A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 38
Inimigas virando amigas?


Notas iniciais do capítulo

Hey Blackberries ( nome que vou chamar minhas leitoras *_*)
— Desviando das pedras - Desculpem pelo atraso, mas não consegui escrever o capitulo antes! Mas pronto, aí está!
Antes de tudo, quero agradecer a Jeeh Cullen pela LINDA RECOMENDAÇÃO! MENINA, EU TE AMO ♥ Muito, muito, muito obrigada! Me emocionei viu? Esse capitulo é dedicado a voce flor!
Só queria dizer antes que, desculpem se esse capitulo não ficou bom mas é que acho que não consegui me expressar muito bem nele ;(
Enfim, espero que gostem! BOA LEITURA!



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POV JULI.

Abro os olhos e vejo o teto rodando um pouco. Passo a mão no rosto e depois da tontura ter passado me sento na cama devagar e encaro o quarto da fazenda. Me lembro de ter encontrado a fazenda com Vicente e de não ter parado de correr e acabar batendo contra Melissa. Faço careta escuto soluços vindos do lado da cama.
Giro a cabeça procurando quem chorava e quando meus olhos pousam em Melissa do outro lado do quarto com a cabeça apoiada nos joelhos em cima da cama minha boca se abre. Franzo a testa e fico a encarando. Ela também não desmaiou? E se desmaiou deve ter acordado primeiro do que eu... É, tenho um sério problema em acordar sempre por último.
Balanço a cabeça e me concentro na morena encolhida na cama tentando abafar os soluços. Mordo o lábio tentando decidir se deveria ir até lá ou não. Bem, Melissa é uma cobra e não merece ajuda.
Mas ela também é uma pessoa e se estiver passando mal? É meu dever como pessoa e boa cidadã a ajudar não?
Não, não, não Julia! A decisão é sua e não desse anjinho e desse diabinho ambos ao seu lado.
Respiro fundo e a minha consciencia solidária fala mais alto:

– Melissa? - a chamo e a garota levanta o rosto rapidamente dos braços me olhamdo com os olhos vermelhos e arregalados.

– Não era para voce me ver nesse estado - ela resmunga seca e limpa o rosto, me dando as costas e ficando a encarar a parede á sua frente. Suspiro contendo uma resposta venenosa.

– Voce está...bem? - arrisco e ela fica calada. Um minuto depois ainda esperando, Melissa se vira para mim com os olhos marejados.

– Por que quer saber? Voce deveria estar feliz de me ver assim. - sua pergunta me fez ficar calada. - Viu, voce é tão falsa ao ponto de não responder.

– Não sou falsa. Apenas não quero guardar rancor de todas as coisas que voce já me disse e já fez. - levanto e caminho até parar de frente a ela.

Encaro Melissa no fundo dos seus olhos e de repente um soluço imrrompe da garganta dela e logo ela está aos prantos outra vez. Fico estática no lugar sem saber o que fazer. Não sei como agir quando vejo uma pessoa chorando, devo abraçá - la e pronunciar palavras de conforto, que mesmo sabendo que são falsas vão ajudar? Ou devo permanecer de braços cruzados?
E o pior é quando se trata da minha inimiga.
Eu fico ali, com os braços cruzados enquanto vejo a seguinte cena: Melissa, a vadia que odeio se matando de tanto chorar, com o rosto imundado em lágrimas e com altos soluços que tenho certeza que dá para escutar do outro lado da porta. Suspiro e descruzo os braços, me sentando na ponta da cama e esticando minha mão, tocando no braço da morena.

–Ei, está tudo bem. - murmuro receosa e de repente ela se joga em cima de mim, me abraçando apertado.

Fico sem reação e resolvo deixar ela ali, me abraçando. Dois minutos depois resolvo a abraçar de volta e vejam só, inimigas desde do começo do ano agora se abraçando. E eu a confortando.

– Desculpe por isso. - Melissa se desculpa soltando os braços de mim. Ela me encara envergonhada e eu sorrio? Sim.

– Não foi nada.

– Tá, que seja. Mas se voce contar para alguém o que aconteceu aqui juro que transformo sua vida num inferno pior. - ela ameaça e eu reviro os olhos. Essa sim é a Melissa que todos conhecem.

– Que seja. - digo grossa e me levanto da cama, caminhando até a porta e a abrindo. Coloco a cabeça para o lado de fora mas não vejo e nem escuto ninguém.
Estranho.

Volto a fechar a porta e retorno para a cama. Me deito e fico fitando o teto a cima. Respiro fundo e vejo os raios do sol se pondo entrando pela janela. O que quer dizer que daqui a pouco iremos embora da fazenda. Solto mais um suspiro e ouço Melissa se revirar na cama ao lado, reviro os olhos.

– O que voce tem contra mim, Melissa? - resolvo perguntar me virando para encará - la e logo sua boca se abre e volta a fechar.

– Por que acha que tenho algo contra voce? - retruca se sentando na cama e eu a imito.

– Sério? - sorrio cínica e ela respira fundo.

– Ok, eu conto Julia. - Melissa gesticula ao espaço vago a sua frente e eu me levanto, sentando ali. - Só não tire suas conclusões antes que eu acabe.

Assinto confusa com o que ela pode contar. A observo respirar fundo e colocar uma parte de cabelo atrás da orelha.

– Na verdade eu não tenho nada contra voce Julia, só não gosto de voce por simplesmente me fazer lembrar da Isabela. - abro a boca mas Melissa me cala com um gesto - Acredite, voces são muito parecidas. Não fisicamente, claro que não. Mas de personalidade vísivel.
Acredite em mim, eu não era essa pessoa de hoje em dia antes. Eu só me tornei no que sou por conta de tragédias passadas, onde envolve a minha relação com a Isabella, o Vicente e o Marcelo.

– Eu não estou entendendo. - confesso frustrada.

– Mas vai entender. Antes de te contar o que aconteceu no passado, quero deixar claro que o que irei contar não só faz parte da minha vida como também da do Vicente e do marcelo. - concordo e ela continua - Há alguns anos atrás a Isabela ainda era viva. Ela era a típica garota corajosa e que todos gostavam, mas ela era má as vezes, fazia coisas escondido dos pais e das pessoas que a veneravam. Um dia, no meio do ano ela ficou de olho no Vicente que já era meu amigo na época, e então eu apresentei os dois. Semanas depois eles estavam namorando e eu estava feliz. Faziam um casal bonito.
Mas tudo mudou quando Isabela colocou os olhos no Marcelo, que logo chamou sua atenção. Ela todo dia dava desculpas aos nossos amigos e ao Vicente, só para ir ''ajudar Marcelo com os estudos''. E ela sempre me contava de como Marcelo era um cara legal e perfeito. Eu achava meio estranho já que a Isabela namorava, mas resolvi não contrariar. Aí depois de muito ouvir sobre como Marcelo era incrível eu acabei, bem... gostando dele, mas não cheguei a falar com a minha melhor amiga sobre isso. Fiquei na minha, continuando todos os dias a ver os dois rindo enquanto estudavam e me remoendo também.
E em um dia, resolvi perguntar para Isabela porque ela fazia aquilo com Vicente, e ela me respondeu que ''gostava mesmo de Marcelo, só não tinha coragem para falar com o atual namorado''. Achei aquilo horrível, mas boba como era aceitei calada. E durante o resto do ano fiquei observando a bilhante encenação que Isabela fazia, e olha que ela até conseguiu entrar na banda que Vicente e os amigos formaram, ela era boa. - Melissa para de contar e seca algumas lágrimas.

– Se não quiser... - ela me corta e eu olho para baixo.

– Não. - respira fundo e fita o nada a sua frente - Como ia dizendo, tudo para Isabela estava indo bem.Era popular na escola, namorava Vicente e cada vez ficava mais próxima de Marcelo... Até o dia que eu ia passando pelos corredores e Marcelo me parou para me contar que precisava falar comigo. Logo eu me animei e pedi para ele contar, o que foi um erro. Ele contou que estava apaixonado pela minha amiga e que os dois estavam namorando... E foi aí que tudo mudou. No exato momento Isabela e Vicente iam passando pelo mesmo corredor e ouviram a conversa. Logo eu, que ainda estava atormentada pela revelação, vi só duas figuras lutando no chão e percebi que era Vicente e Marcelo brigando. Não sei muito bem o que aconteceu porque estava tão desorientada, só me lembro de uma correria grande no corredor, da Isabela gritando e logo do Vicente começar a gritar com a Isabela por ela o ter traído.
Eu juro como tentei fazer alguma coisa, ajudar minha amiga naquela situação, mas a única coisa que fiz foi ver a Isabela sair correndo do internato transtornada e eu ir atrás dela. Logo a encontrei saindo pelos portões que estavam aberto e daí aconteceu, a doce e popular Isabela tinha atravessado a rua sem olhar para a pista e acabou sendo acertada em cheio por um carro a alta velocidade... O carro a esmagou completamente. Minha amiga morreu na hora e eu não pude a ajudar.

Ao acabar Melissa já chorava descontroladamente e eu sentia meus olhos pinicarem. Se isso realmente tinha acontecido eu... eu não sabia o que fazer. Essa era a verdadeira história? Então é por isso que Marcelo e Vicente não se entendem, o meu deus!

– Eu nem sei o que dizer, mas... - encaro Melissa e logo ela pula da cama, tentando correr em direção a porta. - Voce não vai me deixar cheia de dúvidas. Entendo tudo o que voce passou melissa, mas agora quero saber o por que de todos me compararem com a Isabela. - rosno e a garota me encara com os olhos raivosos.

– Porque todos sabem que voce vai acabar fazendo o que ela fez sua idiota. Vai acabar fazendo da vida de Vicente uma merda outra vez, vai acabar indo embora e magoando a todos como a minha ex- amiga fez. Só por isso Juli, só por isso não deixei voce e nem ninguém mais se aproximar de mim e da vida daqueles dois. - ela diz e eu a solto bruscamente, em choque total.

Dei um passo para trás e encarei Melissa perplexa. Agora eu entendia o receio e o ódio dela por mim, entendia todas as vezes que ela só quis me afastar de Vicente e dos outros... Eu era como Isabela. Mesmo eu não sabendo eu era, não era? Mas não podia ser, eu nunca faria o que ela fez com o...
Meus olhos se enchem de água e abano a cabeça. Eu posso ser como a Isabela sim, afinal mesmo estando gostando de Vicente continuo dando esperanças cegas a Marcelo.

– Eu entendo voce. - falei e vi a morena me encarar confusa limpando o rosto - Não que seja do seu interesse Melissa, mas já passei diversas vezes pelo que voce passou.

– Do que está falando? - ela pergunta com a voz falha e eu abro um sorriso sem humor.

– De perder as pessoas importantes em nossa vida. Voce não faz ideia de quantas vezes isso já aconteceu comigo Melissa, quando nasci minha mãe morreu por minha culpa, cresci sem o amor do meu pai por achar que ele me culpava, quando criança perdi meu avo e agora, vejamos só: Meu pai está a beira da morte. Ás vezes pode não parecer, mas isso me afeta, e muito. E queria dizer que não preciso de voce como inimiga, só preciso que as pessoas parem de me julgar e atacar antes de me conhecerem. E não, não se preocupe pois eu não vou fazer ninguém sofrer. - afirmo com uma lágrima rolando pela minha bochecha.

– E como voce pode ter tanta certeza? - Melissa pergunta com a voz tremula.

– Porque antes de fazer isso, prometo me afastar. Antes de fazer um de voces sofrerem, prefiro ir embora. - admito e respiro fundo, olhando para os meus pés.

Eu sabia o porque daquela promessa. Eu já estava fazendo Vicente sofrer, como ele mesmo admitiu. E teria que dar um jeito nisso.

Supreendentemente vejo a mão de Melissa a frente do meu rosto, secando minha lágrima.Levanto a cabeça fazendo uma careta e escuto a risada fina dela. A encaro e lá estava ela, com a mão estendida a minha frente e com um sorriso presunçoso no rosto.

– Para que essa mão? - questiono com a sobrancelha levantada.

– Não dificulta as coisas Lacoste, já é dificil deixar o papel de vadia má para mim. - ri e abana a cabeça - Quero uma trégua. Voce acaba de me provar que não é igual a Isabela como pensei, e quem sabe a gente possa virar...

– Amigas? - chuto e Melissa assente rindo.

Penso um pouco e olho seriamente para a morena na minha frente. Faço cara de soberania, mas logo gargalho e aperto a mão dela. Logo etávamos nós duas rindo uma da cara da outra pelos vestígios de lágrimas e olha que estranho: Não me senti momento nenhum estranha em ser amiga da minha inimiga. Era como se, combinássemos muito bem, mas ao mesmo tempo fossemos tão diferentes.
Um tempo depois de ficarmos conversando no quarto, nos desculpamos por tudo e eu me perguntei se Melissa ainda não gostava de Marcelo.. Mas isso ficaria para outro dia, pois a pergunta dela me pegou totalmente desprevinida:

– Voce está apaoxionada pelo Vicente, não está? - engasgo com a saliva mas logo me recompnho.

– Como? - berro e Melissa ri encolhendo os ombros. Como aquela ex- vadia sabia disso?

– Vamos Juli, está bem na cara. - ela rebate e eu sinto minhas bochechaas corarem - HAHA!

– Não diria apaixonada eu... Arg, ele é um idiota! - resmungo cruzando os braços e Melissa ri alto.

– O idiota que voce ama - diz ela se levantando da cama e correndo até a porta rindo e gritando: ''Juli está apaixonada''

Me levanto alarmada da cama e sigo atrás de Melissa saindo do quarto a correr. Corro atrás dela pela grande casa e acabamos as duas saindo para a varanda, onde a maioria das pessoas estavam e onde Vicente estava sentado nos degraus despreocupadamente ( o que o deixava bastante sexy). Abano a cabeça desviando a atenção dele e estreito os olhos quando vejo Melissa começar a gritar.

– JULI ESTÁ A...- me desespero e acabo pulando nas costas de Melissa, a fazendo se calar e acabar se desiquilibrando e caindo pulando o murinho da varanda, o que acabou me levando junto.

Quando sinto meu corpo dolorido pela queda e tento tirar Melissa de cima de mim escuto as risadas dos outros. Resmungo junto com Melissa e encaro as sombras que se projetaram ao nosso redor. Dou um sorriso e aceno para Matilde, Alberto e as meninas junto com os meninos.

– Vejo que acordaram com disposição meninas. - Alberto comenta rindo e eu sorrio amarelo.

– E por que estavam brigando? - André pergunta e todos concordam.

Olho para Melissa ao meu lado e nós duas juntas, respondemos:

– Não estávamos brigando. Agora somos amigas. - e assim as pessoas e principalmente Vicente e Marcelo nos olharam entre o meio das pessoas, como se fóssemos ETS.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero ver muitos comentarios viu?
Obrigada por tudo suas lindas e até o próximo.


Ps: Pode ser que eu divulgue alguns spoilers dos próximos no grupo do Whats, ok?

Beijos, AMO VOCES



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