Double face escrita por Nymeria Martell


Capítulo 11
Cap. 11:Vida novamente


Notas iniciais do capítulo

"Minha mãe volta trazendo com sigo... CARAMBA! Não pode ser... Mas como? Será que foi tudo um delírio?
− Oi amor! Como você está? – Amanda vem em minha direção e me da um beijo... Sim... ela."



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JOSEFA

Aquilo estava ficando extremamente irritante... sério. Havia apenas nós três na praia, o que tornava tudo mais complicado...

Amanda e Lipe estavam sempre juntos... ficavam de mão dadas andando na beira do mar, catavam conchas na areia, nadavam e saltavam do penhasco... tudo sem mim.

Claro... eles são namorados, mas poxa! Podiam me dar um crédito...

Na hora do jantar, decidi confronta-los...

− então... vocês veem que eu ainda estou aqui né?

Lipe olha para Amanda... fazem um tipo de dialogo com os olhos.

− Desculpe Jô... é que... acho que não temos muito tempo juntos... vai saber se amanha mesmo um de nós some e vai para onde vão os mortos!

− Mas... não estamos mortos? − pergunto.

− Provavelmente não. − diz Lipe.

Amanda o encara.

− eu iria dizer que estamos passando por etapas... acha que estamos vivos? Como?

Lipe coça o queixo e ponha o outro braço sobre os ombros de Amanda.

− Acho que deve ser coma... como vocês morreram? Acho que esquecemos do mais importante com nosso encontro. Você disse que morreu congelada... Como?

− Eu lembro que estava frio... Me levaram pra outro país.... não pergunte qual. − respondeu ela − e você?

− Eu lembro de uma voz feminina... e explosões... Parecia sua voz... mas como se você está em outro país?

− talvez estejamos delirando – digo − Se eu estiver em coma seria um milagre... Alex dirige que nem um desgovernado... com um acidente estaríamos todos mortos.

Lipe, do nada, tem um tremor. Amanda olha para ele em pânico.

− O que ouve? − Nunca a vi tão alarmada... deve mesmo ama-lo.

− parece um choque...

Com meu pai sendo médico... algo me vem em mente.

− onde que é? − pergunto exasperada.

Ele aponta para o peito e em seguida desmaia com mais um tremor. Amanda grita e começa chorar, juntas arrancamos sua camisa... onde está o coração há marcas roxas... como veias.

− ele está voltando à vida!

Amanda atinge seu auge. Parecia insana. Feliz por ele viver... arrasada por ele a deixar. Lipe murmura... não ouço... nem quero... Amanda chega perto dele e um minuto depois... ele some! Como pó, desaparece... E eu tenho que aguentar um coração partido...

Amanda entra em transi... três dias se passaram e ela continua no mesmo lugar, chorando. Com os olhos fechados murmura sempre a mesma frase: “ele vem me buscar, ele vai me salvar”. Só pode estar se referindo a seu amado... Mas o engraçado é que não lembro o nome dele... as lembranças em relação a ele estão se esvaindo... não sei como ela ainda consegue lembrar... se não fosse por ela eu nem acreditaria que um dia esse cara existiu.

LIPE

Escuro... novamente... acho que minhas lembranças da praia estão sumindo. Mas não posso deixar de esquecer que preciso salva-la... Onde não sei, mas sei de quem... seu pai.

Flash bags aparecem do nada... E não só da praia... mas sim de antes... de quando eu não sabia.

Um sentimento de culpa me toma, por que ela nunca me contou? Como não percebi? Ela sofreu a maior parte da vida... e eu não fiz nada para melhorar, pelo contrario, só piorei.

Preciso acordar... ainda sinto choques... tenho que salva-la...

Acordo.

− Finalmente − ouço um médico dizer. − Consegue me ouvir rapaz?

Aceno com a cabeça.

− Avise a Sra. Wanda que ele voltou e está fora de risco de vida.

Minutos mais tarde vejo minha mãe.

−como está meu bem?

− Vivo? – tenro anima-la com uma piada...

− Você voltou, graças a Deus. – Lagrimas escorrem de seus olhos. – Estávamos todos preocupados... E essa história de matar seu pai... Lipe! Meu Deus... você vai acabar...

− Cadê a Sheila? – Interrompo-a, avido para saber como ela está. – Mãe... me diga que ela sobreviveu.

− Sheila? Que Sheila?

− A mulher que estava comigo... quando tudo foi demolido... na caverna...

− Você deve estar delirando meu bem... Você sofreu um acidente de carro. Enquanto o levavam para a prisão. Ah! E... tem alguém louco pra ti ver... vou chama-la. – Ela vai em direção a porta e sai.

Foi um baita choque... mas acho que ela não sabe da verdade... preciso arranjar uns informantes... Será que o Afonso viveu? Caramba... e tenho que arranjar um jeito achar a Amanda... Rick poderia me ajudar, será que deram a falta dela?

Minha mãe volta trazendo com sigo... CARAMBA! Não pode ser... Mas como? Será que foi tudo um delírio?

− Oi amor! Como você está? – Amanda vem em minha direção e me da um beijo... Sim... ela.

− Mas... Amanda? Como...?

− Eu fiquei muito preocupada! Amor... Como pode matar seu pai? Por quê?

− Querida... não é hora, deixe pra depois – disse minha mãe. Toda calma.

Não é possível... Acho que isso deve ser um sonho. Amanda não age assim! E minha mãe iria pirar! Cadê os gritos?

Amanda senta ao meu lado e pega na minha mão.

− Pensei que você não acordaria mais! Que tal comemorarmos Sra. Wanda?

Sra. Wanda? Amanda nunca a chama assim... é sempre de tia, você ou Wanda... mas senhora?

− Queria ver o Rick – me dirijo a minha mãe. – pode chama-lo?

− Claro! – dizendo isso sai, sem nenhuma objeção.

Olho para Amanda... é ela, está igual, só que... mais perfeita. Perfeita até de mais.

− E seu pai? – vou arrancar algo desse aliem impostor.

− O que tem ele? Quer saber se ele está bem? Bom, ele está ótimo... acho que vai se casar com a Ju.

− Ele não brigou com você?

Ela me olha de olhos arregalados.

− Lipe! Meu pai não faria isso. Por que está me olhando assim? Qual seu problema?

Fico com raiva... começo a ferver. Mas me controlo, não vou perder a cabeça e jogar tudo pro alto, vou salvar a verdadeira Amanda... Nem que pra isso eu tenha que matar essa vadia impostora que está aqui comigo.

Alivio a tenção e volto ao normal.

− Nada... é só a febre... Amor! Busque algo para comermos.

− Claro! – ela pega um pacote de bolacha de agua e sal e um Gatorade

Eca! Ela sabe que detesto isso... Por acaso alguma fez fiz ela engolir azeitona? Que ela detesta... uma ideia se forma na minha mente...

− que tal pedirmos pizza? Estou com muita vontade... Tudo bem se eu escolher?

− claro... vou comprar... de que você quer?

− ahn... Queijo, frango e azeitona...

− posso pegar duas?

Acho que me enganei... ela fez cara de nojo. Apesar de amar queijo e frango... com certeza é a azeitona.

− Sim... mas por quê?

− Eu detesto queijo! E carne? Ninguém merece...

Mas o que? Ouvi direito... Ela não é a Amanda... confirmado.

Mas então, quem ela é, ou o que? Uma irmã gêmea? Um alien mesmo? Será que mudaram a Amanda antiga... tipo lavagem cerebral? Ou será... por ser tão perfeita e ao mesmo tempo não... que essa coisa é um clone?


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Notas finais do capítulo

Próximo cap.: "− Sim Lipe, ele veio aqui jantar. Acho que vocês se darão muito bem. Ele é muito extrovertido, achei ele engraçado. Ele detesta mármore. – Ela riu até se acabar. – Quem é que detesta uma pedra? Ainda mais mármore?
A Amanda. E pode ser que esse cara seja o pai dela."