I Don't Wanna Miss a Thing escrita por Bruna Herrera


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha, voltei! Estou escrevendo esta que provavelmente será um One Shot. Vejamos mais para frente.Beijos e ótima leitura!



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Ele estava em sua porta, contendo o grito na garganta. Aquela seria sua última noite em Starling City, talvez sua última noite de vida, talvez sua última noite com ela. Ele pousou sua mão sobre a porta e respirou fundo. Teria que fazer dar certo. A ordem era fazer o seu último anoitecer com Felicity durar para sempre.
Batera a porta, jamais gostara de campainha, sabia o quanto elas poderiam ser armas mortais nesses últimos seis anos. Ele ouviu um murmúrio. Sorriu triste. Como ele poderia sobreviver sem ela? Era como tirar o ar de seus pulmões.
Ela abriu a porta com uma frigideira na mão. Era por isso que esperava, ver surpresa e emoção. Ele precisava sugar aquela expressão estupefata no rosto alvo e bem delineado. No inferno onde estaria no dia seguinte não havia anjos, e jamais haveriam de ser como ela.
– Oliver! - Algo beirando a surpresa. - Aconteceu algo com a Sara? E Dig, Lyla, onde estão?
Ele olhou atentamente a linda mulher a sua frente, de cima abaixo. Olhou as pantufas de panda com uma calça de bichinhos, a blusinha branca, que lhe dava um ar de menina. Sua menina, para sempre.
– Não, ela está ótima. - Deu-lhe um sorriso envolvente, um sorriso que treinou por horas para esconder a dor de seu coração, não que fosse de mentira, mas não compensava a dor dilacerante de deixá-la sozinha. - Eu estava no quarteirão e reconheci a descrição de seu prédio. Resolvi fazer uma visita.
– Uma da manhã? - Ela colocou as mãos delicadas na cintura desacreditando na história. - Não acha um pouco tarde? Vamos mocinho, entre antes que peça pra você dormir no tapete do corredor. - Ela sorriu e ele desconectou-se do mundo por segundos. Esse seria o sorriso que lhe fazia suportar as torturas da Liga.
– Obrigado. - Entrou dando uma pequena olhada ao redor. Era a sua primeira vez ali. Aconchegante, verdadeiramente um lar. Um lar que ele nunca iria ter, especialmente porque não teria os braços dela, seus lábios e seu corpo ardente. - Lindo esse seu apartamento. Parabéns!
– Obrigada! Quer beber alguma coisa? Vinho ...
– Obrigado. - Ele queria se lembrar de tudo, então isso implicava em não beber, porém ela fez uma careta. - Não quero misturar nada com o que já bebi hoje com Thea, ela testa cada bebida estranha para a nova carta do Verdant.
– Lembranças de Corto Maltese, eu acho.
– Talvez. - Sorriu Oliver preguiçosamente. - Refrigerante seria ótimo.
Ela foi a cozinha e ele foi atrás, não queria perder mais nada dela, tudo lhe fascinava, tudo lhe chamava a atenção. De suas pernas torneadas escondidas pela calça até seus cabelos esvoaçantes. Linda!
Oliver precipitou seus pensamentos pecaminosos e pensou em Felicity no auge da paixão, em seus braços, gritando seu nome incontáveis vezes, retumbando o som do espaço que seria dali em diante só deles. Queria fazer amor com ela em todo o apartamento, permanecer em suas lembranças quando olhasse seu sofá, seu tapete, pias ou chuveiro. Queria ardentemente que ela olhasse com amor para sua cama e não conseguisse ver outro homem ali que não fosse ele, e que fosse tão somente ele o único, que não fizesse sentido existir outro homem em sua vida, somente Oliver Queen. Quanto egoísmo de sua parte.
– OLIVER! - Ela gritou tirando-o do transe.
– Perdão. - Ele teve a certeza de ter ficado extremamente vermelho. E a viu sorrir derretida. No breve olhar de Felicity viu amor, fervor e magia.
– Quer água gelada? - Ela perguntou
– Não! - Ele se aproximou. - Quero algo quente. - Seus olhos denunciavam perigo e sedução para ela. O pecado necessário, o sabor do desejo dando contexto ao paladar. - Muito quente. - Sussurrou no ouvido dela, fazendo-a arrepiar. - Pizza.
– O que? - Ela abriu os olhos com a voz furiosa. Ele deu seu sorriso mais travesso e foi quando ela o fuzilou com olhos cobiçantes.
– Você me paga Oliver Queen.
– Te dou o que quiser. Sou seu, minha rainha.
– Não bajule demais. Eu posso mandar você pra longe.
– Sua boca me leva ao céu, o que acha que pode acontecer se eu amar você? - Ele acariciou os lábios de Felicity. - Pra onde irei?
– Terá que confiar em mim.

Foram para a sala e lá ficaram até a pizza chegar. Quando pegou a bandeja quente e cheirosa, levou até o sofá, encontrando-a arrumando tudo na mesa de centro.
– Isso é delicioso. - Disse Felicity lambendo os lábios logo na primeira mordida. - "Você com certeza é.", pensou Oliver a beira de uma excitação. - Hum! - Sonorizou ela enquanto mastigava. - Tenho uma surpresa pra você. - Ela saiu de onde estavam para logo voltar com um bolo. Entrou cantando-lhe parabéns e ali ele se lembrou do próprio aniversário.
Desde que voltara da ilha, jamais comemorava seu aniversário, preferia dar aos amigos um dia livre e ficar sozinho, como sempre fora. Mas naquela noite, sua última noite, não queria estar sozinho, queria estar com ela, sentindo sua energia dando-lhe forças para fazer o que faria.
– Faça um pedido antes de soprar. - Ela colocou o bolo na mesinha de centro e ajoelhou-se ao lado dele no tapete, ansiosa.
Ele fechou os olhos e por um longo tempo ficou em silêncio, seu queixo se contraiu e ela pensou que ele poderia até chorar. Mas ele simplesmente os abriu e perscrutando-a com desejo, prendeu-lhe a curiosidade.
– Sei que não posso perguntar isso, mas o que você pediu? - Disse hipnotizada pelos olhos azuis de Oliver.
Antes que ela pudesse dizer algo mais, ele beijou-a com volúpia, necessidade, poder. Seu beijo foi breve, mas incendiou o coração de ambos.
Quando faltou-lhes o ar, separaram-se, apenas encostando os narizes, sedentos e livres, desprovidos de seus próprios medos.
– Oliver! - Ela sussurrou baixo e manhosa.
– Tudo há seu tempo, querida. Nossa noite só está começando. Vou te amar muito mais do só que assim.

E assim, ele o bolo delicioso que ela havia feito. Deliciou-se com o chocolate belga que havia comprado, seu doce secreto desde pequeno, quando o pai trazia para ele das viagens para a Europa.
– É o bolo mais gostoso que já provei na vida. - Disse ele de boca cheia.
– Não precisa ser gentil, Oliver.
– Sério, está realmente bom. - Ele olhou para o som e resolveu apimentar um pouco as coisas. - Que tal fazermos outra coisa?
– O que? - Ela perguntou vendo-o se levantar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? O que será que vai acontecer nesta noite tão linda e especial??COMENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM! Beijos e até a próxima. ^^