– Kratos -

Depois do Novo México, fomos direto a Metrópolis. Ao chegar, nos dirigimos imediatamente ao Quartel General da Liga da Justiça. O batmóvel era rápido e em poucos segundos conseguimos alcançar nosso destino. Mas foi aí que tudo aconteceu.

Uma bomba veio em nossa direção e explodiu tudo ao nosso redor. Por sorte, o carro era equipado com um sistema de segurança que nos jogou para fora, momentos antes da explosão.

O QG no qual Batman me falará estava cheio de gigantescos buracos. Homens entravam a todo momento com armas carregadas. As estruturas de vidro, na frente do edifício estavam caindo a todo momento.

– Hidra! - Berrou Batman.

Neste momento uma risada aterrorizante ecoou por todo lugar. Nada pior do que eu já enfrentará em Atenas, mas mesmo assim era arrepiante. Ao olhar para o céu, avistei uma espécie de monstro. Todo verde e com orelhas pontudas, seus olhos amarelos só não se destacavam mais do que a sua roupa roxa. Usava um capuz pontudo da mesma cor. Ele voava através de uma prancha larga, que tinha um formato que fazia lembrar um morcego.

– Duende Verde? - Bruce parecia surpreso.

Mais uma risada do Duende invadiu nossos ouvidos e em seguida, bombas no formato de abóboras vieram até nós. Fumaça verde contaminou o ar nos fazendo desmaiar.

Quando recuperei minha consciência, eu estava preso em uma cela quadrada com nada ao redor. Sem janela, a unica visão que eu tinha era da cela a frente. Grades nos separavam. Separavam-me da Mulher Maravilha. Ela estava amarrada, sem nenhuma arma. Seus longos cabelos pretos estavam sujos e sua roupa toda rasgada. Ao lado de sua cela, estava outro homem. Forte e alto, era loiro e tinha um cabelo bagunçado. Sua roupa era verde e ele não apresentava ter nada de herói.

– Prazer, Oliver Queen. - Só então percebi que ele me encarava. - Percebi que está olhando muito para mim.

– Onde estou? - Perguntei.

– Essa é uma prisão que construímos recentemente. Fica há uns 2km abaixo do nosso QG. Ela é revestida com uma magia Kree. Em outras palavras, nenhum poder funciona aqui. A menos que você seja um Kree, é claro.

Quis perguntar o que é um Kree, mas achei melhor evitar. Eu estava enjaulado e sem meus poderes. Era como se eu fosse prisioneiro de Ares novamente.

– O que aconteceu?

– Bom, a Liga sempre se reúne no ultimo sábado de cada mês. Porém, recebemos uma mensagem do Batman, de uma reunião urgente, então viemos correndo. Mas fomos atacados. A Hidra estava a nossa espera. Nosso sistema de defesa foi destruído pelo Duende Verde e seu ajudante.

– Ajudante?

– Sim. - Ele olhou para baixo. - Não sei dizer quem é. Tenho a impressão de já ter visto ele antes. Mas isso é impossível... Felicity talvez me ajudasse, mas como pode ver, não tenho como falar com ela.

– Quem mais está aqui?

– Todo pessoal da Liga da Justiça. Além da Diana, o Clark, o Lanterna, Ciborgue, Aquaman, o Barry, a Mulher Gavião e... Ah, o Caçador de Marte também está preso.

– E onde está o Batman?

– Não vi o Bruce desde que acordei.

Todos haviam sido presos. Se o Batman não estava ali, algo pior deveria ter acontecido.

Horas se passaram até que soldados da Hidra viessem e buscassem herói por herói. Antes de sairmos, uma droga era injetada em nosso braço, para que ficássemos fracos e não conseguíssemos lutar. Depois de muito tempo finalmente chegou minha vez.

Soldados vieram e me injetaram o liquido. Porém, como semideus, aquilo não surgiu efeito em mim. Não demorou para que tivesse cinco soldados mortos no chão.

Corri em direção ao elevador. Precisava achar minha espadas. Ao subir até o andar máximo, dois guardas tentaram me parar. Coitados. Foram mortos sem piedade. Minhas lâminas estavam guardadas em um armário, protegido por laser. Nada que o poder da Medusa não pudesse resolver.

Continuei correndo até chegar ao grande salão. Estava iluminado. A cor dourada era predominante. No centro, um circulo era formado com os heróis. No meio do circulo, Bruce estava preso, totalmente sem roupa. Correntes prendiam em seus braços e pernas. Era como se quisessem dividi-lo em quatro partes. Todos os outros foram amarrados e nocauteados.

Minha reação foi correr para socorre-los, mas inúmeros soldados chegaram e me cercaram. Ao fundo uma voz zombou:

– Você realmente acha que não temos câmeras aqui? Você simplesmente iria fugir sem ninguém ver? Desculpe, mas esperava mais de você.

Ao me virar vi uma das coisas mais ridículas de todos os tempos. Ele era um homem, mas sua cabeça era uma caveira. Uma caveira vermelha. Em sua roupa preta, símbolos da Hidra estavam espalhados.

– Kratos, Kratos, Kratos. Você não é o único a voltar do mundo dos mortos. - Ele ria ironicamente. - Tive o privilegio de voltar, graças ao meu senhor Ventriconi. E o que eu ganhei com esse retorno? Só o controle da Hidra. A organização que eu criei. Já ouviu nosso lema, espartano? Corte uma...

– ... cabeça e duas nasceram no lugar.

Bruce estava acordado. Sua cara não era nada animadora. Talvez o fato de suas partes intimas estarem expostas, tenha contribuído.

– Olha só quem acordou. Nosso próximo cobaia.

– Cobaia?

Outra risada ecoou pelo salão. O Duende Verde entrara.

– Já estava na hora de você chegar. - O Caveira falou. - Leve os idiotas adormecidos para fora. Mate todos, sem exceção. Quero ficar sozinho com Kratos e o Batman.

Com um aceno com a cabeça, o Duende apertou um botão e sua "nave" capturou todos os heróis, como se fossem um ima. Pouco depois, estava apenas nós três no salão (além dos vários soldados da Hidra, que não são importantes para comentar).

– Eu vou mata-lo! - Gritou Bruce.

– Relaxa Batman.

Ele andou em direção a uma pequena arma que estava em cima de uma mesa.

– Agradeça a MODOK por isso. - Ele se voltou a mim. - Sabe, Ventriconi tem planos maiores do que matar os deuses. Maiores até mesmo do que ser um DEUS. E para conseguir, ele precisa de peões. E é isso que esta belíssima arma faz. - Ele andou em direção ao Bruce e apontou a arma para a sua cabeça. - Estarei injetando um chip com o DNA do mestre em você. Não é nada pessoal Bruce, mas a partir de agora, você vai obedecer somente ao Ventriconi.

Com um tiro rápido, uma bala quadrada perfurou a cabeça de Bruce e entrou em seu cérebro. Passados alguns segundos, a ferida foi fechada, como se nada tivesse acontecido. Bruce gritou de agonia e então seus olhos ficaram completamente verdes. O Caveira Vermelha ria.

– Mais um sucesso. Já é o nosso terceiro.

Terceiro? Isso significava que mais duas pessoas já haviam participado deste experimento.

– Bom, hora de testar. Desculpe tirar suas roupas, mas elas interferem no processo. Você poderá coloca-las novamente, após matar o espartano a sua frente.

Em questão de um segundo, os soldados da Hidra saíram e as correntes do Bruce foram soltas. O Caveira Pegou uma espada na mesa e jogou até o seu novo mascote. Eu estava novamente sem minhas armas, que foram levadas pelos guardas. O Caveira olhou para nós e disse se afastando:

– Divirtam-se!