Pelo Tempo que For escrita por PollyannaCampos


Capítulo 2
Capítulo 2




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            Don't know what's down this road, I'm just walking b34; '
(Não sei onde essa estrada vai dar, eu estou apenas andando)

             Seguiram todos para o aeroporto, apesar de Rosalie insistir que podia ser levada por um taxi. Na ultima chamada para o embarque.
-Você não precisa fazer isso filha, não quero que vá- disse Esme em prantos. A mãe sempre super protetora não queria que a única filha mulher se afastasse.
-Rosalie, se tiver certeza do que quer lhe apoiaremos, mas, não acha que deva pensar melhor?
-Não pai, tenho certeza de minha decisão. Até breve, amo vocês.
             Após um abraço em cada um deles ela passou pelo portão de embarque. Viu toda a família reunida e sentiu um enorme aperto no peito.
             Vencida pelo cansaço, ela acabou adormecendo no avião. Acordou quando o avião teve uma turbulência passageira e logo depois pousou. Havia chegado a seu destino final.
            Uma mulher de aparência severa e com um forte sotaque britânico não parou de falar um minuto sequer. O caminho era longe e irregular.
            Quando chegaram finalmente ao colégio, após percorrer um longo caminho, a mulher de nome Jane fez questão de mostrar cada canto do colégio como se exibisse um troféu.
            Citando cada regra de forma ríspida, andaram a passos rápidos até chegar a uma porta no fim do corredor mais alto do colégio. A mulher parou:

-Bem, chegamos ao seus aposentos, senhorita. Como começou fora das épocas escolares, você fica com esse quarto, que particularmente não costuma ser usado, até que consigamos um quarto melhor para você. Terá que cuidar da limpeza e organização de suas coisas. Suas roupas você deve lavar em nossa lavanderia toda sexta feira. Apagamos as luzes as dez horas e as dez e meia temos nosso toque de recolher. As senhoritas pegas depois desse horário andando pelos corredores podem ser expulsas. As refeições tem seus horários definidos que devem ser rigorosamente cumpridos. Todos seus horários escolares e de refeições se encontram em um papel em cima de sua cama. Alguma dúvida?
-Nenhuma senhora.- Respondeu Ríspida-
-Então bem vinda. Espero que goste daqui.
-Obrigada, com licença.
Rosalie se virou entrando no quarto. O lugar era...diferente. As paredes eram de pedra. Elas estavam ali por séculos- pensou- A cama era grande, parecia confortável. No quarto havia um guarda roupa que supriria as necessidades dela e um sofá vermelho ao canto.
Cansada, se jogou na cama, deixando a mente vagar. Lembrava-se nitidamente da cena da família acenando. Esme chorando como criança e do lindo sorriso de Renesme.
Quase chorava, coisa que não costumava fazer quando seus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta.
Ela teve esperanças de que as batidas cessassem mas, não então vencida pelo cansaço abriu a porta e se surpreendeu.
Uma menina com feições miúdas e que parecia extremamente delicada estava lá, parada. Era baixa, bem baixa e tinha o cabelo curto picotado em várias direções.
-Você é a novata não? Rosalie?
-Sim...
-Prazer, Alice. Me convida para entrar?
-É..
-Obrigada!
Alice já estava no quarto quando Rosalie menos esperava. Rosalie respirou fundo. Sentia que seria difícil controlar aquela garota. Após pensar um pouco fechou a porta e sentou ao lado de Alice, em um sofá vermelho que se encontrava no canto do quarto.

-E então Rosalie? Não vai desfazer as malas?
-Ainda não tive tempo... e ver as coisas que trouxe de casa, não sei...
-Não fique triste. Existe mais de você aqui do que você mesma imagina.
-Como?
-Nada. Vamos, eu lhe ajudo.
-Espere.
Tarde de mais. A menina, Alice, já havia aberto uma das malas e Rosalie se juntou a ela. Com o tempo percebeu o quão fácil era conversar com Alice. Quando elas deram pelo horário, o toque de recolher já havia tocado, então Alice saiu sorridente e silenciosa pela porta.
Aquela noite foi estranha para ela. Dormir naquele lugar que não conhecia, longe de tudo aquilo que lhe trazia segurança. E o que Alice quis dizer com “Existe mais de você aqui do que você mesma imagina” ?
Ela sonhou aquela noite. Em seu sonho Esme chorava, e estava abraçada ao pai e via Jasper chorando também. Ela acordou assustada com o barulho estridente do despertador.
Após colocar o uniforme, analisou os horários e desceu para tomar café, e ainda perdida acabou parando em um dos jardins.
Ela andava quando o sol bateu em seu braço, iluminando os cristais extremamente interessantes que a pulseira de Rosalie continha. Ela brincava, olhando de forma curiosa para pulseira e não percebeu quando ele se aproximou.
Ele pegou sua mão de leve, e após olhar a pulseira de forma curiosa sorriu para ela de forma espontânea mas, completamente feliz. Era como se ele ficasse feliz em vê-la e Rosalie sem saber o porquê sorriu. Ambos se olharam nos olhos e quando ele sorriu, ela se sentiu estremecer, perder o fôlego. Ela se assustou com o barulho do sino. O café estava sendo servido. Então sem dizer nada, ele se afastou e Rosalie pouco tempo depois foi tomar café.
Ela sorria admirando a pulseira quando Alice se sentou a seu lado.

-Bonitos diamantes.
-Você é a segunda pessoa hoje que repara neles.
-Sério?! Quem foi a primeira?
-Era um homem...sabe, ele segurou meu braço para que pudesse ver melhor e ....
-E?!-perguntou entusiasmada-
-Ele mexeu comigo. Não sei lhe dizer, mas, fiquei realmente feliz em vê-lo.
-Me espantaria se ele não mexesse com você.
-Você sabe de quem falo?
-Sim, Emmett, meu irmão. Ele é o jardineiro daqui.
-Jardineiro é?
-Sim, tem algum problema com a profissão dele?
-Nenhum...
-Que bom... Agora vamos, senão nos atrasamos. Anda.


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