Heart memory escrita por Tia Lety


Capítulo 11
Capítulo 11- O fruto de uma noite


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii!! MDS! vcs são um máximo por estarem acompanhando essa fic! sou mt grata! bjss e boa leitura!

TIA LETY



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/567144/chapter/11

Os dias tem passado muito depressa, e eu tenho me sentido mais sozinha do que nunca. Fiquei com saudade dos olhos azuis me observando, do calor das mãos dele, do seu jeito meigo de me encantar. Lúcia tentava até me animar, falando da festa dos anos 60, que seria muito divertida e que teria algodão-doce. Lúcia é viciada algodão-doce dês de que eu a conheço por gente, e isso é um tanto estranho. Kaio foi transferido para o turno da tarde por conta da confusão, ele quebrou três armários e foi flagrado fumando no horário do intervalo. Ainda somos amigos, mesmo depois de ele ter me beijado e blá blá blá...

Mas o que está me preocupado é Leo. Ele tem ficado mais triste, mais sombrio como os dias chuvosos. Não tem conversado nem com Catarina, nem comparecido as reuniões do grêmio, que já estavam me elegendo como presidenta, o que eu não queria de jeito nenhum. Mas não podíamos ficar sem um representante do grêmio estudantil. Precisava saber o que tinha acontecido pra ele.

Durante o intervalo, tomei coragem para fazer o que pensei a manhã inteira: falar com Catarina. Leo não ia querer me ouvir, e muito menos iria falar pra mim o que aconteceu, claro que não. Talvez ela deva saber, por isso Catarina é meu Google de assunto Leo. Ela estava penteando os cabelos loiros belíssimos. Eu nunca tinha prestado muita atenção, Catarina é uma moça bonita, mas é podre por dentro. Suspirei e fui até ela.

—Catarina...— chamei e ela se virou surpresa— Eu gostaria de saber o que aconteceu com o Leo.

—Do que isso interessa pra você?

Calma... Pensava. Vamos ignorar, porque matar da cadeia...

—Do mesmo que interessa pra você.— falei

—Tudo bem, mas nunca tivemos essa conversa, ouviu?

Assenti com a cabeça. Catarina me levou para o terraço do colégio e sentamos no pequeno muro que havia no local. Estava tensa, o que de tão grave havia acontecido para ele?

—Você sabe que os pais de Leo se divorciaram à seis anos, não é? Sabe por que?— balancei a cabeça— Leo não é filho legítimo do senhor Felipe.

—Hm?! O senhor Felipe é o que dele então?

—Nada. Pai de criação, adotivo. Antes de se casarem, a senhora Luísa era... Dama de esquina, entende?

Cambaleei. A mãe de Leo era uma garota-de-programa?! Eu nunca soube o nome deles, só os conhecia de "pais do Leo". Catarina devia ser uma amiga de muito tempo.

—Então...— Catarina continuou— Leo é filho de algum dos clientes de Luísa. E meses depois, ela se casou com Felipe e escondeu a gravidez. Quando Leo nasceu, Luísa disse que o filho era de Felipe. Seis anos depois, ele soube a verdade. Mesmo como pai adotivo, ele ganhou no tribunal. Felipe era considerado um homem responsável, advogado rico e bondoso. Luísa voltou aos... Pontos e esqueceu do filho. Essa semana— Catarina fungou— Leo soube a verdade. Que era filho de uma garota-de-programa e nunca conheceria seu pai legítimo.

Mesmo sendo terrível, Catarina se importava com Leo, e eu conseguia ver nos olhos dela isso. Ela me contou que Leo estava tomando remédios de depressão, e só eu podia fazê-lo ter novamente o brilho nos olhos dele.

—Mas eu estraguei tudo!— Catarina colocou as mãos no rosto, escondendo o choro— Inventei mentiras de você, causei brigas... Nunca mais terei Leo de volta! Me desculpe Monalisa! Ainda somos inimigas, eu ainda tenho o vídeo ouviu?

E a bipolaridade ataca novamente. Eu podia acreditar que ela estava arrependida por ter contado mentiras sobre mim, mas quando eu e Leo, por acaso, estivermos juntos, tipo namorando, COM CERTEZA Catarina iria publicar o vídeo para escola inteira. A garota me via como rival de amor, fala sério! Eu nunca fiz nada para ela, mas tirando todo o ódio de mim, Catarina chorava tanto, que eu nem acreditava que era ela mesmo, aquela garota insensível que me filmou no banheiro. Senti pena dela. Ela podia desmentir, mas a foto não deixava. Leo era o fruto de uma noite de amor com um desconhecido. Pobrezinho...

Saímos do terraço e nos separamos. Fui até Lúcia, cabisbaixa, que me perguntou o que eu estava fazendo, ou onde eu estava. Queria sair correndo e abraçar Leo, gritar que tudo foi um mal entendido e que eu o amo. Que sempre amei, dês de pequeno.

Ouve mais uma reunião do grêmio estudantil, e Leo não compareceu. Faltava apenas cinco dias para a festa dos anos 60. Aquilo martelava na minha cabeça, a conversa que tive com Leo no gramado, sobre ele ir embora com o "pai" dele. Senti um nó na garganta, talvez Catarina nem saiba desse negócio de ir embora.

—Eu já arranjei o CD com as músicas.— disse o garoto de óculos grandes

—Eu e Monalisa terminamos os panfletos.— disse Carol— Vamos distribuir hoje.

—A quadra já foi ocupada pela festa.— falou um garoto moreno

—Cuidei da decoração e... Está tudo certo, só falta o representante dar o ok.

Olhei para a cadeira de Leo e senti uma solidão de novo. Certamente, a festa será muito boa, badalada e divertida, mas meu coração estará tão frio como o clima.

Peguei meu casaco e Carol e eu fomos distribuir os panfletos. Pegamos uma mesa e começamos a distribuir. Algumas meninas davam gritinhos, outros meninos sorriam e mostravam para os colegas. O preço do ingresso era um 1kg de alimento, que serviria para o nosso projeto do colégio: "Diga não à fome". Nossa diretora que deu a ideia, e até que colou. É, parece que vamos arrecadar muita comida.

Fui para casa e vi meus pais, para a minha surpresa. Eles saíram mais cedo do trabalho para almoçar em casa. Havia um homem no nosso sofá. Ele era negro tinha olhos bem bonitos e sorriu ao me ver. Chutava que tinha uns 32 anos de idade. De longe ele parecia o Will Smith. Minha mãe pegou no meu ombro e disse:

—Filha, esse é o seu tio Bóris. Ele passará o dia conosco.

—HI! Tenho um trabalho agora na rua 23, eu almoço a volta.

Já ouvi mamãe falando sobre o tio Bóris. Ele era mecânico, e uma brilhante ideia me veio a cabeça. Esses dias, estava precisando de dinheiro para comprar um tênis novo, o meu já estava todo ruido e fazia três anos que eu o tinha.

—Tio Bóris.— chamei— Está precisando de uma assistente?

—Claro Monalisa! Vamos!— respondeu ele

—O quê?! Filha, mas e o almoço?— berrou minha mãe

—Almoço quando chegar!— peguei meu casaco— Tchau mãe, tchau pai!

Descobri que o tio Bóris é bem legal. Ele tem uma van e fomos para a rua 23. A casa era enorme, e tinha um lindo jardim. Batemos na porta e um homem com charuto atendeu. Ele tinha um bigode bem grande e grisalho, estava de roupão e com pantufas de coelho, que me fez ter vontade de rir. Uma mulher surgiu na porta com cabelos loiros e jovem. Uns 40 anos mais ou menos.

—É o mecânico. Entre, por favor.— falou a mulher

—Com licença, posso usar o banheiro?— pedi

—Claro querida, é lá em cima.— falou a mulher

Subi a luxuosa escada. Assobiei passando a mão no corrimão. Cheguei no corredor e vi várias portas. Estava à ponto de molhar as calças e teria que ver em porta, em porta para ver qual era o banheiro. Até que eu ouvi uma voz familiar...

—Sim, sim... Pegue o telão na sala de projeção e faça o que eu mandei. Aquela garota vai ter o que merece.— dizia a voz feminina— Sim, o vídeo está no meu computador. Por quê eu quero fazer isso com ela?! Será que você é burra ou o quê?! Ela dá em cima do Leo! E ele é só meu!

Céus! Era Catarina! Meu coração vacilou. A vontade de fazer xixi se foi. Escutei passos. Ela estava no banheiro! Precisava me esconder... Abri uma porta aleatória e entrei num quarto adolescente luxuoso. Uma cama linda de casal, um papel de parede que me fez ficar boquiaberta e... Um computador...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OIÊÊÊ! ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DESSE CAPÍTULO E TALS...

TIA LETY



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heart memory" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.