A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 34
Verdades - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!
Desculpem pelo atraso mas aqui estou eu. E antes de lerem o capítulo queria deixar claro que o que falar mais sobre a gangue aqui será esclarecido para frente ok?
E o capito está dividido em duas partes pois o meu computador bugou no site do Nyah e eu tive que mandar para o meu celular e postar por ele. Só que está de palhaçada e não quer colar o texto todo, então vai ficar dividido.
Eque EU TENHO UMA NOVIDADE PARA VOCÊS!!! POR ISSO LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

*BOA LEITURA*



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Segui Matilde e Alberto até a sala da diretoria. Alberto abriu a porta e me deixou passar primeiro. Entrei bufando e me sentei na cadeira de frente a mesa dos dois, me encontrava agora em uma situação complicada na qual eu nem sabia o que tinha feito. Os dois se sentam e me encaram fixos. Respiro fundo já me preparando para o que pode vim, quando Matilde começa a falar:

– Sabe por que está aqui senhorita Lacoste?.
Balanço com a cabeça. Lá estava a bruxa da Matilde, sempre começando com perguntas.

– Não. E já para deixar claro eu NÃO fiz nada. - me remexo na cadeira e Alberto troca um olhar com a irmã.

– Voce anda se alcoolizando Julia? - a pergunta parte de Alberto e eu sinto meu sangue gelar. Abro minha boca e meus lábios ressecam.
E tudo piorava com os olhares severos dos dois irmãos á minha frente.

– Eu... - eu não conseguia prosseguir. Parecia que algum mecanismo em mim me obrigava a me calar, pois era verdade, eu andava mesmo bebendo escondida. Mas foi só uma vez. E como os diretores descobriram?
Alguém poderia ter contado para eles, mas ninguém sabia... Exceto Vicente.

Olho para baixo envergonhada. Havia algo de errado comigo, eu não conseguia mentir e aí estava mais uma prova de que eu já não era a de antes. Beber para esquecer a minha dor foi um erro, um erro que eu prometi a mim mesma nunca mais cometer. Não era mais como á dois anos atrás quando eu ainda participava daquele ''grupo'', vulgo gangue que eu tinha me metido. Eu não era assim, e minha vontade agora era me bater por ter enxergado esse fato.

– Senhorita Lacoste creio que seu silencio confirma tudo e que já tenha em mente que será... - Matilde não consegue terminar pois o irmão a interrompe.

– Por favor Matilde, vamos com calma. - Alberto me olha e suspira - Nos deixe a sós irmã, preciso conversar algo com a senhorita aqui.

A primeira reação de Matilde foi abrir a boca em choque. Depois olhou para o homem ao seu lado e com um aceno de cabeça resignado concordou e saiu batendo o pé e nos deixando a sós. Eu já sabia que ela não tinha tanta moral como Alberto aqui nesse internato, e isso só me fez comprovar minha teoria.
Mas agora era só eu e Alberto, o do ''estilo Hip - Hop'' como eu o chamava quando cheguei aqui. Não tenho coragem de levantar meus olhos para o encarar, além de envergonhada estava muito irritada comigo mesma. Eu tinha dado outra mancada e se não fosse expulsa dessa vez seria muita sorte.

– Sei que pegou a garrafa de Vodcka na minha gaveta Juli. - Aberto diz sério e eu balanço a cabeça, ainda evitando o olhar. - E sei que só fez isso para esquecer dos seus problemas.

Concordo mais uma vez. Alberto estava certo, e eu me pergunto como alguém que não tem nenhum laço de sangue comigo me conhece tão bem assim. Alberto era um bom homem, inteligente e com um enorme coração. Ele era um exemplo a ser seguido, tudo bem que seu visual não passe isso, mas ele era uma pessoa boa.

– Sabe o motivo de eu ter, te levado ao jardim secreto?.

Fiquei em silencio. Esperava uma bronca, e não uma pergunta como essa. E eu não sabia, já havia me perguntando o por quê mas nunca consegui cogitar alguma ideia. Ele tinha me dito que ninguém - exceto '' o idiota que eu não quero lembrar o nome'' - sabia da existência daquele lugar. Então por que eu?.

– Não. - o encaro finalmente e vejo um pequeno sorriso em seus lábios. - E me pergunto por que.

– Porque quando criança Matilde e eu brincávamos ali. Nossa mãe costumava dizer que aquele lugar era mágico Juli, somente pessoas especiais poderiam ir ali. E quase sempre minha irmã e eu ficávamos lá, mas fomos crescendo e deixando o jardim de lado. A vida foi ficando corrida, a adolescência, os estudos, o trabalho e acabamos nos permitindo a nos desprender de lá. - ele pausa e suspira - Então eu decidi que não era mais digno de ir ali, que só as pessoas realmente especiais como minha mãe dizia é que descobririam a existencia do jardim. E o primeiro a fazer isso foi o Vicente. E depois quando você chegou nesse internato eu já sabia que era especial. Suas ações mostraram isso. E por isso te mostrei Julia, ás vezes somente as pessoas especiais conseguem um lugar no mundo e isso é raro.

Encaro Alberto sem saber o que falar. De alguma forma eu sentia que as palavras dele eram verdadeiras pois sentia um formigamento de gratidão dentro do meu peito. Mas só não entendia o por que das pessoas me acharem especial. Primeiro Pablo, agora Alberto. E de alguma forma, agora eu me sentia grata ao diretor por ter compartilhado a sua historia comigo.

– É uma bela história Alberto, mas só não entendo por que você e Pablo me acham especial.

– Porque especiais são as pessoas que mesmo sofrendo ainda conseguem sorrir e fazer as pessoas felizes. Juli, você é forte garota, mesmo não tendo a vida mais feliz você segue em frente. E queria te dizer que já que o ano está acabando e que até agora ninguém veio renovar sua matricula, me sinto honrado de ter te conhecido baixinha. E espero que voce nunca desista, sempre siga em frente e não se deixe abalar. - Concordo com a cabeça e sinto as lágrimas rolando pela minha bochecha.

Agora eu sabia que pelo menos alguém se importava comigo. E que valeu a pena ter passado por tudo que passei, e que eu sou forte. Seguro as mãos de Alberto e as aperto, sorrindo com os olhos e ele beija as costas de minha mão, sorrindo também. Depois seco minhas lágrimas e respiro fundo.

– Me desculpe. Eu não devia ter invadido sua sala e ter roubado sua bebida, e prometo não fazer mais. - o aseguro e ele ri.

– Tudo bem então, mas espero que isso não aconteça mais. Mas vou ter que lhe dá um castigo se não minha irmã não irá me deixar em paz. - ele resmunga e eu solto uma risada pelo nariz.

– E qual vai ser o castigo?

– Vou pensar. Mas logo ficará sabendo. - ele pisca e eu faço careta. - Agora vá porque daqui a pouco a hora do jantar chega e hoje é macarrão.

Contorço a cara e gargalho. Alberto também é esfomiado, esqueci de citar.
Com um leve aceno de cabeça me levanto e caminho até a porta. A abro e a fecho, mas antes de sair dali volto a abrir e coloco só a cabeça para dentro da sala, falando em seguida:

– Ah, e Alberto, Obrigada. Por tudo mesmo. - ele sorri e eu tiro a cabeça, fechando a porta.

Saio dali e vou em direção aos dormitórios e assim que passo pela secretária cara de largatixa com ataque de pelanca, atiro a língua e ela começa a dar gritinhos. Saio rindo, posso até estar cabisbaixa, mas ainda tenho um lado da velha Juli em mim.
Deixo um sorriso me preencher assim que constato isso, afinal não mudei por completo.
Continuo meu caminho e observo algumas crianças correndo, entre elas Francisco que estava mais serelepe do que nunca. Solto uma risada com a afobação dele e escuto uma voz conhecida perto das escadas dos dormitórios.
Me aproximo e fico atrás de uma grande planta que tinha ali, tento enxergar quem seria e minha visão captura a imagem de Melissa no último degrau da escada e de frente para ela estava um casal bem elegante. Melissa tinha um sorriso enorme no rosto, e o homem moreno e a mulher loira estavam sérios e com olhares tediosos.
Reviro os olhos. Algo me diz que eles são os pais de Melissa, já que a semelhança não nega.
Tento prestar atenção na conversa deles quando a expressão de contente de Melissa desmorona e dá lugar á uma triste.

– Mas já? Vocês acabaram de chegar, eu ainda nem contei que fui a melhor da sala e...- a mulher a corta e fico intrigada.

– Nós temos uma reunião muito importante filhinha. E já sabemos que suas notas estão boas, esperamos que continue sendo assim. - a mulher diz e Melissa assente cabisbaixa.

– Agora precisamos ir filha. Ah, e sua mãe e eu partiremos amanhã em uma viagem de três meses para Itália. Qulaquer coisa ligue para a empregada de casa. - o pai de Melissa acena com a cabeça e sai andando, deixando apenas Melissa e a mãe.

– Três meses mamãe? É muito tempo. Onde acha que eu vou ficar quando as férias começarem?

– Ora Melissa vá viajar com suas amigas. Ou quem sabe arrume um namorado filhinha. - a mulher mal encosta os lábios na bochecha da filha e se afasta - Agora preciso ir se não seu pai me deixa aqui. Até mais filhinha. - e vai embora.

Fico de boca aberta. Os pais de Melissa pareciam não ligar muito para a garota. Eles não se importavam de sair meses em uma viagem á Itália e deixar a filha sozinha nas férias.
Me sinto um pouco mal por Melissa mas logo espanto isso, não deveria. Mas quando a observo e vejo seus olhos marejados e seus olhos furiosos me deixo ser tomada pela pena.
A observo subir as escadas e depois que ela desaparece pelo corredor saio de trás da planta com os braços cruzados... Isso é triste.
Solto um suspiro. Eu não tenho nada a ver com a vida de Melissa, por isso é melhor seguir com a minha.
Subo a escada e vou em direção aos dormitórios, subo de dois em dois degraus rapidamente olhando para os meus pés e antes de chegar ao último acabo esbarrando com alguém que vinha descendo. Tento me equilibrar nas botas que usava mas não consigo, e iria rolar escada a baixo se uma mão extremamente quente não tivesse segurado a minha.
Pisco duas vezes e quando já estou equilibrada com o corpo da pessoa frente a frente ao meu, olho para a mão da pessoa segurando firmemente a minha. E então meu coração dispara, minha boca seca e meus pelos da nuca se arrepiam ao sentir o hálito conhecido perto do meu nariz. Levo um minuto para me recompor e respiro fundo, olhando para cima e dando de cara com os olhos de Vicente me fitando intensamente. Ficamos vidrados no olhar um do outro até eu cair na real e ouvir um voz lá no fundo me mandando afastar e deixar de ser idiota. E assim o faço, depois de ter certeza que não iria cair, retiro a mão de Vicente de cima da minha brutalmente e me afasto, chegando para o lado e saindo da frente do idiota.
O encaro e ele me observa, saio de sua frente lhe dando passagem e ele passa, dando as costas á mim e descendo os degraus calmamente. Viro de costas e subo rapidamente, caminhando pelo corredor e chegando ao meu quarto com o coração quase saindo pela boca. Abro a porta do quarto e me jogo na cama, suspirando em seguida.
Só de pensar que estive tão perto de Vicente outra vez... Meu psicológico não aguenta.
E ainda mais que existe uma possibilidade de ter sido ele á ter me dedurado para a diretoria. Meu coração se encolhe e fica pequenininho com isso.
Viro de um aldo para o outro na cama e solto um grunhido de frustração, definitvamente aquele garoto estava acabando com os meus neurônios.

.... Continua....


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Notas finais do capítulo

https://fanfiction.com.br/historia/647192/Naoseapaixoneporumdepravado/...

Aí vocês me.perguntam... Que link é esse?? ESSE É O LINK DA MINHA NOVA HISTORIA POSTADA AQUI NO NYAH!
É de romance, ficção adolescente e humor. O nome é: "Não se apaixone por um DEPRAVADO", e mesmo com esse título garanto que irao gostar.
Peço que leiam e se gostarem favoritem, acompanhem, e deixem suas opiniões.
Mas essa história só será postada em novembro, dia 20 e eu espero que aguardem.
E vão ter que me aguentar por mais um tempinho ok? Ahah beijos e até o próximo...

PS: Talvez POSTE a segunda parte se tiver comentários incentivadores ok? Bj



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