado não vai gostar é que ele tem muitos ciúmes, pois quando se tem uma namorada gostosa como eu, não se pode desperdiçar. - Disse sorrindo, mas que convencida e eu não tenho ciúmes, só quero proteger o que é meu!

–Gostosa e convencida não? - Perguntei levantando uma das sobrancelhas.

–Não, ela é só gostosa. - Respondeu e rimos.

–Então este gostoso aqui quer um beijo urgentemente. - Disse tentando parecer sério, mas com a sua risada, eu não consegui ficar sério e sorri.

–Então esse loiro gostoso e convencido que espere. - Me disse e eu a olhei. Ela vai mesmo torturar?!

–Quanto tempo ele vai ter de esperar? - Perguntei quase fazendo biquinho, a tentando convencer

–Ohh, talvez ele tenha direito a um beijo agora. - Disse e eu sorri, nota mental, tenho de fazer biquinho mais vezes. Juntei os nossos lábios, desta vez formando um beijo calmo, urgente e cheio de amor.

–Te amo muito sabias? - Perguntou colando as nossas testas ao fim de alguns segundos e o beijo ter terminado

–Sabia e até o infinito fica pequeno quando se trata do amor que sinto por ti. - Respondi sorrindo e ela sorriu também. O seu jeito de sorrir me faz a amar mais que qualquer coisa. Tirando a Sky!

–Para! - Disse e eu a olhei confuso. O que eu fiz? Nem me mexi, ou será que disse algo que não devia?

–O que eu fiz? - Perguntei.

–Estás a ser um fofo e muito romântico. - Respondeu e eu sorriu. Pensei que fosse algo pior!

–Ok então. Você sabe qual é o motivo do meu sorriso todos os dias? – Perguntei e ela neguei. - A primeira palavra da pergunta que te fiz. - Respondi sorrindo ainda não parando o que ela havia pedido, para a provocar, e ao fim de alguns segundos ela percebeu e me deu muitos selinhos.

–Eu disse para parar, não dizer mais coisas dessas. - Resmungou com a cabeça no meu peito e eu ri. Ela parecia meio corada com o que eu havia dito.

–Não gostas? - Perguntei preocupado por ela não gostar.

–Gosto, claro que gosto, mas eu não sei como te responder. Não sei onde vais buscar coisas como essas. - Disse e eu voltei a rir.

–Está tudo na minha cabeça. - Respondi e ela levantou a cabeça do meu peito me olhando.

–Ok, porque não me dizes algumas ou o segredo para seres assim que depois eu te retribuo essas lindas palavras? - Perguntou e eu neguei.

–Se quiseres falar sobre o teu amor por mim ou por outra pessoa seja ela quem for, tem de vir do teu coração e da tua cabeça, é o que sentes, não o que eu sinto. - Respondi sendo sincero e ela assentiu compreendendo. Ela tem de o dizer porque o sente não porque eu lhe disse.

–Como escrever músicas. - Disse e eu sorri. Que comparação. Melhor é impossivel!

–Para mim escrever músicas é mais difícil que arranjar as palavras certas para descrever o quanto o meu amor é por ti. - Disse e ela negou.

–Bem para mim é ao contrário. É muito mais fácil escrever uma música do que encontrar só uma ou duas palavras para dizer o quão grande é o meu amor por ti. - Me disse e eu sorri. Sem duvida somos perfeitos um para o outro!

–Somos o oposto, mas nos encaixamos. Eu digo frases bonitas sobre o meu amor por ti e não sei escrever músicas, enquanto que sabes escrever músicas até de olhos fechados e não sabes encontrar as palavras certas sobre o amor que sentes por mim. - Disse sorrindo a olhando e ela sorriu concordando.

–Eu sei exatamente o que sinto por ti, mas o amor é tão grande que não há espaço em uma só palavra ou em uma só frase. - Disse e eu sorriu de orelha a orelha. Ela consegue, só precisa de ser com o momento. Se ela se esforçar para encontrar as palavras certas nunca as encontra, pois tem de vir principalmente do coração.

–Afinal consegues. - Disse e ela encolheu os ombros. - Ok vamos lá chega de conversa. Quero os meus beijos. - Disse e colei os nossos lábios a fazendo sorrir entre o beijo. Nunca me cansava dos nossos beijos, os nossos lábios se encaixando perfeitamente uns nos outros, as nossas linguas se movendo em sincronia, como se lutassem pelo território, mas sem uma vitória. O meu braço continuava na sua sua a puxando mais para mim, o que era impossivel, ela continuava com as mãos no meu peito e eu ainda mantinha a minha mão na sua coxa a acariciando. O ar começou a fazer falta entre nós e nos separamos com selinhos demorados cheios de amor. E assim que recuperamos fôlego voltamos a nos beijar, e continuamos assim durante algum tempo, com mais provocações e alguns beijos quentes.

Ao fim de alguns minutos, que para mim, pareceram segundos, nos encaramos em silêncio até a Ally o quebrar.

–A Skyler hoje não foi à escola? - Perguntou Ally.

–Não, depois do que aconteceu ontem eu não era capaz de a levar. Ela estava tão assustada. - Disse tirando a mão da sua coxa e segurando uma das suas mãos que estavam no meu peito e as encarei.

–Ela é pequena, vai conseguir superar isto e vais ver amanhã ou depois anda a correr pela casa inteira, toda feliz e contente. - Disse e eu ri, pois não é novidade a Sky correr pela casa.

–Correr pela casa não, ela é uma rebelde no que toca a fazer isso, a Sky pode parecer pequena mas é rápida, não mais que eu claro, mas sabe bem onde se esconder. - Disse e Ally riu. - O que foi? - Perguntei curioso.

–Só estou a imaginar vocês dois da maneira que descreves-te. - Respondeu sorrindo.

–Não queiras, ainda este fim de semana ela acordou a pular na minha cama e passou a tarde toda a correr pela casa, se eu não a pegasse provavelmente iria durar o dia inteiro. - Disse e ela riu mais uma vez.

–E como foi a escola? - Perguntei.

–Muito entediante. Já sei a nota que tivemos na apresentação de música. - Disse e eu a olhei.

–A sério? - Perguntei e ela assenti. - Então diz.

–Nós tivemos........um A. - Respondeu e eu sorri muito feliz. Pelo menos sei que algo consigo fazer bem.

–Eu estou muito feliz. - Disse e lhe dei um selinho. - Também só tivemos essa nota porque eu cantei. - Disse sorrindo e ela me olhou feio.

–Sr. Convencido eu também cantei e pelo menos metade da nota é pela minha linda voz. - Disse e eu ri.

–Sra. Convencida eu estou com fome, vou à cozinha comer algo quer vir? - Perguntei e ela assentiu sorrindo e saindo de cima de mim.

Não ter tomado o café da manhã e não ter almoçado me fez fiar com fome agora, e apesar de não ser muita, eu sinto a falta da comida no meu estômago. Caminhamos para a cozinha e Isa estava com uma taça de gelado de morango com chantilly, chocolate e panquecas no tabuleiro.

–Wow, a Victória está assim com tanta fome? - Perguntei e ela sorriu assentindo e foi para a sala. - O que queres? - Perguntei olhando para a Ally que se sentou.

–Não sei. - Respondeu e eu peguei dois pratos.

–A minha mãe fez bolo hoje, queres? - Perguntei e ela assentiu sorridente.

–Sim, eu adorei o outro bolo da tua mãe, quero provar mais. - Disse e eu sorri, coloquei dois copos com suco de laranja e voltei para o bolo.

–Tudo bem. - Disse cortando duas fatias de bolo e lhe dando uma me sentando ao seu lado comendo a outra.

–Tenho novidades, eu falei com o meu pai e ele disse que quando voltar quer te conhecer e falar contigo. - Disse colocando um pedaço de bolo na boca e eu quase me engasguei com o meu e bibe um pouco do suco.

–Você lhe disse que eu queria falar com ele? - Perguntei e ela assentiu sorrindo.

–Sim e ele disse que mesmo antes de te conhecer e te ver já gosta de ti. - Respondeu e eu ri um pouco. Ally olhou par o relógio na parede da cozinha e eu fiz o mesmo, já eram 18:48.

–Eu tenho de ir, já está a ficar tarde. - Disse se levantando e eu me levantei também, caminhamos até o meu quarto e ela foi buscar a bolsa enquanto eu pegava as chaves do carro.

–Vem eu te levo. - Disse assim que chagamos nos fundo as escadas.

–Não, não é preciso. - Disse eu eu neguei.

–Claro que é preciso, eu nunca te iria deixar andares por ai sozinha, muito menos quando já está a ficar escuro. - Disse e ela suspirou concordando. Ally foi até Alex e Isa se despedindo deles com um abraço e fomos para o meu carro.

Durante o caminho, falamos de coisas aleatórias e quando chagamos eu a levei até a porta.

–Adorei a tarde de hoje. - Disse Ally sorrindo e eu também sorri concordando.

–Sim, eu também adorei a tarde de hoje, deviamos repetir. - Disse sorrindo malicioso e ela deu um tapa no meu braço.

–Andas muito atrevido, mas sim deviamos repetir. - Disse sorrindo.

–Até amanhã então! - Disse lhe dando um beijo e ela entrou em casa e eu voltei para o carro dirigindo até casa. Quando cheguei a minha mãe já lá estava e eu me sentei no sofá com a Isa e o Alex que tinha uma Sky meio sonolenta que assim que me viu estendeu os seus bracinhos para mim e eu a peguei. Se não fosse a Ally hoje o resto do meu dia provavelmente seria muito deprimente. Ouvi o celular tocar mais uma vez e o peguei vendo que era o Dallas.

"Austin, amanhã ou depois preciso falar contigo. É importante!" - Li e respondi "Ok, amanhã ainda não sei, mas depois talvez seja melhor!" voltei a guardar o celular no bolso e me encostei nos sofá

O que será que ele quer comigo?