A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 3
Primeiro dia no internato e um idiota.




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– Serio que temos que usar esse uniforme ridículo?- perguntei apontando para o uniforme ao meu lado que estava ''dobrado''.
– Sim Juli. Éuma das regras daqui- disse Laura ajeitando a boina em sua cabeça e se olhando no espelho.
– Meu Deus! será que podia ser uma coisa não tão... cafona e sem saia?- perguntei me jogando na cama e jogando o uniforme no chão. Laura soltou uma risada.
– Bom, isso porque você não viu o do ano passado. Era horrível e azul para os meninos e rosa para as meninas- disse ela passando gloss nos lábios.
– Rosa?- perguntei fazendo careta- Deixa esse daqui mesmo- disse e Laura acabou de se arrumar.
– Ok reclamona, mas acho melhor a senhorita ir se arrumar, porque daqui a dez minutos irá bater o sinal para o café da manhã e logo depois os das aulas- disse Laura calçando suas botas.
– Ok- sai resmungando em direção ao banheiro.
– Ah Juli?- me chamou laura e eu olhei pra tras- Obrigada pelas mexas azuis do meu cabelo, adorei- disse ela saltitando e eu ri. E, Laura viu minhas mechas e quis pintar o cabelo dela com mechas azuis, então ela pediu para mim pintar e eu pintei.
– Quer que eu te espere?- gritou ela.
– NÃO, PODE IR!- berrei de dentro do banheiro e ouvi o barulho da porta sendo fechada.

Depois que tomei um banho rápido, sai do banheiro e comecei a me vestir. Primeiro coloquei minhas peças intimas e fiquei encarando aquele uniforme que eu não queria usar, mas como Laura disse '' Faz parte das regras daqui''. ARG!

Peguei a saia para vestir e tive uma ideia. Como eu odiava ter que usar saia peguei minha meia calça preta cheia de buracos e vesti. Depois vesti aquela MICRO saia vermelha, logo em seguida a blusa social branca e deixei dois botões abertos, arrumei e baguncei um pouco meus cabelo e coloquei a boina.
Fiz uma maquiagem bem pesada e com muito rímel e lápis de olho, passei um brilho incolor nos lábios e calcei minhas botas de cano alto.
Depois de pronta, sai do quarto e bati a porta.

(...)

Depois de muito procurar o refeitório( Tive que parar um menino de oito anos para ele me ensinar onde ficava) entrei no bendito local e vi que já estava cheio de alunos fúteis.
Peguei meu iphone e coloquei em qualquer musica do Paramoe e fui caminhando até a fila para pegar o café.
Reparei que todos daquele lugar ficaram me encarando: os meninos de umas mesas ficaram me olhando MUITO, umas patricinhas nojentas ficaram com caras de nojo e incredulidade olhando para a minha roupa, e mais pessoas. fechei a cara e dei de ombros.
A fila começou a andar e eu peguei a bandeja. Quando chegou a minha vez de escolher meu café coloquei na bandeja umas panquecas, um copo de suco de uva, duas torradas ,um copo de nescau ( pois é, sou comilona) e quando ia pegar a ULTIMA pera senti outra pessoa colocando a mão nela também. Puxei a pera rapidamente da mesa e a coloquei na minha bandeja.
– O garotaa, eu quero comer essa pera mona! Preciso ficar em forma, estou de dieta amiga, então quero ESSA pera ai!- olhei para tras e vi um gay( viado) falando que queria a pera, e logo atrás dele um grupo de meninas nojentas me encarando feio.
– O Mona, eu peguei ESSA pera primeiro, e então eu vou come-la. Bay!- disse e sai dali rebolando, e deixando aquele gay tendo um ataque e as nojentas atrás dele o abanando.
Ri e fui procurar um lugar para me sentar. Olhei em volta e avistei em uma mesa Laura e outra garota. Assim que Laura me viu acenou com a mão e fui em direção a elas.
– Oi- disse me sentando e começando a comer minhas torradas.
– Oi Juli. Bler essa é Julia Lacoste, e Juli essa é Bler Araújo - nos apresentou Laura e a tal de Bler sorriu para mim.
– Oi, prazer Julia- disse a sorridente Bler.
– Oi e é Juli- fui grossa e vi que Bler ficou sem graça.- É... desculpe Bler, mas é que eu sou grossa mesmo- Bler riu.
– Oh não, eu entendo- ela disse e nos três começamos a conversar.

(...)

– Juli, foi muito engraçado você debochando do Pablo- disse Laura- O gay ela completou e nos três rimos.
– Ah sim, ele mereceu- disse
– E mais pablo não ira deixar isso barato, ele é uma mona muito vingativa- disse Bler e gargalhamos ainda mais.
– AH tá, ele que que tente- me levantei para jogar a comida que ainda estava na minha bandeja.

Fui andando pelo refeitório e percebi que este ainda se encontrava cheio. Antes de chegar a dispensa para jogar a comida fora meu celular apitou avisando uma nova mensagem e eu segurei a bandeja com uma mão, e a outra li a mensagem:

'' Oi Juli, como você esta se saindo ai querida? Espero que esteja bem e se comporte.
E, seu pai não te ligou para ver se esta bem porque ele esta em uma viagem a negócios mas te mandou um beijo.
Beijos querida e se comporte.

FATIMA.


A mensagem era de Fatima, a secretaria do papai que era como uma tia para mim. E como sempre, ela estava tentando se desculpar por meu pai não se importar com a própria filha.
Suspirei e guardei o celular de volta no bolso. Quando dei um passo a frente acabei trombando com alguém e esse ALGUEM também carregava uma bnadeja, pois com o impacto de ambas fizeram a comida sujar toda a minha roupa.
Olhei para frente pronta para mandar o individuo ir tomar.... banho.
Olhei para frente e eu acho que estou alucinada Deus, só pode ser! Tinha um garoto na minha frente, mas ele era O garoto. Ele era alto tão alto que eu batia um pouco acima de seu ombro, moreno claro, cabelo preto bagunçado e jogado para o lado, olhos castanhos claros- cor de mel, e ainda para completar a miragem a minha frente tinha um piercing na orelha direita.
Fiquei o encarando e ele me encarando até que eu lembrei que ELE era o ser miserável que sujou Julia Lacoste, que ME sejou.

– Seu babaca! Você não olha por onde anda não?- berrei e o garoto bufou.
– Vixi, foi você garota que não olhou pra frente e ainda coloca a culpa em mim- disse ele e eu reparei que todos do refeitório calaram a boca e estavam somente observando a cena. Ate uns três amigos do babaca na minha frente pararam para observar.
– Eu que não olho pra frente? Você que é CEGO e não ver as pessoas na sua frente!- rebati e o infeliz riu.
– E você tem razão. Eu é que não te vi!- ele disse e eu sorri vitoriosa.
– Viu? A culpa foi sua- disse e o retardado me olhou sorrindo divertido.
– Não te vi no caminho, pois você é tão baixinha que não consegui te enxergar- o miserável disse e todos começaram a rir.
– COMOÉQUEÉ?- gritei.
– Que você é uma baixinha muito marrenta- ele disse com as mãos dentro do bolso da calça.
– REPETE PRA VOCE VER!- grunhi.
– N-A-N-I-C-A- ele repetiu e eu voei para cima dele.
– Vou te mostrar a nanica- disse o estapeando e ele tentava me segurar, mas como sou muito brava era em vão.

– AHHH ME SOLTA SUA LOUCA!- ele gritou tentando me segurar e eu o batia mais.
– Eu vou te mostrar a louca e a nanica seu filho de uma égua- disse
– NÃO XINGA MINHA MÃO NÃO!- grunhiu ele.- SOCORRO!!! TIREM ESSE PROJETO DE ROCKEIRA E MNI- ANÃ DE CIMA DE MIM- ele disse e eu continuei o batendo com mais força.

– EU NÃO POSSO FAZER NADA SE É VOCE QUE É UM GIGANTE- disse e ele conseguiu me segurar e fazer parar. Ele me soltou e eu respirei fundo.

– O garota você sabe quem sou eu? E porque fez isso sua maluca!- disse ele com os olhos transbordando ódio e eu ri sarcástica.
– Não me interessa, e isso é para você aprender a não me sujar- respondi e ele riu.
– O garota, você saiu de onde? De um cemitério ou de um circo de anões?- ele fez piada e riu com os amigos tolos dele.
Olhei para o lado e em uma mesa de nerds vi uma copo cheio de suco de laranja, sorri diabolicamente e em questões de segundos peguei o copo e jóquei na cara do SENHOR GIGANTE.
Depois do meu ato um coro de Ohoh saiu da boca dos que estavam presente no refeitório.

Olhei para cara do estupido a minha frente e esse estava com os olhos fechados com força, e a cara toda molhada de suco de laranja. Comecei a gargalhar e ele abriu os olhos.
– Pronto, agora o senhor gigante esta bem mais fresquinho não?- disse sarcástica e ele deu um passo a frente.

– Você me paga garota, ah se me paga....- ele deixou a frase no ar.
– Julia, Julia Lacoste. Guarde bem esse nome, pois você ira ouvi-lo muitas vezes- disse passando por ele e saindo do refeitório.
Me lembrei de uma coisa e virei para tras:

– O GIGANTE!- gritei e ele e todo o refeitório se virou para mim.- Esqueci de uma coisa- disse e mandei um beijo para ele piscando o olho e saindo de la gargalhando.


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Notas finais do capítulo

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