Funest Cupiditas escrita por Mrs Born to Lose, Davink


Capítulo 1
Praefatio prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom... Os títulos nunca serão em português então não estranhem essas macumbas em forma de nome kkkk'.Capítulo escrito por: Mrs. Suicidal(prólogo está curto, mas os capítulos terão em média de 1.500 a 4.000 palavras)



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"A boca do justo fala de sabedoria, e a sua língua irá proferir o julgamento. Bem-aventurado o homem que suporta a tentação, depois de ser testado irá receber a coroa da vida.
Oh senhor, fonte de bondade senhor, fogo divino, tenha piedade. O quão santa. Quão serena...Quão generosa.
Quão agradável.
O quão virgem... 'Oh, puro lírio!"

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Minhas roupas estão no chão, e o meu corpo desnudo.

A ponta de meus dedos caminham pela água morta e gélida, até que por fim tomo a coragem de atirar-me contra ela.
Um choque percorre a minha espinha, fazendo-me sentir calafrios. Podia identificar cada parte do meu corpo a resfriar-se.

Aquela era uma sensação antiga.

Caminho lentamente até a outra extremidade da piscina, desviando dos objetos e dos insetos que ali boiavam. Há quanto tempo não limpava aquilo? Nem mesmo eu saberia dizer.

Era estranho rever tudo o que me cercava. Como uma velha rotina deixada pra trás, que aos poucos é retomada, lhe causando nostalgia. Como um velho hábito. E como ele costumava dizer, vícios são sempre vícios e velhos hábitos não morrem tão cedo.

Sim, esses lhe perseguem como velhos amigos.
O cansaço tentava a todo custo tomar posse de meu corpo, porém não descansaria tão cedo.
Meus pés alcançam seus sedosos e acastanhados fios, fazendo-me sorrir. E é os seus cabelos que agarro a troco de trazer o seu corpo para a superfície.

Sim, eu realmente fiz bem em deixar seus fios crescerem, nesse meio tempo.

Fito sua face pálida e os seus olhos recentemente cerrados. Ele é um reflexo da impotência, agora.

Faço do sangue que se esvai de seu corpo o meu melhor batom, acariciando suas entranhas masculinizadas.

Eu realmente sinto pena de você, mas agora tu és apenas mais um brinquedo para a minha farta coleção. Me pergunto se são capazes de compreender o quanto mais tarde serão inúteis... Me pergunto se suas famílias, a esse ponto, sentem aquele mal-estar, retratado nas novelas, de quando um de seus entes queridos sofre um incidente.

Mas não me importo. Prefiro me lembrar da época em que era eu quem sofria os acidentes. Prefiro me lembrar que sempre fui vista como fraca. Prefiro pensar que não é uma vingança. Prefiro me enganar, outra vez... Os curativos coçam, e, para que não me ocupe com o que houve mais cedo, ponho-me a levar com certa dificuldade o seu corpo à banheira, localizada no quarto ao lado.

Maldição, isso é realmente um grande desafio. Talvez não pelo seu peso, já que tinha uma silhueta exemplar, mas pela altura, que dificultava a movimentação.

Verbo no passado... É tudo o que ele é, agora. Algo que nunca alguém conseguirá mudar, algo que já se foi, e tudo o que pode-se fazer é lamentar, e lamentar. Ele é um verbo no passado. Assim como já faço nesse momento, daqui a dois anos ninguém mais vai se importar com o que ele foi um dia. Um verbo no passado não tem direito de falar, não tem direito de opinar... Não tem mais vida. O que veio antes daquilo jamais voltará a importar.

Seus cabelos são cuidadosamente ajeitados para trás e sua face maquiada, cobrindo as rugas que se formavam pelo demasiado tempo que passou debaixo d'água. Visto seu corpo alvo com um vestido rendado em um tom preto e atiro-o, em inércia, contra uma das prateleiras a que repousavam aquelas dezenas de outros.

É certamente a hora de buscar algo novo para me entreter, mas essa noite, a diversão começa mais cedo.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado!Comentem! u-u~Chus de sangue