Meu gancho? Como assim? Não estava entendendo o que Freddy dizia...

— O quê você quer com meu gancho? — Perguntei mesmo sabendo que a resposta de Freddy não seria nada agradável... Se ele vem falar comigo obviamente é algo ruim que ele ‘’acha’’ que eu fiz.

— Nós precisamos dele para abrir a porta do escritório. — Espera, porta do escritório, mas é lá que o vigia está...

— Mas é claro que eu não vou te dar isso. Aquele guarda é um humano! Ele não é como nós! Gritei, enquanto Mangle olhava assustada para Freddy.

— Ah é... Mangle está com você. Talvez eu possa levar algumas das partes robóticas dela. — Mangle quando ouviu isso, entrou em choque ficando com medo, ela não tinha chances de lutar, estava fraca e algumas de suas peças destruídas, e ela estava sangrando.

Ah é mesmo, somos reais agora, temos sangue, sentimentos, podemos respirar, e como chamam mesmo? Ah sim, podemos sentir a batida do nosso coração. Acho que assim que se chama aquela coisa que bate dentro da gente.

— O quê? Freddy eu não vou deixar você machucar meus amigos! — Gritei com Freddy, o tom no qual eu estava parece que tinha irritado-o, Mangle sabendo do perigo, escalou as paredes, e ficou no teto observando a briga.

Freddy fechou seu punho e deslocou-o em direção a minha bochecha. Mangle parecia estar preocupada, minha boca estava sangrando...

Revidei, dando um chute no rosto de Freddy, o que fez ele parar do outro lado da sala.

O vigia resolveu ver nossas câmeras. Rapidamente Freddy quebrou-a fazendo com que o vigia não nos visse acordados brigando.

Depois de um certo tempo brigando, Freddy ainda estava resistente, ele me socou e eu desisti. Estava sangrando muito, ele pôs meu gancho contra mim... Ele arranhou meu braço com suas unhas e meu gancho.

— Se não quer me emprestar seu gancho, então morra no inferno. — Ele segurou meu pescoço e me apontou pra cima. Parece que ele iria me dar o último soco...

Freddy fechou seu punho novamente, quando ele iria ao encontro de meu focinho, ouvi uma voz.

— PARA! — Era Mangle. Ela estava preocupada comigo, tenho que admitir, nas circunstâncias em que estou, eu precisa mesmo de uma mãozinha. Ou talvez de duas.

— Freddy por favor, deixa ele em paz e vai embora... Por favor... — Mangle falou, notou-se que ela tinha uma expressão triste, eu era o único amigo de verdade dela, e ela se preocupava comigo, e nossa amizade entre irmãos era assim.

— ... — Parece que Freddy refletiu sobre o que ela disse. Mesmo assim, ele não mudou de ideia, deu um imenso soco em mim, eu caí longe, depois ele foi embora.

Por sorte eram 5:40 AM, faltava pouco para o guarda sair.

Eu estava indo para o covil pirata, e Mangle estava dormindo no teto. Quando de repente, uma luz invade meu rosto... Era uma lanterna.

O vigia apareceu para mim, pensei que ele ficaria com medo de minha situação atual, então me escondi no covil pirata.

— Ei ei, calma não se assusta. Eu te conheço! Foxy! — Ele fez um sinal feliz. Puxa, era a primeira vez em que uma pessoa não se assustava comigo, eles me consideravam o mais assustador por aqui... Mas eu só queria o bem deles.

— Você... Me conhece? Mas de onde? — Perguntei.

— Eu vinha aqui com meu filhos, eles adoravam esse lugar, gostavam de você e dos outros. Eles gostavam mais de Freddy, mas na minha opinião, você era o mais divertido! — O mais divertido... O mais divertido... O mais divertido. Quando aquele homem disso isso, quase que chorei, nunca tinham me falado uma coisa dessas. Fiquei sem palavras.

Droga, estou com fome. Um ronco foi ouvido o quê me assustou e ao mesmo tempo ao guarda.

— Está com fome? — Ele me perguntou dando um pedaço de seu sanduíche.

— Sim eu esto- Espera um minuto... Isso é sanduíche duplo de geleia de uva com pasta de amendoim? — Meu focinho agitou-se, era um dos lanches que eu mais gostava... Mesmo não podendo comer, eu via as pessoas comendo e achava delicioso.

— Sim, hehe percebi que o senhor focinho anda com fome a 30 anos. — Ele sorriu, retribui o sorriso com outro.

— Prazer, meu nome é Liam Parker. — Ele estendeu a mão, assim apertei-a e disse meu nome.

— Muito prazer Liam! Eu sou Foxy o capitão pirata! Mesmo você já sabendo. — Acho que os humanos faziam isso quando davam saudações a outras pessoas... Talvez isso seja um modo de cumprimenta-las.

Estavamos conversando no covil pirata, quando percebemos no outro corredor, Bonnie andando por lá.

Rapidamente fechei as cortinas do covil. Ficamos lá escondidos... Vimos a sombra de Bonnie, ele estava encostando sua mão na cortina para abri-la, ficamos com muito medo.

— Bonnie! Volte ao seu posto, já são 5:58 AM. — Freddy disse enquanto estava sentado do lado de Chica em uma da Party’s Service.

— Ei, Liam, você não se esqueceu de rebobinar a caixa de música né? — Perguntei com um pouco de medo.

— Não, eu rebobinei-a várias vezes! — Disse ele enquanto mastigava tranquilamente seu lanche. Eu também estava comendo com ele.

— Mas porquê pergunta? — Ele disse

— Bem, é que você tem que rebobinar a caixa quando ela estiver quase no fim. Senão o Puppet desperta e te mata.

— Puppet! Isso mesmo, o cara do telefone falou-me dele, ele parece ser perigoso. — Ele disse dessa vez em tom sério.

— E é! Ele é muito mais perigoso que muitos daqui, sempre rebobine-a. Então tchau Liam! Foi bom conversar com você.

— Ok! Tchau Foxy! Nos vemos na segunda-noite! — Ele disse saindo do covil pirata e olhando seu relógio. Eram 6:01 AM.

A dona do restaurante chegou, abrindo a porta permitindo Liam sair e ir para casa.

Ele parecia ser legal, parecia ser alguém bom pra bater papo de vez em quando. E era engraçado...

Então a dona chegou, ela estava conversando com uma garota, essa garota me chamou atenção, ela tinha longos cabelos castanhos e olhos bonitos.

— Então, Alice, esse vai seu primeiro dia como garçonete. Receba muito bem os clientes! — Disse a dona enquanto ajeitava algumas mesas, e preparava as outras garçonetes veteranas.

Que estranho, ela parece ser nova. Eu nunca tinha visto que aqui tinha garçonetes... Devo estar meio desatento

— Alice, pode ir se vestir no banheiro por favor? — Uma das funcionárias disse, ela precisava usar o uniforme.

Eu fiquei prestando atenção, Bonnie estava no palco com sua guitarra. Freddy estava com seu microfone em posição de cantoria. E chica estava na bateria.

Ele estavam esperando talvez.

De repente, voltei minha atenção a Alice. Virei meu rosto, e nossos olhos se cruzaram.

— O quê? — Ela veio em minha direção. Eu não sabia o que fazer. Ela abriu as cortinas do covil pirata e não achou completamente nada, apenas um baú velho.

— Estranho, me senti sendo observada...

Continua