Proibido escrita por Megs ninja


Capítulo 7
Cap 7




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O sol forte estava batendo em meu rosto, mantendo meus olhos semicerrados por conta da luminosidade, com os cotovelos apoiados no gramado, sustentando meu corpo, observando Larissa que trocava alguma palavra com Daniel, toda tímida, dava pra ver seu esforço. Era aula de Ed. física, e estávamos dividindo a quadra, e eu me recusei a fazer aula pratica porquê sim.

– Não vai se arriscar no vólei, Cami ? - Perguntou Matheus

– Não estou afim - fechei os olhos, tombando levemente a cabeça pra traz.

– Não esta afim ou não sabe jogar ?

Eu não sabia mesmo, sou péssima em vólei, e em quase tudo que envolva expressão corporal. - Não estou afim - rugi, abrindo um dos meus olhos, observando o mesmo sentar ao meu lado.

– O Daniel namora ?

– Esta interessada ? - arqueou a sobrancelha - Sim , comigo sua vadiazinha - fez uma voz de gay, me fazendo gargalhar

– Estou falando sério - fiz uma careta, me sentando em pernas de índios jogando o cabelo, vendo Larissa caminhar em nossa direção, com uma certa distancia exagerada de Daniel.

– Ele não namora. - respondeu, seguindo meu olhar

– Você bem que podia me ajudar a juntar os dois né . Claro, se ele valer a pena

– Ele vale! - ele riu - Mas como ? - perguntou

– Estou pensando ... - fiz um bico

– Oi putinha - Exclamou Daniel, dando uma pedalada em Matheus.

– Chegou o assunto.

– Eu era o assunto ? - perguntou curioso, e vi Larissa me olhar um pouco sem expressão, revirei o olhar.

– Só estava falando o quanto você é um cuzão

– Vai dar Matheus.

Ambos riram, e eu ri também vendo Larissa se sentar ao meu lado, virei o rosto cochichando.

– Estou tentando por meu plano em pratica. - pisquei

– Atrapalhei ? - ela perguntou

Fiquei pensativa - Não mesmo!

– Estava querendo sair pra algum lugar esse fim de semana, a gente podia marcar alguma coisa né ? Todo mundo - argumentei, como não quer nada

– Meu aniversario, esta lembrada ?

– Ah, é mesmo - Eu havia me esquecido - Vamos Larissa ? - Disparei, ela me olhou espantada.

– É Lari, eu já ia te convidar mesmo - Acho que Matheus percebeu, que podia ser uma boa tentar aproximar os dois no aniversario dele.

– Certo. Eu vou, é só me passar o endereço - ela sorriu, com aquele sorriso lindo dela. Ela era toda linda, o Daniel tem que ser muito burro mesmo, pra não notar tanto assim nela. Jesus.

Com a metade do dever cumprido, já me sentia mais aliviada. Mesmo sabendo que depois que saísse pela porta do colégio, meu primeiro dia no curso me esperava.

O curso era próximo da escola, dava pra ir andando e cortando caminho nem era tão longo assim, mas eu sabia que poderia não aguentar aquela subida horrorosa, mas fazer oque né .

– Adivinha quem é ?

– Não faço a minima ideia - risos

– Eai, já esta mais tranquila - Paulo, me virou pra que eu ficasse em sua frente

– Estou - concordei, afinal vai ser dois dias por semana, não ia me esgotar tanto assim, mesmo sendo por um ano.

–Então Vamos - ele sorriu, enrolando seu braço em minha volta, enquanto caminhávamos para dentro, pegando nosso uniforme, uma camiseta branca, sem nada demais, além do simbolo de um retângulo vermelho no peito direito, escrito CAMP (o nome do curso) escolhemos nossas respectivas cadeiras, no lado direito da parede, perto da porta. Sabendo, que quando o sinal batesse, eu ia ser uma das primeiras a sair.

– Boa tarde alunos - A professora entrou.

Paulo cutucou meu ombro, me virei de lado.

– Ela não parece o Patrick Star ?

– Quem ? - risos, já sabendo que ele estava falando merda.

– O Patrick, do Bob esponja, a estrela do mar - ele disse entre risos.

– Atrapalho ? - a Professora interrompeu.

Porra Paulo, já denegriu minha imagem, mas acabei tendo que controlar a risada, ao constatar que a professora realmente lembrava o Patrick do desenho, sua pele branca quase rosa, seus olhos também lembravam, e seu biotipo corporal também. O paulo é muito trouxa.

– Não, professora! Desculpe-me - Ele respondeu.

Me virei de frente, ajeitando minha postura, prestando atenção no que a professora dizia, foi uma aula mais de descontração para que todos nós se conhecemos melhor, todos nós tínhamos que ir lá na frente se apresentar, minhas pernas bambearam, porque sou muito tímida e isso era o fim pra mim, mas acabei relaxando ao ver as apresentações dos alunos. Gostei de todos.

– Você - ela apontou pra mim, com uma cara não tão boa. Sabendo que eu já tinha dado risada na hora errada, acredito ser por isso sua cara de bunda, ou sua cara que não era muito humorada mesmo.Gelei.

– Vai Cami, vai - Paulo me encorajou

Me levantei, indo em frente, me estacionando em frente a lousa branca, respirei fundo encarando os olhares curiosos com as roupas todas iguais, iguais a mim tambem, todos me fitando. Engoli um nada na garganta, procurando a voz em algum lugar perdido por lá.

– Boa tarde! - pausei, esperando todos me responderem, enquanto eu mordia minha bochecha, e soltei-a quando os alunos responderam de uma forma animada - Sou Camila Cardoso, prefiro que me chamem de Cami, tenho 16 anos, e estou a procura de uma boa experiencia profissional, de novos conhecimentos - tenho que puxar o saco - E quem sabe, novas amizades - dei uma piscadela, todos me aplaudiram, como faziam com todos. Me sentei, sentindo meu rosto queimar.

– Fui horrível, pode falar - coloquei a mão sobre o rosto.

– Foi ótima ... - Paulo me assegurou segurando em minha mão em seguida se levantou pra se apresentar.

– Meu nome é Paulo - ele riu, acho que dele mesmo, e todos riram tambem - Tenho 17 anos, no meu tempo livre costumo sair com os amigos, ficar com a família, gosto de festas também, mas sei me equilibrar. Tenho lá minhas responsabilidades

– É solteiro ? - Me virei, e vi que uma Loira com um laço na cabeça e um um sorriso metalizado perguntou, o olhei com uma cara de nojo, e voltei meu olhar pro de Paulo.

– Livre leve e solto.

– Aqui não é programa de palco não. Sente-se Paulo - a Professora disse.

Ele se sentou e começou a me cutucar.

– Paulo, não vai denegrir minha imagem novamente - cruzei meus braços em frente ao peito.

– Pra mim isso é ciumes.

Me virei o fuzilando - Não é - bufei - só não gostei muito dela - dei de ombros

– Jura ? - ele tava com um sorrisinho nos lábios, que raiva.

Mostrei o dedo, me virando. Todos se apresentaram, e fomos embora.

Estava um sol rachando, ainda, retirei a camiseta, já que estava com minha blusinha por de baixo

– Que alivio - suspirei

– Não deixei você ficar fazendo strip por ai - ele disse ficando na minha frente, como se estivesse me escondendo, dei um soco em suas costas

– Vaza - o empurrei. Rimos - Estou feliz - indaguei

Ele ficou me olhando, e eu continuei - Eu gostei do curso- suspirei- oque achou?

– Gostei também - ele disse encarando o nada

– Tchau Paulo - A garota loira, se estacionou em nossa frente lhe dando um beijo no canto dos labios, acho que meu queixo foi no chão. Paulo sorrio exagerado - Tchau linda - Ela saiu rebolando, enquanto olhava pra trás.

– Agora eu estou com ciumes - disse balançando a cabeça

Ele riu me abraçando enquanto bagunçava meu cabelo, e eu tentava me desgrudar. Paulo, pegou seu ônibus e eu o meu. O ciumes que eu sentia, não passava de um ciumes de amigos, mas eu não gostei dela, não que eu tenha detestado ela, mas ela nem fazia o tipo dele, e ele merecia uma menina mais engraçada, mais legal, não ela. Deixei esse pensamentos pra lá, pois a fila de Aliados, estava absurdamente grande, horário que costuma estar cheio, especificamente, as cinco da tarde, me neguei a ir em pé, e fiquei na terceira fila, fiquei sabendo pelos comentários, que havia ocorrido um acidente, esse seria o motivo da demora.Depois da demora, o onibus chegou, a viagem foi tranquila, não tão demorado como a espera.

Comecei a caminhar até em casa, rapidamente, minha barriga gritava horrores.

– Boa tarde familia - anunciei entrando, olhando no relógio de parede, que já era seis e quarenta - Quase noite - disse com espanto.

– Oi filha - minha mãe me recebeu com um beijo e meu pai também. Ficaram me perguntando como foi o curso, resolvemos ir em uma pizzaria do bairro mesmo, já que não havíamos muito saído por lá, e poderíamos conversar sobre o nosso dia.

Tomei um banho, vesti uma saia preta de bico, e uma camiseta do Arctic Monkeys, passei um batom rosa nos labios e calçei uma rasteirinha qualquer que encontrei. Ainda estava muito calor! Achamos uma mesa, e ficamos lá discutindo que pizza escolher, já que eu tenho fetiche por frango com catupiri, minha mãe ama mussarela, mais minha irma odeia, e meu pai é obcecado por portuguesa. Pedimos por fim Meia catupirri meia portuguesa, já que minha mãe também tem seu fetiche por com Catupiri e ninguem nega a portuguesa, Hmmm.

Fiz um coque alto no meu cabelo, Argh, aquele calor infernal! Comecei a observar o local, era enorme, tinha duas partes. Isso mesmo, uma pizzaria com duas partes, era muito movimentada e sua separação era apenas o banheiro e o caixa, mas dava pra ir de um ambiente para o outro tranquilamente. Me levantei para ir ao banheiro, entrei no corredor, e me inclinei para beber aguá no bebedouro. Me viro, e vejo o Motorista, ele mesmo, o loiro lindo saindo do banheiro, abri a boca uma ou duas vezes sem acreditar, ver ele dois dias seguidos? Que carma é esse ? Me virei para beber mais água, com a esperança que ele não tivesse me visto. Mesmo tendo quase certeza, que havia visto sim . Mas isso não faz muita diferença.

– Esta me perseguindo ? - ouvi sua risada, me virei com uma cara de nada, um pouco embabacada sentindo aquele seu perfume que não era de se jogar fora, tipo, Não mesmo! Seu cheiro era tão mais forte e presente agora

– Você quem esta! - dei de ombros

Ele balançou a cabeça negativamente extremamente confiante

– A pista de corrida e essa pizzaria é raro pra mim. Bato cartão por aqui, já você .... - sorriu.

– Certo. Estou te perseguindo - disse com sarcasmo, o observando, ele usava uma camiseta branca com uma gola V, um jeans skinny caida, mostrando sua cueca box preta, e usava um tênis cinza da nike no pé. Acho que ele percebeu que eu o secada, ele deu uma risada, eu queria soca-lo por isso, ou talvez tivesse rindo do meu comentário sem humor.

– Qual seu nome ? - Ai Cassetada! Que vontade de falar todos os palavrões cabiveis. Ele só perguntou seu nome, e eu já estava com o coração batendo forte.

– Camila,- assenti, e ele me olhava sério - e o seu ? - estava sem jeito na frente dele, sei lá porque, porque sou idiota. Ele estava me irritando por me deixar sem graça, nenhum outro cara me deixa assim. Ele ta achando que é quem ?

– Fernando - Ah tá, Fernando, eita Fernando ! Ta achando que é quem , pra me deixar agindo como uma retardada obcecada ?

– Prazer Mila, já que só agora fomos apresentados - ele sorriu, Porra Fernando, não sorria, não assim, e não me chame de Mila, não gosto desse apelido, mas porque eu não me incomodei ?

– Prazer Fernando. Mila não - suspirei - Cami, prefiro assim.

– Eu gosto de Mila - ele deu de ombros, se inclinando para beber água, algo me diz que foi de proposito, sua cueca apareceu mais, e meu Deus, queria soca-lo de novo.

– É você, só Fernando sem apelidos ? - dei um meio sorriso

– Não sou chegado em Apelidos - voltou a ficar na minha frente, passando a linguá sobre os labios. Para Fernando! - Fê acho que até da pro gasto.

– Gosto de Nando.

– Eu não - ele riu da minha cara - Nome de Gay.

– É seu nome - contrariei

– Então é melhor só Fernando.

A gente ia ficar discutindo de nomes ? Eu assenti que sim, decidida em ir embora, me toquei que ainda estava com fome, quando meu estomago se revirou.

– Vou indo, Fernando– Sibiliei a palavra, abri um sorriso sem dentes, lhe dando as costas

– Espera ai - ele disse nem alto nem baixo, o suficiente pra eu ouvir, meus pelos se arrepiaram, a voz dele era uma musica pros meus ouvidos - Não vai me passar seu numero, Mila ? - Perguntou sério, como se estivesse bravo, quando me virei.

– Você não me pediu nada Fernando - respondi, ainda imovel, observando ele vim de novo perto de mim, com o corpo tão próximo, que era uma tentação, minha vontade era de grudar ele na parede, e lhe dar um beijo. Sei lá porque. Por que ele me fazia pensar como uma idiota ? Puta que pariu viu.

– E então Mila ? Me passa seu numero

Eu respirei fundo, fazendo uma careta, mostrando minha insatisfação com esse '' Mila''. Eu lhe passei, não iria pedir o dele.

– Algo a mais ? - perguntei com um sorriso.

– Não. Só isso e você, quer alguma coisa Cami ? - ele riu

Quero! Quero você Fernando, tem como ?

Eu sorri.

– Não. Vou voltar pra minha mesa - acenei e me dirigi ao meu lugar.


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