O lado negro e o lado laranja escrita por LadyKrueger


Capítulo 2
Laranja


Notas iniciais do capítulo

Então, cap novo! ^^ Espero que gostem, prfvr, deixem comentários, isso ajudaria muito T~T
E boa leitura!



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Linda flor que se abre, por favor, me diz: Porque as pessoas machucam umas as outras?

~Laranja

E mais uma vez, estou em uma manhã rotineira. Todas as manhãs, aquele mesmo céu, apenas o silêncio, poderia dizer que me importo com uma vida tão ''só'' mas a verdade é que, não me importo. Sim, moro sozinha, desde que perdi meus pais por conta de brigas e desentendimentos, eu era muito pequena, apenas o meu irmão mais velho via o meu estado emocional e de como aquilo me afetava, até que um dia, ele me tomou nos braços e fomos embora, viemos parar nessa pequena cidade chamada ''Karakura'', confesso que foi alguns anos felizes, mesmo com dificuldades pra me ingressar na escola, a vida que eu e o meu irmão levávamos era pacifica e boa. Mas como nem tudo é como a gente planeja, quando eu menos esperava me vi desamparada e mais uma vez sem chão, como se a minha família tivesse sido destruída outra vez, aqueles tombos que a vida nos dá. Um deles foi ter perdido meu irmão, e posso dizer que foi o pior.

Começar tudo de novo, mas dessa vez, por conta própria. Claro que não foi fácil engolir tudo isso. Mas a vida segue e levo no pensamento suas palavras, aquelas que ele me disse antes de partir.

Deixando o passado um pouco de lado meu nome é Inoue Orihime, ''hime'' ''princesa'' odeio quando alguns garotos tiram proveito disso, mas agora posso dizer que sigo um estilo de vida bastante normal, sou estudante de medicina, e uso o meu conhecimento para trabalhar meio período em um hospital não muito longe da minha casa, a verdade é que eu nasci com um dom. E esse dom é cuidar das pessoas e me importar com elas, só me pergunto porque não sou assim comigo mesma. Desde que entrei no hospital e presenciei tantas vidas pedindo ajuda e as mesmas sofrendo sem dizer nada, eu vi que seria útil naquele lugar. É como se algo me dissesse todas as vezes que eu deveria estar ali. Nada pode pagar as experiências que vivencio e os sentimentos que sinto.

Amigos, bom, acho que todos precisam de um ou alguns. Não sou totalmente interativa com as outras pessoas ou com os outros estudantes da faculdade, mas sempre me chamam para reuniões depois das aulas ou encontros em grupos, não vejo o porque de estar com eles, mesmo a alegria deles muitas vezes me contagiando. Permaneço ali.

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Aquela velha implicância com a segunda-feira, acordo me espreguiçando e aos poucos me livrando da cama. Primeiro a faculdade e depois o trabalho. Sempre que me olho no espelho, tenho aquela inquietação em relação ao meu cabelo, as vezes tenho aquela enorme vontade de muda-lo, mas lembro que nada disso irá mudar ou de alguma forma fazer com que a minha vida fique diferente...

No caminho, percebo que estou mais desleixada que o normal, naturalmente eu não me importaria, só fica chato quando tem alguém pra comentar. Meu rosto um tanto redondo com maças quase sempre rosadas, pele pálida e olhos castanhos, meia altura, não muito baixo e nem muito alta, não me pareço com uma modelo de roupas de inverno, mas também não chego a ser uma zé ninguém.

As aulas na faculdade nunca são o bastante, sempre tenho que revisar tudo depois. Na sala de aula, tem um garoto que sempre senta do meu lado, chamado Ishida Uryuu o estilo de garoto intelectual, mantém as notas no auge e tem um rosto bastante atraente até, no primeiro dia de aula diziam que ele seria o professor, por sua aparência mais velha e comportamento mas a verdade é, que as vezes fica até difícil olhar para o lado, ele sempre me olha e fica observando e quando decido olhar, ele disfarça. Muitas meninas já me alertaram que ele é afim de mim e nunca teve coragem de me chamar pra sair, nem preciso dizer que mal dei atenção aos boatos.

O professor é a pessoa mais picareta depois de mim, por isso, é vitima de bullying muitas vezes, agradeço por esse não ser eu.

Quando o sinal tocou juntei minhas coisas para ir para a biblioteca para dar um estudada antes de ir para o trabalho no hospital, lá é um dos lugares que mais que sinto calma e confortável, devido a falta de pessoas por lá, mas dessa vez foi diferente. Enquanto eu passava os dedos levemente sobre os livros na prateleira os mesmos se encontraram com os dedos de alguém. Era Ishida.

– Inoue... E-er, pode ficar com ele se quiser. - Se referindo ao livro-

– A-ah, tudo bem pra você? - Dei um sorriso meio de lado, confesso que me intimidei, ainda mais agora que parei olhando diretamente para ele, era realmente bonito.

– Não, tudo bem. - Ele voltou o olhar para baixo, mas qual é o problema dessa garoto?

– Bom, fico feliz de ver que não sou a única pessoa que me interesso por tais assuntos.

Ele volta o olhar para mim e com um leve esforço:

– Se não fosse um incomodo pra você, será que não poderíamos, sentar e conversar um pouco? Já que só tem um livro poderíamos trocar idéias.

Essa não, me socializar? Mas ele parece tanto... comigo, bom, vale a pena tentar.

– Tudo bem então.

Perdi as horas de quando tempo conversamos, sobre faculdade, os planos que fizemos para depois que isso tudo terminasse, descobri um lado do Ishida que eu nunca imaginaria. Ele também me perguntou um monte de coisas relacionados ao que eu iria querer e como é trabalhar em um hospital ainda estudando. Não me importei em contar algumas coisas pra ele, mas acontece que a hora correu, e por 40 minutos eu estava totalmente atrasada.

– Essa não, perdi a noção do tempo, Ishida, pode ficar com o livro, e-eu preciso ir! - Disse me levantando e deixando algumas coisas caírem no chão - Desastrada como sempre.

Ishida me ajudou e se ofereceu para me levar, mas recusei.

– Desculpe por ter tomado seu tempo, sinto muito mesmo...

– Que isso, acho que mesmo sozinha eu arrumaria um jeito de me atrasar - Um sorriso meio sem jeito.

– Até mais, te vejo, amanhã?

– Amanhã, bom trabalho.

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Quando estava praticamente correndo até o hospital, me deparei com uma criança chorando muito em uma das pistas principais do outro lado da rua, passando pela calçada, não consegui ignorar, ele parecia tão frágil, inseguro e perdido. Eu não pude ignorar.

–Garotinho? Você se perdeu? Cadê sua mãe? - Acabei percebendo que fiz perguntas de mais para uma pequena criança.

Em choros ele apenas enxugou me olhou por segundos e virou o rosto em alegria, aparentemente seria sua mãe do outro lado da rua, a satisfação por te-la achado, mas a felicidade falou mais alto e indis paradamente ele correu até ela, sem mesmo perceber que logo em sua direção estava a vim um carro que estava totalmente sem controle, no calor do momento fui correndo até o garoto e o empurrei, em fração de segundos vi o motorista do carro na tentativa de frear, mas era tarde.

Aquilo foi inexplicável, não sentia dor, nem mesmo algo de errado, já tinha testemunhado muitas vítimas de atropelamento, mas nenhum dos sintomas eu sentia, me lembro de na hora pensar na morte, mas tudo estava tão, escuro. Me perguntava em pensamento se o garoto estava bem e se tinha encontrado sua mãe, tentei imaginar os dois indo embora felizes, mas...

Quando eu finalmente abri os olhos, não estava acreditando no que estava vendo, meu corpo, ele estava flutuando, mas como!? Eu pensei, o medo de morrer era tão grande que demorei a perceber que alguém tinha me tomado nos braços. Sua sutileza e delicadeza era tanta que eu mal poderia dizer que seria vítima de um atropelamento, aquelas... Asas!? Batiam levemente, tão finas e escuras, a visão estava totalmente embaçada, mas aos pucos, fui enxergando de novo.

Aqueles olhos.

Nunca poderei me esquecer, tão verdes e solitários, como se estivesse esperando que eu reagisse, mas aquilo me imobilizou, os cabelos negros sobre os olhos, não poderia ser humano, sua pele era tão pálida que me fez levar a mão ao seu rosto, vi que no momento em que sua maçã do rosto encostou na palma da minha mão, ele teve uma pequena reação, uma pele fria como noite de inverno, por algum motivo, me sentia segura, mesmo sendo salva por um anjo.

Um anjo caído.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Até o próximo cap!



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