Evelyn acordou. Ela se sentia estranha, diferente. Era como se estivesse mais leve mas também pensamentos diferentes passavam por sua cabeça.

– Onde estou? – ela perguntou em voz alta.

Tudo ao seu redor era escuro e tenebroso. Um homem alto usando roupas pretas e de aparência velha, veio ao seu encontro. Ela já o tinha visto. Era o mesmo cara que falava com ela antes dela adormecer.

– Está pronta?

– Quem é você?

– Desculpe querida, mas já perdi tempo de mais com você aqui. Eu realmente tenho mais o que fazer.

Evelyn estava confusa. Ele dizia aquilo como se esperasse algo dela.

– O que é isso? Eu não me lembro como vim parar aqui. Você me sequestrou?

– Sua mente está se dissipando, porque passou tempo de mais em lugar nenhum. Uma alma não pode ficar esse tempo todo simplesmente sem fazer nada. – ele explicou. – Preciso que aceite e venha comigo. Agora Evelyn.

– Não antes de você me dizer quem é você, e o que eu faço aqui.

– Acontece, querida , que eu já lhe disse. – ele caminhou um pouco mais a frente na escuridão. – O problema de se ter empregados é que, eles podem falhar. E quando falham, o problema retorna para você. Não permitirei que isso aconteça mais. Já era para você estar em seu lugar, isso aqui já ´passou dos limites.

– Do que você esta falando? – evy perguntou inconformada com tanta falação sem respostas.

– Se eu te disser quem sou, mais uma vez, e explicar o que está acontecendo, você vira comigo. Sem perguntas e sem resistência, ouviu?

– Porque eu obedeceria você? – ela desafiou.

– Porque sou a morte Evelyn. Você morreu e um dos meus empregados não conseguiu segurar sua alma envenenada e rebelde. Então tive que vir por conta própria te levar pro seu lugar. – ele afirmou, olhando nos olhos dela.

– Como assim? Eu morri?

O homem deu um suspiro, como se já tivesse passado por aquilo. Então ele levantou uma das mãos e colocou na testa da moça.

– Pela última vez, veja.

Evy conseguiu ver como se estivesse acontecendo ali no momento, alguns flashs dela em frente à Castiel, de Crowley segurando-a nos braços e depois dela no céu. Ela se lembrou embora não entendesse porque Crowley chorava enquanto ela estava morta.

O homem tirou a mão, fazendo-a se afastar um pouco.

– Agora vem a parte difícil... – o homem disse baixo, depois limpou a garganta. – Você precisa vir comigo, Evelyn. Vou leva-la para o seu lugar. – e estendeu a mão.

Evy fez o sinal de não com a cabeça. O homem suspirou novamente.

– Jamais em toda minha carreira, encontrei uma alma tão teimosa como a sua garota! – ele exclamou olhando-a.

Evy sentiu medo, coisa que não estava sentindo antes.

– Para onde você vai me levar se eu for com você?

– Você saberá- ele disse estendendo a mão novamente.

– Não! Eu quero saber para onde vou!

– Não faz parte da minha política dizer. Ouça garota, eu sou uma coisa bem maior do que você pode imaginar. Sorte sua não ser do meu feitio destruir almas simplesmente porque estão tomando meu tempo, mas você já me desafiou demais. Ou vem agora para onde tem que ir, sem perguntas, ou então não vai para lugar nenhum. Vou destruí-la.

Evelyn ponderou por alguns segundos. Embora sua mente estivesse confusa, ela ainda sabia que deveria obedecer, pois estava com medo. Então, relutantemente, ela estendeu a mão de volta. Segurou os dedos gélidos do homem. Quando ela olhou em seu rosto, pôde ver sua verdadeira forma. Era assustadoramente horripilante. Ela desviou o olhar e tentou tirar a mão. Mas era como se estivesse presa à ele.

– Finalmente. – ele disse. – Uma vez que aceitou não pode voltar atrás.

Ela ouvia ele dizendo até a voz estava diferente, como se fosse retorcida. Só por ter tocado nele, aquilo tudo havia mudado. Então ela abraçou o que devia fazer e mergulhou em direção ao desconhecido.

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– Então é o seguinte. – Charlotte dizia – A alma de Evelyn pode estar em qualquer lugar agora. Purgatório, céu, lugar nenhum, a casinha do Crowley... Pode até ter sido destruída pelo que sabemos.

– Então como vamos acha-la? – Dean perguntou.

– Para sua sorte bonitão, eu sou esperta. Beijei a Evelyn antes de nos separarmos.

– Você o que? – Sam perguntou.

– Beijei ela. Qual é gente? Eu tinha bebido um feitiço. Então os lábios dela também ficaram com a substância. Isso significa que onde ela for parar, se refizermos o feitiço, será possível acha-la.

– É... até que foi bem pensado. – Dean comentou - Mas vem cá o ruiva, se você sabia que a Evelyn viria para nos destruir, porque deu nossa localização pra ela ein?

– Primeiro porque eu não sabia que um anjo iria arrancar o coração dela. – ele fitou Castiel, que desviou o olhar. – E também porque o feitiço que envenenou a alma dela poderia ser neutralizado por vocês.

– Ta´mas não sabemos como fazer isso. – Sam disse

– Mas depois que Evelyn contasse a vocês iriam saber. Sei que arrumariam um jeito, sempre arrumam. – ela disse e sorriu.

– Sobre o feitiço que você falou, precisamos fazê-lo logo. – Castiel se pronunciou.

– Tudo bem, então vamos lá. – ela começou a citar os ingredientes que Castiel foi ouvindo e se preparando para ir buscar.

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– Sr. Crowley? Temos uma nova chegada que o senhor deve verificar.

Crowley estava em um quarto, colocando suas roupas.

– Pra que eu pago uma secretária se ela não pode fazer essas coisas simples para mim.

– Mas o senhor não me paga nada...

– Vai começar a reclamar agora?

– Não senhor, eu só acho que o senhor gostaria de ver isso.

– Estou ocupado. Tenho que ir à superfície fazer o que meus empregados emprestáveis como você não fazem. – ele disse colocando o terno.

– Mas senhor, vai querer ver isto.

– Qual parte do estou muito ocupado para ver novas almas você ainda não entendeu? – ele disse borrifando perfume.

– Sr. Crowley, a alma de Evelyn Salt acaba de chegar ao inferno.

– Evy? – ele disse parando. – Minha Evy?

– Sim senhor. – A moça disse com um sorriso.

– Ora, sua idiota, porque não disse logo? – ele disse e desapareceu.

– Mas eu... – ela sussurrou depois saiu também.

Crowley chegou a um local grande cheio de demons, que trabalhavam em alguma coisa. Alguns estavam em volta de uma quantidade grande de fumaça negra que se formava perto a um tonel.

– Evy, amorzinho, você voltou.

A fumaça se virou para ele, como se dissesse algo.

– Sou eu, seu Crowley. – ele disse sorrindo. – Como não sabe quem eu sou? O que vocês fizeram com ela? – ele apontou para uma quantidade de demons.

Eles balançaram a cabeça assustados. A fumaça de espalhou como se procurasse algo.

– O corpo! Onde está o corpo dela? Tragam rápido. – Crowley dizia desesperado. – Talvez se ela voltar ao próprio corpo a memoria melhore.

Uns caras levaram o corpo, cinza e frio de Evelyn até os braços de Crowley.

– Aqui está querida.

Ele apontou e fumaça foi até ele quase que imediatamente. Depois entrou totalmente no corpo fazendo com que imediatamente ela abrisse os olhos.

– Evy? – Crowley perguntou.

– Quem é você... – ela disse baixo primeiramente – Me solta seu otário!

– O que? – ele perguntou confuso.

Evelyn saiu dos braços dele, deixando-o totalmente sem ação.

– Que lugar é esse? Quem são vocês?! – ela perguntou, parecendo furiosa.

Crowley observou aquilo perplexo, arregalando os olhos. Ele não podia acreditar no que ela havia se tornado. Aquela seria a Evy pela qual ele se apaixonara?