A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 22
Sentimentos á flor da pele....


Notas iniciais do capítulo

Hey babys eu voltei... Sei que a Pascoa foi ontem mas eu espero que vocês tenham ganhado muitos chocolates!!!! Fiz esse capitulo mas meu WORLD não salvou, então tive que refazer e não sei se ficou bom, mas espero que gostem.
E sobre o plágio que eu comentei, estou melhor e agradeço todos os vossos comentários de apoio e queria agradecer as seguintes pessoas pelas mensagens e pelos conselhos com carinho:
Obrigada á NEMESIS SUA LINDA.... Á HYORYIY SUA FOFA .... E Á 4AMERICAN BABY SUA GATA... Obrigada meninas



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– O QUE, QUE É ISSO AQUI? ALGUÉM PODE ME EXPLICAR?- Berro olhando para ''os meus amigos''. Todos se encontravam com os olhos arregalados e assustados... Meu Deus como fui burra, como não pude antes ter ligado os fatos e ter descoberto?

– Juli...- Bler murmura ainda pasma e eu bato palmas, o som se ecoa pelo comodo silencioso e eu olho ao redor... Eu já suspeitava que existia uma banda, mas não achava que os participante dela eram o pessoal.

– Sim Bler, eu. AGORA ME DIGAM QUE PALHAÇADA É ESSA E PORQUE NÃO ME CONTARAM ANTES?- trinco os dentes e vejo Bler se calar e começar a chorar, sendo amparada por Gustavo.

– Juli calma, a gente, a gente iria contar para voce. A gente tinha combinado com o Vicente- não deixo Laura completar a frase e me viro para o babaca do Vicente que tinha esquecido que estava ali atrás de mim.

– Com o Vicente... O que tem a dizer disso?- fecho minhas mãos em punhos e o encaro. Ele estava sério e depois de um suspiro resolve falar:

– Eu posso te explicar tudo Julia se voce se acalmar e deixar a gente explicar. Eu iria te cont- o corto sem querer explicações.

– Não. Não me interessa as suas explicações Vicente, não me interessa as explicações de ninguém daqui. E sabe por que? Porque eu já entendi galera. Já entendi que é bem mais fácil mentir para a Julia aqui do que contar a verdade, e sabem por que? Porque sempre eu, Julia Lacoste sou um problema sem solução para todo o mundo...

– Voce sabe que não é verdade- Tomás diz mas eu faço um gesto o silenciando.

– É verdade. E sabe, até pouco tempo atrás eu estava horrível e agora não melhorei nem um pingo. E sabem por que? Porque hoje de manhã meu pai queria me levar embora mas eu neguei. Neguei porque PENSEI que tinha encontrado um lugar aonde eu me encaixasse, pensei que finalmente as pessoas tinham me aceitado. Mas vejo que não, e talvez eu devesse aceitar a viagem porque já vi que só estou perdendo meu tempo...- falo lutando contra as lágrimas e com a minha condição emocional que não é uma das melhores nesse momento.

– Julia por favor, nos deixe explicar, não vai não.- Bler tem a voz entrecortada pelas lágrimas mas eu somente nego com a cabeça.

– Obrigada por confiarem em mim...- e depois que olhei em volta sai correndo... Igual um covarde foge do problema. Mas ainda assim pude ouvir os gritos de apelos:

– Juli. Juli. JULIA!- ouvia tudo e apressei os passos, mas ainda deu tempo para ouvir André falando:

– Vicente mano, deixe ela. Ela precisa ficar sozinha- e depois sai do porão e fiz meu trajeto de volta para os corredores do internato. Pensando por enquanto.

Chega a ser engraçado sabe? É engraçado como sempre que eu tenho um pouco de afeto ou até mesmo fico feliz por um simples motivo, tudo desmorona. É como se fosse num passe de mágica, como se ''A Julia não pudesse ser feliz''
Quando sai por aquela porta do esconderijo me permiti chorar e mais uma vez ser fraca. Acho que isso deve ser efeito por não chorar há muito tempo, e agora vejam só, parece até que um rio transborda dos meus olhos... Mas a vida é assim, e como tem seus altos tem seus baixos. Mas no meu caso, ela só tem seus baixos ultimamente...

(..)

Quando finalmente consegui chegar aos corredores do internato suspirei de alivio com as lágrimas ainda molhando minha face. Tenho certeza que minha maquiagem deve estar toda borrada mas eu não me importo.
Saio andando apressadamente pelos corredores, tudo que eu queria era chegar logo na porcaria do meu dormitório e me atirar na minha cama e me permitir ser fraca por um tempo... Também agradeço muito a Deus por não ter ninguém pelos corredores, ainda bem que estão todos em suas devidas salas de aulas.
E sobre a viagem de volta para o Canadá talvez eu realmente aceite porque eu acho que não tenho um futuro muito bom vivendo aqui. Claro que, se eu for verdadeiramente voltar para o Canadá teria que me humilhar ao meu pai voltando atrás da minha palavra mas eu REALMENTE preciso sair daqui... Preciso simplesmente esquecer tudo.

Esses pensamentos fazem mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto e eu levo minha palma para enxerga- las. Pisco os olhos com a visão afetada pela umidade das lágrimas e sinto esbarrar em alguém que me segura pelos ombros. Fecho os olhos para a pessoa não ver meu estado.

– Juli, Julia tudo bem?- a pessoa me pergunta, mas eu não quero saber quem é. Mas depois de um tempo eu reabro os olhos e vejo que a pessoa que me chamava e me sacudia era o diretor Alberto.

– Tudo... Tudo ótimo diretor Alberto- digo fungando e ele me encarava com um ar preocupado e intrigado.

– Se está realmente tudo bem, por que as lágrimas?- questiona ele e eu encaro minhas botas que á essa altura do campeonato pareciam bem mais interessante do que a minha vergonha.

– Eu só... eu só...- não termino a frase e uma lágrima fujona me escapa pelo canto do olho.

– Só precisa ser compreendida e aliviar a dor- diz ele como se soubesse do que eu estava falando e eu assinto e começo a chorara. Na frente dele. É mais forte que eu.

– Ah pequena encrenqueira me de um abraço- Alberto abre os braços e eu me impulsiono para frente. O dando um abraço forte. Ele me acolhe no abraço e eu me sinto protegida. Eu choro abraçada a ele, sei que pareço uma criancinha de cinco anos chorando no colo da mãe mas... mas é isso que eu sou agora, uma criança chorando, e queria poder ser uma criança eternamente para não ter que enfrentar tantos problemas...

– Quando voce acabar de ensopar meu Palito estiloso vai me contar tim tim, por tm tim dessa historia- diz ele e eu permaneço com o rosto afundado em seu estranho palitó decorado em estilo ''rap''. E como ele disse, ensopo sua vestimenta.

Depois de uns minutos ainda abraçada a ele, desfaço o abraço e limpo meu rosto com a manga da camisa. e Encaro Alberto que me olhava com ternura e compaixão. Eu lhe dou um sorriso fraco.

– Agora vou ter que responder a sua pergunta não vou?- o que digo é mais uma afirmação, então vejo ele assentir com a cabeça.

– Sim, mas não aqui. Me siga- diz ele e eu franzo as sobrancelhas, mas mesmo assim o sigo né? Ele quem manda.
E assim o diretor Alberto fez um caminho para a parte detrás um pouco longe do internato e acabamos chegando a um muro grande coberto por relva. Estranhei o fato mas assim que passamos por uma abertura no muro, encontrei com os olhos um lindo jardim... Era simplesmente perfeito.
Era coberto por grama bem verdinha, vários tipos de flores, desde orquídeas a margaridas, tulipas distribuídas pelo imenso jardim, árvores espalhadas pelo local, borboletas e pássaros voando e a luz solar atravessando as folhas. E também tinha um lindo banco de pedra no meio, Alberto andou e se sentou até lá, e eu o segui.
Depois de um tempo em silencio, comigo olhando pra tudo quanto é lado encantada com a beleza do lugar, e Alberto fitando o nada á sua frente resolvo falar:

– Esse lugar é lindo... Mas não é o tipo de ambiente que eu queria estar- falo e Alberto me olha e sorri.

– Talvez não. Mas agora, o que voce quer nesse momento?- pergunta ele e minha mente fica uma confusão.


– Vou começar te contando e- ele me interrompe.

– Não Juli, eu não quero saber o que houve. Só quero saber se VOCE está bem- diz ele e eu franzo a testa... Ok não entendi.


– Defina bem. Entre fisicamente e Psicologicamente nenhum dos dois. Mas ainda assim.. posso estar bem na medida do possível- confesso e vejo ele negar com a cabeça.


– Não Julia. Quando te perguntei se voce estava bem, eu quis e quero saber se voce se SENTE BEM. Sabe, não sei se voce percebeu mas as pessoas costumam perguntar se estamos bem, mas a grande verdade é que elas não se importam. Só perguntam por perguntar, o que nos leva sempre a dizer que estamos bem, mesmo que não estejamos. Então te faço a minha pergunta querendo saber de verdade... Voce está MESMO BEM Juli?- pergunta ele e eu mordo a língua pensando. Depois de um tempo o encaro novamente e eis a minha resposta:

– Não, eu não estou MESMO BEM- respondo e vejo o diretor Alberto a gargalhar... eu hein agora fiquei frustrada.


– O que, voce que me perguntou fazendo aquele discurso eu só respondi- cruzo os braços.

– Eu sei, só estou rindo porque acho que voce entendeu o que eu quis dizer. Mas eu sei sobre seu pai e a viagem de volta para o Canadá, mas queria saber da sua decisão.

– Eu no principio disse que não. Mas... A pouco atrás percebi que aqui não é o meu lugar. Não quero estar em um ambiente aonde as pessoas não confiam em mim. Pensava eu que tinha construído amizades e confesso que vou sentir saudades de todos daqui... até da sua irmã- digo chutando a terra, e ele ri um pouco mas logo para.

– Entendo seu ponto de vista minha filha mas será que voce não está adiantando as coisas de mais?- ele me encara com um sorrisinho e eu arqueio a sobrancelha e ele continua- Olhe Juli. Eu não sei quem foi a pessoa ou AS pessoas que te esconderam algo mas quem sabe elas não tenham feito por não confiarem em voce, mas sim talvez, SÓ TALVEZ por acharem que voce não estaria pronta para saber ou por medo hein?...

– Voce alguma vez já sentiu medo Julia?- Alberto me pergunta e eu apoio o queixo na minha mão e olho para as flores ali do lado.

– Já- falo e volto a encara- ló.

– Então. Todos temos medos minha filha e erramos. Sabe por que? Porque todos somos seres humanos e temos o direito da duvida, do medo e dos erros ou acertos.- finaliza ele e eu já estou com os olhos marejados.

– Droga Alberto e vou chorar e agora me sinto culpada. E a culpa é sua- aponto o dedo em sua direção.


– A intenção era essa- ele pisca o olhos.

– Ok, mas por que motivo me trouxe aqui nesse lugar?- pergunto e vejo ele coçar a nuca.

– Porque voce é digna dele- responde encolhendo os ombros e eu bufo.

– Como assim digna?

– Talvez lá pra frente voce saiba, mas por enquanto... Agora vai que ainda dá tempo de consertar seu erro e que eles estão te esperando.- diz ele e me empurra do banco me fazendo levantar.

– AI vai com calma que eu já to indo.- digo e me viro mas paro de andar e volta a olha- ló- Perai Alberto... O que voce quis dizer com ''eles estão te esperando'' e de quem voce sabe que eu estou falado?- pergunto e vejo ele fazer pouco caso

– Não lhe interessa senhorita Lacoste... Agora vai logo e saiba que eu estou de olho tá!- retruca ele e eu reviro os olhos e saio correndo mas ainda dá tempo de gritar:- OBRIGADA DIRETOR!- e assim me afasto ao som de sua risada.

Ok Juli agora é só ter coragem e consertar a sua burrada... Vamos lá.

(..)

Depois de uma longa corrida, já consigo avistar a porta do porão e quando me aproximo abro a porta entrando de rompate.

– PARA TUDO! PRECISOMEDESCULPAR- grito meio ofegante e fazendo todos se assustarem, o que ocasionou Tomás a derrubar alguns instrumentos no chão e todos gritarem com o susto.

– Ai Juli voce é maluca garota que... JULI- Laura e Bler vem correndo na minha direção mas eu as paro com um gesto.

– Desculpa ai pessoal... Eu... vim... Rapaz como eu corri- apoio minhas mãos no joelho e tomo folego. Quando o recupero endireito o meu corpo e as duas macacas loucas se atiram em mim. Me sufocando em um abraço.

– Ai amiiga.. Desculpa Julia, a gente não queria-interrompo Bler e desfizemos o abraço.

–Eu sei mas...


– Mas voce esqueceu de dizer alguma coisa para a gente. Vai lá, pode nos xingar- André abaixa a cabeça e eu tomo uma expressão seria. E olhando ao redor e encontrando com a figura do idiota do Vicente ao fundo da sala ajeitando as cordas de um violão, eis o que falo:

– Sim esqueci. Esqueci de dizer que eu fui uma idiota por eu ter gritado com voces. Que eu quero que me desculpem e sem querer ser convencida nem nada, Voces terão que aguentar a lindinha aqui por muito e muito tempo ainda- digo e Vicente se vira para mim, me encarando com suas lindas orbes castanhas- cor de mel.


Ele larga o violão no sofá e caminha até mim. Parando de frente para mim, claro que para eu conseguir olha- ló tenho que levantar o rosto, mas fatos a partes.

– Então quer dizer que vais ficar.- diz ele com um sorriso de canto.. idiota... lindo... Eu admiti isso?

– Sim vou. Então se prepare para as confusões- retruco e vejo ele negar com a cabeça rindo.

– Bom agora que a Juli já sabe mesmo sobre a banda e canta bem. Que tal ela entrar na banda?- Gustavo propõe e todos adoram a ideia, tirando Vicente que se manteve calado até agora me olhando.

– Claro que aceito seria mara- Vicente me corta.

– Não. Voce não vai entrar- sua voz é fria, cortante.

– E por que não?- questiono com uma pitada de raiva se ascendendo dentro de mim.

– Porque eu não QUERO e porque não tem lugar na banda- responde ele devagar como se tentando se controlar.

– Na verdade mano tem sim. Ela pode entrar como vocalista feminina e...- Tomás se cala perante o olhar mortal que o amigo lhe lança. Então todos permanecem quietos, com receio nos olhos.

– A minha resposta final é não. E a conversa acaba aqui- diz ele e se vira começando a caminhar em direção a porta, como um covarde. Como eu fiz á meia hora atrás. Mas se ele pensa que eu vou desistir...

– Volta aqui, ainda não terminei- puxo seu braço e ele acaba se virando e batendo de frente comigo. Ele estava com o olhar perfurante e raivoso. Mas o meu não passa longe disso também.


– Me. solta. Julia.- ele respira fundo- Eu já disse que a conversa acabou, não entendeu ainda garota?- ele cerra os olhos e eu o encaro com mais fúria.

– Não, voce vai fugir igual um covarde não vai... Se eu não entendi ainda Vicente, me explica. Me explica porque eu não posso entrar na banda e por que voce é tão confuso.- berro ´plenos pulmões na sua cara e me sinto aliviada quando faço a pergunta. O Vicente é muito confuso, numa hora tá sendo meu amigo e me dando conselhos. Na outra tá gritando comigo e me tratando como um cachorro sarnento.
E é nessa hora que eu vejo ele explodir... Vicente se solta do meu braço brutalmente e de repente começa a gritar na minha cara:


– PORQUE VOCE NÃO É O CENTRO DO UNIVERSO JÚLIA! PORQUE EU NÃO VOU DEIXAR QUE VOCE ASSUMA O LUGAR DA ISABELLA NA BANDA, NÃO VOU DEIAR QUE VOCE FAÇA O QUE ELA FEZ... NUNCA VOU DEIXA, ME ENTRNDEU BEM? NUNCA!- ele berra na minha cara e eu arregalo os olhos de susto... Esse rapaz que está na minha frente não é o Vicente que eu conheço, em suas palavras tem tanto ódio, tanta fúria... tanta acidez. Como se essas palavras não fossem só em relação a banda, mas em alguma outra coisa.


–Ei Vicente, meu irmão calma. RESPIRA, olha pra mim, olha pra mim... Isso calma.- Bler segura o rosto do irmão com as duas mãos e momentos depois ele a olha parecendo que recobrou os sentidos agora.

Enquanto ele pisca atordoado eu fico aqui na minha, tremendo ainda de medo e susto. Laura e Gustavo vem para o meu lado e é nesse momento que Vicente, ELE me olha e parece lembrar do que aconteceu...

– Desculpe- ele me pede e sai correndo porta a fora. Bler suspira e se vira para mim:

– Desculpe meu irmão amiga é que ele as vezes... ha é tão dificil- ela comenta e André a abraça

– Tudo bem, eu não deveria ter insistido em entrar na banda mesmo- confesso suspirando e Laura aperta meu ombro.

– Esquece isso Juli. Que tal se cantássemos algo para ela pessoal?- Todos concordam e então eles ficam lá tocando para mim...


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Notas finais do capítulo

Comentarios? Beijos *-*



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