A Heroína Imperial [HIATUS] escrita por Amaya


Capítulo 9
Capítulo 08: Ansiosa e pacientemente, a morte continua a me esperar


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Depois de tanto tempo sem postar, eis que estou de volta com um capítulo novo! YAY! Estou tããão feliz de ter voltado a publicar, hahaha. Passei um bom tempo longe devido aos trabalhos escolares e as provas, sinto muito por isso. Mas, bah, vamos deixar disso! Estou extremamente ansiosa para saber a opinião de vocês sobre o capítulo.

A música que ouvi para redigir este capítulo foi "Shatter Me", da Lindsey Stirling com a Lzzy Hale. Espero que realmente gostem do capítulo!

Tenham uma boa leitura!



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A Heroína Imperial
Capítulo 08: Ansiosa e pacientemente, a morte continua a me esperar

Antes, tudo era trevas, agora há uma luz, uma pequena bola de luz branca ao fundo. Seus raios penetram a escuridão, dissipando-a pouco a pouco. Meus olhos não conseguem ajustar-se a claridade do local. Mantenho-os fechados, para que a luz não os violente ainda mais; porém há um pouco de medo embrenhado nessas trevas. Medo de descobrir onde estou, de abrir os olhos e não ver ninguém ao meu redor. Medo de estar só. Estou consumida pela memória da dor que percorre meu corpo, paralisando-me. Ainda consigo sentir a bala atingir e rasgar minha pele, atravessando meus ossos. Os gritos, o baque surdo do meu corpo caindo no chão. Ainda consumida pela sensação, pela terrível sensação de estar nas mãos da morte, quase a ser levada.

Mas estou bem, estou viva.

Sinto algo estranho em minha pele. Passo a mão pelo meu braço esquerdo, com movimentos lentos e pesados. Meus dedos tremem. Consigo detectar um tubo de borracha. E mais um, e outro. Semicerro meus olhos, focando nos três tubos cilíndricos e finos, tal como um lápis, acoplados a agulhas inseridas em minhas veias. Frias, doloridas. Repouso novamente a cabeça em meu travesseiro, enquanto involuntariamente as memórias me envolvem como um lençol frio e fino de cetim. Cenas são repassadas em minha cabeça como num filme. O momento em que ouço o oficial gritar, os gritos arranhando as gargantas deles num som gutural e aterrorizador. O momento em que o oficial tira a arma da cintura e aponta para o homem que, com um chute no meio das costas, havia derrubado no chão. A partir desse instante, todas as cenas desenvolvem-se em câmera lenta.

Meu coração batia forte, a ponto de eu poder segurá-lo em minhas mãos. Minhas pernas tremiam ao pensar no estalido do gatilho, o sangue, o homem morto no chão. Algo intenso e dolorido percorreu meu corpo de cabo a rabo, uma dor tão profunda. A frieza da feição do civil aterrorizava-me, tão rígido, seguro, inatingível, acima da lei; e o homem ao chão, tão fraco, indefeso, pequeno, que com certeza possuía uma esposa e filhos a quem alimentar.

Eu deixaria-o morrer se eu pudesse salvá-lo? Quase que imediatamente respondo que sim a mim mesma, mas então eu também morreria, e eu tenho uma família também. Eu sei que seria dolorido perder uma irmã, uma filha, mas como seria perder um pai? Um marido? O que vale mais? Quem vale mais? As perguntas que piscavam como as luzes estelares nos céus noturnos, queimavam minha cabeça, a ponto de me deixar tonta. Eu o deixaria morrer, o que eu poderia fazer, afinal? Quem deve sobreviver?

Não há qualquer alma que seja que pode comparar-se a outra, independentemente de seus feitos, de seus pecados, todos têm a mesma importância nesse mundo. Todos carregam uma pequena fagulha dentro de si, uma fagulha brilhante, incandescente, denominada esperança, que por si só não pode fazer muita coisa; contudo se unida a milhares de fagulhas exatamente iguais a ela, forma-se uma grande fogueira, que é capaz de incendiar até mesmo os corações mais frios. E em tempos como o de hoje, essa pequena fagulha aparentemente tão desprezível e tão mascarada pelas trevas é o que mais se necessita. Porém, “a esperança é a última que morre”, como diz um velho dito. Mesmo embrenhada nas trevas, ela pode iluminar os caminhos mais obscuros da alma humana. E eu estava disposta a não deixar aquela fagulha de esperança nos olhos daquele homem se apaziguar. Eu estava disposta a não deixar aquela criança ser maculada, ter seus sonhos destruídos. Estava disposta a alimentar a fagulha.

O sol me queimava, querendo avisar-me sobre o que viria pela frente. Porém, estava determinada. Meus passos pesavam no chão como duas rochas pesadas num choque contra a terra depois de serem jogadas para o alto, correndo numa velocidade absurda até mesmo para alguém tão sedentária quanto eu. Meu peito já começava a arder e meu corpo a fervilhar e a borbulhar, como se tudo dentro de mim estivesse sendo cozido, como se eu fosse um prato com sopa sendo mexida pelo sol escaldante e impiedoso.

Meus joelhos deslizavam pelo concreto, arranhando minhas pernas, fazendo-as sangrar, porém, naquele instante, a dor me parecia tão irrelevante e desprezível que não era expressivo lhe dar importância. E no exato instante em que estabilizei-me sobre o concreto, uma dor lancinante fez de mim um vaso de vidro; o impacto, tão forte, tão dolorido, me fez cair no chão, estilhaçando ainda mais o caco de vidro que sou, tão frágil e fraca. Um pedaço de vidro embaçado e quebradiço, tão quebradiça por dentro. Como se fossem sensações distintas, pude sentir a bala penetrar minha pele, ruir meus ossos, destruir minha pele, fazer-me sangrar. Tão vívido, tão intenso e tão real quanto um pesadelo. Um pesadelo real. Uma experiência terrível. Tão terrível quanto um pesadelo. Um pesadelo real.

Um pesadelo real.

De maneira lenta, vou recuperando os meus sentidos, acordando de meus próprios pensamentos aterrorizadores. É um alívio tão imenso quanto o que sinto quando acordo de um sonho ruim. Capto algumas conversações, luzes piscando e vultos caminhando aceleradamente. Há tantos borrões que as cores se misturam umas com as outras, sendo impossível de distinguir uma da outra, como numa verdadeira sopa.

Uma doce voz sussurra em meu ouvido, ainda irreconhecível, indistinta. Minhas costas começam a doer, então procuro trocar de posição. Minhas mãos ainda tremem devido ao tempo em que devo ter ficado deitada. Afinal, quanto seria? Há quanto tempo estou aqui? E melhor, onde estou exatamente?

— Shh — diz a voz. — Fique quieta, querida. Evite se mexer muito. — Sinto uma mão a acariciar lentamente o meu cabelo, o que me faz sentir-me um pouco mais confortável. Então, reconheço o toque. Levanto um pouco minha cabeça para que possa olhá-la, porém, tudo o que consigo ver é uma imagem borrada, devido a intensa luminosidade do local.

— Mãe? — digo, quase em um sussurro.

— Sim, meu anjo? — responde ela docemente.

— Onde estou? O que eu faço aqui? — Ouço mamãe soltar um suspiro dolorido, lembrando-se do que acontecera comigo, provavelmente. Então me toquei da besteira que havia dito. Que burrice, Annie!

— Trouxeram você aqui para o hospital depois... — Ela para. Inspira fundo mais uma vez e continua, com pesar evidente na voz. — Depois daquilo. — Ouço-a fungar.

Tento levantar-me mais uma vez, mas mamãe interrompe meus movimentos, tentando fazer com que eu volte a deitar, contudo a interrompo com uma mão, indicando que poderia fazer isso sozinha, levantando-me lentamente, apoiando um braço e depois um outro. Meus movimentos ainda estão lentos e minhas mãos ainda tremem, ainda que menos como antes. Pelo menos, agora, tenho mais forças para poder me mexer. Abro os meus olhos e tento mantê-los abertos, fazendo com que se adequem a luz cegante e branca que queima meus olhos.

Logo que meus olhos se acostumam, percebo que teria sido muito melhor se os tivesse mantido fechados. A visão é aterrorizadora. Pessoas amontoadas umas sobre as outras como pilhas de tecido no longo corredor, que se segue até uma dobra a direita. Um corredor sujo, fedorento, onde há sangue manchando a não mais límpida cerâmica branca, onde enfermeiras passam apressadas e ignoram os gemidos doloridos das pessoas que aqui se encontram. Alheias a tudo, como se todos aqui fossem invisíveis, ou melhor, inexistentes. Há algumas poucas macas distribuídas pelo corredor e janelas para garantir a iluminação e ventilação do local, no entanto, não contribui muito devido a aglomeração de pessoas, o que aumenta o calor e mau odor de suor e urina. Minha mãe mantém-se imóvel, encostada contra a parede, sentada no chão imundo, esfregando as mãos e com um olhar perdido, enquanto eu tento me manter sentada sem cair, ao menos tentando sentir o mesmo cansaço que ela sente, tentando reconfortá-la. Ao invés disso, escorrego e minha cabeça se choca com o chão, deixando-me tonta. Mamãe ergue-me de novo, fazendo-me deitar em seu colo. Acaricia o lugar da batida, tentando diminuir a dor. Ela olha para o corredor, como se procurasse por alguém.

— Quem me trouxe? — Pergunto depois de alguns instantes analisando-a, fazendo com que ela vire bruscamente a cabeça para mim a fim de me olhar. Incomodada, ela abaixa a cabeça e comprime as mãos.

— Quer que eu te conte tudo? — Ela pergunta para mim. O que eu poderia responder para não machucá-la? Como fazer com que ela conte tudo sem fazer com que ela desabe? Sinto que já causei muito sofrimento a ela, e não quero causar ainda mais tentando fazê-la lembrar-se de tudo o que ela passou até aqui. Seria doloroso demais. Contudo, quero saber. Quero saber como eu cheguei aqui. Quero saber porque não sinto mais nada. Quero saber quem me ajudou, quem me socorreu. Quero me lembrar e agradecê-lo ou la, seja quem for.

Respirando fundo uma vez mais, sem esperar por uma resposta minha, ela conta tudo. Diz que trouxeram-me para o hospital num tanque militar, cedido por um dos civis, depois de muita negociação. Como não sabiam quem eu era, tentaram descobrir através daqueles que presenciaram o ato, alguns deles me conheciam e sabiam onde eu morava, então, foi fácil localizar minha família e comunicá-la. Faz alguns poucos dias que estou no hospital. Em torno de quatro e meio. Ela também contou sobre o que aconteceu nesse meio tempo. Os operários das fábricas falidas atingidas pela crise econômica de nosso país revoltaram-se contra o governo, especialmente contra a O.O.P, reivindicando uma remuneração maior e empregos. Os ataques aéreos quase não acontecem mais, claro, devido ao aniversário da O.O.P, que acontecerá em apenas dois dias, o mundo inteiro deve celebrar.

Todos devem celebrar a vitória. O triunfo das nações sobre o caos. O renascimento da paz e da ordem. O progresso acelerado, a ordem restabelecida. Data comemorativa internacional.

E tudo em que consigo pensar é em como tudo isso é um absurdo.

Enquanto eu crescia, vi meu mundo todo ruir, senti as entranhas da Terra se revolverem em seu interior e vi o pior do ser humano através de morte, bombas, fome, catástrofes e medo. O que eles queriam demonstrar? Que queriam fazer? Salvar o mundo? Ah, sim. É óbvio. Eles queriam salvar o mundo arruinando-o, assassinando pessoas. Tudo em nome do desenvolvimento. Agora diga-me: o que é o desenvolvimento afinal? Enganar pessoas? Subjugá-las? Assassiná-las?

Não há mais palavras verdadeiras e confiáveis, no que eu poderia acreditar? Com certeza, não em pessoas que dizem que derramar sangue é uma forma de desenvolvimento, a não ser da podridão de suas próprias almas.

Apesar de todo este passado sombrio, ainda estamos vivos, mesmo em meio ao caos, ao desespero, mesmo com tantas palavras vazias, ainda estamos vivos. Mas por quanto tempo? Quanto tempo ainda aguentaremos? Quanto tempo nossos lares aguentarão? A nossa terra? O nosso ar? Quanto tempo sobreviveremos? Não sei. E isso me mata, me mata pouco a pouco. Me mata saber que podemos estar mortos hoje mesmo, daqui a poucos segundos, ou amanhã. A morte está apenas nos esperando. Ela aguarda pacientemente o momento de estarmos prontos.

Um pequeno vulto passa correndo no corredor e para ao meu lado. Forço a vista para identificar a pequena figura sentada ao meu lado. Magra, os cabelos negros e ondulados que escorrem pela face, a pele morena lisa e um olhar tão suave quanto uma gota de chuva fresca. Seus lábios esboçam um doce sorriso. Larissa

— Oi, Annie! Como você está se sentindo? — Larissa me pergunta, abraçando-me por trás, com um grande sorriso estampado no rosto.

— Bem, eu acho. Com certeza melhor do que anteriormente. — sorrio.

— Oh, sim, claro! Imagino. — Ela sorri mais uma vez, com a mesma alegria de sempre.

— Onde está papai? — Pergunto eu.

— Oh, está conversando com tia Aurora na cantina do hospital — responde. Sorrio.

— E como você está se sentindo?

— Melhor agora. Antes eu estava triste porque você estava desmaiada, agora não, porque você está conversando comigo. — Solto uma risada e seguro sua mão, pequena e fria.

— Também estou melhor agora que estou com você, miúda. — Ela me sorri de volta. Arrastando suas pernas, Larissa encosta em mamãe, que acaricia meus cabelos. Neste instante, um televisor, que eu não havia notado até agora, acende automaticamente. A tela toda em branco dá lugar ao símbolo da O.O.P com um instrumental de seu hino ao fundo. Logo na tela aparece um homem. Seus olhos de um azul tão suave e belo, um azul que hoje não é muito comum, chama a atenção para a figura de pele pálida, cabelos grisalhos e peculiares orelhas pontudas, de expressão serena e um sorriso calmo, a imagem viva da O.O.P sentado em sua poltrona de cor vermelho sangue, o destaque do cenário tomado com os presidentes das oito nações restantes sentados em volta de uma mesa quadrangular, onde, em seu final a câmera focava. Alfred Stankiewickz, líder e fundador da Organização de Ordem e Paz, mais popularmente conhecido como "O Duende Branco" entre nós.

— Há tempos — começa ele —, nosso mundo estava em ruínas. Destruídos pelos nossos próprios sonhos, destruídos por nossas própria ganância, a certeza de um futuro tornou-se instável. A este ponto, todos aqui presentes estão estáticos, observando o televisor e ouvindo as palavras de Stankiewickz. Consigo notar em seus olhares um medo tão profundo, talvez causado pela lembrança revivida nas palavras do presidente. O corredor está absurdamente silencioso, apenas com a voz do homem a ecoar pelo corredor. Uma paisagem branca e cegante; um branco vazio. — Chegamos a um ponto onde nossa sobrevivência estava acima de qualquer outra coisa. Impiedosamente, iniciou-se uma guerra. Famílias foram separadas, mães sem maridos, filhos sem pais, sem seus lares, seu conforto. Ceifados pela fome, morte e medo, estávamos reclusos nas sombras. A Terceira Guerra Mundial tornou-se o verdadeiro pesadelo das crianças, dos pais, a lembrança vívida de um verdadeiro futuro incerto.

Porém, a esperança renasceu no coração do povo. Erguemo-nos novamente, e lutamos contra as sombras. Nasceu assim, a Organização de Ordem e Paz. Restabelecemos a ordem, implantamos a paz, e assim progredimos. Hoje, ainda vivemos tempos obscuros, onde o medo e a incerteza ainda predominam, no entanto estamos prontos para lutar; e é com essa força e tamanha certeza de que sim, haverá um futuro, que celebramos o aniversário de nossa Organização. — Uma pausa. Surge na tela uma retrospectiva de tudo o que acontecera nesses últimos anos. As imagens são torturantes. Vemos explosões, bombas, casas destruídas e crianças desesperadas, cidades dizimadas e completamente reduzidas ao pó. E após isso, edifícios sendo reerguidos, casas sendo construídas, pessoas abraçando-se, e magnatas cumprimentando um ao outro com um aperto de mão, acordo selado. Não há medo, não há mais terror. A paz foi restabelecida. O medo não impera, a incerteza não existe, mas apenas em um mundo fantasiado. Ah, que belíssimo discurso. Por que não olha para o seu lado e vê que estamos estilhaçados, meu senhor? Por que não olha para nós e diz que vai nos ajudar? Porque o azul de seus olhos é vazio, suas palavras não tem sentido. O medo existe, a paz não é algo utópico. É uma conquista, que ainda não está ao nosso alcance.

Olhe para nós e diga se está tudo bem! Diga-me, por que estamos assim? Por que ainda estamos com medo? Cerro os punhos. Por quê? Lacrimejo. Por quê? Minha cabeça dói. Por quê?

— Celebremos juntos nossa vitória sobre o medo, sobre o caos. Os tempos de glória estão voltando. Celebremos nossa vitória sobre a guerra, sobre o caos. Celebremos nossa ordem, nosso progresso! Celebremos a nossa união, a nossa vida! Celebremos juntos — completa ele, como se pedisse por festas, por paz, como se estivesse implorando por agradecimentos.

E assim que a transmissão encerra e a tela finalmente apaga, podemos ouvir o barulho. O barulho de algo contando os ares. As luzes começam a piscar, e a expressão das pessoas muda. Agora, o medo é completamente reconhecível em suas faces.

O aniversário é nosso, mas o presente quem ganha é você.

E assim, começa o ataque.

E assim celebramos a vida.

E assim, quando o alarme soa e as pessoas começam a correr, tudo em que consigo pensar é: você ainda espera pacientemente por mim, querida morte?


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Notas finais do capítulo

Ah, agora temos um grupo no facebook, para que eu possa atualizar vocês de frequentes notícias em relação a AHI, já que sou mais ativa nele. O link é este, caso queiram entrar: https://www.facebook.com/groups/443495469165563/?fref=ts

Bem, espero que realmente tenham gostado do capítulo. Qualquer erro de digitação ou algo do tipo, avisem-me para que eu possa corrigir o mais rápido possível!

Obrigada por lerem e até a próxima!



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