A Blue Box, An Time Lord and a Broke Heart Human. escrita por Srta Who


Capítulo 15
Mares Feitos de Tristeza e Solidão Também Secam


Notas iniciais do capítulo

oi gente, sorry não estar postando, mas como vocês comentaram eu dei um jeito de escrever, eu basicamente abdiquei da vida social e mesmo assim arrumei tempo para escrever porque eu amo vocês então comentem por favor.



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Mas, você só precisa da luz quando está escurecendo.

Só sente falta do sol, quando começa a nevar.

Só sabe que a ama quando a deixou ir

Só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo

Só odeia a estrada quando está com saudade de casa

Só sabe que a ama quando a deixou ir



Olhando para o teto no escuro

O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração

O amor chega devagar e passa muito rápido

Bem, você a vê quando dorme.

Mas para nunca tocar e nunca manter

Porque você a amava muito

E você mergulhou muito fundo

Let Her Go – Passenger.

Pensamentos do Doutor:

Ela... Ela... Ela disse, ela disse que me ama?

Foi isso ou eu estou delirando?

Eu estava deitado sozinho no meu quarto, com nada além da escuridão ao meu redor, eu tentava processar o que havia acontecido, mas era de mais pra mim,

eu a magoei, como jurei que nunca faria, eu sou um mentiroso?

Provavelmente.

Qual é o meu problema?

Como eu pude deixa-la ir?

Agora eu tenho pedras no lugar dos meus corações,

eles estão pesados, estão doendo, eu me odeio,

odeio quem eu sou,

odeio tê-la magoado,

odeio ter beijado Madame Pompadour,

odeio aquele maldito capitão pomposo.

Alguém poderia, por favor, me salvar?

Acho que estou me afogando.

Estou me afogando em minha própria magoa,

esse é o pior tipo de dor que alguém pode sentir,

eu olho ao redor, contemplo a escuridão que me cerca,

eu estou me afogando, estou no fundo do mar,

outra vez sozinho,

mas ninguém virá me salvar, eu afastei da única pessoa que conseguiria,

eu sou um idiota.

Continuei me revirando na cama com um tornado em minha cabeça me impossibilitando de dormir.

...

Passaram-se dias, semanas, nós raramente nos falávamos, fazíamos as refeições em horários diferentes para evitar nos vermos, e quando um dirigia a palavra ao outro geralmente não acabava bem, eu não sabia se ela ainda estava zangada comigo, provavelmente, ela não me deixava mais segurar sua mão, ou abraça-la ou ficar a menos de 30 centímetros de distância, nas nossas viagens não era diferente, apesar de fazermos tudo para salvar um ao outro depois o tratamento de gelo dela voltava, eu não a culpei uma só vez, a final a culpa tinha sido minha, mas o universo deveria me dar um crédito, eu fiz de tudo pra tentar me desculpar, eu a levei aos lugares mais bonitos, aos planetas mais incríveis, mas o máximo que eu conseguia sempre era um ''É legal'' ela era fria como nitrogênio liquido, dessa última vez eu a levei pra ver as auroras boreais de um planeta onde é noite durante 6 meses, ela gostou, disse ''Que lindo'' a pesar de eu saber que era realmente lindo soou irônico, não falou mais comigo depois disso, eu não merecia nada além daquilo...

Ela se tornava a cada dia mais independente, já não precisava de mim para explicar assuntos históricos ou mesmo alguns futurísticos, eu me sentia como um filhote que cresceu e que agora os donos o estão deixando de lado. Mas eu merecia o que ela estava fazendo comigo, então estava mais pra um filhote que fez bagunça e os donos estão com raiva.

Eu vivia consertando a nave, a Tardis reclamava na minha cabeça que eu tinha que parar de mexer nela ou então ela ia me dar choque até eu me regenerar, isso não seria de todo ruim, talvez Rose gostasse mais de mim com um novo rosto. Mas a Tardis não estava brincando, fez um fio se soltar e deu um choque na minha mão ''Tá bem, tá bem, entendi o recado'', eu me desenrosquei dos fios e fui a enfermaria pra passar alguma coisa na mancha roxo nas costas da minha mão. Chegando lá eu vi Rose, ela estava remexendo em algumas prateleiras de remédio.

–O que houve? Você está bem?

–Peguei um resfriado naquela droga de planeta, minha cabeça está estourando, e meu corpo doendo. Ela pegou um frasco verde. -Isso deve servir. Eu cheguei por trás e o tomei da mão dela, ela protestou, eu ignorei li a etiqueta. ''Ferafitaleta'', remédio do século 33 de um planeta que o nome não é importante agora pra eu me lembrar agora.

–É serve se você quiser se matar. Eu mexi em alguns potes. -A aspirina acabou, vai pro seu quarto, eu vou procurar algum que sirva pra você.

–Eu posso fazer isso sozinha. Ela tentou pegar o frasco de volta da minha mão, vantagem de ser alto? Eu simplesmente levantei o braço e ela não alcançou.

–Você pode me odiar, pode não querer falar comigo, mas sabe que é sua melhor opção.

–Ótimo. Ela grunhiu. Foi a primeira vez que ela falou mais de duas palavras sem gritar comigo.

P.O.V Rose.

–Doutor idiota, eu estava me virando muito bem sozinha. Eu falava pra mim mesma. Eu entrei no meu quarto me deitei na cama e me enrolei nos cobertores, fiz uma nota mental de pegar um livro sobre medicamentos o mais rápido possível, mas só depois que eu acabasse o que eu estava lendo, peguei o exemplar de ''Como vejo o mundo'' de Einstein, aquelas semanas sem nos falar eu estava devorando cada livro da biblioteca, e quando já estava de saco cheio de romances passei para os livros de física, computação, geografia, política, história, química, inglês, espanhol e agora até estava arranhando no alemão, eu não precisava aprender aquilo a Tardis ia traduzir tudo pra mim, mas eu precisava me distrair, até adquiri certo gosto pela matemática, eu entendia todas aquelas coisas agora, até quadrinhos eu estava lendo, eu comecei a pensar mais no que eu fazia, eu passei a usar roupas menos chamativas e a usar menos maquiagem, eu me sentia melhor assim, agora meu quarto era arrumado em vez da bagunça enorme que tinha nele, era bom ser responsável, eu me sentia mais adulta, e não como uma criança mimada, mas se tinha algo que eu não suportava era a cara daquele alienígena estúpido, quando eu olhava pra ele tudo que eu via era a imagem dele beijando Madame Pompadour, mas eu parei de ter pena de mim mesma, e em algum momento a raiva ser tornou apenas magoa, e um coração furioso apenas um coração partido. Enquanto eu lia as palavras de Einstein sobre a bomba atômica, algo muito pior do que ela entrou no meu quarto.

–Aqui. Ele disse. Ele tinha um prato com algo que parecia sopa.

–Cadê o remédio?

–Não achei nenhum que não fosse te matar ou te deixar verde, eu vou cuidar de você.

–Não preciso de ajuda. Não da sua.

–Eu sei que você me odeia...

–E não é que ele é inteligente? Falei com ironia.

–Me deixe terminar. Eu sei que me odeia, mas poderia pelo menos estender uma bandeira branca enquanto está doente? Só até você melhorar, e aí vai poder voltar a me tratar tão mal quanto antes.

–Feito. Eu disse desconfiada.

–Ótimo. Ele pegou o livro de minhas mãos educadamente e o colocou na mesinha ao lado da cama. Colocou algo que parecia com um termômetro na minha boca e murmurou algo que eu entendi como ''hummm... 36.9 graus, não está tão ruim''. Ele tentou me dar à sopa na boca, eu disse que podia me virar, mas ele insistiu. Quando acabei de comer ele mandou que me deitasse, ele me cobriu com mais um edredom e colocou um pano úmido em minha cabeça.

–Descanse, eu voltou pra trocar a toalha. Ele estava saindo, quando ele abriu a porta eu não resisti, tinha de perguntai.

–Porque está fazendo isso? Perguntei, não havia raiva, ou ironia na minha voz, ela soou até um pouco inocente.

–Você está doente.

–Não, não cuidar de mim, porque eu continuo aqui? Eu fui grossa com você o todos os dias desses três meses, e mesmo assim você não me manda ir em bora. Por quê? Ele fez uma cara de surpresa encostou a porta atrás de si.

–Bem, isso é porque você Rose Tyler... Ele falava enquanto chegava perto de mim, ele se ajoelhou e olhou nos meus olhos. -Você foi o primeiro rosto que esse rosto viu, e foi o primeiro rosto que mostrou o que é amor, misericórdia, e compaixão ao rosto que eu costumava ter, o nome ''Rose Tyler'' está marcado a ferro nos meus corações, eu não conseguiria te deixar ir nem que eu quisesse, eu estaria correndo de volta pra você e te abraçando antes que me desse conta. Mas eu sei que não posso passar o resto de minha vida com você, por tudo que há de mais sagrado eu sei.

–E quanto a Ártemis? Ela não te mostrou todas essas coisas? Quer dizer, ela poderia passar muitas vidas com você.

–Não, ele adorava guerras e conflitos, vi quase todas as guerras da terra em duas semanas com ela, era dura, calculista, e você viu como eu era quando me encontrou, nós iriamos destruir uma ao outro ou ao universo, mas você é diferente, diferente de tudo que eu já vi. Ele acariciou minha bochecha com o indicador. -Você, é doce, é calma, é carinhosa, você é Rose, é diferente, é especial, é humana. Ele deu um beijo no topo da minha cabeça e saiu, eu não me revoltei, eu não briguei com ele eu se quer gritei, naquele momento algo se remexeu no me coração e ele bateu mais forte, mas eu só podia estar delirando de febre tinha que ser isso, eu não me apaixonaria por ele de novo, eu não podia.

Eu ainda não sabia aquele dia, mas era tarde de mais, pra não me apaixonar por ele. Nos dias que se seguiram eu não consegui evitar olhar pra ele, ou de pensar nele, mas eu me repreendia mentalmente cada uma das vezes. Continuamos afastados, mas dia após dia a muralha que eu criei ia ruindo pedaço por pedaço, eu estava novamente ficando vulnerável a ele. E um dia na sala de controle tudo ruiu.

–Rose.

–O que?

–Lembra-se do seu aniversário?

–Não.

–Mentirosa. Faltou eu te dar um presente que te conferisse a paz interior, eu estive trabalhando nisso, por todo esse tempo, coloquei a Tardis pra fazer os cálculos, e eu consegui, estamos orbitando uma super nova, a imagem deve aparecer em poucos segundos.

–Do que você... Eu me vi numa imensa praia, estava nublado, o mar batia sonoramente contra as pedras, e havia alguém, uma mulher loira de casaco pesado preto, calça jeans e botas. Era... Era minha mãe.

–Doctor como?

–Não vai durar pra sempre, e você continua sendo apenas uma imagem, sem toque.

–MÃE! Eu gritei. Ela correu pra mim e tentou me abraçar, mas seus braços me atravessaram eu gelei, meu coração estava em queda livre até meus pés. -Sou apenas uma imagem mãe.

–Você parece um fantasma.

–Um momento. Disse o Doutor, ele girou a chave de fenda sônica, e apontou pra algum lugar.

–Melhorou? Perguntei. Ela balançou positivamente a cabeça.

–Como estão aqui?

–Acho que ainda havia sobrado uma fenda do outro universo, mas ela não é pra sempre, precisamos de muita energia pra continuar aqui, estamos orbitando uma super nova, ele está queimando um sol para eu poder te dizer adeus.

–Por Deus, isso é a cara dele, e o que houve com você? Está até falando como ele.

–Eu estou estudando.

–Acho melhor aquele alien não fazer nada de ruim contra você, se não eu passo para o outro universo só pra chutar o traseiro dele. Eu ri um pouco sabia que ela faria isso.

–Mais dois minutos Rose. O Doutor disse.

–Eu não sei o que dizer. As lágrimas começavam a escorrer por meus olhos enquanto eu sorria.

–Eu... Eu vou ter um bebê Rose.

–Mamãe isso é ótimo.

–A Torchwood continua funcionando Peete é o presidente, eu Mickey trabalhamos lá.

–Os defensores da terra. Eu sorri ao dizer isso.

–E quanto a você minha filha?

–Eu vou continuar com o Doutor, correr por ai a mesma velha vida.

–Você vai ficar bem? As lágrimas escorriam dos olhos dela. Eu balancei a cabeça positivamente.

–Eu te amo minha filha.

–É minha última chance de dizer isso de novo... Eu te amo mamãe. A fenda se fechou, eu não vi mais a praia, eu estava na nave chorando desconsolada, eu coloquei as mãos na frente dos olhos.

–Não, ainda não, eu tenho tanto que te dizer mamãe, ainda não, eu não quero que vá.

As lágrimas quentes desciam por meus olhos, o doutor me abraçou, foi o primeiro em meses, e era exatamente o que eu precisava, eu escondi a cabeça em seu peito e chorei tanto quanto pude. Os muros de resistência do meu coração caíram, era tarde de mais, eu continuava apaixonada por ele.


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