Proibido escrita por Megs ninja


Capítulo 5
Cap 5




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Não sei como entramos no assunto, mas estávamos falando de viagem em família, Matheus era hilario, e estava me arrancando risadas, como normalmente faz com qualquer um.

– Cara, cê acredita que o traveco era pai da garota ?

– O que ?? - perguntei abismada - Então, você perdeu todas as chances que você tinha com ela

Ele riu - Logico, eu aloprei o pai dela! Eu estava muito era bêbado.

– To achando que você gostou do pai dela isso sim - disse maliciosamente

– Esta me tirando Cami ? Nunca na vida. Não é disso que eu gosto - sorriu consigo mesmo.

– Seiiii - dei um risinho, e ele beliscou minha barriga, resmunguei ainda em choque com sua ação.

– Fala isso de novo - me ameaçou - Quando eu e meu pai saímos não prestamos - tremeu os labios, balançando a cabeça no negativa, escapando um breve sorriso - Ele é meu melhor amigo

Sorri também o fitando - E por que ele não vai pro pub com a gente ué ?.

– Sai fora! Preciso de um tempo com meus outros amigos também , mesmo ele sendo de boa, ele é meu Pai! Não posso fazer tudo que quero com ele do meu lado.

– Ah não ser que você vá aprontar alguma

– Exatamente - ele respondeu rindo

Papo vem , papo vai, nem percebi que já estávamos entrando no Terminal, acho que ele também não.

– Nossa! - exclamei - Foi rápido, eu nem tchun - comentei

Ele riu - Pois é gata, o tempo passa quando esta ao meu lado - Tentou fazer uma cara sexy, me fazendo rir.

–Calhe a boca - fiz careta, o empurrando e ele levando em seguida de seu banco.

Caminhamos até a plataforma, e pegamos o próximo ônibus, Matheus sentou ao meu lado, mas no percurso levantou tando seu lugar para o senhor. Meu ponto chegou!

– Vou descer aqui - murmurei enquanto levantava.

– Então, é por aqui que você mora né?

Eu olhei com uma cara de ... " Meio obvio né ''

– Exatamente. Acertou, UHU - O parabenizei sem entusiasmo, dei uma risadinha sem graça.

– Hahaha - ele fez uma careta, entendendo minha zombaria - Então até amanha, a gente volta junto de novo - Fiquei sem saber, se era uma afirmação ou uma pergunta.

– Vai ter que vim sem mim em breve - lhe informei

– Han ? e por que ?

– Vou fazer curso a tarde.

– Entendi - abriu um sorriso de lado.

– Tchauzinho, manda beijou pro seu travesti viu ?

Me fuzilou - Vai cagar Cami - ele riu - Tchau, até amanhã - piscou

Cheguei ainda estava cedo, beirava uma hora da tarde, contei pra minha irmã como tinha sido o meu primeiro dia de aula e ela me contou como havia sido o dela, a gente não tinha conseguido vaga pra ela em Bangu, então ela estudava em uma escola do bairro mesmo, mas não era ruim.

Recebi uma ligação, era o Paulo.

– Camiiiiiii - ele exclamou cheio de euforia

– O que foi Paulo ? - ri de leve, tentando entender o motivo da sua emoção nas palavras

– Porra meu, já estou com saudades.

– Nos vimos não faz tanto tempo assim ...

– Esta dizendo que não esta com saudades de mim ? - me interrompeu.

– Você não deixou eu terminar - resmunguei - Claro que estou né mané.

– Então vamos sair hoje.

– Segunda - feira ?

– Larga de ser corpo mole, vamos sim.

– Estava afim de fazer uma caminhada.

– Caminhada Cami ? - ouvi sua risada abafada do outro lado da linha

– Por que não ? Eu que sou corpo mole. AAAH,- bufei- vai dar então.

Nossos carinhos eram assim mesmo, já eramos acostumados a se tratar assim.

– Calma Camizinha, ai perto da sua casa ?

– Não vou pegar o onibus pra me dirigir até ai, já viajei demais por hoje.

– Oh laiaaa - cantarolou - Tem um parque descente ai perto ?

– Logico, aqui é tudo perfeito. Venha logo!

– Estou indo Cami, estou indo.

Avisei a minha mãe, que iria fazer uma caminhada com o Paulo, ela riu da minha ideia, mas eu realmente queria mudar alguns habitos meus, e fazer caminhada parecia ser um bom começo, mesmo que em dias de curso, a unica coisa que vou querer fazer, vai ser contemplar minha cama, então acho, que fazer caminhada diariamente estava um pouco fora de questão.

Tomei um banho, mesmo sabendo que tomaria outro depois, passei hidratante, coloquei um tênis apropriado pra caminhada, uma legging preta, e uma regatinha cinza cumprida, prendi meus cabelos no alto, e visualizei a hora no celular, já era pra ele ter chegado! Fui pra cozinha fazer um lanche, enquanto isso ele me liga.

– Aonde eu desço ? - perguntou confuso

Risos, percebendo que não havia lhe informado isso.

– Aonde você esta ? - Agora eu estou passando na Lanchonete da Tchetchene

– Mas que merda ein cara. Eu sei onde é, você ja passou. Desce ai, que eu vou te buscar - mandei beijos e desliguei.

Peguei um outro ônibus pra agilizar as coisas, e desci quando avistei o Paulo.

– Paulinho! - disse sorrindo, abrindo os braços.

– Camizinha - ele sorriu, envolvendo seus braços em minha volta e depositando um beijo em meu pescoço. Diga-se de passagem, que eu e Paulo já tivemos nossos casos.

– Estava com saudade, minha morena - me apertou com mais força me tirando do chão.

– Eu também - dei um tapinha em seu ombro , analisando seu traje após Paulo me devolver no chão, usava uma bermuda cinza, apropriada pra esportes e uma camisa azul marinho. - Veio a caráter em, tá um pitel - murmurei enquanto o fitava de cima a baixo.

– Eu sou um pitel - deu de ombros, sorrindo.

Sorte a nossa, que havia uma praça ali perto. Aliados era um bairro com parques e praças por todo lado, dedicado a áreas verdes. Começamos a caminhar e eu contando do meu dia e ele do dele.

– E a Talia ? - Uma garota que ele andava tendo um caso, mas não se assumiam de vez

– Não era boa o suficiente pra mim - deu de ombros.

Risos

– Que desculpa Paulo.Vem,v amos andar mais rápido, você esta muito mole - protestei

– O que ?? - ele gemeu, andando pro lado, se sentando em um banquinho. - Eu já estou morto - suspirou passando sua mão no topo da cabeça

– Só mais uma rodada e a gente vai embora.

– Estou sem ar - indagou

Ri alto - Fique ai então, eu vou correr. - pisquei

– Vá - ele sorriu - Cuidado pra não cair

O olhei com reprovação pelo seu comentário, estendendo os braços pra cima e me alongando.

– Fracote! - exclamei, enquanto começava minha corrida, peguei meu celular, que já estava com o fone e os coloquei, passando uma musica bem alta, isso me contagiava, deixei a brisa do ventinho refrescante pairar por meu rosto, vejo os cardaços do meu tênis de desfazer,estaciono meu corpo no meio do nada mesmo, para amarra-lo, faço um nó caprichado nos dois, pra que não ousa querer desamarrar novamente, coloco as mãos sobre as coxas e fecho os olhos suspirando, pra começar a correr de novo, abro os olho e vejo ELE. Mas oque ?

Seu cabelo loiro todo desgrenhado de uma fora estranhamente linda, ele conversava com uma loira ela era bonita, tinha os cabelos compridos, mas certamente tingidos! baixinha, nem magra nem gorda, tinha cara de ser bem cuidada. Fiquei pensando, se ele tinha algo com ela, eu estava parada o admirando, suas pernas eram TÃO torneadas, ele estava com a roupa todo apropriada, a mostra seus braços bem definidos, com aquele sorriso que ele tava insistindo em não tirar do rosto, eu ia cair dura ali mesmo. Desacelerei o passo caminhando agora, estávamos na mesma direção, meu coração instantaneamente disparou, ele se virou se desgrudando da Loira, que foi em outra direção. Engoli em seco, indo a uma barraquinha de água, retirando meus fones.

– Uma água, por favor - disse ainda com a voz tremula, pela cena de ter visto aquele homem que Meu Deus.

– Zéee - ouvi aquela voz, por de traz de mim

Que não seja ele, que não seja. Não aguentei, me virei e os olhos deles beiraram sobre os meus, e eu fiquei meia perplexa, se falava algo, ou se ficaríamos assim, nos encarando, o carinha atrapalhou.

– Não cansa nunca né ? - murmurou, lhe estendendo também uma água, já sabendo que era isso que ele queria.

Me virei, pegando o dinheiro, que estava no cós da minha leggie.

– Certinho. Obrigado - o Moço sorriu pra mim e eu retribui, ainda não pronta pra virar e ver de novo ele, ainda sentia sua respiração, sabia que ele estava atras de mim. O encontrei bebendo sua água, e por um momento eu quis ser aquela garrafinha.

– Oi - eu disse, não sei porque disse, mas meu Deus...

– É uma corredora ?

– Não - ri de mim mesma, descordando total - Estou me descontraindo e você ? - Perguntei, como se não tivesse prestado atenção na sua conversa com o cara já sabendo que ele caminha diariamente.

– Rotina - piscou. Tá explicado esse fisico né meu bem - Faz muito bem, devia praticar mais, fica com mais energia e evita descer no ponto errado - ele sorriu, me zombando

Fiz uma careta, inspirando seu odor do seu perfume, que parecia ja estar indo embora. Seu cheiro ainda era ótimo.

– Para! - suspirei, dando uma risada sem graça, me trazendo as lembranças do meu desmaio.- Bom , eu já estava voltando tambem, você tambem né , então vamos ?.... - disse as palavras quase uma por cima das outras, não sabia por que estava fazendo uma pergunta dessa. Não me reconhecendo! Acho que agi por impulso, cansada eu diria! Não por ter corrido muito, mas sempre perder as chances, por sempre vacilar, não ter a atitude certa e perder as pessoas que poderiam ter sido boa pra mim

Sabia o efeito desse homem em mim, mesmo tendo poucos encontros, eu senti que era o certo a se fazer.

Ele estava sério, ouvindo o que eu dizia E seu olhar de mal, era o fim pra mim, por que ele conseguia ficar mais sexy ainda. Com um olhar indecifrável, me fazendo ser incapaz de desvendar se ele estava aprovando ou reprovando a minha sugestão de voltarmos juntos. Por fim ele sorriu exagerado, me analisando e me senti incomodada com isso.

– Eiii, vamos ? - a Loira apareceu por traz do seu ombro se aproximando.

– Atá, você esta acompanhado. Me desculpe - disse com agilidade. Como eu havia esquecido da maldita loura oxigenada ? Camila sua burra!

– Me desculpe a gente .... - ele começou a falar com muita calma

– Vamos ? - a Mulher se aproximou mais perto, percebendo que conversávamos e me encarou com um bico no rosto.

– Tchau - Indaguei, saindo e me livrando desse meu momento constrangedor, minhas bochechas queimavam, abri a garrafinha e por pouco não a bebia por inteira, apressei os passos e Paulo estava lá sentando conversando com uma garotinha

– Oiiii - sorriu e a menininha se virou pra mim curiosa

– Demorei ? - sorri de volta - Oi linda.

– Olá - ela sorriu tambem.

– Titio vai indo, tchau! - ele acenou e se levantou.

– Titio ? Por acaso você não é um pedófilo pervertido, que ataca nos parques é ?

Ele rio alto.

– Ainda dá risada. Que feio - cruzei os braços

– Eai ? Ta se aguentando em pé ?

Na verdade não, Não depois de ver aquele homem que me deixa desconcertada.

– Estou - inquiri - Mas vamos logo embora - O puxei pelo braço, o arrancando atrás de mim, se eu o visse de novo, iria infartar!


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