Proibido escrita por Megs ninja


Capítulo 19
Capitulo 19




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Depois da respiração normalizada, e milagrosamente eu não ter reclamado que oque a gente havia feito tinha sido errado, a gente ficou apenas juntinhos, começamos a conversar de assuntos aleatórios, e por um momento parecia que não estávamos pecando em nada, de tão perfeito que aquele momento estava. Mas não é um conto de fadas, a vida continua, me levantei e observei novamente a cama, sabendo que ali dormia ele e a Raquel, engoli a seco, e ele olhou pra mim, com sua mãos por de trás da sua cabeça, ele abriu um sorriso, e se levantou já vestido com sua cueca, e beijou o topo da minha cabeça. Eu sorri timidamente, e vesti minhas roupas.

– Eu vou indo Fernando - murmurei

– Fica mais um pouco - fez um beicinho, entrelaçando seus dedos no meu.

– Eu preciso ir - inquiri

– Posso te levar em casa então? - disse levando uma mecha do meu cabelo pra trás.

Eu assenti, lhe depositando um beijo na bochecha. Segui Fernando até a garagem, e eu entrei sobre seu carro branco luxuoso, a gente fechou as janelas, ele não precisou me falar nada, eu tinha a noção disso, ninguém poderia me ver naquele carro. Sorte que o vidro era escuro.

De carro, para chegar em casa era questão de minutos.

– Obrigada pela carona - sorri - Ah, e pelo almoço, embora eu não tenha comido direito - fiz uma careta.

– A sobremesa foi ainda melhor - disse com um sorriso presunçoso sobre os labios, maliciosamente.

– Dá uma segurada - risos - Tchau - me inclinei para beijar seu rosto, mas ele segurou em meu queixo, selando nossos lábios lentamente, cerrei meus olhos e retribui seu beijo.

– Se cuida Mila - ele acariciou meu rosto com seu polegar, olhando em meus olhos, eu senti uma pulsação pelo sangue do meu corpo, não estava processando as coisas direito. Fernando, tinha mania de me deixar dispersa, e retardada.

Sai do seu carro, e depois de abrir o portão de casa, me virei acenando ele fez o mesmo, fechei o portão e pude ouvir o barulho do seu carro dando partida, entro em casa, e me pego de surpresa, levo minhas mãos até meu peito, dando um pulo pra trás.

– O que você esta fazendo aqui?

Paulo estava sentado no sofá, e Matheus e Isa no outro. Foi foda, porque o pai do Matheus tinha acabado de sair do portão de casa, e eu ainda não havia falado com o Paulo, depois da nossa noite no barzinho.

– Nossa, é assim que me recepciona ? - Paulo disse zangado, tacando uma almofada em minha direção, eu me desviei, soltando um meio sorriso. - Até parece que esta vendo um demônio - ele prosseguiu.

– Até que não tem muita diferença - eu ri, pegando a almofado do chão e devolvendo para o sofá. - Então, vamos recomeçar. Boa tarde queridos

– Boa tarde - Matheus disse, e minha irmã abriu um meio sorriso, os dois estavam abraçados.

– Onde você estava ? - Isa perguntou.

– Só dando uma volta - dei de ombros. - Eai vela - cochichei pro Paulo ao me sentar ao seu lado

Ele fez uma careta, me empurrando.

Eu ri - Vamos subir? - perguntei, o fitando, ele fez um bico, e por fim assentiu, e segurei em sua mão, e fui o puxando rumo a escada.

– Vocês dois, sei não - Matheus cantarolou

– Não sabe de nada mesmo. Fica na sua - rebati, ele e Isa riram, Paulo tambem pareceu rir do que pra mim não havia graça.

Entramos em meu quarto, e Paulo se deitou sobre minha cama em um pulo ligeiro.

– Se você pode se sentar? Ah claro, deitar também pode - disse ironicamente.

Ele gargalhou, continuando deitado e brincando com meu ursinho de pelúcia que se encontrava em cima da minha cama.

– Eu vou tomar banho tá ?

– Está bem, vai lá.

Eu fui até o guarda - roupa, e peguei minhas devidas roupas, fui desfilando pro banheiro, pisquei pro Paulo, ele assobiou. Rimos.

Tomei meu banho, afinal, precisava disso, eu havia feito relação sexual com o Fernando a menos de uma hora atrás, e com a visita do Paulo, mal pude refletir sobre isso. Acho que Deus pensa em tudo mesmo, não estava nada afim de ficar me torturando sobre o que tinha acontecido, tinha sido bom e isso basta, perdi minha virgindade, não foi com nenhum príncipe encantado que vai se casar comigo, e recapitulando, foi ótimo, melhor do que eu sempre imaginei e foi.

Sai do banho, vesti um short jeans e uma blusinha soltinha, prendi o cabelo em rabo de cavalo por conta do calor, liguei o ar, e me deitei ao lado do Paulo, que seguia meus movimentos com o olhar.

– Que foi - perguntei olhando pra ele.

– Nada - ele riu - Não posso te olhar? - beliscou minha barriga

Eu fiz careta me esquivando - Como sobreviver com esse calor?

– Quer que eu abaixe seu fogo ? - fez uma voz sexy

– Quero que calhe a boca - rugi. Rimos.

– E então, naquela noite ....

Engoli a seco, sentindo meu coração bater mais forte.

– Fernando te deixou em casa ?

– É deixou, ele morando tão perto de mim. O minimo - disse com desdem - Me desculpa por ter saido sem mal me despedir, vocês fizeram o que ? dormiram na rua ?

Ele gargalhou - Sim, nos juntamos com um grupo de mendigos, eles até nos emprestaram papelão, gente boa.

– Caramba, que firmezas, um mendigo desse, eu não acho por ai - bufei

Rimos.

– Meu pai veio me buscar, e deu uma carona pro Miguel, a Rosângela mandou mensagem dizendo o pai de uma amiga dela, foram buscar elas. E os outros, bom, não sei, devem ter dormido na rua mesmo, ou amanheceram lá.

– Então não ficou bravo de eu ter ido embora?

– Não ué - deu de ombros - Só achei que o pai do Matheus, parecia estar de graça com você. Sei lá, você estava bêbada.

Revirei os olhos - Não viaja, e eu sei me cuidar - inspirei.

– Calminha - ele me empurrou de leve.

– Seu cretino - disse chutando sua perna - E você e a Ro ?

– Que que tem ? - ele disse olhando pro teto.

– Rolou?

– Rolou o que, exatamente ?

– Sei lá - eu ri - Alguma coisa.

– Eu fiquei com ela.

– Consequentemente, ela me beijou, porque você tinha saliva minha na sua boca.

Ele gargalhou alto - É, ela beija muito bem.

Eu ri sem uma resposta, ele estava tentando me fazer ciumes?

– Mas - ele respirou fundo, e deu uma pausa - A gente estava chapado, eu e a Ro não temos nada a vê.

– Foi só um beijo.

– Então você não ligou? - ele pareceu meio indignado, voltando seu olhar ao meu.

– Deveria ? - perguntei confusa.

Ele se levantou, coçando a cabeça - Não - ele negou com a cabeça - Eu vou embora.

– Mas, já? - me levantei também, cruzando os braços. - Você acabou de chegar praticamente. Fica - murmurei, me aproximando dele.

– Eu tenho que fazer umas lições de casa.

– Você? Fazendo lição de casa ? Conta outra - bufei

– São uns trabalhos ai - ele deu de ombros

– Você faz mais tarde. Eu te ajudo a fazer, passo a madrugada no skype com você, se necessário. - segurei em sua mão.

– Relaxa, eu pago pra um nerd fazer - ele deu de ombros, apertando minha mão.

– Isso é um sim, vou ficar ? - perguntei em um sussurro.

Ele deu um meio sorriso

– É um sim, eu vou ficar. Porque sou demais, e você me ama muito e não vive sem mim - deu um tapinha na minha cabeça.

– Eu não te amo - o abracei

– 100 %

– 50 % - retruquei

– 90 % - contrariou

– 70 - disse o apertando mais forte.

– Combinado - ele beijou o topo da minha cabeça - E ai, o que pretende fazer comigo? - mordeu os labios. Que moreno lindo e filha da mãe.

– Te cortar em pedaçinhos e fazer uma sopa de você - sorri sadicamente.

– Masoquista retardada - ele disse alisando meu rosto, enquanto me encarava.

– Depois eu que te amo - eu ri, o empurrando na cama - Vamos assistir um filme ? E comer muito sorvete ? - perguntei, o olhando, enquanto ele caia desajeitado sobre a cama, ele riu

– Eu topo. Brigadeiro.

– Flocos - contrariei

– Napolitano - bufou

– Fechou - concordei - Então olha, escolhe um filme legal pra gente, tem na caixa lá na sala, eu vou comprar o sorvete.

Ele assentiu, e desceu comigo, e ficou na sala pra escolher o filme, Matheus e Isa já não estavam mais lá.

– Os pombinhos devem ter ido pro quarto.

Engoli a seco. Será que o Matheus queria comer minha irmã, assim como Fernando queria comigo? Será que ela não resistiria assim como eu ? Me arrepiei. Ela não podia fazer isso.

– Será que eles ... ? - disse de boca aberta

– Ah - Paulo deu de ombros meio tenso - Acho que não, relaxe.

– Será que eu devo lá ver o que eles estão fazendo?

– Eu acho que não - Paulo indagou, enquanto colocou a caixa sobre seu colo, sentado no sofá, e foi pegando uns dvds.

– Certo, estou indo - disse ainda preocupada, e indo comprar o sorvete.

Fui até o mercado na rua de trás, estava ainda com uma baita vontade de ir no quarto da Isabela, pra ver o que os dois faziam no quarto, é estranho imaginar minha irmã fazendo isso. Voltei do mercado, e ao abrir a porta, esperava ve-los lá, mas estava só o Paulo, mexendo no celular, deixei o sorvete em cima da mesinha na sala.

– Escolheu? - perguntei, ele assentiu sem desviar seu olhar do celular, eu fui até a cozinha pegar as colheres, e na minha volta, parei na ponta da escada.

– Eles não estão transando, para vai - Paulo exclamou, eu olhei pra ele e suspirei me guiando até ele.

– Quem te garante ?

– Ouviu gemidos ?

– Eles não gemeriam tão alto - rebati

– Mas eles não estão - ele riu da minha cara.

Eu concordei dando um meio sorriso, e dando play no Dvd, enquanto me sentei do lado de Paulo, que se deitou sobre o sofá, e colocou as pernas em cima da minha coxa, dirigi meu olhar pro seu, franzindo a testa, ele sorriu mandando um beijo no ar. Me vi o encarando segundos a mais, como uma idiota.

– Está bem ? - ele perguntou confuso.

– Estou - gaguejei, virando meu rosto, e prestando atenção no filme, enchi minha colher com o sorvete, e fui me deliciando.

– Quanta ética, nem pegou uma vasilha, é direto do pote.

– Paulo, larga de ser viado - rugi, voltando a pegar mais um pouco de sorvete.

– Me dá - ele pediu, antes de eu guiar até minha boca.

Bufei, levando a colher, até sua boca, sorrimos.

– Ainda preferia só o de brigadeiro.

– E eu o de flocos.

Ele fez careta, voltamos a nos concentrar no filme.

O Filme era de comédia, então a gente riu demais, e o Paulo acrescentava umas piadas piores, me causando choro de tanto rir, me fazendo esquecer de Isa e Matheus. O filme acabou, o sorvete já estava na metade, Paulo estava inclinado pegando mais um pouco.

– Não vai comer mais ?

– Quer que eu exploda ? - tremi os labios, passando a mão na barriga, ele riu se aproximando e passando seu dedo indicador com sorvete em minha testa e meu nariz.

– O que esta fazendo? - eu rugi, enquanto o via me sujar com o sorvete já não tão solido.

– Maquiagem nova - ele riu, eu ri junto, pegando mais sorvete com a mão e passando em todo seu rosto e seu cabelo.

– Porra Camila, que maldade - ele disse rindo.

– Só a revanche - mandei beijo.

– Você esta linda, Napolitana - sorriu

– Linda e deliciosa - disse, lambendo meus dedos - Vou ter que tomar outro banho, sua culpa.

– Eu aproveito e tomo com você - se aproximou de mim, alisando meu rosto, com sua mão que ainda se encontrava melecada com a massa do sorvete.

– Sai, esta me sujando mais - mudei de assunto, pegando o pote do sorvete - Deixa eu limpar isso - disse me guiando até a cozinha com o pote em mãos, e o deixando na pia.

– JÁ SEI - Paulo, surgiu berrando.

– Que susto, Cara - grunhi

– Anda muito assustada - franziu a testa - Vamos tomar banho de mangueira

– Ressurgindo uma criança ai ? - eu ri - É você que paga a conta né?

– Porra, você é chata em - colocou a mão no quadril balançando sua cabeça negativamente, eu gargalhei.

– Cala boca. Vamos logo - disse segurando em seu braço, rumo a garagem da casa. Eu abri a torneira, e coloquei meu tornozelo sobre a água.

– Hmm, esta fresquinha - disse animada, em seguida introduzindo a mangueira em direção ao Paulo, que estava parado um pouco mais a frente, a água foi jorrando sobre ele, e eu aumentei a intensidade do jato de água, em direção ao seu rosto.

– Que caralho, CAMILA - ele se virou dando as costas, fazendo sua camisa se ensopar, molhei a parte de trás do seu corpo, e após isso, desliguei a mangueira.

Ele veio correndo em minha direção - Agora você me paga - me agarrou pela cintura, prendendo meu quadril no seu, e ligou novamente a torneira, e foi molhando do meu cabelo até o meu dedão do pé.

– Saaai, chega - disse entre risos, quase me afogando, sério.

Ele desligou.

– Bom né?

– Até que foi, estava muito calor - mandei beijo - E olha só pra nós, limpíssimos - dei uma piscadela

– E agora? Como volto pra casa.

– Você quem deu a ideia da mangueira, devia ter pensado nisso antes - fiz uma careta, ele me fuzilou zangado, bagunçando seu cabelo, fazendo uns pingos respingarem.

– Mas o que vocês estavam aprontando? - Isa apareceu de mãos dadas com o Matheus, boquiaberta.

– Banho de mangueira - sorri galanteadora.

– Isso porquê é a irmã mais velha - riu com deboche, se guiando até o portão junto com Matheus, que ria da nossa cara.

– Poxa, porquê não chamou a gente ? - perguntou risonho

– Deixa pra próxima, parceiro - Paulo respondeu.

Matheus fez um joinha com o polegar.

Fiquei parada, observando os dois.

– Que foi ? Ainda está com paronoia, de que eles transaram?

– Estou - rugi - Argh! Vem vamos nos secar - desviei meu olhar dos pombinhos, e fui andando na frente em direção ao meu quarto, Paulo atrás de mim.

Peguei umas toalhas em meu guarda roupa, e joguei pra ele.

– Não acha que vá adiantar muito, masss - disse rindo.

– Posso tirar a roupa? E por pra secar ali na varanda, porquê com o sol que está, acho que dá pra dar uma secada - deu de ombros, e eu não considerei a idéia na maldade.

– Tudo bem, contanto que se enrole na toalha - dei de ombros, pegando novas peças de roupa, e indo ao banheiro. Coloquei um vestido soltinho, e sequei bem meu cabelo com a toalha, pois o mesmo pingava.

Ao sair pela porta do banheiro, fitei aquele traseiro divino do meu querido amigo, só de cueca box, que delicia era aquela? Cala boca Camila, menos. Ele se virou, e sorriu pra mim, acho que pela minha cara de batata.

– Desculpa - ele sorriu de lado, enrolando a toalha na cintura.

– Sem problemas - disse me sentando na cama, em seguida ele se sentou ao meu lado.

– E agora ? O que vamos fazer ?

– Não sei, acho que cansei - risos

Ele riu junto a mim, me dando um beliscão na barriga, eu resmunguei, o empurrando. Ficamos em silencio, o pensamento de Isa e Math voltaram em minha mente.

– Cami ? - Paulo me cutucou, me trazendo de volta a realidade.

Eu olhei em seus olhos, me acordando - Oi.

– Sabe, acho que não deve se preocupar com a Isa, afinal, ela sabe o que faz. O Matheus é um cara firmeza, é só você aconselhar ela a tomar cuidado, se prevenir e tal. Tirando isso. Pô meu, nessa idade a gente esta com fogo no rabo. Normal.

– Tem razão.

– Aproposito, você é virgem Camila? - Ele ainda olhava dentro dos meus olhos, eu desviei meu olhar do dele, engolindo a seco.

– Por quê, esta me perguntando isso agora ?

– Sei lá. Você não pode cobrar algo da sua irmã sem ser exemplo - ele riu - E também, somos amigos, mas eu sempre falei dos meus pegas, e você nunca. Você é né ? - ele disse enrolando a ponta do meu cabelo entre seus dedos, gelei, permanecendo muda.

– Não é? - ele inquiriu, soltando meu cabelo.

– Não.

– Não?

– É, não sou virgem - suspirei, olhando pra ele, desarmada.

– Nossa - ele arregalou os olhos, abrindo a boca e fechando.

– Que foi, Paulo? Eu não sou um monstro por isso, e outra, foi só uma vez - respirei fundo, melhor dizendo, foi hoje cedo né Camila.

– Desculpa, você não é nem um mostro. É que eu achei que fosse, pensei que fosse me contar, por algum motivo - ele deu de ombros - Com quem foi ? - ele arqueou a sobrancelha;

– Não quero mais falar sobre isso - fiz um bico torto, direcionando meu olhar pras minhas pernas.

– Está bem, vamos esquecer.

O silencio voltou.

– Só mais uma pergunta - ele deu uma risadinha, eu ri junto, mexendo a cabeça pra ele continuar.

– Você gostou? Se arrepende ?

– Não sei pra que, você esta tão curioso com este assunto. Cruzes - suspirei - Mas sim, foi ótimo, e não, não me arrependo - pisquei.

Ele sorriu de lado, se deitando sobre a cama, eu me deitei junto a ele, apoiando minha cabeça em seu peito, e cerrando os olhos.

– Só não vai roncar - ele sussurrou, alisando meu cabelo, eu dei uma meia risada.

Realmente, eu capotei, abri os olhos ainda com lentidão, observando pela janela o entardecer, o céu dando um OLÁ para as nuvens mais escuras, me revirei na cama, e não achei o Paulo. Passei a mão sobre minha face, me despertando e me levantei, o procurando no meu quarto, e nada. Resolvi passar no quarto da Isa.

– Algum paradeiro do Paulo?

– Ele foi embora, mandou dizer " tchau"

– Nossa, foi embora sem nem se despedir - cruzei os braços na altura do peito, um pouco ofendida.

– Ué, ele mandou dizer Tchau - ela riu - Ele não queria te acordar.

Eu assenti, desci, fiquei um pouco com meus pais que já haviam chegado, preferi não tocar no assunto de " sexo" com a Isa, depois em um dia que ela estiver mansa, eu falo.

Voltei para meu quarto, e peguei meu celular, tinha mensagem do Fernando

Caramba Mila, a cada dia que passa eu me apaixono mais. Hoje foi incrível.

Hoje foi incrível, como muitos dias incríveis que você deve ter tido com outras mulheres - pensei, e foi a hora de me torturar, antes de ir dormir. Realmente Fernando, vou ter que concordar com você, foi tão bom que me irrita, porque você é bom demais nisso, você me deixa louca, e eu não resisto a isso. Após pensamentos focados em Fernando, instantaneamente, me veio a Paulo em mente, e eu ri sozinha, relembrando de suas palhaças, daquele sorriso, e aquela bunda? Em seguida me lembrei do nosso beijo, no barzinho, e do beijo roubado no camp. Não é que o filha da mãe, sabe seduzir ?

Olha, eu ando com muito fogo ultimamente, melhor que faço é dormir, melhor jeito de escapar desses meus romances, que de romance não tem nada.

Masss, DROGA.

Antes de dormir, Fernando me liga.

– Oi coisa linda - ele disse todo animado.

– Olá - eu também disse empolgada, porque eu sempre sou a insuportável.

– Como esta minha princesa, mais linda desse mundo?

Eu ri - Fernando, já pode parar de veadagem, e ficar me enchendo de apelidos melosos.

– Certo, parei - ele riu - Eu estava estranhando mesmo você sendo gentil.

– Mas a gente nem conversou direito ainda.

– É, mas seu Oi foi animado, costuma ser sempre rude.

– Me senti uma bruxa agora.

– Bruxa não, só chata.

Rimos.

– Idiota. Respondendo sua pergunta, sim, estou bem, e você ?

– Estou ótimo!! - ele disse todo animadinho. - Gostosa.

– Você deveria se chamar Fernando encrenca.

– Mila, perdição.

– Até que eu gostei - eu sorri.

– Claro que gostou, você gosta muito de mim.

– Posso ser um pouco gentil, de novo?

– Com certeza - ele respondeu empolgado.

– Acho que o problema são esses seus olhos lindos, ou essa sua boca gostosa, ou o fato de nós dois sabermos que nunca daremos certo. Não sei exatamente o que é, só sei que tem alguma coisa que me faz te querer mais - eu fui falando, assim, sem pensar, pude ouvir ele soltar aquela risadinha fofa dele mistura com aquela cara de cafajeste dele, só de imaginar... - E quer saber? Tu é um filho da puta.

– E eu amo seus beijos, essa sua boca, nossa, seu cabelo que você nem faz questão de pentear, sua pele, sua barriga, seus peitos, sua bunda.

– Fernando!

Ele riu - É porque eu estou fascinado, como você é incrível, sua marra, nunca imaginei gostar de uma mina toda chata como você, que fala a verdade na cara, que odeia mimi. E sua risada? Eu amo tanto te fazer rir, seu cheiro, sua simpatia, sua grosseria - rimos- . Ao mesmo você é tão inocente, me da vontade de te pegar, cuidar de você, te proteger - ele suspirou - Você é encantadora.

Ficamos em silencio.

– Ultrapassamos o excesso de mimi por hoje.

Rimos - Boa noite - continuei, ouvindo ele respirar fundo do outro lado.

– Boa noite, Cami

Desliguei. É, tu é um filha da puta mesmo, mas eu gosto de você.


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