Guerra Universal escrita por Vinícius


Capítulo 11
O retorno do pai




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/566924/chapter/11

– Kratos -

Até aquele momento, já havia ficado claro que aquele novo Doutor Destino era gay. Isso foi confirmado quando eu o vi beijando Ra's Al Ghul.

A verdade, é que o Cabeça do Demônio estava enfeitiçado. Destino o havia capturado e destruído a Liga dos Assassinos. Aparentemente, desde de então, ambos vinham tendo um relacionamento. Dava para sentir pena de Ra's Al Ghul.

Eu estava totalmente desarmado em um campo de batalha na parte de trás do castelo. O Quarteto já tinha ido embora, como o combinado. Pelo visto, Bruce estava consciente, mesmo com um pouco de dificuldade pare se comunicar.

O campo era todo fechado e escuro. Não dava para ter muitos detalhes do que iria acontecer. Isso só mudou quando Vitor e Ra's entraram. Foi neste momento em que o beijo aconteceu.

Ra's usava apenas um casaco preto com uma espada em sua mão direita. Sua barba estava falhada e olheiras marcavam a expressão em seu rosto.

– Bom Kratos. - Iniciou a fala, Destino. - Está na hora de você enfrentar Ra's Al Ghul, o homem mais poderoso que eu já conheci.

– Por que tenho que lutar com ele?

– Tolinho... Se você perder, não fará falta nenhuma. Porém, se você vencer, provará que é o homem mais forte que existe. Então eu irei te enfeitiçar e me casar com você.

– O QUÊ?

A raiva dominava meu corpo. Eu queria minhas espadas. Queria os poderes dos deuses. Mas eles estavam mortos. Eu estava sozinho. Não teria como vencer.

– Hora de começar o show. - Com um aperto em um dos botões de seu uniforme, Destino desapareceu e a pequena luz que iluminava o ambiente foi apagada. Depois de alguns instantes, o local foi iluminado e um cenário foi sendo criado. Logo, eu estava em um deserto. A areia em meus pés parecia real. O Sol forte brilhava, fazendo com que qualquer um acreditasse que aquilo era de verdade.

Um pequeno holograma surgiu, com a imagem do Vitor.

– Hora de iniciar a luta, meus amores.

Ao terminar de falar, Ra's Al Ghul veio para cima de mim. Girou sua espada para a direita e tentou me acertar. Com um desvio rápido, comecei a correr em busca de algo para lutar.

– Não, não, não. Sem fugir danadinho. - Destino apertou mais um botão e um buraco se formou onde eu estava. Caído, fui presa fácil para meu inimigo.

Ele me batia e eu nada podia fazer. Meu rosto estava destruído pelos socos.

Ra's me levantou e chutou meu joelho. Caí e esperei ele me acertar com a espada. Porém, isso não aconteceu.

Do nada, eu não estava mais no deserto. Estava em uma sala com doze cadeiras de dez metros de altura. Fiquei parecendo uma formiga naquele local.

– Filho...

Ao me virar, não acreditei em que vi. Zeus estava em minha frente, na mesma altura das cadeiras. Barbudo e de armadura, seus raios estavam presos em sua cintura.

– Como... Como isso é possível? Eu te matei. Eu... Eu morri novamente?

– Claro que não. Você ainda está vivo. E você não me matou. - Ele se aproximou e diminuiu de tamanho, até ficar em minha altura. - Você destruiu uma de minhas formas. Mas nós deuses, estamos em todos os lugares. Estamos em tudo. Não podemos ser mortos.

– E você quer vingança?

– Não. A profecia dizia que meu filho iria me matar. Mas não disse qual. Tenho vários filhos espalhados pelo mundo. A maioria está no acampamento em Nova Iorque.

– Não entendo.

– Nem deve tentar entender. A questão que importa é que você não é o único semideus que existe, entretanto, é o único ser vivo que pode matar Ventriconi.

– Ele quer matar os deuses, mas você disse que não podem ser mortos.

Ele suspirou e se afastou um pouco.

– Não podemos ser mortos. Mas podemos ser reduzidos a poeira. Continuaremos existindo, mas sem nenhum poder ou influência.

– Como ele fará isso?

– Se ele dominar o universo todo, os seres começaram a depositar a fé nele. Será nesse momento em que ficaremos fraco.

– Então você estava entre os deuses que me trouxeram de volta?

– Sim. Eu escolhi você. Esperei o momento certo para aparecer.

Eu fui para o lado, levemente irritado.

– E por que agora é o melhor momento?

– Porque você está prestes a morrer. Mas nós lhe daremos seus poderes novamente. Você pode não ter as espadas, mas terá outros armas.

– E por que vocês não veem para a luta? Você é Zeus. Pode facilmente derrota-lo.

– Não...

– Você está com medo, não é?

– Calado!

Raios abalaram o local.

– Deuses não podem interferir tão diretamente nas atividades de mortais.

– Patético. Quer saber? Chega disso. Me manda de volta.

– Kratos, lembre-se, o deuses não o abandonaram.

Em um segundo, eu havia voltado até o deserto. Ainda ajoelhado, a espada de Ra's vinha em minha direção. Eu só tive um milésimo para pensar:

"Espero que esteja certo, pai."

Antes da espada chegar, raios surgiram ao meu redor. O local ficou clareado, como se fotógrafos não parassem de disparar flashs. Uma onda de eletricidade percorreu o campo de batalha, mas sem me afetar. Tudo foi destruído e o deserto sumiu, assim como a tela em que Vitor estava.

Ao final, Ra's estava caído, totalmente eletrocutado. As marcas em meu rosto haviam desaparecido e as Lâminas do Caos surgiram em minha frente.

– Finalmente. - Eu as peguei.

– Incrível. - Vitor entrou aplaudindo.

– Você é o próximo. - Apontei para ele.

– Não amorzinho, nós vamos nos casar.

– Eu não teria tanta certeza. - Atrás de Vitor estava Victor Von Doom. Com o seu traje típico, ele agarrou o Destino falso pela garganta e o enforcou. Após ele perder o folego, o verdadeiro Destino arrancou a sua cabeça e jogou em minha direção. - Presentinho para você.

Confesso que fiquei um pouco chocado com a cena. Esse Destino, era maior e mais forte. Sua voz mais grossa, dava medo a qualquer um que escutasse.

– Você vai me matar? - Perguntei.

– Não. Por mais que eu queira te destruir, Ventriconi quer matar você.

– Seria um prazer enfrenta-lo.

Ele riu.

– Eu não diria isso, pois ele já está te esperando.

Com um movimento em suas mãos, ele me jogou algum tipo de feitiço. Eu fui teletransportado para outro local.

Fui parar em um estádio de futebol.

– Bem vindo ao Camp Nou, Kratos. Eu sou Ventriconi e serei seu anfitrião nessa visita a Barcelona.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guerra Universal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.