Aprendendo a Amar escrita por Agridoce


Capítulo 47
Descobrindo Novos Lugares


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei nem descrever como me sinto voltando depois de tanto tempo.
Oi, gente. Tudo bem com vocês? Comigo, em processo. Desde a última vez que eu passei por aqui aconteceram tantas coisas... mas tantas coisas. Mas hoje as coisas estão melhores. E vão melhorar ainda. O capítulo está bem menor do que os últimos que eu postei. Mas ele está faz tanto tempo guardado que eu resolvi postar. Eu sempre disse que eu pretendo terminar a história e estou realmente em busca disso. Mas enfim, já falei demais. Obrigada por quem ainda está acompanhando. ♥



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— Tomem cuidado, por favor. Me liguem assim que chegarem. Rodrigo, não esquece de carregar o teu celular. Tu também, Lucas.

Luke e Rodrigo estavam na rodoviária da cidade, esperando o ônibus que os levaria até a capital Porto Alegre, para embarcarem no avião, rumo ao seu destino.

Rodrigo era o mais empolgado, afinal de contas, ele nunca tinha andado de avião. Também seria a primeira viagem dos dois juntos, então era óbvio que não cabia em si de alegria.

Quanto a Luke, neste momento apenas conseguia pensar o quanto ainda era estranho voltar a ter pessoas que se preocupam com ele. O loiro já tinha avisado como os pais eram protetores, mas ele não deixava de pensar o quanto era estranho. Entretanto, era fácil perceber que os sogros não tinham a intenção de controlá-los, apenas queriam saber se eles estavam bem quando pediam que mantivessem o contato.

— Mãe, pode deixar. Eu só não sei se o meu celular vai pegar lá, será?

— Tu não inventa que tua mãe atravessa o mundo pra ver onde vocês andam. – Carlos estava também preocupado, até porque sabia que eles iriam para uma cidade grande onde os perigos eram maiores. Mas sabia que Lucas cuidaria do filho.

— Aqui neste aplicativo do meu celular vocês conseguem me mandar notícias de qualquer lugar, não é Lucas? Pode deixar Marisa, faremos até mesmo chamada de vídeo com os dois.

Solange resolveu aceitar o convite dos novos amigos e permanecer na casa deles até a volta dos mais novos, e também no Réveillon, para que não ficasse sozinha. Rodrigo estava adorando aquilo, os pais não tinham amigos muito próximos e da família eram poucas as pessoas com as quais poderiam contar. Portanto, estava adorando aquela amizade.

— Vamos, Rodrigo? Acho que o ônibus sai em alguns minutos.

— Verdade, tchau para vocês e se comportem. Prometo tirar muitas fotos.

E o loiro, como seu jeito livre de sempre, deu um abraço em cada um após ouvir novamente todas as recomendações. Lucas decidiu que faria o mesmo, apesar de ter sido mais comedido, como de costume.

O trajeto de ônibus foi tranquilo. O coração de Lucas transbordava ao ter Rodrigo o caminho inteiro do seu lado, explicando coisas sobre a região, ou então ficando silencioso ao admirar a paisagem.

Quando chegaram na capital, e foram para o aeroporto, Rodrigo voltou a ficar totalmente empolgado, já que seria a primeira vez que andaria de avião. Mas, apesar de feliz, Luke sentia que o namorado parecia um pouco assustado,  até mesmo pelo número de pessoas que circulavam pelo lugar. O moreno imaginava como ele reagiria ao chegarem na cidade onde encontrariam Marcos e Clarissa.

— Posso saber o que tanto tu estás pensando? Acho que não ouviu nada do que eu te falei no último minuto.

Neste momento Lucas pareceu realmente sair do seu transe.

— Eu estava ouvindo sim.

— Aposto que não estava não. Eu acabei de dizer que estava com fome e tu nem se ofereceu pra ir comprar algo pra mim. Está tudo bem?

Os dois estavam sentados enquanto aguardavam o horário para embarcar. Não tinham chegado muito cedo, então faltava pouco.

—  Claro que está tudo bem. Verdade, a gente saiu muito cedo, você deve estar com fome. Eu vou ali e já voltou. O que você quer comer? Você me espera aqui? – Lucas já foi dizendo, enquanto fazia menção de se erguer.

Neste momento Rodrigo segurou a mão de Lucas, forte, o impedindo de levantar.

—  Acho que eu não quero ficar sozinho aqui. Daqui a pouco já embarcamos, não precisamos guardar este lugar nem nada...

Isto fez Luke dar asas, novamente, ao pensamento de que talvez o loiro não fosse gostar de ir para um lugar tão cheio.

— Rodrigo… você quer mesmo seguir viagem? A gente pode voltar e passar a virada com seus pais e a Sol, sem problema.

Rodrigo ficou um segundinho sem reação, tentando fazer com que sua mente conseguisse alcançar o pensamento de Luke, para entender o que tinha feito ele pensar isso.

—  Voltar? Claro que não! Este é meu presente de Natal! Não se faz desfeita. –  Resolveu apelar para uma resposta engraçada.

—  Mas você não precisa aceitar ir se não quiser. Desculpa, eu não deveria ter esquecido que você fica incomodado em lugares muito cheios. Talvez não seja uma boa ideia, ainda mais em uma virada do ano.

— Lucas, não vai me dizer que era nisso que tu estavas pensando neste tempo todo? Eu não sou tão introvertido assim… confesso que estou um pouco assustado. Cresci com meus pais me dizendo o quanto lugares maiores são perigosos. Mas eu quero ir. Quero muito. E depois, eu estou contigo. Sei que tu podes me proteger, garoto da cidade grande. Só estou fazendo um reconhecimento do terreno.

O loiro disse isso e sorriu, enquanto fazia carinho no namorado. Como ali era uma cidade maior, sabia que as chances de alguém agir com estranheza ao vê-los juntos ainda existiam, mas eram bem menores do que a mesma situação em sua cidade.

—  Agora vamos, eu preciso comer. E tu também. Vamos estar na hora do almoço no avião. Temos que levar algo. – Rodrigo disse já puxando Lucas. –  Olha, ali parece ter umas coisas bem boas. E o café parece ótimo, vem!

Mesmo ainda pensando se tinha feito uma boa escolha, Lucas foi distraído, como sempre, pelo jeito descontraído do namorado, que estava atento a cada detalhe, desde o copo de café do aeroporto, ou como eram as poltronas do avião. E Lucas pensava, mais uma vez, o quanto tinha sido sortudo por tê-lo encontrado. E como gostaria de manter ele ao seu lado. Para sempre.

***

Quando desceram do avião, automaticamente Rodrigo sentiu que derreteria durante os dias de viagem. Estava muito quente, como tipicamente é um dia em dezembro, mês de muito calor.

— Luke, como tu conseguiu crescer nesse calor todo? Agora eu te entendo quando tu falas de como sentes frio. Está 35 graus e parece 60!

Os dois estavam parados no saguão, aguardando Marcos que tinha ficado de buscá-los. Na verdade tinha intimado os dois, pois disse que gostaria de ser o guia deles na cidade, já que nos últimos meses tinha sido o hóspede da vez. Mesmo Lucas tendo argumentado que não tinha cabimento, já que conhecia melhor que ele a cidade. Mas não houve jeito.

— Não é pra tanto, imagina quando você ir até o norte do país. Lá sim é muito quente. – Lucas respondeu Rodrigo, enquanto olhava em volta, tentando encontrar Marcos, ao mesmo tempo em que mantinha o loiro perto de si. Sabia que ele era capaz de se cuidar, mas ficava preocupado, porque sabia que era um lugar muito diferente do que ele estava acostumado.

— Verdade… Olha, o Marcos e a Clarissa chegaram! –Disse Rodrigo muito empolgado.

Os amigos vinham na direção dos dois, e foi possível perceber o quanto estavam mais unidos. Rodrigo adorava perceber como a relação dos dois se desenvolvia e estava feliz pela amiga.

— Rodrigo, nem acredito que a gente vai passar a virada juntos! Quero te apresentar a vários lugares que tem aqui. Pena que é muito pouco tempo! – O loiro, ao mesmo tempo em que abraçava a amiga, pensava que teria tudo, menos descanso durante a semana. Os amigos pareciam realmente dispostos a fazer vários passeios com os dois. Marcos já tinha deixado Lucas bem avisado.

— É claro que vai dar tempo de fazer tudo! Mas trata de colocar na lista algumas lojas porque prometi levar presentes pra mãe e o pai. E pra Solange também!

— Vai dar tempo de fazer tudo isso. Agora vamos. Lucas, vocês vão ficar na…– Marcos tentou seguir, mas foi interrompido pelo amigo.

— Hotel, já fiz reserva. E fica bem perto do teu apartamento, pra facilitar a tua missão de ficar grudado na gente 24h por dia.

Rodrigo percebeu na hora que a aparente piada do namorado não chegou aos olhos. Ele parecia desconfortável com algo que o amigo havia dito e isso ficou claro pela troca de olhares entre os mais velhos. Mas deixou passar por enquanto.

— Então vamos, porque eu estou morrendo de fome. Clarissa, espero que tu conheças muitos lugares mesmo! Ah, aliás, trouxe na mala o presente que meus pais compraram pra ti de Natal. – Rodrigo seguiu caminhando perto da amiga, deixando os mais velhos para trás, pois imaginava que Marcos queria conversar com Luke a sós. E estava correto.

— Lucas, você não pretende ir até a casa dos teus avós? Como me pediu desde que foi morar longe, eu sigo indo lá, assim como a diarista. Vocês poderiam ficar hospedados, sem problemas. E tem também o teu apartamento que...

— Marcos, não insiste nesse assunto mais uma vez. Você sabe que eu não vou pra nenhum dos dois lugares. Aliás, sobre a casa dos meus avós, eu não morava lá antes de me mudar justamente pra não ter que… – Ele resolveu não seguir, não era o momento para ter este tipo de lembranças. Estava ali para curtir a cidade com o namorado. Não queria ter que lidar com certas coisas.

— Ok, tudo bem. Mas eu acho que você poderia ao menos ir até lá, levar o Rodrigo. Ele gostaria de conhecer o lugar onde você cresceu.

— Eu imagino que sim, mas eu não sei qual será a minha reação quando chegar lá, eu não sei como meu corpo vai reagir, entende? Apesar das sessões com o Félix eu sei que eu não sou capaz ainda de lidar com algumas coisas. Que droga, eu não queria me sentir assim ainda. Quando eu penso que consegui superar, acaba voltando tudo de novo. – Lucas disse, baixo, para que Rodrigo não ouvisse. Não queria ele preocupado.

Marcos se sentiu, como sempre, um pouco culpado por ter feito o amigo ter aquelas lembranças. Mas ao mesmo tempo, sabia que faria bem pra ele enfrentar certas coisas. E agora ele tinha Rodrigo ao seu lado, então poderia ser tudo mais fácil.

— Tudo bem, desculpa te lembrar isto novamente. E também, vocês recém chegaram, quem sou eu pra estragar o momento? Aliás, o Rodrigo parece estar muito empolgado. Se prepara porque ele vai querer conhecer muita coisa por aqui.

Marcos percebeu na hora que falar sobre o mais novo foi uma ótima opção, porque o moreno voltou a sorrir novamente, ao mesmo tempo que voltava seus olhos para Clarissa e Rodrigo, que continuavam mais a frente enquanto a guria parecia querer mostrar ao loiro cada detalhe do aeroporto.

— Sim, ele está muito empolgado. Foi assim a viagem inteira.

— Muito bom, a Clarissa também estava esperando ele, muito ansiosa. Quero saber se ele vai manter a animação quando chegarmos na praia e a cada esquina um dos teus ex-amantes passarem pra te dar um olá. Vai ser engraçado. – Marcos falou isso pra descontrair e também pra provocar o amigo, como sempre.

Ao ouvir o amigo, Lucas revirou os olhos. Os, realmente, passaram muitas viradas de ano naquele lugar, assim como feriados, e Luke, realmente, sempre se envolvia com alguém. Mas, na maioria das vezes, apenas por uma noite. Foram raros os relacionamentos do amigo que duraram tempo suficiente para ser uma relação.

— Marcos, dá pra você parar com isso? Além do mais, o Rodrigo não é inseguro como eu. E ele sabe que eu nunca trairia ele. Não seria capaz disso.

— Meu amigo, vamos ver então. Mas estou na mesma, porque também tive minhas diversões por aí. Eu estou com a Clarissa agora, apesar da gente estar ainda se conhecendo.– Parecendo ouvir seu nome, Clarissa olhou neste momento para Marcos, que abriu um sorriso ao perceber. Lucas percebeu que o amigo estava, realmente, perdidinho. Tanto que não foi surpresa o que ouviu a seguir,

—Eu ando entendendo você em algumas coisas. A juventude dela me assusta. Tem vezes que eu acho que… ela vai cansar de alguém como eu.

Ao ouvir o amigo, o improvável aconteceu. Lucas, mesmo em meio a muitas pessoas, deu uma das maiores risadas da sua vida, chamando a atenção de vários passageiros que circulavam por ali, assim como dos mais novos. Principalmente de Rodrigo, que não conseguiu evitar de sorrir junto, mesmo sem saber os motivos.

O loiro estava sentindo o namorado tenso enquanto viajavam, como se estivesse nervoso com a chegada, e imaginava que era por causa das lembranças que tinha ali na cidade que cresceu. Lembranças que ainda não gostava de acessar. Então ver ele descontraído era muito bom.

— Qual a graça vocês dois? Quero saber a piada! – Clarissa estava realmente curiosa. Mas também ria junto, adorava a amizade de Marcos e Lucas. Queria que a sua e de Rodrigo também durasse tanto tempo, apesar de não serem amigos de infância.

— Piada alguma, apenas o Lucas que está rindo da cara dele mesmo. Vamos?  – Marcos disse, seguindo em direção ao carro.

— Amor, o que aconteceu? O Marcos pareceu um pouco incomodado.

Lucas tinha finalmente parado de rir, mas ainda tentava evitar o sorriso, apesar de falhar em alguns momentos. Lembrava das coisas que Marcos falava a ele quando demonstrava estar inseguro, e sentia que o destino tinha dado um jeito do amigo viver o mesmo. Como Rodrigo falou um dia, os dois mais velhos eram uns bobos mesmos. Mas entendia, a insegurança era normal de acontecer.

— Não foi nada, vamos lá antes que ele nos deixe pra trás. – Lucas pegou a mão de Rô e foi seguindo até os amigos.

***

—  Você realmente não vai me contar o que o Lucas falou pra você? Que bobagem, Marcos. Por quê?

Clarissa estava tentando arrancar do mais velho os motivos dele estar até mesmo mais calado, algo incomum, desde que tinham buscado os amigos no aeroporto e depois deixado os dois no hotel.

—  Não foi nada, o Lucas que é um idiota.

—  Como não foi nada? Eu vou começar a achar que tem algo a ver comigo e vou ficar desconfiada… –  Neste momento Clarissa pareceu pensar em algo e, como não era de se admirar, até mesmo pela sua idade, que assim como Rodrigo, ainda permanecia com seu jeito espontâneo, resolveu perguntar –  Vocês viram alguma ex-namorada sua no aeroporto, foi isso? Ou ela mora na praia onde a gente vai passar a virada do ano? Pode falar, eu não vou ficar te incomodando. Também não sou tão inocente ao ponto de achar que até então você não namorou ninguém.

Marcos ficou abismado com a perspicácia da mais nova e, mais uma vez, entendeu algumas coisas que Lucas falava sobre sua relação com Rodrigo. Realmente, era muito diferente estar com alguém tão mais novo, que ainda estava construindo suas vivências. A espontaneidade fazia com que eles tivessem um olhar diferente sobre as coisas. Era bom, mas muito desconcertante. Quando falasse isso para Luke, com certeza, seria motivo de chacota novamente.

— Talvez você tenha um pouco de razão, mas não é bem isso...– Marcos resolveu ser o mais sincero que conseguia, sem se expor muito. Não ainda. – É que eu sempre impliquei com as inseguranças que o Lucas tem em relação ao Rodrigo, mas agora me vejo tendo algumas quando estou com você. É isso. – Ok, talvez não tenha conseguido levar adiante a ideia de não se expor. Mas é que ela era capaz de inspirar tanta confiança…

— Hum, entendi… – Clarissa parecia pensar, enquanto olhava para o mais velho. – Mas em algum momento eu pareci um pouco relapsa em relação a gente? Você sabe como eu sou, meio espoleta mesmo e talvez não saiba levar uma relação de forma séria, como eu acho que você está acostumado. Mas eu falei pra você que eu aceitava tentar desvendar o que acontece entre a gente. Então acho que não tem motivos pra ficar inseguro, não?

Marcos nesse momento sentou no braço de uma das poltronas de seu apartamento e chamou a mais nova, que não hesitou em se aproximar.

— Claro que eu sei disso, e nunca fui uma pessoa insegura. Mas eu também nunca me senti como me sinto quando estou com você. Eu sei que a gente vai passar ainda um tempo longe um do outro, porque a minha vida é aqui, ao menos sempre foi, e você ainda precisa se formar. Mas… eu quero muito também que a gente dê certo.

— Mas saiba que já deu, seu bobo. Eu não sei o que o futuro nos reserva, mas também não sou de pensar muito nisso… sei que agora estou muito feliz de estarmos aqui, juntos. Quando o ano começou eu não imaginava que estaria com alguém como você. E que teríamos a companhia de nossos melhores amigos… parece coisa de seriado de TV. Meio piegas, mas eu estou muito feliz!

Marcos não resistiu em ver Clarissa falando e acabou unindo seus lábios ao dela. Os dois estavam indo com calma, mesmo ela ficando em seu apartamento nesta semana, ele tinha arrumado o quarto de hóspedes pra ela. Quando chegou, noite passada, os dois ficaram juntos no sofá até altas horas, mas depois cada um foi para seu quarto. Ele não queria pressioná-la e sabia o quanto ela era uma menina especial. Clarissa era essas jovens muito espontâneas e confiantes, e ele sabia que ela já tinha namorado alguns rapazes. Mas isto não significa que ela precisa acelerar as coisas entre eles. E de certa forma, isto fazia o mais velho se sentir especial.

— Eu também estou! Mesmo o Lucas sendo o implicante que é. Deixa agora quando a gente encontrar os dois mais tarde. Aliás, espero que você me conte depois tudo o que o Rodrigo te contar. Vocês verão que o Lucas é muito requisitado por aqui.

Clarissa acabou abrindo um baita sorriso.

—  Como assim? Tipo, um ex-namorado em cada esquina?

— Pior que isso! Você pisca e aparece mais um. – Marcos se divertia falando das histórias de Luke. Claro que não era pra tanto. Até porque, os que chegaram a ser relacionamentos, onde Lucas circulou um pouco junto e até apresentou para Marcos, não existiam em tanta quantidade assim. Mas ele sabia que Lucas, sempre que estava em seus altos e baixos, acabava passando a noite com alguém.

Aliás, isso sempre preocupou Marcos, ainda mais quando eles eram mais novos. Por isso hoje ele fazia de tudo pra ajudar Luke a manter a relação dele com Rodrigo, pois sabia o quanto o mais novo fazia bem a ele. Tanto para seu coração quanto para a sua saúde.

— Sabe que o Rodrigo se vangloria que não tem ciúmes do Lucas, né? Eu também vou achar engraçado se alguém do passado aparecer, vai ser divertido testar até que ponto o “senhor controle“ Rodrigo vai conseguir se segurar. – Clarissa falou usando tom de ironia.

Marcos apenas conseguia pensar o quanto os dois pareciam ter sido feitos um para o outro.

— Sério, somos uma ótima dupla! E agora vamos lá que eu não vejo a hora de sair pra dar uma volta com os dois. Ainda mais aqui que é sempre cheio de gente e o super protetor Lucas aposto que não vai sossegar com os olhares que o Rodrigo vai receber.

— Nossa, você é muito dark, Marcos! Pior que eu!

E os dois ainda ficaram um tempo por ali conversando, até que Clarissa resolveu se trocar para encontrarem os amigos. A família morava no interior do estado, então seria a primeira vez que passaria tanto tempo na capital. Ainda mais com tão boas companhias. Estava realmente empolgada.


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