Capítulo 17
Tudo de mim!

Capitulo anterior...
— Então, você já sabe o que vai fazer quanto ao Potter e o Weasley?_ disse Blásio seguindo o mesmo ritmo que Draco andava...
— O que Pansy está fazendo acordada a essa hora da manhã?
— Bom dia pra você também Blásio_ murmurou a jovem loira revirando os olhos e cruzando os braços.
Blásio não responde só olha pra ela serrando os olhos e logo em seguida se direciona pra Draco esperando explicação.
— Pansy vai me ajudar com o Plano_ explica o loiro.
— Está bem,_ responde a loira aproximando ameaçadoramente do garoto enquanto este se recua andando pra traz _ mais eu só vou fazer isso por que você me prometeu_ Draco sente suas costas baterem em uma das colunas do corredor_ que hoje você será todinho meu_ ela coloca o dedo indicador no peito do rapaz e com isso quando seus lábios quase se tocaram a loira deu um rosnado felino dando um pequeno susto em Draco e se afastou, indo em direção à sala de aula.
    Draco ainda encostado na coluna solta o ar que estava prendendo meio aliviado e depois murmura em voz baixa.
    _ Maluca_ e segue para a sala de aula.
— Isso_ diz a loira ao se aproximar de novo e puxa o moreno pela gravata e gruda seus lábios nos dele.
    O moreno foi pego de surpresa e ficou meio sem reação, logo o que percebeu que estava acontecendo ali, o moreno alevanta as mãos para afastar a loira, mais assim que ia o fazer ele ouve uma voz conhecida.
    _ HARRY?_ Era Gina.
— Por favor, não faz isso_ sussurrou o moreno já temendo o que viria depois_ Gina, por favor, eu te am...
    _ Acabou_ cortou Gina.
    Harry não conseguiu dizer uma palavra, aquelas palavras fez seu corpo congelar e seu coração parecia que tinha sido esfaqueado.
    _ Agora você está livre pra ficar com quem quiser_ e com isso ela da às costas pra ele, deixando o garoto parado no corredor vazio.
— Mais eu só vim lembrar que eu cumprir com a minha parte, agora falta VOCÊ cumprir com a sua. Eu espero que você não amarele afinal você fez uma promessa_ provocou ela.
Draco tira os braços dela por volta de si e aperta com um pouquinho mais de força.
— Os Malfoys nunca amarelam_ disse ele com sua voz rouca emanando ferocidade_ e muito menos descumprimos promessa_ e solta o braço dela.
       _ Uau, adoro esse seu lado selvagem_ diz ela fazendo um leve rugido como uma leoa_ muito bem então, eu te espero às seis horas na sala precisa, e é bom que saiba_ diz ela segurando o pela mandíbula_ que eu não tolero atraso_ e depois de dar um rápido beijo em seus lábios Draco observa enquanto a jovem loira se afasta dobrando para o corredor mais próximo.
Continua...  

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Agora...
    Só faltavam 10 minutos para acabar a aula de artimância, mais Draco estava totalmente desligado. Daqui a dez minutos iria se encontra com Pansy na sala precisa. Seu estômago se remoeu desconfortavelmente com o pensamento, mais se conteve. Afinal era com Pansy que iria se encontrar, e por mais desagradável que seja já fizera com ela antes não tinha por que ele ficar nervoso. Mais não demorou muito pra saber que Draco não estava nervoso porque daqui a pouco iria transar com Pansy, e sim porque algo no seu braço formigou e logo ele já sabia por que. Voldemort quer se encontrar com ele. Draco teve que fazer força pra não se contorcer de agonia na sala, e por mais que serrasse os punhos até suas unhas se cravarem em suas mãos a dor não parava até que ele pode ouvir a voz em sua cabeça.  “Venha me ver, amanhã de manhã, sem atrasos”.
    Draco contorceu o pescoço torcendo-a para o lado e pra trás e voltou a olhar pra frente. Sempre fazia isso quando Voldemort se comunicava com ele através da marca. Era como se o sangue fervesse através das veias de seu pescoço, subindo a cabeça.
A dor ia diminuindo de vagar, a marca parou de balancear como se a cobra marcada estivesse viva, contorcendo-se de um lado para o outro.
Até que a dor parou por completo.
O que será que Voldemort poderia querer agora? Com certeza não o chamou somente para devolver sua varinha.  Com certeza era mais alguma coisa que ele quer que realize como governador. Como se ele fosse um fantoche, um boneco de madeira que conseguia controlar com as mãos.
Então era isso, ele não passava de um boneco de madeira nas mãos de Voldemort.
Hermione veio a sua cabeça: “Draco seja lá quem seja essa pessoa, ela pode ser perigosa. Voldemort está controlando ele agora e coisas ruins podem acontecer daqui pra frente”.
    “Perigoso”... “Coisas ruins podem acontecer”... “Voldemort”...
    Tudo se passava em sua cabeça como um sussurro. Draco serra os punhos. Ela esta certa. Ele é uma pessoa perigosa agora. O braço direito de Voldemort.
    Os punhos de Draco relaxaram quando ele ouviu o sinal tocar. As aulas tinham terminado. Como um reflexo ele pega seus livros e sai da sala de aula imediatamente.

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    _ VOCÊ TRAIU A MINHA IRMÃ?_ os berros de Rony soaram como um alto falante por toda a floresta.
    _ Não eu não traí... Rony escuta...
    _ Cara o que te deu na cabeça de trair a minha irmã? E com a Pansy?_ dizia ele com desdém ao soar o nome da Pansy.
    _ Rony_ Harry parou de caminhar, suas botas arrastaram no chão com o ato imediato_ Pela milésima vez. Eu não... trair... a Gina, foi um acidente.
    _ Ah claro foi um acidente_ Rony joga as mão pra cima_ Então como é que foi? Você tropeçou e seus lábios e caiu nos dela por acidente?_ disse ironicamente.
    _ Eu quero dizer que armaram pra mim. Rony por favor, você é meu melhor amigo, tem que acreditar em mim.
    Rony passa as mãos pelos cabelos nervosamente.
    _ E Gina como é que está?
    _ Ela terminou comigo, como você acha que ela esta?
    Rony soltou um ar de frustração.
    _ Ah Cara. Isso vai dificultar as coisas?
    _ Eu sei, é por isso que eu estou te pedindo ajuda.
    _ E o que você quer que eu faça? Gina é minha irmã e você é o meu melhor amigo.
    _ E é por isso que você tem que acreditar em mim_ Harry já estava com tristeza no olhar_ Rony, eu não fiz isso.
    Rony olha pro Harry e nem precisou pensar muito.
    _ Está bem_ disse ele_ Eu acredito em você.
    _ Obrigado_ Harry suspira aliviado.
    _ Só mais uma coisa.
    _ O que...
    Rony da um soco bem no meio da cara de Harry que cai no chão com o golpe.
    _ Mais que Porr*_ Harry reclama segurando o nariz que por sinal estava sangrando.
    _ Isso foi pela minha irmã_ falou Rony e se aproximou do amigo e o ajuda a levantar_ Você está bem?
    _ Estou_ exclama o moreno já de pé_ Está melhor agora?_ Pergunta a Rony.
    _ Muito_ diz o ruivo_ Mais não posso dizer o mesmo sobre Gina_ e volta a caminhar.
    _ Eu sei_ diz Harry seguindo o amigo.
    _ Mais acho que ela vai ficar feliz por eu ter te dado um soco na cara...
E suas vozes desapareceram com forme os dois fora caminhando, entrando cada vez mais na floresta negra.

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    Draco andou pelos corredores sem presa alguma de chegar à sala precisa. A cada passo que dava, não parava de pensar nas coisas que Hermione havia dito a ele.
...“Sei que você ainda é um comensal, E SEI TAMBÉM, QUE VOCÊ AINDA CONTINUA O MESMO GAROTO ASQUEROSO E DESPREZÍVEL DO JEITO QUE SEMPRE FOI”...
...“Estou falando do seu simples ábto de demonstrar capacidade em me matar, mais você nunca o faz. Porque Malfoy? Se você queria mesmo que eu não contasse nada pra ninguém, porque não acabou logo com isso, ao invés de me fazer passar por isso tudo?”...
...“OLHA O QUE VOLDEMORT ESTA FAZENDO COM VOCÊ? VOCÊ ESTA VIRANDO UM COMENSAL ESTÚPIDO QUE NEM SEU PAI.”...
... “Draco, não minta mais, eu sei que você não quer mais fazer isso. Eu ouvir a sua conversa com o Snape. Sei que você só esta fazendo isso por que seus pais o estão obrigando”...
Draco balança a cabeça despachando a voz de Hermione.
Mais que droga. Ela não saia da cabeça dele, todas as coisas que dizia a forma que ela olhava pra ele a cada palavra citada.
Ela tinha razão, ele não queria mais fazer isso, mais não por que seus pais estão o obrigando e sim porque Voldemort é que estava o obrigando, praticamente ameaçando. Se ele não fizesse o que ele manda seus pais pagariam as consequências. Ele não passava de um fantoche.
Draco para diante de uma porta que apareceu do nada, distante de todos os corredores. Assim que passa por ela, Pansy já estava lá, deitada de bruços em uma cama redonda com cobertas vermelhas de cetim. O ambiente todo estava com cheiro de limão e canela, de cara dava pra perceber que era por causa das velas aromáticas que estavam espelhadas por todo o lugar.
— Por que demorou tanto?_ disse Pansy levantando-se um pouco, ficando de quatro engatinhando sobre a cama como um gato não tirando os olhos dele _ Quase fiquei entediada de tanto esperar.
— Ao contrario de você eu quis assistir a ultima aula_ Disse ele caminhando indo até uma das cabeceiras ao lado da cama onde ele havia imaginado uma garrafa de vinho branco que apareceu de imediato_ Não tive a menor pressa de vir até aqui_ depois de ter se servido em uma taça ele tomou um gole.
Pansy olha pra ele.
— Adoro quando você se faz de difícil_ ela se alevanta ficando de joelhos sobre a cama e desabotoa os primeiros botões do seu uniforme exibindo uma lingerie vermelho sangue_ me deixa tão excitada.
Draco olha pra ela mais não diz nada, só da de ombros e toma mais um gole de vinho, mais antes que ele termine de beber a taça toda Pansy puxa seu braço tomando a taça para si e bebe o ultima gole.
— Podemos começar querido?_ a loira puxa o Sonserino pelo o sinto da calça, fazendo vir mais perto.
Pansy deposita a taça na cabeceira e de um jeito envolvente da um beijo cheio de luxuria no garoto que não se afasta, só termina de tira a blusa dela que já estava totalmente desabotoada e joga pra longe. Enquanto isso Pansy tira a gravata dele e joga no chão e logo em seguida desabotoa os botões da camisa de Draco e pelo o colarinho mesmo, puxa-o mais pra perto até que seus corpos se colem e Pansy foi deitando pra traz bem de vagar conduzindo Draco pra cima de si até que sentiu suas costas se aconchegarem completamente sobre a colcha macia.
“Sabe Malfoy, eu tenho pena de você”, a voz de Hermione se ecoará em sua cabeça novamente “você sempre teve esse ar de superioridade, sempre se gabando do dinheiro que tem mais, você nunca teve alguém que se importa-se, é como se nunca tivesse sido amado, é como se nunca tivesse amado ninguém”.
Pansy muda de posição e fica por cima de Draco e desabotoa a própria saia tirando a de vagar ficando a apenas de lingerie. Draco tenta se concentra nela, mais sua cabeça não deixa.
“A minha vida já virou um inferno, desde o primeiro momento que você tocou em mim”.
Pansy sentada por cima dele com uma perna de cada lado do seu quadril, desliza os dedos no abdômen do loiro desenhando com suavidade fazendo Draco se arrepiar e fecha os olhos soltando um ar de excitação. Pansy sabia o quanto aquilo o excitava.
“Eu sei que você não quer mais fazer isso”... “Draco, eu sei que você não é assim”.
— NÃO_ Draco berrou de repente fazendo Pansy da um pulo.
— O que?
Mais Draco não disse nada só agarrou a loira pela nuca e a beijou, assim não teria que dar explicações.
Pansy retribui o beijo com mais excitação ainda passando as mãos pelos abdomes do loiro.
“Você nem se quer sabe o que é amor”... “Você nunca deve ter amado alguém não é?”... “E com certeza ninguém nunca deve ter te amado também”
Esses últimos pensamentos Draco se esquivou em agonia, mais não parou o beijo. Pansy desceu o beijo a até o pescoço do loiro enquanto esse passa a mão por todo o corpo da jovem Sonserina.
“Draco você não precisa mais fazer isso, vem pro nosso lado, ajude a Ordem a combater essa batalha”.
Pansy com seus movimentos sedutores foi abaixando o beijo indo até o peito de garoto.
“Rony foi o único garoto que eu amei e sempre vou amar”
— Não_ Draco sussurrou baixinho o que pra Pansy pareceu mais um ar de excitação.
“Eu sinto muito... Por tudo o que está acontecendo”.
 Com isso a loira pega um pouco mais de distancia ficando de joelho e colocando as mãos por trás das costas a loira solta o sutiã e o tira completamente o largando no chão. Ela ficou parada olhando pra ele mordendo os lábios deixando que ele aprecie a visão.
De repente os cabelos loiros ultra claros passou a serem castanhos e ondulados, seus olhos agora eram castanhos muito delicados, e seu rosto mais suave. Não era mais Pansy ali em cima de si, e a ultima voz ecoou na sua cabeça.
“Shiii... Não fique assustado... Você tem a mim... E eu só tenho você...”.
Pansy o beija novamente com um pouco mais de urgência e ferocidade, o corpo de Draco passou a corresponder mais ao toque da Sonserina que abaixou o beijo até o pescoço puxando suavemente os cabelos loiros de Draco fazendo ele se excitar.
— Ah Granger...
— O QUE?
    Os gritos de Pansy foram tão intensos que Draco mal teve tempo de processar o que acabou de acontecer.
— Do que você me chamou?_ diz ela com desdém na voz_ Você me chamou de... Granger? Sinceramente Draco como você se atreve a confundir o MEU nome com a daquela sangue-ruim imunda?... Eu sou muito mais que isso e você sabe muito bem que... Aonde você vai?_ emendou ela depois que Draco a empurrou para o lado e saiu da cama de imediato.
— Preciso resolver uma coisas_ diz ele abotoando a camisa apressadamente e pegando a gravata que estava no chão.
Pansy cobre seus seios com lençol vermelho de cetim.
— Não se atreva a me deixar aqui sozinha_ ordenou ela serrando os dentes.
Draco nem colocou a gravata, só pendurou no seu pescoço.
— Você já deve ter feito isso sozinha muitas vezes, pode sobreviver sem mim_ E com um sorriso de canto da meia volta indo em direção aporta.
— Draco volta aqui, não me deixe aqui sozinha DRACO_ mais era tarde Draco já havia saído.

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Passarinhos cantando, o vento soprando, as folhas de outono das arvores balançantes caindo no gramado verde às pétalas de dente de leão esvoaçantes deixando escapar algumas pétalas finas e brancas.
Hermione tentava imaginar de onde tudo aquilo era tão familiar. Ao ver o lago um pouco mais a frente que ele pode se lembra. Ela estava no jardim da cabana no lago, isso mesmo, ela estava do lado de fora da cabana, estava livre.
O vento soprando sem seus cabelos fazendo seu vestido totalmente branco esvoaçarem e trazendo um aroma diferente. Espera ai? Aroma? Aquilo era perfume, e ela pode notar que não era o cheiro de rosas, era um perfume suave e forte ao mesmo tempo, ela não conseguia decifrar muito bem o que era. Mais era agradável.
Foi quando percebeu de que não estava sozinha, ao sentir uma mão forte a tocar pelos ombros ela quase deu um salto ao se virar e se deparar com Draco.
Ela poderia aproveitar que estava livre e correr, mais não, seu corpo não se moveu. Ao ver o seu rosto suave e seu olhar a luz do sol mirando-a, algo na claridade daquele olhar fez algo dentro de si mudar. Ela não tinha mais medo. Ele também estava com vestes brancas, mais não era só isso que mudava o semblante dele. Com o primeiro botão do colarinho aberto ela pode notar que não havia macas, as marcas com os símbolos estranhos não estavam mais lá. Ele estava limpo.
Ao desviar os olhos pra cima novamente ela pode ver que ele estava sorrindo pra ela, não um sorrido frio, cheio de ironia e doentio que ele sempre dava pra ela. Era um sorriso sincero.
— Draco?... O que esta acontecendo?
Ele toca no rosto dela com delicadeza e reponde suavemente.
— Eu só quero dar tudo de mim.

A sensação de havia alguém a observando fez Hermione despertar, ela abriu os olhos lentamente piscando um pouco, ela olhava ao redor e percebeu que tudo estava no lugar, o ambiente estava meio escuro mais ela pode notar que ainda tinha um restinho de sol lá fora.
Hermione não acostumava a dormir de tarde, mais o tédio que estava tomando sobre aquele lugar fez com que ele não tivesse muita escolha. Ao sentar na cama e olhar pros lados a morena percebeu que havia algo diferente no quarto, mais ela não sabia bem o que era. E observando um pouco o local tentou perceber alguma coisa que não estava no lugar, a pilha de livros na estante, as louças na pia já lavadas, o cesto de frutas por cima da bancada, a gravata por cima da poltrona... Espera ai? Gravata?  
Tinha alguém ali. E só olhando para o lado pela a grande portar de vidro da sacada que ela pode ver que havia um garoto de cabelos loiro platinados parado na sacada de costas pra ela e com as mãos apoiadas na grade.
Hermione acende a lamparina do lado da cama.
— Draco_ disse.
Ele não se moveu. O sol tinha começado a se por como uma torrente de fogo. Do outro lado do jardim, a floresta negra estava mais calma. As arvores não pareciam se mover mesmo com o vento soprando.  Draco estava apoiado na grade como se estivesse exausto, como se pretendesse cair sobre as pontas afiadas como lanças e dar um fim a tudo.
Com cuidado Hermione colocou as pernas pra fora da cama e se coloca de pé. Draco não deu qualquer sinal ter escutado ela se aproximar e se colocar do lado dele. Dali a sacada que estava no terceiro andar mostrava uma descida vertiginosa até os paralelepípedos a baixo.
— Draco_ disse novamente_ O que esta fazendo?
Ele não olhou pra ela. Estava olhando a floresta, um contorno preto contra o céu avermelhado. Formas escuras se moviam nas margens do rio.
— Agora eu entendo_ disse Draco sem olhar pra ela_, o que queria me dizer no outro dia. Sobre mim e Voldemort_ Olhou para paisagem_ Eu não passo de um boneco nas mãos dele.
— Draco_ Mione estava confusa_ Draco, o que ouve, o que aconteceu?
Ele segurou a grade com mais força, os dedos embranquecendo. A marca negra ainda no braço esquerdo a fez lembrar do sonho que acabara de ter. Sem marcas, sem arranhões, sem preocupações faciais.
— Devia ter sabido_ disse_ que isso ia acontecer. Que Voldemort pretendia comigo quando ele me escolheu, ele disse que eu seria livre quando Dombledore for morto, eu e meus pais. Snape sempre elogia minhas habilidades em termos de tática, mais alguém com esse talento não confia tão cegamente. Fui um idiota.
— Snape acha que a culpa é dele, seus pais acham que a culpa são deles, eu acho que a culpa é minha_ disse Hermione com impaciência_ Não podemos todos nos dar o luxo de nos culpar, podemos?
— Culpa sua?_ Draco parecia confuso_ Por Voldemort ainda está vivo isso não me parece...
— Por não ter contado a ninguém o que eu sei_ disse Mione. Só falar em voz alta fez com que parecesse que seu peito estava sendo esmagado_ Por eles confiarem em mim e eu ter me acovardado e não dizer nada.
Draco dá de ombro.
— Você disse que os amava_ disse_ era seus amigos.
— Ainda são_ disse Hermione_ e ainda os amo. Mais agora eu sei, mesmo sendo tarde que amar não é querer proteger de tudo e contra todos, e sim correr riscos. Acho que todos mentimos pra nós mesmos ás vezes.
— Sim_ Draco parecia tenso e distante_ suponho que sim.
Rapidamente, Mione disse:
— Eu queria te dizer uma coisa. Vai me deixar dizer?
— Diga_ a voz dele estava exalta.
— Tudo o que você me disse_ começou_ sobre seus pais... Sobre o que Voldemort esta fazendo com você através deles_ ela suspirou_ Eu vejo que... Estamos passando pelas mesmas coisas.
Draco não diz nada.
— Voldemort esta ameaçando você, e se não fizer o que ele quer ele os mata_ Hermione prosseguiu meio desorientada_ Pois eu fiz o mesmo, eu mentir quando disse que só tirei a memória deles para que não sofressem se caso eu morresse na ultima guerra... Mais na verdade eu... Eu fiz isso para que os comensais não os encontrem, fazendo com que eles mesmos pensem que não são mais os Grangers e...
— Os comensais nunca iriam atrás deles, Granger. Ele está tão entretido com o Plano que nem se quer para pra pensar no que está acontecendo ao redor. Nunca iria se importar com isso_ Não havia vida e nem sentimentos na voz de Draco. Ele simplesmente relatava um fato.
— Pensei..._ A animação de Hermione ia desaparecendo rapidamente_ Que fosse ficar ao menos um pouco comovido. Achei que talvez possamos nos tornar... amigos_ ela viu a linha da garganta dele se mover ao engolir em seco, as mão endureceram novamente contra a grade_ como amigo_ continuou ela diminuindo a voz _ Passei a admira-lo Draco. Passei a entender o seu lado_ esticou o braço, com a intenção de tocar a mão dele, mas recuou, assustada com a tensão na postura dele, a brancura das juntas que agarravam a grade de metal. As marcas negras na curvatura do seu pescoço se destacavam o que fez Hermione pensar que Draco usa um feitiço de disfarce para escondê-las dos alunos de Hogwarts._ Pensei que talvez...
Finalmente Draco se virou para olhar diretamente pra ela. Hermione olha pra ele surpresa com o ato imediato e se fascina com a forma que ele olha pra ela. Algo que a fez se lembra do sonho, do sorriso, do olhar sincero, os cabelos estavam bagunçados que esvoaçavam com a brisa do vento, e a camisa com alguns botões abertos. O que será que ele tem feito?
“Eu só quero dar tudo de mim”
— Vem aqui_ foi o que disse ao invés. Não havia nada de convidativo em sua voz, ou na postura. Hermione combateu o instinto de se encolher e foi pra perto dele, próxima o suficiente para que ele pudesse toca-la. Ele esticou as mãos e tocou gentilmente seu cabelo, afastando as mechas sobre o rosto_ Hermione_ disse ele mirando os lábios dela.

What would I do without your smart mouth
(O que eu faria sem a sua boca inteligente)

Drawing me in, and you kicking me out
(Me atraindo, e você me afastando).
Olhou pra ele. Tirando a vez que ele chegou à cabana todo ferido e perturbado era a primeira vez que ele dizia seu nome tão delicadamente. Olhando-a nos olhos. Os olhos eram da mesma cor que o céu manchado de fumaça, ele era lindo ela não podia negar. Queria toca-lo, de um jeito instintivo que não conseguia explicar ou controlar. O que está acontecendo? Porque estava pensando assim? Ele está tão diferente. Naquele momento ela só queria saber o que se passava na cabeça dele.

Got my head spinning, no kidding, I can’t pin you down
(Minha cabeça está girando, sério, eu não consigo te decifrar)

What’s going on in that beautiful mind
(O que está acontecendo nessa mente linda?)

I’m on your magical mystery ride
(Estou em sua jornada mágica e misteriosa)
Era algo inexplicável, olhar naqueles olhos castanhos era como mergulhar em mar de alegria, esperança, algo que ele desconhecia totalmente. Ficar perto dela era como levar um feitiço de magnetização, algo incontrolável, difícil de não se sentir atraído.
 Atraído! Essa era a palavra. Sentia-se atraído por ela e embora ele quisesse saber o porquê, naquele momento, olhando pra ela, tocando em seus cabelos, essa era ultima coisa que ele queria pensar.

And I’m so dizzy, don’t know what hit me, but I’ll be alright
(E eu estou tão tonto, não sei o que me atingiu, mas eu ficarei bem)

My head’s under water
(Minha cabeça está debaixo de água)

But I’m breathing fine
(Mas eu estou respirando bem)

You’re crazy and I’m out of my mind
(Você está louca e eu estou fora de mim)
Quando ele se inclinou para beija-la, ela se esforçou ao máximo para se segurar até que os lábios deles encontrassem os dela.
‘Cause all of me
(Porque tudo de mim)

Loves all of you
(Ama tudo de você)

Love your curves and all your edges
(Ama as suas curvas e seus limites)

All your perfect imperfections
(Todas as suas imperfeições perfeitas)
A boca de Draco tocou a dela, que sentia um gosto forte e ao mesmo tempo doce e suave, o sabor que a fazia ter certeza de que ele havia bebido vinho. Ele a pegou pelos ombros e a puxou para perto, com os dedos entrelaçando o tecido fino da camisola cor de pérola.
Give your all to me
(Me dê tudo de você)

I’ll give my all to you
(Eu darei tudo de mim para você)

You’re my end and my beginning
(Você é o meu fim e o meu começo)

Even when I lose I’m winning
(Mesmo quando eu perco estou ganhando)

‘Cause I give you all, all of me
(Porque eu te dou tudo, tudo de mim)

And you give me all, all of you
(E você me dá tudo, tudo de você)
Não havia força, não havia urgência, o beijo era agradável.
 O vento soprava esvoaçando os cabelos dos dois, o sol já havia sumido na linha do horizonte fazendo o céu escurecer aos poucos deixando o ambiente azulado, um crepúsculo perfeito.  
How many times do I have to tell you
(Quantas vezes eu tenho que te dizer)

Even when you’re crying you’re beautiful too
(Mesmo chorando você é linda também)

The world is beating you down, I’m around through every mood
(O mundo está te castigando, eu estou por perto acompanhando tudo)

Draco passa suas mão levemente até a cintura fina de Hermione puxando-a pra mais perto até que seus corpos grudassem. Não conseguia parar, era mais forte que ele mesmo, precisava disso, precisava ceder a esse desejo incontrolável. Apertou mais o abraço na cintura dela obrigando a castanha á enlaçar seus braços no seu pescoço.    
You’re my downfall, you’re my muse
(Você é minha ruína, você é minha musa)

My worst distraction, my rhythm and blues
(Minha pior distração, meu ritmo e minha melodia)

I can’t stop singing, it’s ringing, in my head for you
(Eu não posso parar de cantar, está tocando, em minha mente para você)

Hermione mais do que a cabana, sentiu-se pressa á onda poderosa que a ameaçava com seus balanço, comprimindo e partindo seu corpo, destruindo-a com a suavidade com que o mar destruiria um pedaço de vidro. Seus dedos passavam suavemente pelos cabelos sedosos de Draco, gesto que o provocou um arrepio. Mais o que estava fazendo?... Ela queria isso? De repente estava cedendo assim sem nenhuma explicação? Estava se deixando levar pela grande onda?
 
My head’s under water
(Minha cabeça está debaixo de água)

But I’m breathing fine
(Mas eu estou respirando bem)

You’re crazy and I’m out of my mind
(Você está louca e eu estou fora de mim)

‘Cause all of me
(Porque tudo de mim)

Loves all of you
(Ama tudo de você)

Love your curves and all your edges
(Ama as suas curvas e seus limites)

All your perfect imperfections
(Todas as suas imperfeições perfeitas)

Give your all to me
(Me dê tudo de você)

I’ll give my all to you
(Eu darei tudo de mim para você)

You’re my end and my beginning
(Você é o meu fim e o meu começo)

Even when I lose I’m winning
(Mesmo quando eu perder estarei ganhando)

Dois corpos se correspondendo, dois coração batendo aceleradamente, Duas mentes se perguntando, o que esta acontecendo?
‘Cause I give you all of me
(Porque eu te dou tudo, tudo de mim)
And you give me all, all of you
(E você me dá tudo, tudo de você)

    Um mistério que nenhum dos dois queria desvendar naquele momento. Eles somente queriam estar ali...

I give you all, all of me
(Eu lhe dou tudo, tudo de mim)
... Se comunicando através do toque... e se afogando... Através...  
And you give me all, all of you
(E você me dá tudo, tudo de você)
... De um beijo...
Continua...